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Neurociências:

introdução ao estudo
História das Neurociências
Neurociências: um pouco de história

O homem deve saber que de nenhum outro lugar, mas apenas do encéfalo,
vem a alegria, o prazer, o riso e a diversão, o pesar e o luto, o desalento e a
lamentação. E por meio dele, de uma maneira especial, nós adquirimos
sabedoria e conhecimento, enxergamos e ouvimos, sabemos o que é justo
e injusto, o que é bom e o que é ruim, o que é doce e o que é insípido... E
pelo mesmo órgão nos tornamos loucos e delirantes, e medos e terrores
nos assombram... Todas essas coisas nós temos de suportar quando o
encéfalo não está sadio... Nesse sentido, opino que é o encéfalo quem
exerce o maior poder no homem.

Hipócrates, Da Doença Sagrada (Século IV a.C.)


Neurociências: definição

Estudo do sistema nervoso: sua estrutura, seu desenvolvimento,


funcionamento, evolução, relação com o comportamento e a mente, e
suas alterações (Bear, Connors, Paradiso; 2002).
Neurociências: um pouco de história

o Tentativas de responder

“Onde está a mente ?”

“Como a mente interage com o corpo“ ?


Neurociências: um pouco de história

o Período Neolítico

Mente, espíritos e os males do espírito localizavam-se no crânio


(substância gelatinosa - cérebrum).

Trepanação craniana (Feinberg & Farah, 1997).


Neurociências: um pouco de história

o Egito

Primeiras correlações entre mente, cérebro e alterações do


comportamento (Papiro Cirúrgico descoberto pelo antropólogo Edwin
Smith, escrito no Egito por volta de 2500 a.C.).

Descrições de casos de pessoas com lesões traumáticas no sistema


nervoso e propostas de cura.
Neurociências: um pouco de história

o Grécia

Platão (428 - 347 a.C.): toda a expressão mental dos indivíduos estava
localizada no coração.

Relações entre o corpo e a alma humana.

As verdades essenciais estavam localizadas na alma e eram acessíveis


somente mediante especulações filosóficas.

Hamdan et al., 2011


Neurociências: um pouco de história

Aristóteles (384 – 322 a.C.): certas atividades/faculdades mentais


(pensamento, julgamento, imaginação) estavam localizadas no coração; o
cérebro somente resfriava o corpo (observação de pacientes com perda
sanguínea por hemorragia cardíaca).

Hamdan et al., 2011


Neurociências: um pouco de história

Hipócrates (460 - 377 a.C.): a sede de todas emoções, sentimentos e


pensamentos estava no cérebro (correlação clínica de pacientes com
lesões cerebrais).

Demócrito (470 - 360 a.C.) localizou o pensamento no cérebro, a ira no


coração e do desejo no fígado.
Neurociências: um pouco de história

Alcmaeon (500 a.C.): o cérebro seria o responsável pela localização de


cada tipo de sensação.

i. Identificação das veias e as artérias,


ii. Descoberta de canais de passagens que unem os diferentes órgãos ao
cérebro – os nervos,
iii. Atenção dada para as relações entre pensamentos, emoções e
cérebro.

Hamdan et al., 2011


Neurociências: um pouco de história

o Idade Média

Galeno (129 – 200 d.C.): associou a imaginação, a inteligência e a


memória com a substância cerebral, atribuindo ao cérebro o papel
fundamental de sede de todas as faculdades mentais.

Figura extraída em Bear, Connors & Paradiso, 2017 p 5


Neurociências: um pouco de história

Teoria “Ventricular da Mente”: a mente residia nos espaços ventriculares


do cérebro.

Divisão dos ventrículos:


i. sensação e percepção,
ii. juízo, pensamento, razão, fantasia,
iii. memória.

Figura extraída em Bear, Connors & Paradiso, 2017 p 6


Neurociências: um pouco de história

Leonardo da Vinci (1452-1519): adoção da ideia “senso comum” (lugar


onde todos os sentidos convergiam - ventrículo 1).
Neurociências: um pouco de história

Andreas Vesalius (1543): refuta papel dos ventrículos (dissecção).


Neurociências: um pouco de história

René Descartes (1641- 1647): “Teoria Dualista” (alma e corpo distintos)

Glândula pineal: sede da alma (válvula que controla a interrelação mente


e corpo)

Ação reflexa: modelo hidráulico


Neurociências: um pouco de história

Capacidades mentais exclusivamente humanas existiriam fora do encéfalo,


na “mente”.

A mente era uma entidade espiritual que recebia sensações e comandava


os movimentos, comunicando-se com a maquinaria do encéfalo por meio
da glândula pineal.

Bear, Connors & Paradiso, 2017


Neurociências: um pouco de história

oEra Científica

Descoberta de dois tipos de tecido encefálico: a substância cinzenta e a


substância branca.

