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Sistema Digestivo

 O sistema digestivo é responsável por receber todo o alimento que


ingerimos, processá-lo e abastecer todas as células e tecidos com
água, eletrólitos, sais minerais e nutrientes.
 O sistema digestivo é composto pelos seguintes órgãos:
 boca;
 esôfago;
 glândulas parótidas e salivares;
 estômago;
 fígado;
 vesícula biliar;
 pâncreas;
 duodeno;
 cólon ascendente, transverso e descendente;
 jejuno;
 íleo;
 ânus
 O trato gastrointestinal possui um sistema nervoso próprio,
chamado sistema nervoso entérico, localizado na parede
intestinal, estendendo-se do esôfago até o ânus. Ele é
responsável pelo controle de todos os movimentos e da
secreção gastrointestinal.
 No trato gastrointestinal existem 2 tipos de movimentos:

 movimentos propulsivos: é o chamado peristaltismo, que


empurra o alimento por todo o trato gastrointestinal, com
velocidade adequada, para que ocorra a digestão;
 movimentos de mistura: são movimentos diferentes em
cada parte do trato gastrointestinal e mantêm os
conteúdos intestinais bem misturados durante todo o
tempo;
A mastigação é importante para a digestão
dos alimentos, pois permite que as enzimas
digestivas consigam agir e “quebrar” os
alimentos em partículas menores, para
impedir a escoriação do trato
gastrointestinal e facilitar o transporte deste
alimento através do estômago e intestino.
Principais distúrbios do sistema digestivo:
hemorragias digestivas alta e baixa.
 O sangramento digestivo é uma intercorrência clínica
que leva o paciente à internação na UTI devido ao alto
risco de morte, principalmente quando há instabilidade
hemodinâmica associada.
 A equipe de Enfermagem deve estar preparada para
reconhecer os sinais e sintomas desta emergência e
saber prestar os cuidados imediatos necessários.
Hemorragia digestiva alta (HDA)

