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MÓDULO 6

A CULTURA DO PALCO
Muitos Palcos, Um Espetáculo
O TEMPO: 1618-1715

ANTIGO
REGIME

1618 1715
Inicio da Guerra dos 30 Anos Fim do Reinado de Luís XIV

Conflito que teve na base questões Agricultura de Subsistência


ECONOMIA Capitalismo Comercial
religiosas e rivalidades políticas

POLITICA Absolutismo Régio

SOCIEDADE Sociedade de Ordens

Liberdade Criativa/Proibição
CULTURA Racionalismo/Ascetismo
O TEMPO: 1618-1715

Outros consideram-no um período marcado por


Alguns veem o Antigo Regime como um período
uma crise generalizada em todos os domínios e
de esplendor assente na majestade do barroco
por profundos conflitos políticos,
e no brilho do Rei-Sol e da sua corte.
económicos, religiosos e culturais.

Os conflitos religiosos desestabilizaram a sociedade, a


economia, interferiram na governação e limitaram a
produção cultural, artística e científica

EXEMPLO
A AÇÃO DA INQUISIÇÃO E DO ÍNDEX

(Criados no Concílio de Trento exerceram uma


forte censura e limitaram a liberdade cultural e
científica).
O TEMPO: 1618-1715

ANTIGO REGIME
POLÍTICO

PARLAMENTARISMO ABSOLUTISMO

Inglaterra e Holanda Luís XIV: “O Estado Sou Eu”

• Regime em que os poderes do rei • Concentração de Poderes no rei.


estavam limitados pela existência do • Poder de origem divina.
Parlamento • Política de controlo interno.
O TEMPO: 1618-1715

ANTIGO REGIME
ECONÓMICO

PREDOMINIO DA
MERCANTILISMO
AGRICULTURA

Crises de Subsistência Dirigismo económico


(Fraca Produtividade) dos monarcas absolutos

• Causadoras de fomes e epidemias


EXPANSÃO DO CAPITALISMO
(estagnação e depressão de algumas
zonas). COMERCIAL
O TEMPO: 1618-1715

ANTIGO REGIME
SOCIAL

SOCIEDADE DE ORDENS

SOCIEDADE TRIPARTIDA E ASCENSÃO ECONOMICA DA BURGUESIA


HIERARQUIZADA (Capitalismo Comercial)

Cada Ordem tinha leis próprias


e diferenças de privilégios
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)

CORTE

Conjunto de pessoas que convivia em torno


de uma figura grande e poderosa
(Cortesãos)

Frequentada por outros nobres,


Situava-se nas cidades ou Habitada pela família e
diplomatas, artistas
arredores criadagem do dignatário
e homens de letras
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)

Idade Média Corte dos Príncipes e Reis

Evolução
Renascimento Corte dos Mecenas
da Corte

Corte-Estado (Luís XIV)


Antigo Regime
Ligada ao Absolutismo Régio
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)

Corte-Estado
Século XVII OBJETIVO
(Luís XIV)

Regulamentar as relações
de dependência sociais
da aristocracia

Orientava a aristocracia para


a obediência e culto ao rei através
de cerimónias e rituais próprios

Abrilhantada por cerimónias


Utilizava um código de
e festas de corte
comportamento e etiqueta
(luxo e excentricidade)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)

