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INTRODUÇÃO AO

PENTATEUCO
1. TÍTULO
1.1. Cristão

A palavra “Pentateuco” origina-se do grego “pente” (cinco)


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e “teuchos” (volume, ou livro de papiro). Literalmente


significa “o livro em cinco volumes” ou ainda “o livro com
cinco partes”. Este termo é aplicado pelos cristãos aos
cinco livros de Moisés e, para alguns, originou-se com a
Septuaginta (LXX), e outros, com Orígenes, no século III.
1. TÍTULO
2. COMPOSIÇÃO DO PENTATEUCO
No Cânon da Tanak (Bíblia Hebraica) os títulos dos livros
são dados de acordo com as primeiras palavras do livro.
Em nossas Bíblias o nome está de acordo com o conteúdo
de cada um, ao invés das primeiras palavras, e foi dado
pela LXX. Os cinco livros que compõem o Pentateuco são:

1. Gênesis
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronômio.
Nomes segundo às Primeiras Palavras

NOME GREGO NOME HEBRAICO SIGNIFICADO

GÊNESIS BERÊ’SHÎT PRINCÍPIO

ÊXODO SHĒMÔTH OS NOMES

LEVÍTICO WAYÎQRÂ’ ELE CHAMOU

NÚMEROS WAYEDABBÊR NO DESERTO

DEUTERONÔMIO ELLEH HADEBHÂRÎM SÃO ESTAS AS PALAVRAS


Nomes segundo o Conteúdo
TÍTULO CONTEÚDO

GÊNESIS Por conter as origens do universo, do homem, do governo


humano, dos patriarcas, dos israelitas, etc.

ÊXODO Por tratar da saída dos israelitas do Egito

LEVÍTICO
Por tratar do culto religioso no tabernáculo executado
pela tribo de Levi
NÚMEROS
Por tratar de dois recenseamentos do povo de Israel e
está repleto de “números”

DEUTERONÔMIO Por ser uma repetição da Lei contida no Êxodo


3. Nomes Canônicos do Pentateuco
TÍTULO REFERÊNCIA

O LIVRO DA LEI JS 1.8

A LEI DO SENHOR ED 7.10

A LEI DE MOISÉS LC 24.44, 45

LEI MT 12.5; JO 1.45

LIVRO DA LEI DE DEUS JS 24.26


4. Acepções do Termo Lei
ACEPÇÕES REFERÊNCIA

A VONTADE REVELADA DE DEUS SL 1.2; 19.7; 119; IS 8.20; JR 31.33

A INSTITUIÇÃO MOSAICA DISTINTA DO EVANGELHO MT 11.13; 12.5; JO 1.17; AT 25.8

A RELIGIÃO OFICIAL DOS JUDEUS MT 5.17; HB 9.19; 10.28

RESTRITAMENTE OS RITUAIS E CERIMONIAIS JUDAICOS EF 2.15; HB 10.1


5. Propósitos da Lei

5.1. MANIFESTAR A SANTIDADE


DE DEUS (HB 12.18-24)

5.2. EXIGIR DOS ISRAELITAS UM


RELACIONAMENTO VERTICAL,
HORIZONTAL E CENTRAL: DEUS, O
PRÓXIMO E A SI MESMO.
a) Amor Integral (Êx 20.3-7; Dt 6.1,5)
A RESPEITO DE DEUS b) Serviço Fiel (Êx 23.25; Dt 10.12)
c) Obediência Perfeita (Êx 20.8-17; Dt 5.32-33)

A RESPEITO DO PRÓXIMO a) Justiça ( Lv 19.35, 36; Mt 23.23)


b) Misericórdia (Lv 19.17,18; Mt 22.39)
c) Fidelidade (Êx 20.16; Lv 19.11)

a) Vida disciplinada, irrepreensível (Lv 19.2; Êx 20.17)


A RESPEITO DE SI MESMO
b) Mostrar ao homem:
- sua ingratidão (Êx 32.7,8)
- seu pecado (Sl 90.8; 2Rs 22.11-13)
- sua incapacidade (Js 24.19; Dt 8.2)
- conduzir a Cristo (Gl 3.24)
6. Importância do Pentateuco
6.1. ÉTNICO:
6.2. RELIGIOSO: Retratam com
riqueza a pessoa e o caráter de Deus, o
Descreve o início e expansão homem, a queda, as alianças e os
das três divisões étnicas: processos divinos para a restauração do
Oriental, Negroide e homem.
Ocidental.

6.3. HISTÓRICO:
Traça a origem humana, numa linha contínua
a partir de Adão. O autor porém não descreve
a história em seus detalhes, mas oferece um
relato da implantação do governo teocrático,
remontando até Abraão, cuja descendência
suscitaria o Messias.
7. GÊNEROS LITERÁRIOS
O Pentateuco é uma obra de extremo conteúdo
literário, repleto de riquezas poéticas e
didáticas. Por se tratar de uma obra tanto
biográfica quanto histórica e religiosa
entremeia em seus quadros vívidos a beleza
retórica e a fidelidade aos fatos narrados. Os
gêneros são: Histórico biográfico, códigos
legais, códigos litúrgicos, poesia, narrativas,
genealogias.
8. Plano Espiritual
TÍTULO PLANO ESPIRITUAL
GÊNESIS A ruína através do pecado do homem.
A soberania de Deus na criação e eleição.
ÊXODO A redenção mediante o sangue do Cordeiro e o Espírito de poder.
Poder remidor de Deus ao libertar Israel do Egito.
Comunhão baseada na expiação.
LEVÍTICO Mostra-nos a santidade de Deus em sua insistência na separação e
santificação do povo remido.
NÚMEROS Orientação durante a peregrinação, por parte da vontade dominante de
Deus.
Destaca a bondade e severidade de Deus. Severidade com a geração
incrédula, e bondade com seus filhos.

