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Da Vanguarda ao

Pós-Moderno
Eduardo Subirats
A utopia artística da modernidade

• “A utopia da modernidade protagonizada pelas


vanguardas históricas do século XX morreu. De suas
concepções teóricas e estilísticas, de suas categorias
estéticas e postulados éticos, de sua perspectiva
civilizatória e política já não emerge energia nem
criatividade, tampouco capacidade crítica frente ao
mundo de hoje”. ( SUBIRATS, 1987, p.11)

• “(...) porque seus valores não cumprem, nas metrópoles


industriais ou do terceiro mundo, mais que uma função
legitimadora, regressiva e conservadora. Sua tarefa já
não é mais a criação, nem a crítica, nem a renovação, mas
a reprodução indefinida de um princípio de ordem”.
(SUBIRATS, 1987,p.11)
• “Certamente, a utopia artística da modernidade foi
integrada às exigências da produção industrial ou à
economia capitalista (...) tal integração tinha
anteriormente um valor inovador, revolucionário e
portador de esperanças no contexto europeu de
entreguerras, e no mundo de hoje possui apenas um
significado estritamente econômico”. ( SUBIRATS, 1987,
• p.12)

• Deutscher Werkbund ou Federação Alemã de


Ofícios.
• Bauhaus

• “Confiavam no sentido renovador de sua nova


concepção do desenho e propiciaram com isso um
autêntico impulso reformador ao desenvolvimento
industrial”. (SUBIRATS, 1987,p.12)
(Luminária, 1905)
Luminária ao mesmo tempo simples e de estilo marcante
Pavilhão de Vidro - Bruno Taut
Exposição Werkbund - 1914
“ A prática arquitetônica, em particular, converteu-se
nitidamente em exercício de administração tecnológica do
espaço, de controle burocrático dos símbolos e de gestão
acadêmica das formas. O espírito de inovação e ruptura
perdeu-se por inteiro precisamente nas mãos de uma
burocracia acadêmica, com ridículas aspirações de elite, que
perverteu seu sentido profundo nos gestos mais banais da
reprodução do sempre-igual sob o último grito da moda.
Porém é preciso levar em conta, que esta constelação em
que o pedantismo acadêmico se conjuga a uma concepção
tecnocrática do espaço, está intimamente travada com a
velha postulação de uma estética cartesiana, com a
concepção racionalista do espaço, com a ideia do arquiteto
como engenheiro construtor e com o objetivo último de
uma síntese perfeita entre forma artística e necessidades
industriais, que constituiu o já obsoleto panorama cultural
do princípio do século”. (SUBIRATS, 1987,p.12)
“ Por outro lado, mudou a constelação histórica geral com a
qual se confrontam os valores do que até ontem foi a utopia
de amanhã. A consciência moderna do começo do século
partia de três pressupostos que o mundo de hoje não pode
subscrever de maneira alguma: a ideia de uma ruptura
radical com a história e o começo de uma nova era; a
concepção racionalista da história como triunfo absoluto da
razão no tempo e no espaço e, com ela, das ideias de justiça
social e de paz; e, por último, a fé em um progresso
indefinido fundado no desenvolvimento cumulativo e
linear da indústria, da tecnologia e dos conhecimentos
científicos”. (SUBIRATS, 1987,p.12,13)

“(...) o sentido de tais objetivos foi diretamente convertido


no oposto daquilo que deles se esperava, para a consciência
da modernidade tardia, estão relacionadas com a angústia,
a insegurança e o sentimento de não-liberdade”. (
SUBIRATS, 1987,p.13)
“ Hoje nos sentimos a esse respeito mais próximos daquela
concepção de civilização imperialista, desenvolvida por
pensadores e artistas como Spengler, Artaud ou Gaiguin,
que associava sua expansão destrutiva junto ao seu
esvaziamento vital, precisamente com sua racionalização,
sua separação da história e seu progresso tecnológico”.
(SUBIRATS, 1987,p.13)