Esta idolatria pelo rei, mesmo a simples alegria de o contemplar,


manifesta-se a cada instante: “O que me dá um prazer supremo é viver
quatro horas inteiras com o rei... é o suficiente para contentar todo um
reino que deseja apaixonadamente ver o seu amo...” (Mme de Sévigné,
1683). A Grande Mademoiselle, prima do rei, escreve: “Ele é como
Deus, é necessário esperar a sua vontade com submissão e tudo
esperar da sua justiça e da sua bondade sem impaciência, para sermos
mais merecedores”. O duque de Richelieu exclama: “Prefiro morrer a
estar dois ou três meses sem ver o rei!”. Ou ainda o marquês de Vardes,
regressado do exílio depois de um longo afastamento: “Sire, longe de
vós não se é somente infeliz, é-se ridículo”. [...] O espetáculo mais
profundamente revelador é o da missa do rei, na capela, onde a
multidão de cortesãos, frente à tribuna real, volta as costas ao padre e
ao altar, e “parece adorar o príncipe e o príncipe adorar Deus”.
Hubert Méthivier, 1980 - Le Siècle de Louis XIV, Paris, PUF
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
A toilette da rainha era uma obra-prima de etiqueta; tudo se processava segundo um ritual predeterminado.
A dama de honra e a açafata presidiam e oficiavam à cerimónia, assistidas pela primeira dama de quarto e
por duas outras damas. A açafata vestia à rainha o saiote e dava-lhe a combinação. A dama de honor vertia-lhe a
água para as mãos e enfiava-lhe a camisa.
Se, por acaso, uma princesa da família real se encontrasse presente enquanto a rainha se vestia, a dama de honor
passava-lhe esta última função, mas não o fazia diretamente; nesse caso, a dama de honor dava a camisa à
primeira dama de quarto que, por seu turno, a dava à princesa de sangue real. Cada uma das damas observava
estas regras escrupulosamente, como fazendo parte dos seus direitos.
Numa manhã de Inverno sucedeu que a rainha, que já estava completamente despida, ia pôr a camisa que eu
tinha já tinha completamente desdobrada; a dama de honor acercou-se, tirou as luvas e pegou nela. Ouviu-se então
uma arranhadela na porta. Esta abriu-se e entrou a duquesa de Orleães: tirou as luvas e aproximou-se para pegar
na peça de vestuário; mas como teria sido errado por parte da dama de honor entregar-lha diretamente, esta deu-
ma e eu passeia-a à princesa. Mais um barulho na porta e entrou a senhora condessa da Provença; a duquesa de
Orleães deu-lhe a camisa. Todo este tempo a rainha manteve os braços cruzados sobre o peito, a tiritar de frio.
Madame (a condessa da Provença) deu-se conta do desconforto da situação e, apenas pousando o lenço, sem tirar
as luvas, vestiu-lhe a camisa e ao fazê-lo fez cair ao chão a touca que a rainha tinha posta. A rainha riu-se para
esconder a sua impaciência ao mesmo tempo que murmurava: “Que desagradável! Que cansativo!”.
Toda esta etiqueta, embora desagradável, estava de acordo com a dignidade real, que deveria encontrar serviçais
em todas as classes, começando pelos próprios irmãos e irmãs do monarca.
Ao falar de etiqueta, não me refiro à imponência majestática própria das grandes cerimónias de todas as
cortes. Refiro-me às pequenas cerimónias que rodeavam os nossos soberanos nos seus momentos mais privados,
nas suas horas de divertimento, de dor e até durante as mais terríveis enfermidades.

Madame de Campan (1752-1822), primeira dama de quarto de Maria Antonieta, Memórias da Corte de Maria Antonieta, Rainha de França, cap. V
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O Palácio passou de 700 habitantes
em 1664, para10.000 em 1744.
Representou a monarquia absoluta
de 1682 a 1789.

Embora dentro do espírito barroco,


nas fachadas, nos jardins e espelhos
de água.

É também um exemplo do
classicismo pela simetria, harmonia
e regularidade.

Versalhes é um espetáculo posto


num palco onde tudo converge para a
glória do Rei: arquitetura, pintura,
escultura, ornamentação, mobiliário e
jardins.
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
O LOCAL: A EUROPA DA CORTE (O MODELO DE VERSALHES)
OS PALCOS: A CORTE, A IGREJA E A ACADEMIA

A Corte

 Versalhes era o palco onde o rei era a


personagem principal e os nobres simples
figurantes de uma magnífica encenação –
Culto ao Rei.

