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PROGRAMA DE NOÇÕES

BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

Rodrigo Camargos Couto


Cirurgião-Dentista
Perito Criminal Nível Especial, Odontolegista IML-BH/MG
Especialista em Prótese Dental
Especialista em Odontologia Legal
Mestre e doutorando em Ciências da Saúde – Infectologia – Medicina Tropical – Faculdade de Medicina da UFMG
CESPE – Curso Superior de Polícia Civil

rodrigocamargoscouto@gmail.com.br
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

CONCEITOS

MEDICINA / PREVENTIVA E SOCIAL

MEDICINA / CURATIVA E CLÍNICA

MEDICINA / LEGAL
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

CONCEITOS

MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL

Diagnóstico, política pública


ou privada, terapêutica
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CONCEITOS

MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL

Saúde Coletiva
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CONCEITOS

MEDICINA CURATIVA E CLÍNICA

Diagnóstico, Prognóstico,
Terapêutica
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

Diagnóstico, Classificação,
Enquadramento Jurídico
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

Transcende o homem como pessoa


atingindo o interesse social. Tem a ver com
o direito, criminologia, sociologia.
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL – MEDICINA DO TRABALHO

“Os legistas estudam as lesões e suas sequelas para


informar à justiça. A atuação do medico legista transcende do
interesse individual e particular para se projetar na ordem
social; torna-se um ramo de serviços públicos, necessários a
boa administração da justiça.
(João Bosco Pena)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL – MEDICINA DO TRABALHO

Os “não legistas estudam as lesões ou sequelas dos


pacientes com a finalidade de devolver-lhes ou minorar sua
saúde debilitada ou perdida. Não estão eles preocupados em
emitirem laudos com finalidades judiciais.”

(João Bosco Pena)


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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“É a aplicação dos conhecimentos médicos e biológicos


na elaboração e execução das leis que deles carecem”

Flamínio Fávero
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“É a arte de fazer relatórios em juízo”


(Anbrósio Paré)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“É aplicação dos conhecimentos médicos aos


problemas judiciais”

(Nério Rojas)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“É a ciência do médico aplicada


aos fins da ciência do Direito”
(Buchner)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“É a arte de pôr os conhecimentos


médicos ao serviço da justiça”

É a disciplina que utiliza a totalidade das


ciências médicas para dar respostas às questões jurídicas”

(Bonnet)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“É a medicina a serviço das ciências


jurídicas e sociais”
(Genival Veloso França)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“Não se preocupa apenas com o indivíduo enquanto vivo.


Alcança-o no ovo e pode vasculhar-lhe na escuridão da
sepultura. Sua eficiência está bem caracterizada na sua
definição; contribuir do ponto de vista médico para a
elaboração, interpretação e aplicação das leis”

(Genival Veloso França)


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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“É o conjunto dos conhecimentos médicos e paramédicos


destinados a servir ao direito, cooperando na elaboração,
auxiliando na interpretação e colaborando na execução dos
dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina
aplicada”

(Hélio Gomes)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“O objeto da medicina legal se deduz de um caráter de ciência auxiliar do


direito, o que lhe dá uma natureza eminentemente aplicativa, completada
de forma harmônica com uma manifestação teórica e doutrinária. Utiliza
técnicas e métodos que incorporou de campos afins ou que desenvolveu
por si mesma para s casos que requerem procedimentos especiais que
não são necessários para outros ramos da medicina

(Gisberg Calabuig)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

Podemos dizer que tem, segundo Simonin:

Natureza médica

Espírito jurídico

Caráter social
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“Não basta à um médico ser simplesmente médico para que se julgue


apto a realizar perícias, como não basta para que faça intervenções
cirúrgicas. São necessários estudos mais acurados, treino adequado,
aquisição paulatina da técnica e da disciplina. Nenhum médico, embora
eminente especialista na área médica, está apto a ser perito pelo simples
fato de ser médico.
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

É lhe indispensável educação médico legal, conhecimento da


legislação que rege a matéria, noção clara da maneira como
deverá responder os quesitos, prática na redação dos laudos
periciais. Sem esses conhecimentos puramente médico legais,
toda sua sabedoria será improfícua e perigosa”

(Hélio Gomes)
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL – CARÁTER SOCIAL

M. L. envolve toda a medicina: tem espírito jurídico porque


aplica os conhecimentos médicos e biológicos no direito
constituindo e constituído, bem como conhecimentos jurídicos no
campo médico; caráter social porque sua atuação transcende o
homem como pessoa e irradia-se, projeta-se, no âmbito social,
toda vez que o bem coletivo se faz presente.
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL – LEGAL

“É a ciência que relaciona a ao Direito, ganhando importância


capital nas identificações humanas; é a arte de aplicar todos os
conhecimentos odontológicos à ação dos poderes públicos; é a
forense;
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

É a especialidade que tem como objetivo a pesquisa de


fenômenos psíquicos, físicos e biológicos que podem atingir ou
ter atingido o homem vivo, morto ou em ossada, e mesmo
fragmentos ou vestígios, resultando lesões parciais ou totais,
reversíveis ou irreversíveis.
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

“A atuação da legal restringe-se a análise, à perícia e avaliação


de eventos relacionados com a área de competência do
cirurgião-dentista, podendo, quando as circunstâncias o
exigirem, estender-se à outras áreas, se disso depender a busca
da verdade, no estrito interesse da justiça e da administração.”