É o sangramento digestivo que ocorre no


esôfago, estômago e/ou duodeno; o paciente
pode apresentar ou não varizes esofágicas ou
gástricas .
A primeira intercorrência do sangramento
possui uma taxa de mortallidade entre 10% a
14%; hemorragias de repetição têm uma taxa
de mortalidade ao redor de 28%.
 As causas mais comuns de HDA são as úlceras
gastroduodenais, as esofagites/gastrites, varizes
esofágicas/gástricas/duodenais.
 É mais frequente em homens, entre os 40 a 60 anos. A
principal causa da doença ulcerosa péptica é a
infecção pelo Helicobacter pylori (H.pylori), uma
bactéria que provoca ulcerações na parede do órgão
pois rompe a barreira mucosa.
 Outros fatores como o uso crônico de ácido
acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteroidais
(AINEs) também podem provocar o aparecimento de
úlceras
As varizes esofágicas (ou veias varicosas) são
decorrentes de dilatações das veias colaterais em
consequência do aumento da pressão do sangue
em seu interior que surgem devido à hipertensão
portal. Em geral, o obstáculo à circulação do
sangue pelo sistema porta é a cirrose hepática.
Essas veias colaterais desenvolvem-se com o
objetivo de restabelecer o fluxo sanguíneo
interrompido pela hipertensão portal.
As varizes esofágicas ocorrem principalmente na
junção gastroesofágica e têm uma taxa de
mortalidade de cerca de 20%, sendo responsável
por 1/3 das mortes de pacientes críticos.
O paciente com HDA geralmente
apresenta:
 hematêmese: vômito com sangue vivo ou com aspecto de
“borra de café”;
 melena: fezes com sangue digerido, também com aspecto de
“borra de café”.
 O tratamento da HDA visa estabilizar hemodinamicamente o
paciente, melhorando seu estado volêmico e perfusional.
 A reposição volêmica geralmente é realizada com cristalóides
(solução fisiológica 0,9% ou ringer lactato), sendo administrado
de 1 a 2 litros inicialmente, de forma rápida, para melhorar o
quadro hemodinâmico do paciente.
 Se o paciente for portador de coagulopatias, o médico pode
optar por infundir plasma fresco congelado ou plaquetas.
O médico pode prescrever a passagem de sonda
nasogástrica para realizar a descompressão e
lavagem gástrica.
Esta lavagem é realizada com a infusão de 250 ml
a 500 ml de solução fisiológica 0,9%.
Posteriormente, todo o volume infundido deverá
ser drenado.
 A endoscopia digestiva alta (EDA) está indicada para os
pacientes com HDA para confirmar o diagnóstico
(reconhecer o local do sangramento) e para tratar, através
da hemostasia, o local da hemorragia.
 Para pacientes com HDA por varizes esofágicas, pode-se
utilizar o balão esofágico, que irá exercer uma pressão
sobre as veias varicosas.
 É de uso temporário (pode ficar até 24 horas), pois pode
provocar esofagite, ulcerações ou perfurações no esôfago e
necrose do local que está comprimindo.
 A intervenção cirúrgica para conter a HDA está indicada
para sangramentos que não responderam ao tratamento
endoscópico e para aqueles pacientes que evoluíram para
instabilidade hemodinâmica.
Hemorragia digestiva baixa (HDB)
 É o sangramento que ocorre abaixo do ligamento de Treitz, com saída
de sangue por via retal. É responsável por 20% a 30% das hemorragias
digestivas.
 É mais frequente em homens, entre os 63 aos 77 anos, principalmente
devido à presença de doença diverticular e vascular.
 A HDB também pode ser causada por:
 colite isquêmica;
 hemorróidas, fissuras anais, úlceras retais;
 neoplasia de cólon;
 pólipos intestinais;
 doenças inflamatórias (Crohn, retocolite ulcerativa);
 colites infecciosas, etc
 A doença diverticular do cólon ocorre por invaginações
da parede do cólon com aspecto de bolsas, sendo
mais comum no cólon sigmóide. É responsável por 30 a
50% dos casos de HDB.
 O sangramento ocorre quando estas invaginações se
rompem, podendo causar grandes hemorragias.
 O paciente com HDB apresenta enterorragia, com a
saída de sangue com coloração de vermelho vivo
(com ou sem coágulos) pelo reto. Em caso de grandes
hemorragias, o paciente pode evoluir com instabilidade
hemodinâmica e anemias.
Dietas pobres em fibras disponibiliza
pouco resíduo para a formação do
bolo alimentar esse volume fecal
reduzido eleva a pressão dentro do
intestino aumentando a tensão em
sua parede.
Manifestações clínicas
 Enterorragia
 Dor abdominal
 Diarréia
 Febre
 Diagnóstico
 Anuscopia
 Colonoscopia (método
diagnóstico e terapêutico )
 Tratamento
 Cirúrgico: Colectomia segmentar
com anastomose primária
Assistência de Enfermagem ao paciente
com hemorragia digestiva
 A assistência de enfermagem ao paciente com HDB deve priorizar:
 manter cabeceira elevada a 30 graus, com grades elevadas;
 à admissão na UTI, realizar glicemia capilar e ECG de 12 derivações;
 aferir sinais vitais e comunicar taquiarritmias, saturação de oxigênio
menor que 91%, hipo/hipertermia, taqui/dispneia;
 puncionar 2 acessos venosos calibrosos;
 instalar oxigenioterapia, conforme prescrição médica;
 instalar monitorização hemodinâmica: ECG, PA e saturação de
oxigênio;
 deixar o manguito da PA no braço do paciente, e programar o
monitor eletrocardiográfico para aferição a cada 15 minutos, até
estabilização hemodinâmica do paciente;
 orientar o paciente/acompanhante sobre a necessidade da aferição
constante da PA;
Assistência de Enfermagem ao
paciente com hemorragia digestiva
 Transfusões sanguíneas, coletar tipagem, Reposição de cristaloides
 SVD, SNG em drenagem, dieta zero
 atentar para sinais de alteração do nível de consciência: rebaixamento,
sonolência, confusão mental, agitação psicomotora;
 atentar para sinais de hipoperfusão tecidual: cianose central e de
extremidades, queda da saturação de oxigênio (menor que 91%);
 coletar os exames laboratoriais solicitados pelo médico e encaminhar
rapidamente para o serviço de laboratório;
 comunicar sinais de hematêmese e/ou melena;
 realizar higiene íntima no paciente a cada evacuação, utilizando água
e sabão neutro. Atentar para lesões de pele em períneo e/ou perianais;
 promover a privacidade do paciente durante a realização da higiene
intima.
Principais distúrbios do sistema
digestório: PERITONITE
 Peritônio
 Membrana serosa formada por uma única camada de
células mesoteliais e irrigação escassa, responsável pelo
revestimento da cavidade abdominal e órgãos viscerais