 Ao quotidiano da etiqueta juntavam-se as


magníficas festas e os banquetes (exibições
do poder real). A festa dos Plaisirs
de l´Île Enchanté

A festa Plaisirs de líle Enchanté (1664) foi o nome dado a um festival


para a comemoração do início das obras da construção de
Versailles ( que se estenderam de 1664 a 1674), e cuja duração
abrangeu 7 dias (de 7 a 13 maio de 1664), realizadas em Versalhes, a
convite do Rei.
OS PALCOS: A CORTE, A IGREJA E A ACADEMIA

A Igreja

 Palco onde se lutava contra o


Protestantismo tendo-se tornado um
instrumento da Contrarreforma.

 Empenhada em seduzir os fiéis a Igreja


colocou a arte ao seu serviço e ao
serviço da religião.

 Barroco – arte-espetáculo (exuberância


decorativa onde os celebrantes dos
rituais se tornavam atores no palco
grandioso que era a igreja.
OS PALCOS: A CORTE, A IGREJA E A ACADEMIA

Arte ao Serviço da Religião e da Igreja

Utilização da imagem plástica


Apelo à sensação, imaginação
e da metáfora literária
e afeto dos fiéis (cativar os infiéis)
(Propaganda e doutrinação)

Igreja tornou-se palco de Sensações

O Barroco é a arte
das sensações e dos sentidos
OS PALCOS: A CORTE, A IGREJA E A ACADEMIA

O Barroco como arte dos


sentidos e das sensações
ao serviço da Igreja
OS PALCOS: A CORTE, A IGREJA E A ACADEMIA

A Academia

Os monarcas absolutos apoiaram


e incentivaram a formação de academias

Privilégios Regalias

OBJETIVO
REFORÇO DO PODER RÉGIO
(As Academias tinham regras que obedeciam ao gosto real)
OS PALCOS: A CORTE, A IGREJA E A ACADEMIA

Luís XIV

Academia da Música Academia das Ciências


(1669) (1666)

Academia Real Academia Real da Dança


Academia Francesa
de Pintura e Escultura de Paris (1661)
(1634)
(1634)
OS PALCOS: A CORTE, A IGREJA E A ACADEMIA

 Século XVII divulgou-se pela Europa o gosto pelo Teatro e pela Ópera – Meios de
entretenimento ligados à Corte e à ocupação dos cortesãos.

Desenvolvida por Cláudio Monteverdi –


“Orfeu” (1607)

ÓPERA

FRANÇA

1581 1661 Lully


Ballet de Cour Comédie Ballet Ópera-ballet
SÍNTESE 1: A MÍSTICA E OS CERIMONIAIS
SÍNTESE 2: A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA: A RAZÃO E A CIÊNCIA

O século XVII foi, também um século de revolução


científica e de racionalismo. A ciência rompeu com os
misticismos e justificações religiosas e mágicas:

• A ciência tornou-se atividade profissional.

• A física, a astronomia, a biologia e a química


afastaram-se do conhecimento empírico (senso
comum) e tornaram-se ciências autónomas.

• Os pensadores e artistas começaram a utilizar a


álgebra e a geometria como base das outras
ciências – Revolução Matemática. Galileu Galilei
(1564-1642)
• Os cientistas começaram a usar a razão e a
“A natureza está escrita
experimentação de forma metódica e sistemática em linguagem matemática.”
– Deram origem à ciência moderna e quantitativa.
SÍNTESE 2: A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA: A RAZÃO E A CIÊNCIA

Francis Bacon (1561-1626) – Criador do Método Experimental

• Observação
• Formulação de hipóteses
• Experimentação
• Elaboração da Conclusão

Método Cientifico
ou
Experimental
René Descartes (1561-1626) – Criador do Discurso do Método

• Defende a dúvida metódica para construir o


conhecimento.
• Nunca aceitar algo como verdadeiro.
• Conduzir os pensamentos ordenadamente dos mais
simples aos mais complexos.
• Fazer as experiências necessárias para comprovar a
teoria.
SÍNTESE 2: A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA: A RAZÃO E A CIÊNCIA

Para a revolução cientifica do século XVII


contribuíram a criação de bibliotecas, laboratórios,
de observatórios e a divulgação de revistas e livros.