Robson Paredes Moreira - 1999


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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL – RELAÇÕES

Relaciona-se diretamente com todas as especialidades médicas e


criminalísticas (química, balística, física, toxicologia, dactiloscopia, etc.)

Também com a sociologia, assistência social, psicologia, economia,


demografia, filosofia, estatística, informática e ecologia.
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CONCEITOS

MEDICINA LEGAL

RELAÇÕES COM O DIREITO E CIÊNCIAS SOCIAIS

Direito penal, Civil, Administrativo, Processual Penal e Civil,


Constitucional, lei das contravenções penais, Trabalhista,
Penitenciário, Desportos, Internacional Público e Privado,
Ambiental, Canônico, Comercial.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERÍCIA MÉDICO LEGAL

Conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade o


esclarecimento de um fato de interesse da justiça. Ou como um ato pelo
qual a autoridade procura conhecer, por meios técnicos e científicos, a
existência ou não de certos acontecimentos, capazes de interferir na
decisão de uma questão judiciária ligada a vida ou à saúde do homem ou
que com ele tenha relação.”
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PERÍCIAS E PERITOS
PERÍCIA

Qualidade do Perito; diligência de caráter técnico e especializado; exame


que, por determinação da autoridade Policial ou Judiciária, realiza-se com
a finalidade de elucidar fato ou evidenciar estado ou situação de interesse
da justiça, podendo ser realizada no vivo, no cadáver, no esqueleto, no
local, em animais, objetos e coisas; são operações destinadas a ministrar
esclarecimentos técnicos à justiça.”
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PERÍCIAS E PERITOS
PERÍCIA

O que o juiz necessita é que, no momento em que se faz o


reconhecimento da natureza da lesão, do agente que a produziu, sua
extensão, partes anatômicas interessadas, estado geral da vítima,
repercussões sobre sistemas orgânicos, o Legista sintetize em breve juízo
seu diagnóstico e mesmo o prognóstico, ajustado às prescrições cogentes
do texto legal.
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PERÍCIAS E PERITOS
DECÁLOGO DE NÉRIO ROJAS
Dez mandamentos do perito

1. O perito deve atuar com a ciência do médico, a veracidade do


testemunho e a equanimidade do juiz;
2. É preciso abrir os olhos e fechar os ouvidos;
3. A exceção pode ter tanto valor como a regra;
4. Desconfiar dos sinais patognomônicos;
5. Deve-se seguir o método cartesiano;
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PERÍCIAS E PERITOS
DECÁLOGO DE NÉRIO ROJAS
Dez mandamentos do perito

6. Não se fiar na memória;


7. Uma autópsia não pode refazer-se;
8. Pensar com claridade para escrever com precisão;
9. A vantagem da Medicina Legal está em não formar uma inteligência
exclusiva e estreitamente especializada
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO

Do latim peritus, a, um que sabe por experiência, hábil, instruído.

É a pessoa a qual incumbe a realização de exames técnicos de sua


especialidade ou competência, para esclarecimento dos fatos que são
objeto de Inquérito Policial ou Processo Judicial.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO

É o especialista em determinada matéria, encarregado de servir como


auxiliar da justiça, esclarecendo pontos específicos distantes do
conhecimento jurídico do magistrado.

O Perito pode ser oficial – quando funcionário do Estado – sendo-lhe


dispensado o compromisso, pois investido da função por lei, ou nomeado
pelo juiz, quando deverá ser compromissado a bem desempenhar a sua
função.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO

Podem ser:
1) Oficiais

2) Louvados, nomeados, designados, não oficiais, ad hoc

3) Assistentes técnicos
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO
OFICIAIS

Exercem o cargo e a função por atribuição de cargo público como os


médicos legistas, peritos criminais e odontolegistas. Têm como obrigação
efetuar os exames de corpo de delito e outras perícias requisitadas pela
autoridade ao diretor do órgão ao qual está lotado, cabendo-lhes os
exames, a elaboração e assinatura dos laudos correspondentes.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO
OFICIAIS (cpp art. 159, lei 8.862/94)

Devem ter:

• Formação universitária

• Dentro das normas do concurso

• Conhecimento especializado
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO
LOUVADOS, NOMEADOS DESIGNADOS, NÃO OFICIAIS ou AD HOC
Art. 145 CPC

Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o


juiz será assistido pelo perito, segundo o disposto no art. 421. §1. Os
peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário,
devidamente inscritos no órgão de classe competente...
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO
LOUVADOS, NOMEADOS DESIGNADOS, NÃO OFICIAIS ou AD HOC
Art. 145 CPC

Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o


juiz será assistido pelo perito, segundo o disposto no art. 421. §2 Os
peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre a que deverão
opinar; mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO
LOUVADOS, NOMEADOS DESIGNADOS, NÃO OFICIAIS ou AD HOC
Art. 434.

Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de


documento, ou for de natureza médico legal, o perito será escolhido, de
preferência entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO

Nota-se claramente que os peritos oficiais, por pertencerem aos


estabelecimentos oficiais especializados, detém maior especialização na
matéria, além de estarem sujeitos às regras das instituições as quais estão
vinculados e, por isso, prevê a preferência na escolha, porém sempre
prevalecendo o critério de confiança do juiz, o qual tem a liberdade de
nomear mesmo outros profissionais de acordo com os seus critérios.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO
ASSISTENTES TÉCNICOS

Os assistentes são profissionais de confiança apenas da parte que o


indicou.

Elaboram seus pareceres técnicos com correção técnica porque têm


compromisso com a verdade técnica
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PERÍCIAS E PERITOS
PERITO
ASSISTENTES TÉCNICOS

Art. 422 do CPC; Os assistentes técnicos são de confiança da parte, não


sujeitos a impedimento e suspeição. Assumem portanto claramente o
papel de consultor e assistente da parte.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERÍCIA
CP. Art. 6º Logo que tiver conhecimento da
prática de infração penal, a autoridade deverá:

VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e


a quaisquer outras perícias
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PERÍCIAS E PERITOS
CORPO DE DELITO

Prova da existência de um crime.

EXAME DE CORPO DE DELITO

Conjunto de elementos físicos ou materiais, principais ou acessórios,


permanentes ou temporários, que corporificam a pratica criminosa.
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PERÍCIAS E PERITOS
PERÍCIA

É exame de algo ou alguém realizado por técnicos ou especialistas em


determinados assuntos, podendo fazer afirmações ou extrair conclusões
pertinentes no processo penal. Trata-se de um meio de prova.
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PERÍCIAS E PERITOS
DIFERENÇAS

CLÍNICO LEGISTA

 Estudam lesões e sequelas para devolver-lhes  Estudam lesões e sequelas para informar à
ou minorar a debilidade perdida. justiça

 Interesses: a liberdade, a honra, a estima, a


vida, os interesses materiais
 Hoje devem ser especialistas no que fazem e
ter excelente formação médica generalista
 Ampla formação médica e formação jurídica
para compreender o sentido das missões e
alcance das conclusões, que serão utilizadas
por magistrados,

 Não têm obrigação de serem especialista em


cada matéria
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PERÍCIAS E PERITOS
DIFERENÇAS

CLÍNICO LEGISTA

 Observa a vida ameaçada e debilitada que  Participa na defesa da coletividade contra o


lhe traz compaixão crime, estuda os instintos e suas
manifestações sangrentas
 O quê lhe interessa é a lesão e sua
evolução clínica  Interesse vai além: quer saber autoria,
instrumento, sequelas, manifestações
 O quê interessa é salvar a vida ou
definitivas
restabelecer a saúde

 Encontra na família do enfermo boa


 Encontra um indivíduo muitas vezes com
desejo de vingança, que pratica sugestão,
vontade, sinceridade, confiança, vontade de
simulação, metasimulação para diminuir
ajudar na busca da cura
obrigações e aumentar direitos
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PERÍCIAS E PERITOS
DIFERENÇAS

CLÍNICO LEGISTA

 Papel de aliado ou salvador  Papel de porta-voz da acusação

 Trata as lesões cronologicamente perto da  Examinam as lesões depois de tratadas pelo


produção clínico

 Vê lesões no morto que não representam  Vê lesões no morto que traduzem muito a
sentido: não há possibilidade de cura respeito do crime, sua autoria e sua dinâmica

 O morto representa objeto de estudo,  Busca a compreensão do fato em sua


doações de órgãos, ilustração e curiosidade totalidade, o como, o quando e o porque
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PERÍCIAS E PERITOS
DIFERENÇAS

CLÍNICO LEGISTA

 Prontuário de atuação profissional protegido  Documentos se transformam em documento


pelo sigilo profissional oficial e público

 Oferecem seus conhecimentos às  Trabalham sob a autoridade da justiça e para


prevenções e tratamentos dos estados constatar estados mórbidos de seus
mórbidos de seus pacientes periciados.

 Exames complementares para diagnóstico  Exames complementares para constatação e


de cura avaliação

 Hoje em dia, muitas vezes, estabelece dia e  A lei tolera mas a moral não consente
hora para a morte e o nascimento
 Estima a cronologia da morte ou do
nascimento
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME

Todo fato que a lei proíbe sob ameaça de uma pena, ou seja, é o ato que
ofende ou ameaça um bem-interesse jurídico tutelado pela lei. A Pena é
recurso de que se vale o legislador, porque, de outro modo, não seria
possível assegurar a manutenção da ordem jurídica.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME

BEM tudo que possa satisfazer as necessidades do homem

INTERESSE avaliação subjetiva do bem como tal

A lei (CP) parte da tutela do homem, protegendo depois os bens


interesses da família, a seguir os relativos à sociedade, depois os relativos
ao Estado e por fim as sociedades de Estados.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
Definição legal de delito (crime) dec. lei n.3914, de 09/12/1941

Art. 1: Considere-se crime a infração penal a que a lei comina pena de


reclusão ou de detenção, quer isolada, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a
que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou
ambas, alternativa ou cumulativamente.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
Definição legal de delito (crime) dec. lei n.3914, de 09/12/1941

“Princípio da legalidade”

art. 1 do CPB – 1984:


Não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem cominação legal.

