Pós graduando em Fisioterapia em Emergência hospitalar Introdução • A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma doença inflamatória aguda que resulta em obstrução das vias aéreas de pequeno calibre, é uma das doenças mais frequentes do sistema ventilatório e acomete neonatos, lactentes e crianças até os três anos de idade • Sua maior incidência ocorre no período de outono e inverno Etiologia • iniciada por infecção das VAS por algum vírus sazonal, • vírus sincicial respiratório (VSR) o responsável mais freqüente • adenovírus, • Rinovírus, • Parainfluenza tipos 1, 2 e 3, • Influenza • metapneumovírus humano Vírus Sincicial Respiratório (VSR) • O VSR apresenta um período de incubação de 2 a 8 dias após o contato inicial, cerca de um dia após a infecção as crianças começam a eliminar o vírus nas secreções respiratórias, a sua eliminação persiste por um período variável de alguns dias a vários meses Fisiopatologia • A obstrução parcial da luz bronquiolar leva à hiperinsuflação, enquanto a obstrução total produz atelectasias, provocando hipoxemia, como resultado do aumento de resistência ao fluxo aéreo e das alterações nas trocas gasosas . Em conseqüência destes fatores, ocorre alteração na relação ventilação/perfusão que resulta em hipoxemia e hipercapnia, que podem progredir para Insuficiência Respiratória Aguda Quadro clínico • Espirros e rinorréia com secreção clara • Febre • Inapetência • Tosse • Irritabilidade • Dispneia • chiado Exame Físico • Taquipnéia • Triagem • Batimento de asa de nariz • crepitações e sibilancias • cianose Exame Físico Escala de Woods-downes - Ferres • leve -1 a 3 pontos • moderada -4 a 7 pontos • grave -8 a 14 pontos Exames complementares • Oximetria • Gasometria • Teste de imunofluorescência direta • Rx de Torax Tratamento O tratamento de escolha para a bronquiolite viral aguda é sintomático, incluindo oxigenoterapia, hidratação, e embora controverso por vários autores também são utilizados agentes broncodilatadores e corticoesteróide e fisioterapia respiratória Fisioterapia Respiratória • As técnicas atuais são consideradas passivas agem exclusivamente sobre o tempo expiratório e são fundamentadas na mecânica respiratória e particularidades anatomofisiologicas da criança. Fisioterapia Respiratória • Como técnicas atuais podemos citar • AFE • DRR • GPR Discussão • Abordagem fisioterápica recomendada pelos franceses é constituída por técnicas passivas que agem exclusivamente sobre o tempo expiratório, que são fundamentadas na mecânica respiratória, respeitando as particularidades da fisiologia respiratória das crianças menores,que têm brônquios estreitos, riqueza de células secretivas, pouca ventilação colateral, características que favorecem o colapso alveolar, a estase das secreções e a formação de bolhas por represamento de ar. Discussão • A indicação de fisioterapia respiratória em BVA está baseada na constatação de melhora clínica do paciente após a intervenção, sendo assim uma terapêutica comumente empregada. As técnicas fisioterapêuticas recomendadas na Conferência do Consenso dos termos de fisioterapia respiratória de Lyon em 1994 são as técnicas atuais de fisioterapia respiratória, no Brasil, em alguns centros, inclusive nos serviços do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) é utilizada na rotina do atendimento de crianças com comprometimento respiratório. Discussão • Segundo diretriz da Academia Americana de Pediatria, a BVA é uma enfermidade que tem um curso clínico de três semanas, o tratamento é basicamente de suporte, com oferta de oxigênio e hidratação, e a utilização de fisioterapia respiratória nos pacientes internados não tem impacto na melhora clínica do doente e na diminuição do tempo de hospitalização. Discussão • De a cordo com as pesquisas realizadas por diversos autores ressaltam que não há nenhuma evidência científica que comprove a eficácia da fisioterapia respiratória em recém nascidos e lactentes portadores de bronquiolite, mas que a utilização de um escore, baseado em sinais clínicos, pode contribuir para respaldar as técnicas de obstrução em lactentes com bronquiolite. Conclusão • Apesar dos dados conflitantes na literatura, a fisioterapia respiratória em pacientes pediátricos é aplicada com freqüência em algumas unidades hospitalares da América do Sul e Europa, pois agem na redução de complicações pulmonar, alguns fisioterapeutas já utilizam de rotina, as técnicas de fisioterapia respiratória consideradas atuais observando melhora destes na pratica diária, pois são fundamentadas na mecânica respiratória, respeitando as particularidades anatomofisiologicas dos lactentes e crianças menores. Referências Bibliográficas Azevedo, L.A.F. 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Fisioterapia Respiratória Do Conhecimento Básico À Assistência Autor Alexandra Gadelha Medeiros, Ana Richelly Nunes Rocha Cardoso e Ana Vanessa Araújo Pedrosa