Eficiência Energética em

sistemas de Refrigeração
Comercial e Industrial
Disciplina: Eficiência Energética
Equipe: BELUÁRIO BENJAMIM MANJATE
DAVI FERNANDES ANANIAS DA ROCHA
TOMÁS ADÃO GONÇALVES
 Introdução

 A refrigeração é definida como qualquer processo que vise transferir

continuamente a energia térmica de uma região de baixa temperatura
para uma de maior temperatura.
Introdução

efeito magnetocalórico
 Introdução

 A utilização dos sistemas de refrigeração é indispensável e, como

consequência, o uso da energia elétrica para acionamento dos motores e
outros equipamentos associados a estes sistemas.

 A refrigeração tem aplicações em diversas atividades, tais como a

conservação de alimentos e a climatização de ambientes. Ela pode ser
utilizada para fins domésticos, comerciais e industriais.
 Introdução

Possibilidade de
Consequências no reduzir os custos dos
Importante
Meio ambiente produtos ou serviços.
contribuição

O conhecimento das técnicas de geração, distribuição e de seu uso

possibilita a redução do consumo de energia e, consequentemente, de
seu custo.
 Aplicações

 A refrigeração encontra aplicações em diversos setores.

 Dependendo da faixa de temperatura de evaporação, os sistemas de

refrigeração podem ser classificados como:
• Sistemas de baixa temperatura -40ºC ≤ Tevap ≤ - 18ºC
• Sistemas de média temperatura -18ºC ≤ Tevap ≤ 0ºC
• Sistemas de alta temperatura Tevap > 0ºC
 Aplicações

 Armazenamento de alimentos resfriados e congelados,

 Processamento de alimentos,
 Condicionamento de ar na indústria,
 Indústria de manufatura,
 Indústria da construção,
 Indústria química e de processo.
 Aplicações

Armazenamento de alimentos resfriados e

congelados:
 O tempo de conservação dos alimentos
pode ser aumentado pelo
armazenamento a baixas temperaturas.
(temperaturas próximas de 0ºC. )
 O período de conservação dos
alimentos pode ser aumentado ainda
mais pelo do congelamento. (-23ºC a -
18ºC, exceções: -30º.)
 Aplicações

Processamento de alimentos:
 No processamento de alimentos, a refrigeração é
utilizada para provocar mudança das
características ou, mesmo, da estrutura química.
(queijo e vinho)

Condicionamento de ar na indústria,
 objetivo satisfazer as condições requeridas pelo
processo.
 Nível de temperatura, o controle da umidade e o
elevado índice de filtragem e remoção de
contaminantes.
 Aplicações

Indústria de manufatura:
 processo de usinagem e conformação
de materiais e na fabricação de
produtos metálicos ou de outros
materiais.
Indústria da construção:
 Resfriamento prévio dos componentes
do concreto, ou ainda, o resfriamento
do próprio concreto por meio de dutos
embutidos no seu interior.
 Aplicações

Indústria química e de processo:

 Presentes em indústrias químicas, petroquímicas, de
refino de petróleo e farmacêutica.
 As operações em que a refrigeração é normalmente
aplicada são:
• Separação e condensação de gases;
• Separação de um produto químico de uma mistura
através da solidificação; controle de pressão no interior de
vasos de armazenamento mediante a redução da
temperatura;
• e remoção de calor em reações químicas.
Principais Dispositivos de um Sistema de
Refrigeração
 Comprenssores

O compressor é um dos principais componentes do sistema de refrigeração. Sua

função é aumentar a pressão do fluido refrigerante e promover a circulação desse
fluido no sistema.
Os principais tipos de compressores utilizados são:
 Alternativo
 Parafusos
 Palhetas
 Scroll
 Centrífugo. (Máquina de fluxo)

A escolha do tipo de compressor depende, essencialmente, da capacidade da

instalação, que pode ser dividida, em termos de temperatura de vaporização e do
fluido frigorífico utilizado.
Compressor centrífugo Compressor palhetas