Cominação: prescrição, decreto, imposição (castigo ou pena)


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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME

Conceito material de crime É a violação à um ou mais bens


jurídicos que estão definidos, tutelados, pela lei penal. É a lesão ou
perigo de lesão a um dos bens penalmente protegidos.

Conceito formal ou dogmático É uma ação humana típica,


antijurídica e culpável. Ou seja, crime é o que a lei penal define
como tal.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS (Por conveniências de estudo)

 Ação humana

 Tipicidade

 Antijuridicidade

 Culpabilidade
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
AÇÃO HUMANA

Constitui o elemento central do fato punível dando corpo a este, podendo


ser considerada a unidade dialética entre o querer (aspecto subjetivo da
ação) e o fazer (aspecto objetivo da ação). Pode ser ato material, gesto
palavra, olhar ou movimento corpóreo. Quando viloa a lei o faz tanto no
aspecto subjetivo como objetivo.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
AÇÃO HUMANA

A ação negativa ou atitude passiva ou omissão pode ser vista como


realidade, como realizado ou sucedido. Pensamentos e desejos
criminosos que são de cunho moral ou psiquiátricos não se considera em
DP.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
AÇÃO HUMANA

Vontade e intencionalidade

A vontade é o querer. Deve ser livre, voluntária, consciente, sem o que o


gesto humano não significa ação, no sentido penal. A ação pode ter vários
atos, mas o crime é único. Crimes cometidos por ação são crimes
comissivos, do não fazer omissivos.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
TIPICIDADE

Tipo é a descrição exata das circunstâncias elementares do ato punível.


No tipo existe a descrição de um fato e não um juízo de valor. Crimes
comuns são aqueles previstos no CPB. (tem verbo). Tipicidade é sinal de
antijuridicidade.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
TIPICIDADE

Fato antijurídico sem tipificação penal:


fugir da prisão não representa nenhum tipo penal.

Tipicidade é a conformidade do ato humano àquela diretriz


traçada na lei, é a descrição da conduta humana, feita pela lei e
correspondente ao crime, isto é, relação entre a ação do homem
e a descrição legal.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
TIPICIDADE

EXCLUDENTES

Ação não típica: pode até ser antijurídica e culpável, mas sem tipicidade
não é crime.

Falta de elemento típico essencial:


Ex: Ofender a integridade corporal ou a saúde “de outrem”.
Não exclui a antijuridicidade ou ilicitude da ação em outros ramos do direito
(civil, fiscal, administrativo).
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
TIPICIDADE

ELEMENTO DESCRITIVO

São aqueles cujo conhecimento se opera através da simples verificação


sensorial. A identificação de tais elementos dispensa valoração.

São: O bem interesse, a conduta humana, o resultado, o nexo causal, o


sujeito ativo, o sujeito passivo e o objeto material.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

ANTERIORIDADE DA LEI

Art . 1
Não há crime sem lei que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

RELAÇÃO DE CAUSALIDADE

Art. 13. o resultado, de que depende a existência do crime, somente é


imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
sem a qual o resultado não teria ocorrido
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTE

§1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a


imputação quando, por si só produziu o resultado; os fatos anteriores,
entretanto, imputa-se a quem o causou.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

RELEVÂNCIA DA OMISSÃO

§2º A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia


agir para evitar o resultado o dever de agir incumbe a quem: Tem por lei
obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; De uma forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o resultado com seu comportamento anterior,
criou o risco da ocorrência do resultado.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

RELAÇÃO DE CAUSALIDADE

Art. 13. o resultado, de que depende a existência do crime, somente é


imputável a quem lhe eu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
sem a qual o resultado não teria ocorrido.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

CAUSA

Considera-se causa todo antecedentes que não pode ser suprimido, por
hipótese sem atingir o resultado.

A concausa é outra causa que, ligada à primeira, concorre para o


resultado
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

TENTATIVA

É a realização incompleta do tipo penal, pois o agente pratica atos de


execução, mas não ocorre a consumação por circunstâncias alheias á
vontade do agente.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

CRIME DOLOSO

O dolo é a vontade dirigida à realização do tipo penal.