DEUTERONÔMIO Instrução renovada e completada, e o povo errante levado ao seu


destino predeterminado.
Revela a fidelidade de Deus – fiel ao seu propósito, promessa e povo.
9. Delimitações do Pentateuco

HEXATEUCO H. EWALD, J. WELLHAUSEN, G. von RAD –


SEIS LIVROS: GN-JS

TETRATEUCO
M.NOTH, ENGNELL – QUATRO LIVROS:
GN-NM
ENEATEUCO
D.N.FREEDMAN – NOVE LIVROS: GN-2RS
PENTATEUCO
INTRODUÇÃO AO
PENTATEUCO II:
AUTORIA MOSAICA
1 - INTRODUÇÃO

Sabemos que há uma vertente moderna da teologia que tenta por


em “xeque” a autoria mosaica do Pentateuco. Os teólogos desta
vertente tentam refutar a ideia da autoria mosaica utilizando como
base uma teoria chamada de Hipótese Documentária. Na verdade a
refutação a autoria mosaica não é novidade na discussão da
canônica. A alegação de que Moisés não foi o autor do Pentateuco
teve seus primórdios durante os dois primeiros séculos da era cristã. A
base primária dessa alegação era a presença de passagens que
supostamente teriam sido escritas depois dos dias de Moisés.
Nota-se, entretanto, que as críticas hostis à Bíblia, nunca procederam
dos pais da igreja. Até onde se expressavam sobre o assunto, jamais
alegavam a não autoria mosaica do Pentateuco, muito pelo
contrário, acreditavam não só que Moisés fosse o autor do
Pentateuco como atribuíam todo o Antigo Testamento como sendo
livro de origem divina.

Tendo estas questões em mente é de suma importância que se


busque uma confirmação da autoria mosaica do Pentateuco. A
questão principal não é “a unidade do Pentateuco”, e sim “como se
realizou essa unidade”. A seção literária que vai do Gênesis a
Deuteronômio é uma narrativa contínua? Se pudermos responder que
sim, isso nos leva a uma outra pergunta: Como veio à existência essa
narrativa contínua? Foi escrita por Moisés, conforme o cristianismo
tradicional e o próprio relato bíblico informa? Ou foi compilada por
outrem, séculos mais tarde?
Se tal questão não for respondida a contento, a questão inteira põe
em dúvida a confiabilidade de Jesus, que se utilizou da Torah, a
exatidão dos escritores do Antigo e Novo Testamento e a integridade
do próprio Moisés.
2 - Evidências Internas ou Acumulativas

A autoria mosaica do Pentateuco pode ser comprovada por


acumulação, isto é, reunindo os diversos textos do Antigo Testamento
que comprovam a autoria. Algumas “coincidências” podiam
imaginar-se acidentais; tomadas separadamente, seriam de pouca
força, mas elas combinadas, são irrefutáveis, ou então vejamos:

2.1 - Pentateuco e Históricos


O Pentateuco com frequência se refere a Moisés como
seu autor, a começar pelas referências de Êxodo 17.14;
24.4,7; 34.27; Números 33.1,2; Deuteronômio 31.9, das quais,
na última, temos: “Esta lei, escreveu-a Moisés e a deu aos
sacerdotes (…)”. Mais tarde, após a morte de Moisés, o
Senhor deu instruções a Josué, sucessor de Moisés, para que
“(…) não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nele
dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo
quanto nele está escrito” (Js 1.8).
Negar a autoria mosaica significa que todos os versículos acima
citados são infundados e indignos de aceitação. Josué 8.32-34
registra que a congregação de Israel estava reunida fora da cidade
de Siquém, nas imediações dos montes Ebal e Gerizim, quando Josué
leu em voz alta a lei de Moisés, escrita em tábuas de pedra, e os
trechos de Levítico e de Deuteronômio referente às bênçãos e às
maldições, como Moisés havia feito (Dt 27; 28). Se a Hipótese
Documentária estivesse correta, esse relato também deveria ser
rejeitado por se tratar de mera invenção. Outras referências do
Antigo Testamento à autoria mosaica do Pentateuco são: 1 Reis 2.3; 2
Reis 14.6; 21.8; Esdras 6.18; Neemias 13.1; Dn 9.11-13; Malaquias 4.4.
Todos esses testemunhos também deveriam ser totalmente rejeitados.
2.2 - Profetas do Reino de Israel

a) -Oseias:

1.10 (cf. Gn 22.17); 4.10 (cf. Lv 26.26); 4.13 (cf. Dt 12.2); 5.6 (cf. Êx 10.9);
8.12, uma notável passagem que pode ser assim traduzida: “escrevi-
lhes milhares de coisas da minha lei”; 11.1 (cf. Êx 4.22); 11.3 (cf. Dt
1.31); 11.8,9 (cf. Dt 29.22,23); 12.3 (cf. Gn 25.26; 32.24-32).

b) -Amós:

2.2 (cf. Nm 21.28); 2.7 (cf. Êx 23.6,); 4.4 (cf. Nm 28.3); 9.13 (cf. Lv 26.5).
2.3 - Profetas do Reino de Judá

a) - Joel:
2.2 (cf. Êx 10.14); 2.23,26,27 (cf. Lv 26.4,5,11-13).

b) - Isaías:
11.9 (cf. Nm 14.21); 12.2 (cf. Êx 15.2); 34.11.

c) - Jeremias:
4.23 (cf. Gn 1.2); 44.2 (cf. Dt 32.15; 33.5, 26; 52.12); (Êx
12.33,39).
3 - Evidências Externas da Composição Mosaica

Além dos testemunhos diretamente extraídos dos trechos do


Pentateuco, históricos e proféticos, mencionados acima, temos o
testemunho histórico de acontecimentos ou questões da época,
situações políticas, assuntos relacionados ao clima ou à geografia.
Quando todos esses fatores são pesados de modo imparcial e
correto, chega-se à seguinte conclusão: o autor desses livros e
seus leitores devem ter vivido originalmente no Egito.
3 - Evidências Externas da Composição Mosaica

Além dos testemunhos diretamente extraídos dos trechos do


Pentateuco, históricos e proféticos, mencionados acima, temos o
testemunho histórico de acontecimentos ou questões da época,
situações políticas, assuntos relacionados ao clima ou à geografia.
Quando todos esses fatores são pesados de modo imparcial e
correto, chega-se à seguinte conclusão: o autor desses livros e
seus leitores devem ter vivido originalmente no Egito.