“Para a perspectiva cultural destas sociedades pré-


industriais, o imperialismo significou e significa. A
privação da identidade histórica em benefício de uma nova
identidade homogênea, de signos universalistas ou
cosmopolitas, na qual a integração já não vem da memória
histórica ou da relação humana com a natureza, e das
formas de pensamento ligadas às tradições, por exemplo na
arte, mas vem do princípio nacionalizador da nova
tecnologia, e suas legitimações éticas ou estéticas”.
(SUBIRATS, 1987, p.15)
Le Corbusier – Plan Voisin ( Paris,1925)
A proposta apresentada por Le Corbusier ficou conhecida como “Plan Voisin” e assim
como os outros que surgiram, tinha como meta uma cidade que representasse o “espírito
da época”, que respondesse aos anseios do homem da nova era que se iniciava.
“Le Corbusier se adiantou espiritualmente à mentalidade
do homem de negócios internacional que consome a título
de nostalgia exótica o objeto que ao mesmo tempo destrói
sob o rigor dos poderes que representa”. (SUBIRATS, 1987,
p.15)

“Seu papel como portador artístico da civilização moderna


possui, ainda por cima, as conotações específicas que lhe
confere sua vinculação às vanguardas. No contexto
daquelas culturas pré-modernas e pré-industriais, no
começo do século, os três elementos antes assinalados, e
que a obra de Le Corbusier encarna, tinham uma
significação completamente diferente daquela que
pensaram os expressionistas alemães, os futuristas italianos
ou os neoplasticistas da Holanda, para eles era um ato
subversivo contra o poder e um apelo à liberdade e à
capacidade artística de configurar o mundo a partir do
zero”. (SUBIRATS, 1987, p.16)
“ Entretanto, os valores estéticos e sociais das vanguardas
difundiram-se internacionalmente e nos novos territórios
político- geográficos os mesmos conteúdos adotaram
funções diferentes. Em zonas pré-industriais não se davam
precisamente as condições de uma crise cultural provocada
pela industrialização e desenvolvimento tecnológico. O
espírito das vanguardas não se insinuou naqueles novos
contextos com o grande salto revolucionário para frente,
como o grito subversivo pela liberdade e o futuro. Impôs-se
mais sob o aspecto positivo de um dogma acabado que no
sentido revolucionário de uma crítica radical da cultura e
do poder”. (SUBIRATS,1987, p.16)

“A utopia da modernidade artística chegou às zonas não


industriais como fenômeno acabado e definido a priori da
civilização tecnológica sem meias tintas”. (SUBIRATS,1987,
p.16)
“Estava destinada a cumprir uma função empobrecedora
precisamente ali onde seus portadores artísticos não
respeitaram a autonomia irredutível de culturas
históricas e artísticas ligadas a identidades nacionais e
geográficas bem definidas”. (SUBIRATS,1987, p.16)

“(...) desempenhou uma papel fundamentalmente


regressivo e impositivo. Seus efeitos negativos
evidenciam-se hoje na ausência ou na delimitação
daqueles elementos autônomos e autóctones da cultura,
ligados a um sentimento coletivo e à natureza, e capazes,
precisamente por isso, de oferecer uma resistência
interior e criadora frente ao fenômenos agressivos e
totalitários que indefectivelmente acompanham o
desenvolvimento tecnológico”. (SUBIRATS,1987, p.17)
“Sabiam que o reverso de um grau de organização
tecnológica cada vez mais complexo e aperfeiçoado era a
desintegração cultural e uma certa decadência manifesta
nas atitudes niilistas, mas também híper-racionalistas, da
nova arte. Acaba sendo paradoxal comprovar a este
respeito como, - ao mesmo tempo que internacionalmente
se consolidaram, na primeira metade do século, os valores
mais afins a um funcionalismo tecnocrático e a um
racionalismo reducionista – os artistas mais criadores
tratavam de incorporar e expressividade ou o sentido do
numinoso e irracional das culturas tradicionalmente
consideradas como primitivas”. (SUBIRATS,1987, p.18)

