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O FUNCIONALISMO

HOLANDÊS

O funcionalismo de Simon Dik


QUANDO ALGUÉM ADOTA UM PONTO DE
VISTA FUNCIONALISTA NO ESTUDO DE UMA
LÍNGUA NATURA... (DIK, 1989a)
COMO OPERA O USUÁRIO DA LÍNGUA
NATURAL?

Em outras palavras...
“Como os falantes e os destinatários são bem
sucedidos comunicando-se uns com os outros por
meio de expressões linguísticas?”
“Como lhes é possível, por meios linguísticos, fazer-
se entender mutuamente, ter influência no
estoque de informação (incluindo conhecimento,
crenças, preconceitos, sentimentos), e, afinal, no
comportamento prático um do outro?”
O usuário é muito mais que um “animal linguístico”,
estando envolvidas no uso comunicativo da língua
muitas funções humanas “mais elevadas” do que a
simples função linguística.
Assim, na construção do modelo de usuário de
língua natural (M. ULN), a Gramática Funcional
de Dik considerada as seguintes capacidades para
produzir e interpretar corretamente as expressões
lingüísticas em diferentes situações de
comunicação:
GRAMÁTICA FUNCIONAL DE DIK
Usuário da língua

Capacidade Capacidade
epistemológica
social

Capacidade Capacidade
lógica perceptual
CAPACIDADE EPISTÊMICA

O usuário é capaz de construir, manter e explorar uma base


de conhecimento organizado; ele pode derivar conhecimento
de expressões linguísticas, arquivar esse conhecimento de
forma apropriada e, ainda, recuperá-lo e utilizá-lo
interpretando expressões linguísticas ulteriores;
CAPACIDADE LÓGICA

Munido de determinadas parcelas de conhecimento, o


usuário é capaz de extrair outras parcelas de conhecimento
por meio de regras de raciocínio, com princípios da lógica
dedutiva e probabilística;
CAPACIDADE PERCEPTUAL

O usuário é capaz de perceber seu ambiente, derivar


conhecimento de suas percepções e usar esse conhecimento
perceptualmente adquirido tanto para produzir como para
interpretar expressões linguísticas
CAPACIDADE SOCIAL

O usuário não somente sabe o que dizer mas também como


dizê-lo a um parceiro comunicativo particular, numa situação
comunicativa particular, para atingir objetivos comunicativos
particulares.

-Interação.
-A gramática funcional é vista como uma teoria geral que diz respeito à
organização gramatical das línguas naturais.
A linguística diz respeito a dois tipos de
sistemas de regras:
 (i) Regras que governam a constituição das expressões
linguísticas (regras semânticas, sintáticas, morfológicas e
fonológicas);
 (ii) Regras que governam os padrões de interação
verbal nos quais essas expressões linguísticas são usadas
(regras pragmáticas).

(i) é instrumental em relação às metas e aos propósitos de (ii), já que o requisito básico do
paradigma funcional é que as expressões linguísticas devem ser descritas e explicadas em termos
de um quadro geral fornecido pelo sistema pragmático de interação verbal. (As regras
propriamente linguísticas são instrumentais em relação aos objetivos comunicativos da interação
verbal).
 Para Dik (1980), a teoria funcionalista distingue o sistema da
língua e o uso da língua, mas evita estudar cada um deles fazendo
abstração do outro. A forma dos enunciados não é
entendida, pois, independentemente de sua função:
uma descrição completa inclui referência ao falante, ao ouvinte e
a seus papéis e estatuto dentro da situação de interação
determinada socioculturalmente.
 De um ponto de vista funcionalista, a relação entre a intenção do
destinador e a interpretação do destinatário, na interação verbal,
tem a expressão linguística apenas como mediação.
 Para Dik (1982), o compromisso principal do enfoque
funcionalista é descrever a linguagem não como um fim em si
mesmo mas como um requisito pragmático da interação
verbal.
 Usuário da língua assume papel central numa
abordagem funcionalista. Uma vez que a investigação deve
voltar-se para o intuito de explicitar como falantes e destinatários
comunicam-se uns com os outros de forma eficiente, por
meio da expressão linguística.
Há um inter-relacionamento essencial entre análises de dados
e formação de teoria: uma análise adequada dos dados de
alguma língua particular é impossível sem uma incursão teórica
geral nos princípios que estão na base da estrutura e do
funcionamento da língua em geral: por outro lado, um
desenvolvimento adequado da teoria linguística geral pressupõe a
análise meticulosa dos fatos das línguas particulares. (DIK,
1989b)
A teoria geral da gramática pode levar a uma visão mais
adequada da organização de línguas particulares.
Assim, a teoria deve apresentar modelos de adequação
explanatória:
• Exige que a teoria seja capaz de prover gramáticas para língua de
qualquer tipo, ao mesmo tempo que exige que a teoria dê conta, de
Adequação um modo sistemático, de similaridades e de diferenças entre a
línguas. A teoria da gramática deve, sempre que possível, integrar o
tipológica estudo da forma, do significado e do uso de tal modo que não
somente os traços linguísticos formais, mas também os semânticos e
os pragmáticos sejam colocados numa perspectiva teórica geral

•Integração da gramática numa teoria pragmática mais ampla da


interação verbal. É desejável, que a Gramática Funcional (GF) revele as
propriedades das expressões linguísticas que são relevantes para o modo
Adequação como são usadas, e que isso seja feito de tal modo que essas propriedades
possam ser relacionadas às regras e aos princípios que governam a
pragmática interação verbal; isso significa que as expressões linguísticas devem ser
pensadas não como objetos isolados, mas como instrumentos que são
usados pelo falante para evocar no ouvinte a interpretação que deseja.