 Denominado peritônio parietal e visceral


 A membrana peritoneal tem uma vasta superfície (2m2) e
função biológica importante de transporte de uréia,
creatinina e eletrólitos que pode ser perturbada por
drogas, inflamação e infecção, em geral, afetando o
fluxo sanguíneo e a área funcional efetiva.
PERITONITE

 O processo inflamatório ou infeccioso, que acomete, de


forma localizada ou generalizada, a membrana peritoneal

 É geralmente aguda e pode ser decorrente de infecção ou


de processo não infeccioso
 A agressão intra-abdominal provoca uma sequencia de
respostas envolvendo a membrana peritoneal, os intestinos,
os compartimentos dos líquidos orgânicos com subsequentes
respostas cardíacas, respiratórias, renais, neuroendócrinas e
metabólicas;
 Tipos: Peritonite espontânea
 Peritonite secundária
 Peritonite associada à diálise
ESPONTÂNEA

 Infecção sanguínea com acúmulo de fluido na


cavidade abdominal
 Associada a cirrose alcoólica, síndrome nefrótica, úlcera
péptica, diverticulite e apendicite que permitem a
entrada de bactérias que podem causar a inflamação.
 Os fatores predisponentes incluem a diminuição da
defesa imunológica, o supercrescimento da flora
intestinal e a translocação bacteriana da luz dos
intestinos aos linfonodos mesentéricos.
SECUNDÁRIA
 Ocorre por causa da entrada de bactéria ou reações
químicas das enzimas no peritônio originárias do trato
gastrointestinal ou biliar (secreção hepática)

 Frequentes em prematuros que apresentam enterocolite


necrotizante caracterizada por necrose da parede
inestinal

Tratamento: SNG, Nutrição


parenteral,
Antibioticoterapia
ASSOCIADA À DIÁLISE
 Introdução de bactérias no peritônio através dos procedimentos de
diálise
 Os fatores de risco incluem insuficiência renal que requer diálise
peritoneal
 Os microrganismos mais comuns são pneumococos e estafilococos

FISIOPATOLOGIA
Vazamento de conteúdos dos órgãos abdominais na cavidade
abdominal
Proliferação de bactérias e edema dos tecidos => exsudação de
líquidos
Hipermotilidade intestinal, seguida de íleo paralítico com acúmulo de
gases e líquidos nas alças intestinais.

Infecção, redução do fornecimento de sangue ao intestino


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Dor e sensibilidade abdominal


 Rigidez abdominal difusa
 Hipermotilidade intestinal de início, que é abolida em
seguida
 Calor e rubor em região abdominal
 Febre
 Taquicardia sinusal
 Desenvolvimento da paralisia intestinal, que pode causar
náusea e vômito
COMPLICAÇÕES
 Sequestro de fluidos e eletrólitos, que pode causar distúrbios
de eletrólitos e hipovolemia (diminuição do volume
sanguíneo), as quais podem resultar em choque e
insuficiência renal aguda
 Formação de abscesso peritoneal
 Desenvolvimento de sepse
 Dificuldades para respirar

 DIAGNÓSTICO
 Clínico
 Ultra-som de abdômen
 Cultura do líquido abdominal por paracentese
TRATAMENTO

 Medidas de suporte geral, como reidratação


intravenosa e correção dos distúrbios eletrolíticos
 Antibióticos intravenosos ou injetados diretamente no
peritônio
 Laparotomia pode ser necessária para exploração
completa e lavagem do peritônio, assim como para
corrigir qualquer dano anatômico significativo que
possa ter provocado a peritonite.
PROGNÓSTICO

 10% mortalidade nos pacientes com um estado geral


de saúde bom em tratamento apropriado nos casos
típicos de peritonite corrigível cirurgicamente