3.1 - Clima

O clima e as condições atmosféricas mencionados


no Êxodo são tipicamente egípcios, não palestinos
(cf. referência à sequência da colheita, em Êxodo
9.31,32).
3.2 - Árvore e Animais

As árvores e os animais, que são referidos de Êxodo a Deuteronômio, são


todos nativos do Egito ou da Península do Sinai, e nenhum deles é peculiar à
Palestina. A árvore chamada acácia é nativa do Egito e do Sinai, mas
dificilmente se encontra em Canaã, exceto ao redor do Mar Morto.

As peles com que o exterior do Tabernáculo foi recoberto eram de um


animal chamado tahas, ou dudongo, que é estranho à Palestina, mas
encontrado nos mares adjacentes ao Egito e ao monte Sinai. Quanto à lista
de animais limpos e imundos que encontramos em Levítico 11 e em
Deuteronômio 14, alguns são peculiares à Península do Sinai, como a ovelha
montês (Dt 14.5); o avestruz (Lv 11.16); e o antílope selvagem (Dt 14.5). É
difícil imaginar como uma lista desse tipo poderia ter sido feita nove séculos
depois, após o povo de Israel ter vivido todo esse tempo numa terra que
não tinha nenhum desses animais..
3.3 - Geografia

Temos como evidência externa, também, as referências geográficas


que anunciam perspectivas de uma pessoa não familiarizada com a
Palestina, mas conhecedora do Egito.

Em Gênesis 13.10, na intenção de transmitir aos leitores como era verde


o vale do Jordão, o escritor compara a uma localidade bem
conhecida da região oriental do delta do Nilo, perto de Mênfis, entre
Busiris e Tânis. Declara que o vale do Jordão era “como a terra do Egito,
como quem vai para Zoar”.

Nada poderia ser mais evidente, com base nessa referência casual,
que o fato de o autor estar escrevendo para um grupo de pessoas não
familiarizadas com a aparência da Palestina, mas pessoalmente
familiarizados com a geografia do baixo Egito.
3.4 - Filologia

O autor de Gênesis e Êxodo usou uma variedade de termos egípcios, conforme


escreveu McDowell, mais que em qualquer outra parte do Antigo Testamento, por
exemplo:

a) - A expressão ’abhrêkh (Gn 41.43 - traduzida como “inclinai-vos”) ao que


parece é a expressão egípcia ‘b rk’ (Ó coração, prostra-te!).

b) - Pesos e medidas como zereth (um palmo), drt (mão); ’êyphâh (décima
parte de um ômer); são medidas egípcias.

c) - O autor sagrado também fez uso de numerosos nomes distintamente


egípcios:
* Potífera: (Gn 41.45; 46.20) e sua forma mais breve, Potifar (Gn 37.36;
39.1), o qual significa “a quem Rá (o Deus sol) deu”.

* Zafenate-Panéia: (Gn 41.45), nome com que Faraó adotou José. A


Septuaginta interpretou esse nome como “salvador do mundo”.

* Asenate: (Gn 41.45,50), a esposa de José.

* On: (Gn 41.45,50; 46.20), o antigo nome egípcio de Heliópolis.

* Ramassés: (Gn 47.11; Êx 1.11; 12.37; Nm 33.3,5).

* Pitom: (Êx 1.11), provavelmente o nome egípcio.


3.5 - A Tradição Judaica

a) - O Eclesiástico, um dos livros da coletânea apócrifa, que foi escrito


por volta de 180 a.C., presta o seguinte testemunho: “Tudo isto é o livro
da aliança do Deus Altíssimo, a Lei que Moisés promulgou, a herança
para as assembleias de Jacó” (Êx 24.23).
b) - O Talmude, um comentário judaico sobre a Lei (Tôrâ), que data de
aproximadamente 200 a.C., e a Mishnah, uma interpretação e
legislação rabínica, que data de mais ou menos 100 a.C., atribuem
como sendo Moisés o escritor da Tôrâh.
c) - Flávio Josefo, historiador Judeu do século 1º d.C., declarou em sua
obra, Josefo contra Apion: Pois não temos conosco uma multidão
incontável de livros, discordando uns dos outros e contradizendo-se uns
aos outros, mas somente vinte e dois livros que com justiça são aceitos
como divinos; e desses, cinco pertencem a Moisés, contendo as suas
leis e as tradições da origem da humanidade, até a sua morte.
3.6 - Testemunho Histórico de Cristo e dos Apóstolos

Cristo e os apóstolos igualmente deram testemunho de que Moisés foi o autor


da Tôrâh: Jo 1.17; 5.45-47; 7.19-23.

Os apóstolos também ratificaram a autoria mosaica: At 3.22 (cf. Dt 18.15); Rm


10.5: “Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça...”.

Mas a teoria JEDS, de Wellhausen, e a crítica moderna racionalista, negam que


Moisés tenha escrito quaisquer dessas coisas. Isto significa que Cristo e os
apóstolos estavam totalmente enganados ao julgarem que Moisés as tenha
escrito de fato? Um erro dessa categoria, tratando-se de fatos históricos que
podem ser atestados, levanta séria dúvida quanto a poderem os ensinos
teológicos que tratam de assuntos metafísicos fora de nossa capacidade de
comprovação, ser aceitos como dignos de confiança ou cheios de
autoridade. Assim, vemos que a questão da autenticidade de Moisés como
escritor do Pentateuco é assunto da maior importância para o cristão.
* Potífera: (Gn 41.45; 46.20) e sua forma mais breve, Potifar (Gn 37.36;
39.1), o qual significa “a quem Rá (o Deus sol) deu”.

* Zafenate-Panéia: (Gn 41.45), nome com que Faraó adotou José. A


Septuaginta interpretou esse nome como “salvador do mundo”.

* Asenate: (Gn 41.45,50), a esposa de José.

* On: (Gn 41.45,50; 46.20), o antigo nome egípcio de Heliópolis.

* Ramassés: (Gn 47.11; Êx 1.11; 12.37; Nm 33.3,5).

* Pitom: (Êx 1.11), provavelmente o nome egípcio.


* Potífera: (Gn 41.45; 46.20) e sua forma mais breve, Potifar (Gn 37.36;
39.1), o qual significa “a quem Rá (o Deus sol) deu”.

* Zafenate-Panéia: (Gn 41.45), nome com que Faraó adotou José. A


Septuaginta interpretou esse nome como “salvador do mundo”.

* Asenate: (Gn 41.45,50), a esposa de José.

* On: (Gn 41.45,50; 46.20), o antigo nome egípcio de Heliópolis.