A substância branca: contém as fibras que levam e trazem a informação


para a substância cinzenta.
Neurociências: um pouco de história

Sistema nervoso possui uma divisão central (encéfalo e medula espinhal),


e uma divisão periférica (rede de nervos que percorrem o corpo)

Bear, Connors & Paradiso, 2017


Neurociências: um pouco de história

Observação de que o mesmo padrão geral de elevações (giros) e


depressões (sulcos e fissuras) pode ser identificado na superfície do
encéfalo de todos os indivíduos.

Bear, Connors & Paradiso, 2017


Neurociências: um pouco de história

Benjamin Franklin (1751): “Experimentos e Observações em Eletricidade”


Neurociências: um pouco de história

Luigi Galvani e Emil du Bois-Reymond (final séc. XVIII): os músculos podem


ser movimentados quando os nervos são estimulados eletricamente, e o
próprio encéfalo pode gerar eletricidade.
Neurociências: um pouco de história

Charles Bell e François Magendie (1810): raiz dorsal entra na porção


posterior da medula espinhal e a raiz ventral entra na medula mais
anteriormente.

Raiz ventral: paralisia muscular


Raiz dorsal: levam informações sensoriais para a medula espinhal
Neurociências: um pouco de história
Neurociências: um pouco de história

Franz Gall (1809): faculdades mentais encontravam-se em estruturas


cerebrais.

“Frenologia/Cranioscopia”
Neurociências: um pouco de história

Jean Pierre Flourens (1823)

Acreditava que todas as regiões do cérebro participam igualmente de


todas as funções cerebrais.

Experimentos de remoção cirúrgica de partes do cérebro de pombos.

Método de ablação experimental: cerebelo tem um papel na coordenação


dos movimentos e o cérebro envolvido na percepção sensorial.
Neurociências: um pouco de história

Pierre Broca (1824-1880): “Área de Broca” (lesão no lobo frontal do


hemisfério esquerdo provoca perda na expressão da fala) afasia
motora

Hemisfério esquerdo associado com a produção da fala e com a ideia de


dominância manual (Lecours & Lhermitte, 1983).
Neurociências: um pouco de história

Gustav Fritsch e Eduard Hitzig (1870): ocorrência de movimentos


específicos a partir da aplicação de uma pequena corrente elétrica em
uma região circunscrita da superfície cerebral exposta de um

David Ferrier (1881): remoção dessa mesma região do cérebro causava


paralisia muscular cão.

Hermann Munk: evidências de que o lobo occipital do cérebro estava


envolvido especificamente na visão.
Neurociências: um pouco de história

Karl Wernicke (1873): “Área de Wernicke” (lesão na superfície superior do


lobo temporal provoca lesão na compreensão da linguagem).

Afasia sensorial: a fala está preservada, mas a sua linguagem é


inapropriada e a sua compreensão da linguagem dos outros está
prejudicada (Feinberg & Farah, 1997).
Neurociências: um pouco de história

Caso Phineas Gage (1848)


Neurociências: um pouco de história
Neurociências: um pouco de história

Charles Darwin (1859): “A Origem das Espécies”


Neurociências: um pouco de história

o Idade Moderna

Theodor Schwann (1839): teoria celular - todos os tecidos são compostos


por unidades microscópicas, denominadas células.
Neurociências: um pouco de história

Alexander Luria (1902 - 1977): estudo do comportamento anormal dos


pacientes com lesão cerebral.

Importância dos símbolos para a linguagem: o cérebro é um sistema


altamente diferenciado, cujas partes são responsáveis por aspectos desse
todo e a linguagem é um elemento importante nesse processo.

1. Ativação: responsável pelo tônus cortical ou estado de ativação do


córtex cerebral.
2. Funcional (input): responsável pela recepção, monitoração e
armazenamento da informação.
3. Programação e controle da atividade: responsável pelo
planejamento, programação, regulação e verificação do
comportamento intencional.
Neurociências: um pouco de história

Roberto Remak (1836-1838): identificou os neurônios.

Ramón y Cajal (1891): sistema nervoso central formado por neurônios


(interconexão formando redes complexas que se propagam e formam a
rede neural).

Descrição detalhada das estruturas das células nervosas


Neurociências: um pouco de história

Charles Sherrington (1898)

“Sinapse”: local de contato entre dois neurônios.

“Transmissão sináptica”: passagem de informações por meio da sinapse.

Estudos reflexos motores.


Neurociências: um pouco de história

Otto Loewi (1921): comprovação dos neurotransmissores e descoberta da


adrenalina e acetilcolina.

George Miller (1956): limitações da capacidade da memória de curto-


prazo, foram um marco influente no estudo dos processos e
representações mentais (Thagard, 1998).

1967: primeiro laboratório de pesquisas em inteligência artificial, fundado


em Massachusetts, no MIT, por John McCarthy e Marvin Minsky.

Karl H. Pribram (1979): Os processos cerebrais e os psicológicos são


integrados por padrões de sistemas intrínsecos divisíveis em áreas
sensoriais específicas e não por áreas de associações.
Obrigada!

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