Compressor Scroll

Compressor
Compressor parafuso
alternativo
 Condensadores

 O condensador é o componente do ciclo de refrigeração, é basicamente

um trocador de calor responsável por transferir o calor do sistema para o
ar ou água. O calor é absorvido pelo evaporador e deslocado para o
condensador pelo compressor.
 São identificados de acordo com o fluido para o qual transferem calor:
 Condensador resfriado a ar
 Condensador resfriado a água
 Condesador

 Resfriado a Ar
 Resfriado a Água
 Evaporador

 O evaporador é um trocador de calor que absorve o calor para o

sistema de refrigeração. Ele recebe líquido refrigerante frio, de
baixa pressão vindo do dispositivo de expansão e através da
absorção do calor de alguma substância, vaporiza-o em seu
interior. Essa substância pode ser o ar, água, outro fluído ou mesmo
um sólido.
 Assim, de acordo com a substância ou meio a ser resfriado, os
evaporadores podem ser classificados em:
 Evaporador para ar
 Evaporador para líquidos
 Evaporador de contato.
 Evaporadores

Evaporador para ar Evaporador para líquidos Evaporador de contato

 Dispositivos de
expansão
 Tem a função de reduzir a pressão do
refrigerante desde a pressão de condensação
até a pressão de vaporização. Ao mesmo
tempo, este dispositivo deve regular a vazão de Válvula de
Válvula de expansão expansão
refrigerante que chega ao evaporador, de modo
eletrônica termostática
a satisfazer a carga térmica aplicada ao mesmo.
 Alguns dos principais tipos de dispositivos de
expansão são:
• válvula de expansão termostática
• válvulas de expansão eletrônicas
• válvulas de bóia
• tubos capilares

Válvula de bóia Tubos capilares

 Medidas de Eficiência Energética

 Na análise de sistemas de refrigeração, em relação a sua utilização, condições de operação

devem ser considerados varios itens a ser verificados tendo em conta que acarretam o
consumo excessivo de energia tais como:
• níveis de temperatura adotados para as câmaras frigoríficas
• tipo e nível de iluminação artificial adotado
• condições de armazenagem de produtos nos espaços refrigerados
• local de instalação do espaço refrigerado, isto é, instalação próximo a fontes de calor e/ou em locais
sujeitos a incidência de raios solares
• inexistência de controle manual (interruptor) ou automatizado (batente da porta) da iluminação
interna
• presença de impurezas (óleo e/ou poeira) nas aletas e tubos do condensador
 Avaliações Quantitativas

 PERDAS DEVIDO AO NÍVEL INADEQUADO DE TEMPERATURA (Pt)

Quando for verificada uma condição de temperatura abaixo da temperatura
recomendada para uma determinada aplicação, a perda de energia é calculada em
função da quantidade de calor Q retirada em excesso:
𝑄 = 𝑉.ሶ 𝜌𝑎𝑟 . 𝑐𝜌𝑎𝑟 . ∆𝑡 𝑘𝑐𝑎𝑙 Τℎ
Esta perda Q é uma porcentagem da capacidade de geração 𝐶𝑔 [kcal/h.
𝑄
𝑃𝑡 = .𝐶
𝐶𝑔 𝑚
𝑉ሶ é a vazão do forçador
𝜌𝑎𝑟 é a massa específica do ar
𝑐𝜌𝑎𝑟 é o calor específico do ar
Cm é consumo de energia do motor do compressor
Cg-capacidade de geração
 Perda devido ao tipo inadequado de
iluminação (Pil)
 Pode se obter um ecônomia em câmaras acima dos 5⁰C, substituindo se lâmpadas
incadescentes por fluoescentes visto que elas são mais eficientes e operam melhor
nessa faixa de temperatura.
 Para temperaturas menos de 5⁰C essa substituição não é mais valida devido à
dificuldade das lâmpadas fluorescentes darem partida em temperaturas abaixo de
5⁰C.
 Considerando o nível de iluminação indicado tecnicamente, superfície da câmara,
e o regime de funcionamento da câmara iluminação inadequada é dada por:

𝑁𝑖𝑛𝑐 𝑃𝑖𝑛𝑐 − 10 . 𝑆𝑐
𝑃𝑖𝑙 = . ℎ𝑑𝑖𝑎 . 𝐷𝑚ê𝑠
1000

𝑁𝑖𝑛𝑐, 𝑃𝑖𝑛𝑐 indicam respectivamente, o número de

lâmpadas incandescentes e a potência de cada lâmpada;
𝑆𝑐 é a área da câmara em 𝑚2 ;
ℎ𝑑𝑖𝑎 é o número de horas estimada de funcionamento da iluminação
𝐷𝑚ê𝑠 é o número de dias de utilização da câmara por mês
Perda devido a inexistência de
termostato ou pressostato (Pit)
 Os equipamentos de geração de frio são dimensionados para operar em
média cada ciclo de 24 horas. Na falta de acessórios de controle
(termostato funcionamento será contínuo, o que provoca desperdício de
energia. Adotando-média de 6 horas/dia, o que implica um período de
funcionamento de 18 horas/falta deste tipo de controle pode ser
determinada por:

𝑃𝑖𝑡 = 6/24.𝐶𝑚=0,25∙𝐶𝑚 [𝑘𝑊ℎ𝑚ê𝑠]

Perdas por incidencia de raios solares

 Essas perdas podem ser estimadas em função das dimensções da câmara, da

diferença entre a temperatura interna e externa do material e espessura do
isolamento.
 A quantidade de calor introduzida na camara estima se considerando como
efetiva apenas a camada isolante desprezando o reboco, paredes etc.
𝑄 𝐾𝑖
=
𝑆 𝑙𝑖

𝑄
Se Q>10kcal/m², então calcular: 𝑄𝑖𝑟𝑟 = − 10 𝑆
𝑆

𝑄𝑖𝑟𝑟
𝑃𝑖𝑟𝑟 = . 𝐶 𝑘𝑤ℎ/𝑚ê𝑠
𝐶𝐺 𝑚
Avaliações qualitativas

 Alguns problemas podem ser avaliados mas não quantificados no entanto

é importante resolvê- los, ja que sua eliminação resulta em redução de
perdas e no aumento da eficiência do sistema
Alguns desses problemas são:
 Exame da forma do armazem de produtos refrigerados
 Instalação do espaço refrigerador próximo a fontes de calor
 Inexistencia de controle de iluminação interna
 Condensador em local obstruido dificultando circulação de ar.
Plano de ação
1ª Etapa: Conhecimento do sistema e da
instalação onde está inserido
1ª Etapa: Conhecimento do sistema e da
instalação onde está inserido

Conhecimento do sistema
Sistema de geração de Sistema de armazenagem
Sistema de distribuição
frio (ou uso final)

Balanço de energia
Identificação de oportunidade de
Identificação de Perdas
melhorias
1ª Etapa: Conhecimento do sistema e da
instalação onde está inserido

Indicar a localização dos componentes do

sistema e as condições nominas (T, P e Q).

Analisar os dados
Criar um perfil
e estabelecer os Caraterização dos parâmetros
valores de
especifica operacionais
referência

Levantar os dados reais (medições).

 2ª Etapa: Identificação e Seleção das
Oportunidades de Melhorias (sistema genérico)
 Oportunidades para melhorar a eficiência
na geração de frio

Oportunidade Descrição

Facilitar a circulação do ar através dos Melhora a transferência de calor, possibilitando

evaporadores o aumento da temperatura de evaporação

Manter a superfície de transferência de calor Melhora a transferência de calor nos

limpa evaporadores e condensadores

Não instalar o condensador em locais sujeitos a

Diminui a temperatura do condensador
radiação solares ou próximo a fonte de calor
 Oportunidades para melhorar a eficiência
na distribuição

Oportunidade Descrição

Reduz o ganho de calor nas linhas que

Utilizar isolamento eficiente em tubulações e
transportam fluidos refrigerante ou outro fluido a
tanques
baixa temperatura