* Ramassés: (Gn 47.11; Êx 1.11; 12.37; Nm 33.3,5).

* Pitom: (Êx 1.11), provavelmente o nome egípcio.


3 - Evidências Externas da Composição Mosaica

Além dos testemunhos diretamente extraídos dos trechos do


Pentateuco, históricos e proféticos, mencionados acima, temos o
testemunho histórico de acontecimentos ou questões da época,
situações políticas, assuntos relacionados ao clima ou à geografia.
Quando todos esses fatores são pesados de modo imparcial e
correto, chega-se à seguinte conclusão: o autor desses livros e
seus leitores devem ter vivido originalmente no Egito.
INTRODUÇÃO AOS
LIVROS HISTÓRICOS
A designação de “Livros Históricos” é dirigida aos doze livros que
se iniciam no livro de Josué e culminam no livro de Ester. Estes
livros “descrevem a história da nação israelita desde a conquista
de Canaã até a morte de Salomão”.

São assim denominados porque, enquanto o


Pentateuco traça a história redentora, desde a
criação até a morte de Moisés, os Livros Históricos
narram o movimento histórico da nação israelita,
durante toda a sua ocupação na Palestina.

O Pentateuco relata o processo do povo judeu


até a terra prometida. Os Livros Históricos do
desenvolvimento de Israel na terra prometida.
Na medida em que os fatos são marcados nos
Livros Históricos seguem-se sincronicamente a
estes, o ministério dos profetas.
2 - CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS HISTÓRICOS

2.1 - Período Teocrático


São os livros anteriores ao reinado. Este período é composto
por três livros: Josué, Juízes e Rute - e tratam de Israel sob a
liderança direta de Yahweh, de 1405 a 1075 a.C.,
aproximadamente.

2.2 - Período Teocrático-Monárquico


São livros que tratam da ascensão e queda do reino. Este
período compõe-se de seis livros: 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2
Crônicas, e tratam de Israel sob a liderança de seus reis, de
1070 a 586 a.C., aproximadamente.
2.3 - Período Pós-Cativeiro
São livros que tratam da solicitude para com os remanescentes
no tempo dos gentios. Três livros relacionam-se com esse período
disciplinador a Israel: Esdras, Neemias e Ester. Tratam de Israel sob
a dominação de reis e povos gentílicos, de 537 a 432 (a.C.),
aproximadamente. São também chamados de pós-cativeiro
babilônico.
3 - DEFINIÇÃO DOS LIVROS HISTÓRICOS NO CÂNON JUDEU

Os judeus denominavam os seis primeiros livros históricos de


“Primeiros Profetas” (Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis),
considerando-os, porém, como quatro. Estes contrastam com os
“Últimos Profetas” (Is, Jr, Ez, e os Doze Profetas Menores), também
considerados como quatro livros. Segundo, Ellisen:
Os termos “Primeiros” e “Últimos” não se referem
necessariamente à sua cronologia histórica, mas ao
primeiro e segundo grupo de livros. Os primeiros
fornecem o cenário histórico dos últimos. A
designação desses livros históricos como “Profetas”
enfatizam o fato de que representam uma história
religiosa ou com um objetivo religioso. Os “Primeiros
Profetas” são históricos; os Últimos Profetas são
exortativos.
4 - AUTORIA

Foram escritos ou compilados por vários indivíduos que possuíam


o dom profético, reconhecidos como representantes de Deus.
Quatro deles são considerados os autores principais: Josué,
Samuel, Jeremias e Esdras, além dos profetas Natã e Gade. É
incontestável que se utilizaram vários documentos e crônicas
para a formação da história de Israel e Judá. A repetição dos
textos de Isaías 36-39 e 2 Reis 18.13-20.19, são provas
incontestáveis de que foram utilizadas referências bibliográficas
para a composição da História Judaica.
Entre os principais livros citados no Antigo Testamento, estão:

Justos (2 Sm 1.18)
História de Salomão (1 Rs 11.41)
Crônicas dos Reis de Israel (1 Rs 14.19)
Crônicas de Davi (1 Cr 27.24)
Crônicas de Samuel, o vidente (1 Cr 29.29)

Crônicas de Natã, o profeta (1 Cr 29.29)


Crônicas de Gade, o vidente (1 Cr 29.29)
Profecias de Aías, o silonista (2 Cr 9.29)
Visões de Ido, o vidente (2 Cr 9.29)
Livro da História de Natã, o profeta (2 Cr 9.29)
PERÍODO TEOCRÁTICO
1 - JOSUÉ
Apresenta Jesus Cristo como o Capitão da Nossa Salvação.

1.1 - Título
O nome “Josué”, aplicado ao título da obra se deve à principal figura do livro, Josué.
O termo significa “salvação do Senhor” ou “Yahweh é Salvador”. Corresponde a “I‘sous” 1

ou Jesus nas páginas do Novo Testamento. Francisco, salienta que “assim como o
primeiro Jesus conquistou a terra da mão do inimigo, o segundo Jesus conquistou
vitoriosamente o céu, pela vitória sobre o pecado”. No cânon hebraico, Josué é o primeiro
livro dos “Livros dos Profetas”, pois os profetas de Israel eram os historiadores da
teocracia, como também seus guias espirituais.

1.2 - Tema
O Triunfo e a Prova da Fé de Israel.

1.3 - Autor
Segundo a tradição judaica, Josué escreveu todo o livro com exceção dos
cinco últimos versículos, escritos por Fineias. O próprio livro, todavia, é
anônimo, porém, existe forte evidência interna de que Josué seja o autor,
pois:
JOSUÉ: Josué foi testemunha ocular dos fatos e era escritor (24.26).