“ A vizinhança da natureza, do demoníaco e do numinoso


era o que, introduzia um impulso novo na cultura
europeia. Este sentido profundo esteve muitas vezes
associado a motivos utópicos e a uma decidida vontade de
salvação”. (SUBIRATS,1987, p.19)
Paul Gauguin
O Cão Vermelho O Cristo Amarelo
“Em todos esses casos se assume a cultura moderna com
maior radicalidade do que o fazem os ridículos profetas
do Movimento Moderno, (...) assume-se a modernidade
como realidade conflitiva e com espirito crítico, e
colocam-se suas alternativas históricas a partir de um
diálogo com o passado e com outras culturas,
respeitando resolutamente sua especificidade histórica e
sua autonomia”. (SUBIRATS,1987, p.19)

“Certamente, o anti-historicismo dos movimentos


artísticos e arquitetônicos derivados do cubismo partiu
de um ethos revolucionário. A nova era, que
explicitamente invocava, estava ligada a uma nova
classe, e o desejado grau zero da história significava,
para a consciência europeia do entreguerras, a esperança
utópica de um mundo histórico realmente governado
pela consciência humana. (SUBIRATS,1987, p.19)
“ Da mesma forma, o princípio racionalista no qual se
fundou a estética e a utopia social das vanguardas serviu
como legitimação e representação artística de uma
concepção apolítica do poder. (SUBIRATS,1987, p.19)

“ E a ideia de progresso suplantou a dimensão temporal


da história como salvação, por ser uma história concebida
como ilimitada acumulação quantitativa”.
(SUBIRATS,1987, p.20)

Essas três características mostram o caráter duplo que a


vanguarda teve. Essa constatação pessimista do
esgotamento histórico da utopia artística da modernidade
não é, de todo, uma postura conservadora e regressiva,
pelo contrário, aceitar a crise da modernidade significa
afrontar a situação limite que o homem moderno vive.
Precisa-se dessa confrontação para retomar o impulso
A ambígua utopia do maquinismo
“O maquinismo desempenha na cultura moderna ao menos
alguns dos papéis que o século XVIII atribuía à própria
natureza ou ainda a elementos mitológicos ou princípios
metafísicos mais antigos. No contexto da modernidade
estética adquiriu funções demiúrgicas, proféticas,
messiânicas, bem como demoníacas, infernais e destrutivas”.
(SUBIRATS,1987, p.26)

“A máquina surgiu para a consciência artística do começo


do século sob a dupla dimensão de meio de poder técnico
sobre a natureza e fator ordenador em um sentido
simultaneamente social e simbólico”.

“(...) celebraram sua chegada como uma força racional,


democrática, suscetível de igualar socialmente as classes e
de liberar o homem das pesadas fadigas da sobrevivência”.
“As vanguardas realizaram a monumental síntese dos
valores econômicos, tecnológicos e epistemológicos do
maquinismo moderno com valores culturais de signo
utópico (...)”. (SUBIRATS,1987,p.29)

“Comprometeram a autonomia da arte e da arquitetura,


assim como seus conteúdos semânticos e simbólicos,
transformando-as em um meio real para conferir à nova
tecnologia uma dimensão universal e absoluta”.

“O maquinismo como propôs o futurismo italiano,


ultrapassou a dimensão de uma pura racionalização da
vida ou da expansão da racionalidade tecnológica por
meio da arte. A máquina converteu-se um valor
supremo e um fator social e econômico dotado de uma
racionalidade em si mesma emancipadora”.
Heinrich Hoerle – Homens-máquina (1930)
“O maquinismo converteu-se de fato em princípio de
salvação e de esperança. Sob esta aspiração absoluta e
universal do maquinismo, a unidade dos aspectos
racionalistas da nova concepção formal ( em outras palavras,
a estética cartesiana) e de outro lado, dos aspectos práticos e
produtivos ligados à sociedade industrial, cumpria-se como
um objetivo revolucionário”.
“Esse sentido, entretanto, desapareceu progressivamente do
espírito da arte e da arquitetura modernas já em fins da
década de 20. De um ponto de vista extrínseco, já não se
tratava mais de formular artisticamente uma ordem histórica
e cultural transgressora, e por conseguinte revolucionária ou
ao menos utópica. Pelo contrário, sob as novas condições
históricas tornava-se antes necessário desenvolver as formas
capazes de representar fielmente os valores de uma
civilização fundada na extensão indefinida de um poder
instrumental nascido sobre a base de valores científicos e
racionais”. (SUBIRATS,1987, p.30,31,32)
“Em todos estes expoentes, a forma, o próprio conceito de
estilo, separava-se drasticamente dos conteúdos culturais,
éticos, políticos, do impulso histórico”.
(SUBIRATS,1987,p.34)
“ O progresso técnico- científico mostrou-se, mal terminada
a Segunda Guerra Mundial, sob novo aspecto, mais
ambivalente”.