Elementos:
• consciência (do fato: conduta, resultado, nexo causal)
• vontade (elemento volitivo de realizar esse fato)
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

CRIME CULPOSO

Culpa: age com culpa em sentido estrito quem realiza o fato legalmente
descrito por inobservância do dever de cuidado que lhe incumbe, de
acordo com as circunstâncias e suas condições pessoais, e, no caso de
representá-lo como possível, se conduz na confiança de poder evitá-lo.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

CRIME CULPOSO

É a conduta voluntária (ação ou omissão) que produz resultado antijurídico


não querido, mas previsível, excepcionalmente previsto, que podia, com a
devida atenção, ser evitado.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

CRIME CULPOSO

Elementos típicos: a conduta (ação e omissão voluntária), a


inobservância do dever de cuidado objetivo negligência, imprudência ou
imperícia, o resultado lesivo, a relação de a causalidade, a previsibilidade,
a tipicidade.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

ESPÉCIES DE CULPA

Culpa consciente: ou culpa com previsão: o agente prevê o resultado,


mas acredita que conseguirá evitá-lo por sua habilidade.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

ESPÉCIES DE CULPA

Culpa presumida: em que não se indaga no caso concreto se estão


presentes os elementos do crime culposo, punindo-se o agente por
presunção legal.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

GRAUS DE CULPA
(de acordo com a maior ou menor previsão do resultado)

Leve

Grave

Gravíssima
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO – CRIME
CP

CONCORRÊNCIA DE CULPA

Quando dois ou mais agentes, excetuada a co-autoria, dão causa ao


resultado lesivo por imperícia, negligência ou imprudência. Todos
respondem pelo efeito lesivo.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 275
O perito, ainda que não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.

Art. 276
As partes não intervirão na nomeação do perito.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 277
O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o
encargo, sob pena de cem a quinhentos mil réis, salvo escusa
atendível.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 277- parágrafo único:


incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada
imediatamente:

a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;

b) não comparecer no dia e local designado para o exame;

c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita,
nos prazos estabelecidos.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 278
No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, a
autoridade poderá determinar a sua condução.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 279 - Não poderão ser peritos:

I. Os que estiverem sujeitos a interdição de direito mencionada nos I e


IV do art. 69 do Código Penal;
II. Os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado
anteriormente sobre o objeto da perícia;
III. Os analfabetos e os menores de 21 (vinte e um) anos
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 280
É extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o disposto sobre
suspeição dos juízes.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

 Escusa justificável

 Perícia: Dever cívico, trabalho em defesa dos interesses sociais

 Impedimento

 Suspeição
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Incompatibilidade

Suspeição, falta de harmonização ou qualidade do que é


inconciliável. Utiliza-se para classificar o servidor da justiça que
não está no princípio da imparcialidade e igualdade de tratamento
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Impedimento o Juiz não poderá exercer a jurisdição. Deve ser


declarado nos autos e podem ser esclarecidos ao Conselho
Superior da Magistratura, sendo cabível a declaração “de foro
íntimo”
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 423.
O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou
suspeição; ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a
impugnação, o juiz nomeará novo perito.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 145 Quando a prova de fato depender de conhecimento técnico ou


científico, o juiz será assistido por perito segundo o disposto no artigo 421.

§1 Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário,


devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitando
disposto no cap. VI, seção VII, deste código.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 145 Quando a prova de fato depender de conhecimento técnico ou


científico, o juiz será assistido por perito segundo o disposto no artigo 421.

§2 Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre eu


deverão opinar, mediante certidão do órgão em que estiverem inscritos.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 145 Quando a prova de fato depender de conhecimento técnico ou


científico, o juiz será assistido por perito segundo o disposto no artigo 421.

§3 Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que


preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos
peritoss será de livre escolha do juiz.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art 146. O perito tem o dever de cumprir o oficio, no prazo que lhe
assina a lei, empregando toda sua diligência; pode todavia,
escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

Parágrafo único: A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco)


dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob
pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo


contencioso ou voluntário:

• de que for parte;

• em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,


funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento
como testemunha;

• que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido


sentença ou decisão;
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP - CAPÍTULO VI - DOS PERITOS E INTÉRPRETES

 quando nele tiver postulado, como advogado da parte, o seu


cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha
reta; ou na linha colateral, até o terceiro grau;

 quando for órgão de direção ou administração de pessoa jurídica,


parte na causa.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP CAPÍTULO I – DO JUIZ

Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e senão o fizer, poderá ser
recusado por qualquer das partes:

I – Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das


partes;

II – Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver


respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo
caráter criminoso haja controvérsia
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP CAPÍTULO I – DO JUIZ

III. Se ele, seu cônjuge ou parente consanguíneo, ou afim, até o


terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a
processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes

IV. Se tiver aconselhado qualquer das partes


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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CPP CAPÍTULO I – DO JUIZ

V. Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das


partes

VI. Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade


interessada no processo
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
AUXILIARES DA JUSTIÇA

Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições


são determinadas por normas de organização judiciária, o escrivão,
o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o
intérprete.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

É o resultado redigido e autuado da perícia, tendo como objeto


evidenciar a realidade da infração penal e demonstrar a
culpabilidade ou não do agente. É o conjunto de vestígios deixados
pelo fato criminoso (permanentes ou transeuntes).
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

Direto: quando persistem os vestígios da infração.

Indireto: quando estes vestígios materiais da infração inexistem ou


nunca existiram (injúria verbal, desacato, rubefação).
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

 Quando a infração deixar vestígios, art. 158 CPP estatui


obrigatoriedade à elaboração de laudos por expertos.