EVIDÊNCIAS INTERNAR: Há evidências internas que atestam que a história


era registrada por uma pessoa que presenciou os eventos no livro registrados:
5.1,6 ( “...até que tivéssemos...” ; “...que nos daria...”) – todos na primeira
pessoa do plural, e não há razão para não crer que fora o próprio Josué que
tenha escrito.
AUTORIA DUPLA: JOSUÉ E FINEIAS: Alguns opinam que o livro seja obra dos
anciões que sobreviveram por muito tempo depois de Josué e que teria feito uso do
material escrito por ele. A favor dessa corrente, temos que os acréscimos editoriais
não eram incomuns naqueles dias. A morte de Moisés, por exemplo, foi um adendo
editorial escrito após a morte deste (Dt 34). A morte de Josué, igualmente é
registrada (24.29-30). Um ponto crucial para admitirmos uma autoria dupla é aquela
atestada por Archer, baseado no texto de 24.31, onde ocorre uma generalização
de que “Serviu Israel ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos
que ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué”. Portanto, é provável
que Josué e, mais tarde um outro historiador tenha acrescido os relatos após a
morte de Josué, talvez Eliazar ou seu filho Fineias.
1.4 - Data e Local em que foi Escrito
Se Josué foi o autor do livro que leva o seu nome, provavelmente o livro tenha
sido escrito em Canaã. Não se sabe a data em que foi escrito, mas se de fato
foi Josué, a data aproximada é de 1400-1370 a.C., pois esta coincide com a
queda de Jericó (segundo as escavações arqueológicas de John Garstang)
e com a conquista de Canaã.

1.5 - Esfera de Ação


Desde a morte de Moisés até a morte de Josué. Os acontecimentos
registrados na obra começam onde terminam os de Deuteronômio.

1.6 - Esboço
I- Conquista de Canaã ............................... 1-12
II - Divisão de Canaã ................................... 13-22
III - Despedida e Morte de Josué ....................23-24
2 - JUÍZES
Apresenta Jesus Cristo como nosso Juiz e Libertador.

2.1 - Título

O título “Juízes” provavelmente foi sugerido pelo versículo 16 do segundo


capítulo “Suscitou o Senhor juízes, que os livraram das mãos dos que o
pilharam”. No hebraico o título ao livro “shôphtîm” (“Juízes” ou “líderes
executivos”) descreve duas funções desses líderes:

a) - Livrar o povo de seus opressores na função de líder militar.


b) - Resolver disputas e defender a justiça, na função de líder civil.

2.2 - Tema
Ciclo de fracassos e apostasia sem um líder civil.
2.3 - Autor
O livro é anônimo. A tradição judaica o atribui a Samuel por diversas razões:
a) - Ele era escritor e educador (1 Sm 10.25);
b) - A ênfase dada à tribo de Benjamin sugere a época do rei Saul, quando
Samuel julgava, antes do nome da cidade de Jebus (Jz 1.21; 19.10) ser mudado
para Jerusalém.

2.4 - Data e Local em que foi Escrito


O livro foi escrito, aproximadamente, entre 1375 a 1075 a.C. em Canaã.
Provavelmente depois da morte de Sansão e depois da coroação do rei Saul,
porém antes da conquista de Jerusalém por Davi, o que corresponderia,
aproximadamente, ao ano 1350 a.C.

2.5 - Esfera de Ação


O livro abrange o período que vai da morte de Josué à magistratura de Samuel.
Cerca de 350 anos. “Depois disto por quase quatrocentos e cinqüenta anos, lhes deu
juízes, até ao profeta Samuel” (At 13.20).
2.6 - Esboço

I - Contexto Histórico .................................. 1.1-3.6


II - História dos Juízes .................................. 3.7-16.31
III - Mais Infidelidade e Apostasia ................... 17-21
3 - RUTE
Apresenta Jesus Cristo como nosso Resgatador.

3.1 - Título
O título do livro foi dado em homenagem ao seu personagem, “Rute”. O
nome significa “amizade ou associação”. É um dos dois livros bíblicos que
levam o nome de uma mulher; o outro é Ester. Rute era uma gentia que se
casou com um judeu de linhagem real da promessa. O livro é do mesmo
período dos juízes: “Nos dias em que julgavam os juízes” (Rt 1.1), e demonstra
a fidelidade e a amizade num período de apostasia.

3.2 - Tema
O amor de Rute por Noemi.

3.3 - Autor
Anônimo. A tradição atribui o livro sendo da pena de Samuel.
3.4 - Data e local em que foi Escrito
1340 a.C. aproximadamente, em Canaã. Embora os acontecimentos do livro
datem do período dos juízes, o livro provavelmente foi escrito alguns anos
depois, pois o autor se sentiu obrigado a explicar costumes já não praticados
(4.6-8).

3.5 - Esfera de ação


O livro abrange um período aproximado de dez anos, provavelmente
durante a época de Gideão.

3.6 - Esboço
I- O Apego de Rute a Noemi ........................ 1
II - Rute e Boaz ............................................ 2-3
III - O Casamento de Rute .............................. 4
PERÍODO TEOCRÁTICO
MONÁRQUICO
1 - INTRODUÇÃO
O segundo período dos Livros Históricos ficou conhecido como Período
Monárquico ou Período da Monarquia. Nesse quadro a nação israelita dispensa
o Governo Teocrático e solicita reis para si como era costume das nações
vizinhas. Porém, poderíamos chamar de Período Teocrático Monárquico, pois
Deus atua suscitando e abatendo reis conforme a pureza ou maldade dos
mesmos. Estes, por sua vez, são chamados “Reis Teocráticos”. Estão incluídos, de
modo especial, neste período os seis livros históricos-biográficos seguintes:

a) - 1 Samuel: A escolha do homem: Saul;


b) - 2 Samuel: A escolha de Deus: Davi;
c) - 1 Reis: Salomão e Israel;
d) - 2 Reis: Os Reis de Israel;
e) - 1 Crônicas: Salomão e o Templo;
f) - 2 Crônicas: Os reis de Judá e o Templo.
O período Teocrático-Monárquico pode ser dividido, para uma melhor
compreensão didática, na seguinte ordem:

a) - Transição e Monarquia Unida;


b) - Monarquia Dividida;
c) - Reis de Israel (Reino do Norte);
d) - Reis de Judá (Reino do Sul).
2 - 1 e 2 Samuel
Apresentam a Jesus Cristo como nosso Rei.

2.1 - Título
Os livros de Samuel provavelmente receberam este nome devido o
profeta, sacerdote e juiz, Samuel, ser a figura humana de destaque nestes
dois volumes. Os livros de Samuel constituem os primeiros dos três livros duplos
do Antigo Testamento, juntamente com os livros de Reis e Crônicas, formando
uma seção completa que relata o aparecimento e queda da monarquia
israelita. Na Septuaginta e na Vulgata, os livros de Samuel são denominados 1
e 2 Reis, seguidos de 3 e 4 Reis (correspondendo aos nossos 1 e 2 Reis).