Esta revolução cientifica foi a origem das grandes


revoluções industrial e agrícola do século XVIII .
BIOGRAFIA: O REI-SOL, LUÍS XIV (1638-1643-1715)

 O seu reinado marcou o apogeu da França e dominou política


e economicamente os seus pares europeus, tendo convivido,
nas artes e nas letras, com um dos momentos mais brilhantes
que fizeram da cultura e civilização francesas modelos
copiados em toda a Europa. Daí que o século de Luís XIV
tenha sido apelidado de o Grande Século.

 Na sua corte (o Palácio de Versalhes), viveu rodeado de luxo


e de cortesãos subservientes, num cerimonial rigoroso, onde
os deveres do Estado e da religião coexistiam com os
prazeres mundanos e do espírito.

 Centro de todas as atenções, a figura do rei, imposta pela


admiração e pelo medo, foi objeto de culto e adoração, como
se fosse a imagem viva da divindade - o Sol.

“Uma personalidade complexa, orgulhosa e até


enfatuada, sôfrega de fausto e prazeres, mas também
um trabalhador paciente e consciencioso. ”
BIOGRAFIA: O REI-SOL, LUÍS XIV (1638-1643-1715)

 Internamente, restringiu os poderes dos privilegiados


e atribuiu aos nobres cargos puramente honoríficos
na corte, submetendo-os ao seu controlo e disciplina.

 Organizou o aparelho político- administrativo


apoiando-se num funcionalismo qualificado.

 No campo religioso, pretendeu cumprir a máxima: um


Estado, uma religião.

 No campo cultural, agrupou artistas e sábios em


academias que patrocinou e acarinhou com as suas
encomendas, impondo um verdadeiro " estilo
monárquico", de características clássicas.

 Externamente, quis repor as fronteiras naturais do


reino (Gália), objetivo que lhe valeu o envolvimento
em várias guerras.
BIOGRAFIA: O REI-SOL, LUÍS XIV (1638-1643-1715)

 Luís XIV rei de França, é considerado por muitos


autores o inventor do luxo, pois deixou-nos um legado
de símbolos de status e sofisticação, durante o seu
reinado, nomeadamente:

 Os perfumes;

 Os diamantes;

 O champanhe;

 A gastronomia;

 Os sapatos de salto-alto;

 Os salões de cabeleireiros, assim como dos


primeiros criadores da alta-costura.
ACONTECIMENTO: TRATADO DE UTREQUE (1713)
• O Tratado de Utreque (depois completado pelos Tratados
de Rastatt (1714) e de Baden (1714) foi o documento que
pôs fim e regulamentou a paz entre as potências beligerantes
na chamada Guerra da Sucessão de Espanha
regulamentando a paz entre as potências beligerantes, em
1713.

• Causas:

• O conflito deflagrou quando Carlos II de Espanha (1665-


1700) morreu sem deixar descendência.

• Países envolvidos:

• Num lado, a Espanha, França e a Casa de Wittelsbach


(Baviera e Colónia);

• Do outro lado, a Grande Aliança de Haia ( Inglaterra,


Holanda, Áustria, Prússia, Hanôver, Portugal, o Sacro
Império e a Saboia.
ACONTECIMENTO: TRATADO DE UTREQUE (1713)

• Decisões do Tratado:

• Repartição da herança entre Filipe (neto


de Luís XIV), Áustria e Inglaterra.

• Consequências:

• Pôs termo à hegemonia francesa,


nivelando as forças europeias;

• Beneficiou principalmente a Inglaterra (que


adquiriu novas colónias e novos privilégios
comerciais);

• Fez passar para o primeiro plano da cena


política europeia duas potências até aí
secundárias, a Prússia e a Saboia.

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