 Somente o exame de corpo de delito poderá comprovar a


materialidade do crime de lesões corporais.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

 Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da pratica da infração


penal, a autoridade policial deverá:

I – dirigir-se ao local, providenciando que não se altere o estado e


conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após


liberados pelos peritos criminais;

III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do


fato e suas circunstâncias;
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

IV – ouvir o ofendido;

V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do


disposto no Capitulo III do título VII, deste livro, devendo o
respectivo termo ser assinado por duas (2) testemunhas, que
lhe tenham ouvido a leitura;
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a


acareações;

VII – determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo


de delito e a quaisquer outras perícias;
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
CORPO DE DELITO - CP

VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico,


esse possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes

IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob ponto de vista individual,


familiar ou social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo
antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que
contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliação


Parágrafo único: O juiz indeferirá a perícia quando:
 A prova do fato não depender do conhecimento especial do técnico;
 For desnecessária em vista de outras provas produzidas;
 A verificação for impraticável

Exame observação cuidadosa, investigação, pesquisa atenta e minuciosa.


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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Vistoria: meio de prova consistente no exame in loco de alguma


coisa ou local, feto pessoalmente pelo juiz ou por perito, para o
esclarecimentos de fato controvertido.

Avaliação: procedimento de cálculo do valor de um bem,


geralmente por prescrição legal ou jurisdicional, estimativa.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

“A perícia constitui-se uma forma de provar, por meio das qual pessoas
especialmente capacitadas, em decorrência dos conhecimentos especiais
(técnicos e científicos) que possuem, por ordem judicial e mediante compromisso
informarem em juízo a respeito da ocorrência de determinados fatos, bem como do
significados dos mesmos (parte narrativa da perícia e parte da aplicação dos
conhecimentos técnicos, ou científicos, sobre ditos fatos)”.

(Manual de Direito Processual Civil, Vol II, Processo de


conhecimento, Ed. Revista dos tribunais, 1978, p.315)
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

A perícia por usa característica de busca e demonstração da


verdade, a ser utilizada na promoção da justiça, depende,
primordialmente, de dois atributos fundamentais, quais sejam:
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

1. Alto grau de conhecimento técnico na matéria a ser examinada,


de forma que o perito possa ser definido como “expert”;
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

1. Alto grau de conhecimento técnico na matéria a ser examinada,


de forma que o perito possa ser definido como “expert”;

2. O outro, aliás, milenarmente conhecido, a honestidade assim


praticada no seu mais alto sentido efetivo, emocional e moral.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

“Só aceitem fazer perícias ou arbitragens se


estiverem em condições técnicas, morais e
profissionais para desempenhar a função.”

(Prof. Alcides Vaz)


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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo de


entrega do laudo.

§1 Incumbe as partes, dentro de 05 (cinco) dias, contadas da


intimação do despacho de nomeação do perito:

indicar o assistente técnico

Apresentar quesitos
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

§2 Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir


apenas na inquirição do juiz do perito e dos assistentes, por
ocasião da audiência de instrução e julgamento a respeito das
coisas que houverem informalmente examinado ou avaliado.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi


consentido, independentemente de termo de compromisso. Os
assistentes técnicos são de confiança das partes, não sujeitos a
impedimento ou suspeição.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 423. O perito pode escusar-se ou ser recusado por


impedimento ou suspeição; ao aceitar a escusa ou ao julgar
procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 424. O perito pode ser substituído quando:

 Carecer de conhecimento técnico ou científico;

 Sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo


no prazo que lhe foi assinado;
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 424. O perito pode ser substituído quando:

Parágrafo único: No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a


ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo ainda, impor
multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível
prejuízo decorrente do atraso no processo.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 425. Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos


suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará ciência à parte
contrária.

Art. 426. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, ma


inicial e na contestação, apresentarem sobre as questões de fato
pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 428. Quando a prova tiver que realizar-se por carta, poderá
proceder-se à nomeação de perito e indicação de assistente
técnico no juízo, ao qual se requisitar a perícia.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 429. Para o desempenho de sua função, pode o perito e os


assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo
testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam
em poder da parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo
com plantas, desenho, fotografias e outras quaisquer peças.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o


laudo dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez,
prorrogação, segundo o deu prudente arbítrio.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 433. O perito apresentará o laudo no cartório, no prazo fixado pelo


juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e
julgamento.

Parágrafo único: Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no


prazo comum de 10 (dez)dias, após intimadas as partes da apresentação
do laudo.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade


de documento, ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de
preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais
especializados. O juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do
material sujeito a exame, ao diretor do estabelecimento.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 435. A parte que deseja esclarecimento do perito e do assistente


técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer a audiência,
formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos.

Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formara sua
convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou de requerimento da parte,


a realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer
suficientemente esclarecida.

Art. 438. A Segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que
recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão
dos resultados a que esta conduziu.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 439. A Segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para


a primeira.