2.2 - Tema
a) - 1 Samuel: Estabelecimento de Israel como Reino Teocrático.
b) - 2 Samuel: Estabelecimento de Davi como Rei Teocrático.
2.3 - Autores
Anônimos. Apesar de serem anônimos como os demais históricos, os livros
apresentam obras de vários autores. Ellisen afirma que: “O profeta Samuel
geralmente é considerado o autor de 1 Samuel capítulos 1 a 24, e Natã e Gade,
os autores da parte restante”. Os tópicos assinalados abaixo sugerem a autoria
de Samuel, Natã e Gade:

a) - Em 1 Crônicas 29.29, fala das Crônicas de Samuel, o vidente;


b) - Em 1 Samuel 19.18 mostra que Samuel recebia informações de
primeira mão acerca de Davi e de Saul;
c) - Em 1 Samuel 10.25 salienta que Samuel escreveu um livro sobre os
direitos do reino;
d) - Os sete últimos capítulos de 1 Samuel, bem como 2 Samuel foram
atribuídos a Natã e a Gade (1 Cr 29.29-30).
2.4 - Data e Local em que foi Escrito
1100 a 970 a.C., aproximadamente.

2.5 - Esfera de Ação


a) - 1 Samuel: do nascimento de Samuel até a morte de Saul, cobrindo
cerca de 115 anos;
b) - 2 Samuel: da morte de Saul até a compra do local do Templo.

2.6 - Esboço de 1 Samuel


I- História de Israel Desde o Nascimento de Samuel até a Libertação dos Filisteu
.......... 1.1-7.17
II - O Rei Saul .............................................. 8.1-15.35
III - Saul e Davi ............................................. 16.1-31.13

2.7 - Esboço de 2 Samuel


I - Davi no Trono ....................................... 1.1-20.26
II - Últimos anos do Reinado de Davi ............ 21.1-24.25.
3 - 1 e 2 REIS
Apresentam Jesus Cristo como nosso Verdadeiro Rei.

3.1 - Título
Esse nome foi dado a esses livros devido as primeiras palavras com que o
primeiro deles inicia: “wehammelekh” que significa “Sendo o Rei”, nome que
se adapta perfeitamente ao conteúdo. Os hebreus os consideravam como
um só livro, pelo fato de constituírem uma história ininterrupta.

3.2 - Tema
a) - 1 Reis: Glória do reino de Salomão e grande desafio da idolatria.
b) - 2 Reis: Grande julgamento do Senhor sobre Israel e Judá devido à idolatria.

3.3 - Autores
Anônimos. Apesar de serem anônimos, são tradicionalmente
considerados como tendo saído da pena de Jeremias, auxiliado pelo seu
secretário, Baruque (Jr 45).
Alguns trechos do livro de Jeremias lembram o de Reis (compare 2 Rs 24.18-20 e
2 Rs 25.8-30 com Jr 52.1-3; 39.1-7; 52.3-11; 39.8-10; 52.12-16; 52.31-34), porém
existem argumentos contra a autoria de Jeremias:

a) - O relato da prisão e do cativeiro de Jeoiaquim foi escrito por alguém na


Babilônia e sabe-se que Jeremias foi levado ao Egito (Jr 43.1-8);

b) - O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá em 586 a.C.,
pois registrou o livramento de Jeoiaquim, em cerca de 560 a.C. (2 Rs 25.27-
30);

c) - Especula-se que o autor foi um profeta, devido o interesse pela aliança.


Se não foi Jeremias, há de se supor que tenha sido um contemporâneo.

d) - Foram escritos por profetas. Conjectura-se Natã, Aías, Ido, Isaías e


Jeremias. Estando essa teoria correta, justifica-se, então, o motivo de estarem
incluídos na tríplice divisão judaica do Antigo Testamento na divisão de
“Profetas”.
3.4 - Data em que foi Escrito
970-560 a.C., aproximadamente.
3.5 - Esfera de ação
Os acontecimentos de 1 e 2 Reis estendem-se desde a morte de Davi até
o cativeiro de Zedequias; esse período é conhecido como a “Era do Templo
de Salomão”, estendendo-se desde a construção do Templo até a sua
destruição por Nabucodonosor.

3.6 - Esboço de 1 Reis


I - O Reino Unido Desde Salomão até Roboão . 1.1-11.43
II - O Reino Dividido até Josafá ...................... 12.1-22.54.

3.7 - Esboço de 2 Reis


I- O Reino Dividido Desde Acazias até a Ascensão de......... 1.1-9.10
II - Declínio e Queda de Israel ..................... 10.1-17.41
III - A Monarquia Judaica Depois da Queda de Samaria.... 18.1-25.30.
4 - 1 e 2 crônicas
Apresentam Jesus Cristo como nosso Rei.

4.1 - Título
“Crônicas” é um nome cristão dado a esses livros por Jerônimo, no quarto
século da era cristã. Os dois livros de Crônicas, originalmente formavam um só
livro, cujo título hebreu era “dibhrêy hayyâmîm”5, isto é, “os acontecimentos
dos dias” ou “anais dos dias”, e constavam no fim do cânon hebraico (Mt
23.35; Lc 11.51). Na Septuaginta, eles aparecem com o nome grego de
“Paraleipomena”6, que quer dizer “coisas esquecidas” ou “o que foi deixado
fora”, sugerindo que estes dois livros contêm informações e relatos que não
foram incluídos nos livros anteriores.

4.2 - Tema
1 Crônicas: A sabedoria de Deus ao estabelecer o trono de Davi.
2 Crônicas: A fidelidade de Deus para disciplinar a dinastia de Davi.
4.3 - Autores
Anônimos. Embora anônimos como os anteriores, a tradição judaica aponta
Esdras como seu autor. A favor da autoria de Esdras, são apresentadas as
seguintes bases:

a) - O estilo de Crônicas é muito semelhante ao de Esdras e Neemias.


b) - O fim de Crônicas parece continuar no livro de Esdras (2 Cr 36.22,23 com
Ed 1.1-2).
c) - O ponto de vista sacerdotal é patente no livro.

