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por
• identidade absoluta a si
• opacidade
• realidade plena, maciça, densa, fechada
• plena positividade
• pura contingência
• injustificável
• indiferenciado e incapaz de relacionar-se com qualquer
outro tipo de ser
• Incapaz de conter o não-ser
O SER-EM-SI
Como explicar o surgimento do nada em meio a
pura positividade e plenitude do ser?
• “[...] não tenho nem posso ter qualquer valor a recorrer contra o
fato de que sou eu quem mantém os valores no ser; nada pode me
proteger de mim mesmo; separado do mundo e de minha essência
por esse nada que sou, tenho que realizar o sentido do mundo e de
minha essência: eu decido, sozinho, injustificável e sem desculpas. “
(SN, p. 84, grifos do autor)
ANGÚSTIA
Mas o que significa esse comprometimento da escolha dos valores?
O homem ao escolher um determinado valor, é responsável não só por si
mesmo, mas que sua escolha compromete a humanidade inteira
• “[...] o homem que se engaja e que se dá conta de que ele não é apenas o
que ele escolhe ser, mas é também um legislador que escolhe ao mesmo
tempo o que será a humanidade inteira, não poderia furtar-se do
sentimento de sua total e profunda responsabilidade.” (EH, p. 21)
RECUSA DA LIBERDADE E MÁ-FÉ
Determinismo psicológico
• [...] Sartre não pode aceitar o conceito de inconsciente, posto que este
conduz a um modelo no qual a consciência aparece não como instituidora
de significatividade, mas sim como recebendo toda significação desde o
inconsciente. (BURDZINSKI, 1999, p. 39)
RECUSA DA LIBERDADE E MÁ-FÉ
• As condutas de má-fé:
• O flerte e a mulher frígida
• O ideal da sinceridade
• O homem que “brinca” de ser garçom
• A tristeza
• O homossexual e o campeão da sinceridade
• Fé ou crença: a possibilidade de compreensão
da estrutura primitiva da má-fé
INAUTENTICIDADE
• A inautenticidade consiste em uma disposição
ontológica da consciência.
• Pode ser constatada em O ser e o nada por meio
das condutas de má-fé, descritas, possuem como
ponto de convergência a fuga da liberdade pela
via do determinismo e da reificação de si no
plano do cogito pré-reflexivo
• 1. Negação da transcendência refugiando-se na
facticidade e o seu oposto; 2. tornar-se um ser-
objeto para os outros; 3. a recusa da
ambiguidade própria que define ontologicamente
a realidade humana enquanto transcendência da
facticidade.
INAUTENTICIDADE
Qual é a condição de possibilidade responsável pela prevalência
ontológica da inautenticidade?
• O projeto fundamental do Para-si de constituir-se na
transcendência como pleno de ser, sem perder-se como
consciência, justamente por ser uma falta de ser que deve ser si
mesmo a todo instante.
CABESTAN, Philippe. Authenticité et mauvaise foi : que signifie ne pas être soi-même ?, Les Temps
Modernes 2005/4 (n° 632-633-634), p. 604-625. Disponível em: <http://www.cairn.info/revue-les-
temps-modernes-2005-4-page-604.htm> Acesso em: 28/09/2016.
FLYNN, Thomas R. Sartre and Marxist Existentialism: The Test Case of Collective Responsibility. Chicago,
EUA: University of Chicago Press, 1984.
SANTONI, Ronald E. Bad Faith, Good Faith, and Authenticity in Sartre's Early Philosophy. Philadelphia:
Temple University Press, 1995.
REFERÊNCIAS
SARTRE, Jean-Paul. A Transcendência do Ego: esboço de uma descrição
fenomenológica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
_____. Cahiers pour une morale. Paris: Gallimard, 1983a.
_____. Diário de uma guerra estranha. São Paulo: Círculo do Livro, 1983b
_____. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. 13ª ed. Trad. Paulo
Perdigão. Petrópolis: Vozes, 2005.
SASS, Simeão Donizetti. O ser para-si: presença transcendente. Aurora, Curitiba, v. 22,
n. 31, p. 437-454, jul./dez. 2010 Disponível em: Acesso em: 28/09/2016.