Parágrafo único: A Segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao


juiz apreciar livremente o valor de cada uma.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

 Prova objetiva
 Assinaturas
 Um ou dois peritos
 Falsa perícia
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas,
responderá pelos prejuízos que causar a parte, ficará inabilitado por 2
(dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei
penal estabelecer.

Art. 453. O perito oficial não está obrigado a elaborar seu laudo em
conjunto com os assistentes técnicos das partes.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

A participação dos assistentes técnicos nas diligências, no entanto não


depende do perito oficial.

Eles podem participar, se assim entenderem conveniente, promovendo


seus trabalhos independentemente do perito oficial ou acompanhando o
seu trabalho.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

O Perito Oficial, por uma questão de ética profissional, deve comunicar


aos peritos assistentes das partes que irá realizar a diligência em data,
hora e local determinados, deixando a critério deles o comparecimento ou
não.
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e


suspeição: III  ao perito.

Nomeação: Art. 145. Quando a prova do fato depender de


conhecimentos técnico ou científico, o juiz será assistido por perito,
segundo o disposto no art. 421
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PERÍCIAS E PERITOS
NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA PERICIAL CPC

Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e


suspeição: III  ao perito.

§1 Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível


universitário, devidamente inscritos no órgão de classe
competente, respeitando o disposto no Capítulo VI, seção VII,
deste Código
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NOÇÕES DE DIREITO
Resolução CFM 1246/88 – CAPÍTULO XI – PERÍCIA MÉDICA
É vedado ao médico

Art. 118 – Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado


para revir como perito ou auditor, assim como ultrapassar os limites
de suas atribuições e competências
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NOÇÕES DE DIREITO
Resolução CFM 1246/88 – CAPÍTULO XI – PERÍCIA MÉDICA
É vedado ao médico

Art. 119 – Assinar laudos periciais ou de verificação médico-legal,


quando não o tenha realizado, ou participado pessoalmente do
exame.
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NOÇÕES DE DIREITO
Resolução CFM 1246/88 – CAPÍTULO XI – PERÍCIA MÉDICA
É vedado ao médico

Art. 120 – Se perito de paciente seu, de pessoa de sua família ou


de qualquer pessoa com a qual tenha relações capazes de influir
em seu trabalho.
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NOÇÕES DE DIREITO
Resolução CFM 1246/88 – CAPÍTULO XI – PERÍCIA MÉDICA
É vedado ao médico

Art. 121 – Intervir, quando em funções de auditor ou perito, nos


atos profissionais de outro médico, ou fazer qualquer apreciação
em presença do examinado reservando suas observações para o
relatório.
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NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Conceito Probatio (latim) – que significa ensaio, verificação,


inspeção, exame, argumento, razão, aprovação ou confirmação.
Dele deriva o verbo provar: significando ensaiar, verificar, examinar,
reconhecer por experiência, aprovar, estar satisfeito com algo,
persuadir alguém a alguma coisa ou demonstrar.
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NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Verdade é a conformidade da noção ideológica com a realidade

Certeza é a crença nessa conformidade, provocando um estado


subjetivo de espírito ligado a um fato, ainda que essa crença não
corresponda a verdade objetiva
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NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da


prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sal decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetidas e antecipadas.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem fizer, sendo,


porém, facultado ao Juiz de ofício:
I. ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção
antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes,
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da
medida;
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NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem fizer, sendo,


porém, facultado ao Juiz de ofício:
II. determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvidas sobre
pontos relevantes.
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NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do


processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
violação a normas constitucionais ou legais.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Art. 157. § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das


ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre
umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por
uma fonte independente das primeiras.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Art. 157. §2º Considera-se fonte independente aquela que por si


só, seguido dos trâmites típicos e de praxe, próprios da
investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato
objeto da prova.
PROGRAMA DE NOÇÕES BÁSICAS DE MEDICINA LEGAL

NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

Art. 157. § 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova


declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial,
facultado as partes acompanhar o incidente.
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NOÇÕES DE DIREITO
DA PROVA CPC
CPP CAPÍTULO I

 Liberdade de apreciação da prova:


• Não constitui transformar em prova vivência pessoal.

• Extrai sua convicção das provas produzidas legalmente no


decorrer do processo, não presta depoimento pessoal nem
expõe pontos de vista de caráter pessoal.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o


exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Vestígio: é o rastro, a pista ou o indício deixado por algo ou alguém.

Corpus criminis: pessoa ou coisa sobre a qual foi praticado ato criminoso

Corpus probatorium: vestígios por estes deixados, e hábeis à


reconstrução do crime cometido
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 159. O exame de corpo de delito e as outras perícias serão


realizadas por perito oficial portador de diploma de curso superior.

§1. Na falta perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente
na área específica dentre as que tiverem habilitação técnica
relacionada a natureza do exame.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

 Indicação de assistentes técnicos pelas partes interessadas.

 Não impede contudo que as partes possam recorrer a peritos


particulares para a análise da prova produzida pelos peritos oficiais
emitindo pareceres.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão


minuciosamente o que examinarem, e responderão os quesitos
formulados.