“As perspectivas históricas pessimistas que a filosofia havia


lançado nos finais do século passado recobraram uma nova
vigência”.

“Assim como a forma, o estilo frio, geométrico e impessoal


da nova arquitetura se desprenderam de seus significados
revolucionários, no sentido de uma ordem racional e livre
da sociedade, também a razão técnico-científica separou-se
radicalmente de seus interesses e dimensões éticas, políticas
e culturais”.
“Desenvolvimento tecnológico de signo diretamente
destrutivo e de uma concepção formalística do desenho que
desemboca em estratégias sociais de caráter manipulativo e
empobrecedor”. (SUBIRATS,1987, p.35)

“Se o fracasso dos movimentos revolucionários que


gravitavam ao redor dos pioneiros das vanguardas,
associado à ascensão dos totalitarismos fascista e stalinista
como pano de fundo, puseram fim às esperanças daqueles,
a obviedade da destruição ecológica, do progresso de
técnicas manipulativas e de controle, e o crescente
desenvolvimento das tecnologias militares confrontam a
consciência moderna com um niilismo radical. As
consequências negativas do progresso arrebataram hoje da
cultura moderna a confiança no futuro (...), a própria
tecnologia converteu-se em uma potência selvagem”.
“Desta perspectiva declinante se atingem dois aspectos
centrais que constituem o reverso, a sombra da síntese
utópica de maquinismo e arte das vanguardas históricas”.

“ O primeiro deles é a transformação dos ideais


transgressores e utópicos inerentes à racionalidade
tecnológica e econômica do maquinismo no seu oposto:
um princípio de racionalização e de integração coercitiva
da cultura artística e histórica às exigências do
desenvolvimento tecnológico”. (SUBIRATS,1987,p.36)

“A segunda questão vem a ser a consequência


iconográfica desta consciência negativa que hoje mina a
confiança na razão instrumental: a associação simbólica
da máquina e suas expressões culturais com o destrutivo e
demoníaco”.
“ (...) a crítica da racionalização remete a um nexo comum: a
substituição da realidade vital do ser humano por um
paradigma tecnológico, (...) extensão da racionalidade
técnico-científica ao conjunto de processos vitais,
individuais ou coletivos, sem reconhecimento de sua
autonomia real”. Em outras palavras, “ processo de redução
da experiência individual e de anulação da autonomia
reflexiva da existência humana”. (SUBIRATS,1987, p.36)

“Desaparecem da arte moderna os momentos reflexivos, o


caráter individual, a dimensão interior e subjetiva”.
(SUBIRATS,1987,p.38)
A concepção da arte e da arquitetura como expressão
simbólica e representação da realidade ( em um sentido
tanto ideal, quanto realista) na qual os aspectos
construtivos, racionais e prospectivos da arte se
entrelaçavam com os poéticos e expressivos – tal como se
deu em toda grande arte do século XX, de Munch e
Matisse até hoje – foi suplantada, na primeira geração de
artistas de vanguardas e mais tarde no funcionalismo”.
(SUBIRATS,1987,p.38)
Pinturas
Composição com vermelho,
azul e amarelo (1930) -
O Grito (1893) – Munch Mondrian
“A violência que a racionalidade artística e utópica das
vanguardas históricas e o Movimento Moderno encerram
(...) aproxima seus valores estéticos e éticos de um
niilismo vital, do destrutivo e da angústia”.
(SUBIRATS,1987, p.40)