Minimiza as perdas destes fluidos e mantem o

Eliminar vazamento de fluido refrigerante sistemas funcionando no nível adequando de
pressão e evaporação

Trocar periodicamente os filtros e secadores Reduz a perda de pressão no sistema

 Oportunidades de melhoria da eficiência
no uso final

Oportunidade Descrição

Reduz o ganho de calor devido aos

Desligar os equipamentos no interior das
equipamentos do interior da câmaras e o seu
câmeras quando não estão em uso
próprio consumo de energia

Utilizar sistema de iluminação eficiente com Reduz ganho de calor devido ao sistema de
controle automático iluminação e o seu próprio consumo de energia

Reparar e eliminar todos os vazamentos de ar na

Reduz o ganho de calor por infiltração de ar
câmara frigorifica
 Oportunidades de melhoria da eficiência
no sistema (sistema genérico)

Área para melhorias Energia Economizada

Redução da temperatura de condensação
Aumento da temperatura de evaporação
Subresfriamento do refrigerante
Redução do superaquecimento
2 a 3% para cada 1*C de redução
1 a 4% para cada 1*C de aumento
1%(media temperatura) e 9% (baixa
temperatura)
1 a 1,5%
3ª etapa: Implementação das ações
definidas
Implementação das ações definidas no
sistema específico

Planejar todas Comparar Corrigir as

as atividades com a meta dificuldades
necessárias estabelecida que surgiram

Confirmar a Medir as
disponibilidade melhorias
de recursos obtidas

Documentar as
Implementar a
atividades e
medida
custos
4ª etapa: Avaliação dos resultados

Fonte: Manual de Refrigeração - Procel

 Oportunidade para melhoraria da
Eficiência

• Aumento da temperatura de evaporação

• Manutenção
Geração
de Frio • Analise do COP

• Isolamento das tubulações

Distribuição • Troca do filtro secador
de Frio

• Condições de Armazenamento
Uso Final
• Ganho de calor através da estrutura da câmara
 Referências Bibliográficas

 Manual de Refrigeração Industrial e Comercial. Procel.

 Livro Eficiência Energética em Sistemas de Refrigeração Industrial e Comercial.
Procel.
 http://www.emersonclimate.com/en-
us/Products/Compressors/Scroll_Compressors/copeland_scroll_residential/Publis
hingImages/22112_MR-out.png
 http://www.airsec.com.br/imagens/servicos/manutencao-compressores-
palheta.jpg
 http://d12lxse19fk4mq.cloudfront.net/img/produtos/1302/compressor-de-ar-
rotativo-parafuso-schulz-srp-16-pes-5-hp-ref-1302-filetype(detalhes)1.jpg
 http://www.ptf-esti.pt/pt/produtos/compressores-de-ar/boge/compressores-
alternativos-de-pistao
 http://www.refrigeracao.net/Imagens/Compressor_centrifugo.jpg
Referências Bibliográficas

 http://www.osmag.com.br/pub/201012/140.jpg
 http://www.apema.com.br/wp-
content/uploads/2014/05/ondesadores_cascosetubos1.jpg
 http://k2arcondicionado.com.br/uploads/images/pages/evaporador.jpg
 http://www.atecmetais.com/imagens/informacoes/tubos-capilares-03.jpg
 http://www.aquasuper.com/wp-content/uploads/2015/02/Válvula-Bóia-de-Alta-
Vazão.jpg
 https://sanhualatam.com/uploads/images/products/electronic-expansion-valve-series-
dpf-t-s-3-514c5ec721c747.52332459.jpg
 http://polipartes.vteximg.com.br/arquivos/ids/267180-1000-1000/068Z3346---
3206.jpg?v=635259832631000000
 http://friopecas.vteximg.com.br/arquivos/ids/159764-1000-1000/32785-Evaporador-
Refrigerador-Consul-CRA28A.jpg?v=635730031101130000
 http://img.directindustry.com/pt/images_di/photo-m2/21365-2445917.jpg