 40% em idosos e pessoas com outras doenças


importantes, assim como em casos de tratamento tardio

 Fatal quando não tratada


CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Alivio da dor
Redução da ansiedade
Monitorização para as complicações e redução
dos sintomas interdependentes (função
respiratória)
Preparo do paciente para cirurgia
Cuidados pós-operatórios
Principais distúrbios do sistema
digestivo: pancreatite
 A pancreatite é uma doença inflamatória do pâncreas que
pode levar o paciente a ser internado na UTI. Pode ser
classificada em:
 aguda: o paciente tem dor abdominal e ocorre aumento dos
níveis séricos de amilase e lipase. Ocorre a recuperação
completa do pâncreas, após a correção do fator
precipitante da doença;
 crônica: ocorre alteração estrutural do pâncreas, mesmo
após a reversão da causa da pancreatite.
Estima-se que a pancreatite ocorra de 1 a 5 casos por 10.000
habitantes, sendo o álcool e as doenças de vias biliares as
maiores causas (cerca de 70% dos casos).
Causas
 No Brasil, a maior causa de pancreatite aguda é a litíase biliar; o álcool é
a maior causa de pancreatite crônica. Estima-se que cerca de 20% dos
pacientes com pancreatite crônica sejam de origem idiopática.
 Cerca de 5% a 10% dos pacientes que consomem grandes quantidades
de álcool irão desenvolver pancreatite aguda.
 O cálculo biliar provoca a obstrução do ducto biliar, permitindo o refluxo
da bile para o ducto pancreático e bloqueando a drenagem das enzimas
digestivas do pâncreas , causando a pancreatite.
 Medicamentos imunossupressores como azatioprina, ciclosoporina e
tacrolimus também podem provocar pancreatite aguda.

Os cálculos biliares se formam na


vesícula biliar quando as
partículas de colesterol ou de
bilirrubina se agregam formando
uma massa sólida.
As principais manifestações clínicas da
pancreatite aguda são:
 dor abdominal: geralmente em epigástrio, com
irradiação para o dorso, podendo durar horas ou dias;
 náuseas;
 vômitos;
 icterícia (devido à obstrução pelo cálculo biliar);
 hipotensão, taquicardia, hipertermia em casos graves
 O paciente com pancreatite crônica apresenta dor
abdominal, que pode aparecer de forma intermitente. Ocorre
perda de peso em cerca de 50% dos pacientes com
pancreatite crônica.
 O paciente pode apresentar também diarreia e esteatorreia.
 O diagnóstico médico de pancreatite baseia-se nos níveis
séricos de amilase e lipase, que encontram-se aumentadas.
A ultrassonografia e a tomografia computadorizada podem
ajudar o diagnóstico e tratamento da pancreatite aguda.
 O tratamento para a pancreatite aguda visa promover a
reposição volêmica, o balanço hidroeletrolítico e a
monitorização intensiva deste paciente, para evitar
complicações do quadro.
 Cerca de 80% dos pacientes apresentam um quadro leve de
pancreatite aguda. não há necessidade de passagem de sonda
nasogástrica e a dieta por via oral é liberada cerca de 3 dias após a
internação.
 A dor abdominal poderá ser aliviada com a administração de
meperidina endovenosa e a reposição volêmica será realizada
com a administração de soluções endovenosas.
 O paciente pode evoluir para um quadro de necrose pancreática
infectada.
 A infecção pancreática geralmente ocorre cerca de 10 dias após o
início da pancreatite e é a principal causa de mortalidade em
pacientes com pancreatite aguda grave.
 O tratamento pode ser cirúrgico, com o desbridamento da porção
pancreática infectada. Recomenda-se que esta cirurgia ocorra cerca
de 4 semanas após o início da pancreatite
A pancreatite aguda também pode
provocar complicações sistêmicas como:

 insuficiência respiratória: pode ocorrer devido a atelectasias


e da imobilização respiratória;
 insuficiência renal: devido à hipovolemia e diminuição da
perfusão renal;
 O tratamento da pancreatite crônica visa:
 aliviar a dor: com o uso de anti-inflamatórios não esteroidais
como o ibuprofeno ou opioides analgésicos,
 suspensão do uso do álcool;
 instituir uma dieta pobre em gorduras;
 diminuir o nível sérico de triglicérides com o uso de
medicamentos
Assistência de Enfermagem ao paciente com
pancreatite