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de


10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos
excepcionais, a requerimento dos peritos.
Entrega além do prazo é irregularidade, não nulidade.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Laudo pericial: é a conclusão a que chegaram os peritos, exposta na


forma escrita, devidamente fundamentada, constando todas as
observações pertinentes ao que foi verificado e contendo as respostas
aos quesitos formulados pelas partes.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Quesitos: São questões formuladas sobre um assunto específico, que


exigem como respostas opiniões ou pareceres.

Art. 176 A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato


da diligência.

Nova perícia: pode ser solicitada por qualquer das partes, de acordo
com prudente critério do julgador
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia
e a qualquer hora.

Art. 162. A autópsia será feito pelo menos 6 horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que
possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Morte aparente - embriaguez, catalepsia, coma epilético, asfixia,


anestesia, comoção cerebral, síncope simulam morte.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples


exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que
apurar ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da
morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação
de alguma circunstância relevante.
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se
realize a diligencia, da qual se lavrará auto circunstanciado.

OS: inumação ou exumação são feitas por ordem judicial (art. 67 da


lei das contravenções penais).
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NOÇÕES DE DIREITO
DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Parágrafo único. O administrador do cemitério público ou particular


indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No casos de
recusa ou falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá
às pesquisas necessárias, o que tudo constará em auto.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Auto
Exumação
Inumação
Laudo
Crime de desobediência:
“Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa.”
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em


que foram encontrados, bem como, na medida do possível, todas
as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os


peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas
fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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 Fotografias (do cadáver e demais objetos)


 Esquemas (gráficos, plantas, croquis)
 Desenho (detalhe a ser observado)
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e
Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de
testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade,
da qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e


autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser úteis
para a identificação do cadáver.
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Dúvida sobre a identidade: colheita dactiloscópica, arco dentário,


observação, pesquisa de DNA.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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Auto de reconhecimento e de identidade: é o registro escrito e


devidamente autenticado pelos funcionários do órgão encarregado
de proceder a identificação a respeito de tudo quanto foi feito para
a descoberta da identidade do cadáver, narrando-se o
procedimento empregado, as provas realizadas, os confrontos
feitos, os sinais encontrados e as pessoas que participaram do ato.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por


haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá
suprir-lhe a falta.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial


tiver sido incompleto, proceder-se-á exame complementar por
determinação da autoridade policial ou judiciária, de fato, de ofício,
ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do
acusado, ou de seu defensor.
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§1º No exame complementar, os peritos terão presentes o auto de


corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
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§2º Se o exame tiver por finalidade precisar a classificação do delito


no artigo 129, §1º do Código Penal, deverá ser feito logo que
decorra o prazo de 30 dias, contando da data do crime.

§3º A falta de exame complementar poderá ser suprida pela nova


testemunha.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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Art. 169. Para efeito de exame de local onde houver sido praticada
a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não
se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que
poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou
esquemas elucidativos.
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Parágrafo único: os peritos registrarão, no laudo, as alterações do


estado das coisas e discutirão, no relatório, as consequências
dessas alterações na dinâmica dos fatos.
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Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material


suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que
conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou
microfotográficas, desenhos ou esquemas.
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Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de


obstáculos a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os
peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o
fato praticado.
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Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas


destruídas, deterioradas ou que constituam produto de crime.

Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos


procederão a avaliação por meios de elementos existentes nos
autos e dos que resultarem de diligências.
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Art. 173. No caso de incêndio os peritos verificarão a causa e o


lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado
para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o
seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação
do fato.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para


a prática da infração afim de lhes verificar a natureza e a eficiência.

Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o


ato da diligência.
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Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á


no juízo deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada,
acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz
deprecante.

Parágrafo único: Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos


na precatória.
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Art. 178. No caso do art. 159, mo exame será requerido pela


autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao processo o
laudo assinado pelo perito
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Art. 179. No caso do § 1º art. 159, o escrivão lavrará o auto


respectivo, que será assinado pelos peritos e, se presente ao
exame, também pela autoridade.

Parágrafo único: No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo,


que poderá ser datilografado, será subscrito e rubricado em suas
folhas por todos os peritos.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
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Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão


consignados no auto do exame as declarações e respostas de um
e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a
autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a
autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros
peritos.
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DO EXAME DE CORPO DE DELITO,
E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Art. 179. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária
mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

Parágrafo único: a autoridade poderá também ordenar que se


proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.
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Art. 182 O juiz não ficará adstrito ao laudo podendo aceitá-lo ou


rejeitá-lo, no todo ou em parte.

Art. 184 Salvo no exame do corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for
necessária ao esclarecimento da verdade.
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Rodrigo Camargos Couto


Cirurgião-Dentista
Perito Criminal Nível Especial, Odontolegista IML-BH/MG
Especialista em Prótese Dental
Especialista em Odontologia Legal
Mestre e doutorando em Ciências da Saúde – Infectologia – Medicina Tropical – Faculdade de Medicina da UFMG
CESPE – Curso Superior de Polícia Civil

rodrigocamargoscouto@gmail.com.br

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