O que ele identificou como “demoníaco” é “uma força


irracional e incontrolável de signo negativo e destruidor
(...) e está intimamente relacionado com o ponto de vista
anterior da racionalidade e sua intrínseca violência
cultural. Um é contrapartida do outro”. (SUBIRATS,1987,
p.41)

“ A racionalização coercitiva sob a qual a modernidade


estética integrou todos os fenômenos culturais e vitais
autônomos implica ao mesmo tempo um princípio de
irracionalidade”.
O Grande Metafísico (1917) – De Chirico
“Na pintura de De Chirico a ordem totalmente racionalizada do espaço se combina
com os símbolos da solidão, da nostalgia e da morte”. (p.42)
“A idealização artística da máquina nos pioneiros da
vanguarda chegou ao extremo de conferir-lhe
características de sujeito histórico, de demiurgo, de
messias.” Em alguns casos a máquina desempenhou o
papel que o Romantismo conferira à Natureza”.
(SUBIRATS,1987,p.43)

“A arte das vanguardas, proclamara a necessidade de


criar uma segunda natureza”. Mas sempre essa teoria
remetia à racionalidade técnico-científica e à maquina
como expressão material ou formulação simbólica desta
nova realidade natural”.

“Mesmo se a natureza exterior e humana pudesse ser


totalmente substituída por uma natureza artificial o
resultado seria ambíguo e paradoxal”.
Pois “uma cultura completamente racionalizada
conforme critérios tecnológicos poderia, certamente,
celebrar sua independência com respeito à natureza,
porém não se livraria do sentimento de temor, da
angústia produzida por sua força incontrolável ou
superioridade face às capacidades limitadas do ser
humano. De fato, o que realmente sucedeu no seio das
sociedades desenvolvidas é que a angústia frente ao
poder incontrolável da natureza, ou às forças irracionais
no indivíduo transferiu-se à própria tecnologia e à
máquina como sua expressão simbólica”.
(SUBIRATS,1987, p.44)
Cinema expressionista alemão

O Golem - Wegener Metropolis – Fritz Lang


“ O princípio racional no qual se funda o maquinismo
como projeto de dominação não foi elevado a axioma
geral da civilização moderna sem produzir
simultaneamente seu contrário: a irracionalidade da
destruição. O mito da máquina, tanto nas formulações
positivas dos apologistas, quanto nas visões sinistras dos
detratores, oferece, no fim da era moderna, o panorama
cultural de uma radical ambiguidade de significados”.

É precisamente este conflito sem conciliação o que, do


ponto de vista de nossa perspectiva histórica, mas
também das experiências artísticas acumuladas ao longo
do século, caracteriza a modernidade em sentido mais
complexo e flexível do que chegaram a pensar as
vanguardas”.
“(...) a aceitação deste conflito sem mediação conciliadora
é o que nos separa da atmosfera espiritual e do impulso
transgressor que caracterizou os pioneiros da arte
moderna.” Nossa consciência histórica e nossa visão da
cultura moderna e seu futuro é mais distante, mais
cindida, é também mais cética e reflexiva. Entretanto, isto
não induz necessariamente a uma atitude intelectual
pessimista, ou simplesmente de resignação e renúncia”.

“ Pelo contrário, a distância reflexiva significa um espaço


livre para a crítica e é hoje um alvo urgente, precisamente
para ultrapassar a sensação de estancamento, de repetição
mecânica, de ausência de futuro e de medo que domina a
cultura moderna. Ao mesmo tempo, esta posição mais
teórica e reflexiva e mais crítica, está ligada à situação
objetiva e subjetiva de recopilação, de síntese, de balanço
em que nos encontramos”.
“ A crítica, a reflexão e a síntese exigem hoje uma
preocupação central em torno da situação do ser
humano em meio à realidade tecnológica da civilização
moderna”.
“Não é o caso de se conservar o passado, mas sim de
resgatar as esperanças passadas” – Horkheimer/ Adorno

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