 manter cabeceira elevada a 30 graus, com grades


elevadas.
 à admissão na UTI, realizar glicemia capilar e ECG de 12
derivações.
 aferir sinais vitais e comunicar taquiarritmias, saturação
de oxigênio menor que 91%, hipo/hipertermia,
taqui/dispneia;
 puncionar 1 acesso venoso calibroso;
 instalar oxigenioterapia, conforme prescrição médica;
 instalar monitorização hemodinâmica: ECG, PA e
saturação de oxigênio;
Assistência de Enfermagem ao
paciente com pancreatite
 em caso de instabilidade hemodinâmica, deixar o manguito da PA no
braço do paciente, e programar o monitor eletrocardiográfico para
aferição a cada 15 minutos, até estabilização hemodinâmica do
paciente.
 atentar para sinais de alteração do nível de consciência:
rebaixamento, sonolência, confusão mental, agitação psicomotora;
 atentar para sinais de hipoperfusão tecidual: cianose central e de
extremidades, queda da saturação de oxigênio (menor que 91%);
 coletar os exames laboratoriais solicitados pelo médico e encaminhar
rapidamente para o serviço de laboratório;
 atentar para queixas de dor abdominal e presença de náuseas e
vômitos e comunicar ;
 manter o paciente em jejum até liberação médica.
Principais distúrbios do sistema digestório:
uso de terapia nutricional enteral em UTI

 Um dos maiores desafios dentro de uma UTI é fornecer um aporte


nutricional adequado ao paciente crítico, sendo imprescindível a
conscientização da equipe de saúde que o assiste acerca da
importância da nutrição para a reversão do quadro.
 A terapia nutricional enteral (TNE), com o uso de bombas de
infusão contínuas, é a via de administração de nutrição
preferencial recomendada, quando a alimentação oral não puder
ser indicada/utilizada. Caso a via enteral não possa ser indicada,
recomenda-se a via parenteral.
A sonda nasoenteral (SNE), ou sonda Duboff, é
fabricada em poliuretano ou silicone e, portanto,
é mais maleável e flexível que a SNG,
proporcionando maior conforto ao paciente.
Pode permanecer por até 3 meses e é indicada
para TNE. Para adultos, geralmente tem 12 French
de diâmetro e até 1,50 m de comprimento (o que
pode variar, de acordo com o fabricante).
 A passagem da SNE é um procedimento
limpo que pode ser executada pelo
enfermeiro e/ou pelo médico.
 A gastrostomia é um procedimento
invasivo, realizado no centro cirúrgico,
pelo médico cirurgião do trato
gastrointestinal. É indicada para
pacientes que possuem dificuldade de
acesso da via nasoenteral e precisam de
TNE prolongada. Podem fazer uso de
gastrostomia pacientes que possuem
esvaziamento gástrico preservado, sem
refluxo gastroesofágico. É uma sonda
mais calibrosa e, portanto, com um
tempo de permanência maior. Promove
conforto ao paciente e apresenta menor
risco de complicações, quando
comparada à SNE.
As dietas enterais podem ser administradas
de 3 formas ao paciente critico:
 administração intermitente ou fracionada: é a infusão de frascos de
dieta de até 300 ml a cada 3 a 4 horas, pelo método gravitacional,
sem o uso de bombas de infusão de dietas. Caso a sonda (gástrica
ou enteral) esteja locada no estômago, a dieta deverá ser
administrada em até 1 hora; caso a sonda esteja no intestino, a
dieta deverá ser administrada de 1 hora e 30 minutos a 2 horas.
 administração cíclica: a dieta é administrada através de bomba
de infusão, com uma pausa à noite (entre 6 a 8 horas de intervalo).
É o método de administração de dietas mais indicado para
pacientes em UTI, pois permite precisão na velocidade de infusão e
diminui o risco de refluxo gastroesofágico.
 administração contínua: a dieta é infundida por 24 horas, sem
pausa noturna. É indicada para os pacientes críticos em uso de
insulinoterapia contínua, para evitar complicações como
hipoglicemia.
Assistência de Enfermagem ao
paciente em uso de TNE
 manter decúbito elevado maior que 30 graus (o ideal recomendado é 45
graus);
 lavar as mãos, antes de manusear a dieta;
 receber a dieta enteral, conferir no frasco o nome do paciente, registro
hospital, leito, data e hora do preparo e checar o nome da dieta com a
prescrição médica;
 certificar-se a respeito do posicionamento da sonda, antes de iniciar a
dieta enteral;
 administrar a dieta em temperatura ambiente;
 antes de conectar o equipo à sonda, realizar teste de aspiração de
conteúdo gástrico.
 introduzir equipo apropriado para dieta no frasco, tomando o cuidado
para não contaminar (a dieta e/ou o equipo);
Assistência de Enfermagem ao
paciente em uso de TNE
 instalar a dieta em bomba de infusão e programar de acordo com a prescrição médica;
 suspender a infusão da dieta para administração de medicamentos;
 lavar a sonda com 20 ml de água filtrada;
 macerar os comprimidos antes de administrá-los pela sonda, até transformá-los em pó.
Diluir com água filtrada e administrar com o auxílio de uma seringa de 20 ml spin-lock
(com bico);
 lavar a sonda com 20 ml de água filtrada, após cada medicamento;
 se houver 2 ou mais medicamentos para serem administrados pela sonda, macerar, diluir
e administrar cada um separadamente, lavando a sonda com 10 a 20 ml de água
filtrada entre cada medicamento;
 ao manipular o paciente e abaixar a cabeceira, suspender a dieta previamente, lavando
a sonda com 20 ml de água filtrada. Após a manipulação do paciente, reiniciar a dieta;
 realizar glicemia capilar conforme prescrição médica e comunicar ao caso de
hipo/hiperglicemia.
 atentar para sinais de distensão abdominal, dores abdominais, diarreia, etc
Principais distúrbios do sistema digestório:
uso de terapia nutricional parenteral em UTI