Têm sido apresentadas objeções de que os livros de Crônicas contêm relatos sobre
eventos posteriores aos dias de Esdras. É mais correto aceitar como saindo da pena de
Esdras, ainda que tenha usado documentos escritos para escrever o livro; os registros
proféticos de Isaías (2 Cr 32.32), de Samuel (1 Cr 29.29) e outros. O autor das Crônicas, às
vezes, copia trechos dos livros de Samuel e dos Reis; em outros, ele transcreve fatos
adicionados de historiadores contemporâneos, cujos nomes e livros ele cita. Seu principal
interesse está na história da linhagem de Davi e do Reino do Sul, Judá.
4.4 - Data em que Foi Escrito
450-425 a.C., aproximadamente. O próprio livro de 2 Crônicas, no capítulo
36.22, indica uma data ao término do livro, a saber 537 a.C. Há evidências
conclusivas de que Crônicas, Esdras e Neemias constituíam, originalmente,
um só livro, o que avançaria a data para depois de 430 a.C. A lista dos
descendentes de Zorobabel (1 Cr 3.19-24) até a sexta geração, sugere uma
data não anterior a 400-340 a.C., o que coloca os escritos entre 450-425 a.C.

4.5 - Esfera de Ação


Desde a morte de Saul até o decreto de Ciro, abrangendo um período
de aproximadamente de 520 anos.

4.6 - Esboço de 1 Crônicas


I - Genealogias do Reinado de Davi ........... 1.1-9.44
II - Reinado de Davi .................................. 10.1-29.30.

4.7 - Esboço de 2 Crônicas


I - Reinado de Salomão .............................. 1.1-9.31
II - Os Reis de Judá .................................... 10.1-36.23.
PÓS-CATIVEIRO
BABILÔNICO
1 - Introdução
O período monárquico de Israel, que durou aproximadamente cinco séculos,
nos quais eminentes reis ocuparam o trono, terminou de uma forma desastrosa
em 586 a.C. com a magnífica Jerusalém saqueada e a remoção para a
Babilônia de Nabucodonosor, com tudo quanto Judá tinha de mais precioso.
Setenta anos se passaram e em cumprimento às profecias de Isaías (14.22);
Jeremias (27.7); Daniel (5.28) o Império Babilônico foi vencido pela Pérsia, e
foram então libertos do cativeiro pelo rei Ciro. O livro de Esdras, embora leve
o seu próprio nome, ocupa seis dos dez capítulos narrando sobre os pioneiros
que voltaram do exílio babilônico para Jerusalém sob a liderança de
Zorobabel e Jesua, entre outros, num período que compreende pelo menos
uma geração inteira antes dele, pois a obra só se refere a Esdras a partir do
capítulo 7 do seu livro.

O número dos que voltaram nessa leva fora cinquenta mil pessoas, atendendo ao
decreto de Ciro, no ano 536 a.C.
Passados oitenta anos - em 456 a.C. - houve uma nova volta, embora em
número muito reduzido, agora sob a liderança de Esdras, o sacerdote e escriba.
Desta vez, o decreto partiu de Artaxerxes, o rei persa que estava no trono nessa
época. Esse novo grupo que voltou com Esdras, um grupo pequeno, a saber,
duas mil pessoas. Podemos dizer que a volta dos cativos aconteceu em duas
fases: Iniciou com Zorobabel no início do reinado de Ciro, (536 a.C.) e foi
concluída oitenta anos mais tarde, com Esdras.

1 - ESDRAS
Apresenta Jesus Cristo como nosso Restaurador.

1.1 - Título
O intitulado que recebe o nome de seu personagem principal, formava originalmente
um só livro com Crônicas e Neemias. A Bíblia evangélica e a hebraica moderna
dividem-no em dois, denominando-os de Esdras e Neemias, em homenagem às suas
figuras principais.
1.2 - Tema
Volta de Israel do Exílio, a fim de reconstruir o Templo para a Adoração.

1.3 - Autor
Esdras. O sacerdote Esdras é geralmente considerado o autor ou compilador
dos quatro livros históricos desse período: 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias.
Esdras como autor do livro, provavelmente, usou os seguintes materiais:
a) - As memórias de Esdras: evidências baseadas no fato de serem usadas tanto na
primeira como na terceira pessoa;
b) - Documentos e catálogos oficiais (Ed 4.7-6.18: 7.12-26) sobre o sacerdote Esdras;
c) - As memórias de Neemias (pelo fato de ser usada a primeira pessoa).

Esdras era filho de Seraías, o sumo sacerdote assassinado por Nabucodonosor em 586
a.C. (Ed 7.1; 2 Rs 25.18-22) e irmão de Josadaque, o sumo sacerdote levado cativo (1
Cr 6.15). Era sacerdote da casa de Arão (7.1-5), escriba hábil na Lei de Moisés (7.6),
preparado para ensinar em Israel (7.10). Atribui-se a Esdras a organização da sinagoga
e do Cânon do Antigo Testamento.
1.4 - Data em que Foi Escrito
Partindo do princípio que Esdras foi contemporâneo de Neemias (Ne 8. 1-9;
12.36), ele teve tempo hábil para concluir o seu livro entre o mês de abril de 456
a.C. - período em que ocorreu os acontecimentos documentados no capítulo
10.17-44, até o verão de 444 a.C., quando Neemias, vindo da corte persa
chegou a Jerusalém.

1.5 - Esfera de Ação


Desde a volta de Babilônia até o estabelecimento na Palestina, abrangendo
um período aproximado de 79 anos, de 536 a 457 a.C.

1.6 - Estrutura do Livro


Já observamos que o livro de Esdras possui duas partes distintas: Do capítulo 1 ao capítulo
6 somos informados da volta sob a liderança de Zorobabel; do capítulo 7 ao capítulo 10,
temos a volta da outra parte, sob a liderança de Esdras e os acontecimentos que
seguem.
A Volta Com Zorobabel (1-6) A Volta Com Esdras (7-10)

1. O decreto de Ciro (1.1-4) 1. O decreto de Artaxerxes (7.1, 11-26).

2. O líder Zorobabel 1.8; 2.2). 2. O líder Esdras, o escriba (7. 1-10).

3. Nomes e número dos 3. Nomes e número dos acompanhantes de


acompanhantes de Zorobabel (2.3-65). Esdras (8.1-20).