 A nutrição parenteral é uma solução (ou


emulsão) constituída por carboidratos,
aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais,
É uma solução estéril, que deve ser
acondicionada em frasco de vidro ou
plástico. Deverá ser administrada por via
endovenosa, em pacientes desnutridos, em
ambiente hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar.
A TNP é indicada quando o trato
gastrointestinal não pode ser utilizado
devido a:
 íleo paralítico;
 obstrução e suboclusão intestinal;
 fistulas digestivas de alto débito (> 500 ml/dia);
 diarreia grave (> 1.500 ml/dia);
 sangramentos digestivos;
 necessidade de repouso intestinal, como em processos
inflamatórios graves;
 vômitos incoercíveis;
 desnutrição severa;
 mucosite grave.
As contra-indicações da TNP são:

instabilidade hemodinâmica
importante;
- alterações metabólicas e
hidroeletrolíticas;
- impossibilidade de acesso venoso
(central ou periférico)
Assistência de Enfermagem ao
paciente em uso de NPT
 atentar para velocidade de infusão da NPT; anotar em folha de controles da
UTI, para balanço hídrico rigoroso;
 em caso de nutrição parenteral total, atentar para local de inserção de
cateter central: sinais flogísticos, extravasamentos, etc;
 realizar a troca do curativo do cateter venoso central conforme protocolo
institucional;
 pesar o paciente diariamente, e anotar na folha de controles da UTI;
 realizar controle glicêmico rigoroso do paciente, conforme prescrição médica;
 não desconectar a solução de nutrição parenteral do acesso venoso. Caso
seja necessário a desconexão, a bolsa deverá ser desprezada, não podendo
ser reinstalada;
 a NPT deve ser administrada por via venosa exclusiva. Não é permitido infundir
medicamentos, soluções ou hemoderivados na mesma via da NPT;
 manter a bolsa da nutrição parenteral longe da incidência de luz e de fontes
geradoras de calor, mantendo uma distância de pelo menos 50 cm das
bombas de infusão;
 não acrescentar nenhum medicamento ou solução à bolsa de nutrição
parenteral.

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