4. Utensílios sagrados e presentes (1.6- 4. Utensílios sagrados e presentes (7. 15-


11; 2.68-70). 22; 8.24-35).

5, A chegada a Jerusalém (3.1). 5. A chegada a Jerusalém (8.32).

6. Ministério profético: Ageu, Zacarias 6. Ministério intercessório de Esdras (9.1-


(5.1-6, 14). 15).

7. Resultado principal: A reconstrução 7. Resultado principal: Separação entre o


do templo (6.15-22). povo e os estrangeiros (10.1-44). 3
1.7 - Esboço
I - Reconstrução do Templo por Zorobabel ........... 1-6
II - Reforma Moral do Povo por Esdras ................ 7-10.

2 - NEEMIAS
Apresenta Jesus Cristo como nosso Restaurador.

O livro de Neemias comporta a historicidade do período de reconstrução e restauração


que durou os cem anos que se seguiram ao cativeiro babilônico. Neemias chegou a
Jerusalém no ano de 444 a.C. Já haviam se passado 94 anos desde o dia em que o
decreto de Ciro fora promulgado, decreto este que permitiu o primeiro retorno, e
aproximadamente 12 anos após Esdras retornar com o segundo grupo.
Neemias concentrou seus esforços e atenção na reconstrução dos muros de
Jerusalém, feito conseguido em 52 dias! Esdras e Neemias têm algumas qualidades em
comum: Uma fé inabalável; voltados à oração; patriotismo acentuado e uma
tremenda vontade de fazer algo em prol de seus concidadãos. No entanto, há um
grande diferencial entre ambos: Esdras era um professor da Lei, cujo principal interesse
era a restauração da vida espiritual; ao passo que Neemias era um governador civil,
embora também não era displicente com a sua religião, mas sua atenção se
voltou mais para a reconstrução das defesas militares e da segurança civil da
nação que estava renascendo. Um complementou o trabalho do outro.

2.1 - Título
A obra leva o nome de seu personagem principal, Neemias. A redação do
livro sugere que Neemias seja seu autor. Neemias era filho de Hacalias, irmão
de Hanani (1.1-2; 7.2) e trabalhava na corte do rei da Pérsia, como copeiro18
do rei Artaxerxes I.

2.2 -Tema
Reconstrução do muro e renovação da Aliança.

2.3 - Autor
Esdras e Neemias
2.4 - Data em que foi Escrito
Há fortes indícios de que a data em que Neemias completou a obra foi por
volta de 430 a.C., quando da sua segunda estada em Jerusalém, depois de ter
sido chamado pelo rei Artaxerxes para retornar temporariamente à Babilônia
(13.6). Isto ocorreu após estar ausente por longos doze anos, época em que
conseguiu sua primeira licença para ir à Jerusalém com a missão de reedificar
os muros (2.1,4-8). Observe: O decreto real autorizando a primeira viagem de
Neemias a Jerusalém foi no “mês de nisã”, no ano vigésimo do rei Artaxerxes
(2.1), data esta correspondente a março de 445 a.C.

A segunda viagem de Neemias a Jerusalém, após sua breve permanência


na Babilônia, ocorreu “no ano trinta e dois de Artaxerxes” (13.6), logo, doze
ou treze anos já haviam se passado desde o início dos trabalhos de
reconstrução, o que nos situa no ano 432 a.C. Sendo assim, considerando as
atividades descritas nos últimos parágrafos do livro, podemos seguramente
concluir que o livro não foi terminado antes de 432 a.C. e nos dá a entender
que foi escrito imediatamente após esta data, pois encontramos muita
lucidez na memória do escritor.
2.5 - Esfera de ação
Desde a primeira viagem de Neemias a Jerusalém para dar início às obras
de reconstrução dos muros, até a restauração do culto no templo e as devidas
reformas civis, morais e religiosas, concluídas na segunda viagem, cobrindo um
período de aproximadamente 12 anos (446 a 434 a.C.).

2.6 - Esboço
I- Reconstrução do muro da Cidade por Neemias . 1-7
II - Renovação da Aliança Mosaica por Esdras ........ 8-10
III - Registro e Reformas por Neemias ......................... 11-13.
3 - ESTER
Apresenta Jesus Cristo como nosso Advogado.

3.1 - Título
O título é devido à figura central do livro, “Ester”, que significa “estrela”.
Era o seu nome persa e “Hadhassâh” (no hebraico hS\d;h), (Murta) era o seu
nome judeu. É um dos dois livros do Antigo Testamento que levam o nome de
uma mulher; o outro é Rute.

3.2 - Tema
A contínua solicitude do Senhor por Israel mesmo na dispersão.

3.3 - Autor
Anônimo. Têm sido apresentados os seguintes, como autores prováveis:
a) - Agostinho atribuía a autoria a Esdras;
b) - O Talmude menciona a sua autoria à Grande Sinagoga, da qual Esdras
era presidente;
c) - Clemente de Alexandria, atribuía a Mardoqueu. O autor do livro era
evidentemente um judeu, pessoalmente familiarizado com o reino de Assuero e
com o palácio de Susã, sendo escrito pouco depois do final do reino de Assuero.

3.4 - Data em que Foi Escrito


460 a.C., aproximadamente. Provavelmente foi escrito logo após a morte
(465 a.C.) de Assuero (Xerxes), quando os seus relatórios foram completados
no livro da história dos reis (Et 10.2).

3.5 - Esfera de Ação


O período de tempo envolvido é de 10 anos, de 483-473 a.C.:
a) - Em 483 a.C., a rainha Vasti foi deposta (terceiro ano de Assuero).
b) - Em 479 a.C., a rainha Ester foi coroada (sétimo ano de Assuero).
c) - Em 473 a.C., houve o livramento dos judeus do Purim (décimo
terceiro ano de Assuero).
Os acontecimentos desse livro encaixam-se, cronologicamente,
entre os capítulos 6 e 7 de Esdras.
3.6 - Esboço
I - Grande Perigo de Extermínio dos Judeus ........... 1-5
II - Grande Livramento e Projeção dos Judeus ......... 6-10.
INTRODUÇÃO AO
POÉTICOS
INTRODUÇÃO AO
PENTATEUCO
INTRODUÇÃO AO
PENTATEUCO
INTRODUÇÃO AO
PENTATEUCO

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