• Relacionamento entre os modelos psicológicos da competência


Adequação linguística e o comportamento linguístico.
• Gramática -> Construção tripartite: (i) Modelo de produção; (ii)
Psicológica Modelo de interpretação; (iii) Estoque de elementos e princípios
usados tanto em (i) como em (ii).
Gramática funcional que deseja obter
adequação pragmática e psicológica
deve refletir em:

Produção e compreensão

Os modelos de Os modelos de
produção definem compreensão definem
como os falantes como os destinatários
constroem e processam e
formulam as interpretam as
expressões expressões
linguísticas. linguísticas.
QUANDO A TEORIA PODE FALHAR?

a) FRACA DEMAIS b) FORTE DEMAIS

CONCRETA DEMAIS ABSTRATA DEMAIS

Incapaz de permitir a Pode definir uma classe de


descrição de línguas gramática que exceda
particulares. amplamente a classe das
línguas humanas reais.
COMO EVITAR A FALHA b)?

Dik propõe três maneiras de


restringir o poder descritivo
de uma gramática:

Evitar Não admitir


transformações ou predicados
operações de Evitar filtros. São abstratos. Todos os
mudança de estratégias descritivas lexemas básicos de
estrutura. Uma vez que conferem uma língua estão
construída uma excessiva liberdade contidos no léxico na
estrutura, ela é mantida para a formulação de forma em que podem
em toda a derivação regras gramaticais. aparecer nas
posterior da expressão expressões da língua
linguística. objeto.
GRAMÁTICA FUNCIONAL DE DIK
 É uma teoria de componentes integrados que inclui a
pragmática como um componente que irá garantir que
as regras de uma língua sejam explicadas em termos
de sua funcionalidade, isto é, da forma e dos
objetivos relacionados ao uso das expressões
linguísticas. Tal gramática faz a explicitação das funções
pragmáticas atribuídos aos constituintes da estrutura
subjacente das frases em relação à situação comunicativa em
que elas ocorrem
Qual o diferencial da gramática funcional
de Dik?
 Segundo Siewierska (1991), objetiva dar conta da estrutura
da sentença, desde a representação semântica
subjacente até a forma fonética de superfície.
Começo de uma descrição de uma
expressão linguística
 Começa com a inserção de TERMOS em ESTRUTURAS DE
PREDICADO, formando, assim, uma PREDICAÇÃO.
 TERMOS: Expressões que podem ser usadas para referir-se a
unidades em um dado mundo (Exercem papéis semânticos);
 ESTRUTURAS DE PREDICADO: Esquemas que especificam
um predicado juntamente com um esqueleto das estruturas nas
quais ele pode aparecer, ou seja, as possibilidades estruturais de
ocorrência de um predicado;
 PREDICADO: Designa propriedades ou relações;
 PREDICAÇÃO: Descreve um estado-de-coisas, isto é, uma
situação linguisticamente codificada.
Esboço de uma parte do modelo de representação
linguística da GF (Dik 1989) (começo) descrita por NEVES
(1997, p. 83)
 Esboço completo do
modelo de
representação
linguística da GF
(DIK 1989).
Entendendo um pouco o esboço...
 A oração constitui expressão linguística, uma entidade
estruturada, isto é, governada por regras e princípios que
determinam sua formação.
 Toda oração tem uma estrutura subjacente, estrutura abstrata
complexa em que se devem distinguir níveis ou camadas da
organização formal, semântica e pragmática.
 A construção de uma estrutura subjacente requer
primeiramente um predicado que deve ser aplicado a um
número apropriado de termos.

(1) EU COMO Ø [VERDURA] (Constitui uma expressão linguística)


 O predicado (comer) designa uma relação de dois lugares entre
duas entidades nos papéis de “comedor” e “alguma coisa comida”,
sendo assim necessário aplicado dois termos (eu e verdura).

PREDICADO TERMOS

-Formado: predicados e seus argumentos.


PREDICAÇÃO
-Designa estado-de-coisas, alguma coisa acontece no mundo
NUCLEAR
real ou pode ser criado no mundo da mente.

(2) COMER (EU) (VERDURA) Ex. de Predicação Nuclear


PREDICAÇÃO NUCLEAR + OPERADORES DE NÍVEL 1 (π1)
+ SATÉLITES DE NÍVEL 1 (σ1)

PREDICAÇÃO CENTRAL

π : Usados para capturar as modificações e modulações obtidas por meios gramaticais, tais
como tempo, modo e aspecto.
σ : Meios lexicais opcionais que veiculam informação adicional a uma das camadas no
modelo hierárquico da oração.

(3) = (2) + ( π1) + (σ 1 )


(3) = Imper [[comer (eu) (verdura)](avidamente)]

Operador -> Aspecto imperfectivo ( EsCo não acabado)


Satélite -> Léxico (Avidamente) Modo pelo qual ocorre a ação expressa no EsCo.
Nível 1 -> Incide diretamente no predicado.
PREDICAÇÃO CENTRAL + OPERADORES DE NÍVEL 2
( π2) + SATÉLITES DE NÍVEL 2 (σ 2 )

PREDICAÇÃO ESTENDIDA

(4) = (3) + ( π2) + (σ2)


(4) = [Pres[ Imper [[comer (eu) (verdura)](avidamente)](todos os dias)]

Operador -> Operador de tempo (Presente) Localiza o EsCo em um intervalo de tempo


idêntico ao momento da fala.
Satélite -> Satélite de frequência (Todos os dias) Especifica o número de vezes em que um
certo EsCo ocorre.
Nível 2-> Escopa todo o predicado nuclear e a informação adicional pelo satélite de Modo
PREDICAÇÃO ESTENDIDA + OPERADORES DE
NÍVEL 3 ( π3) + SATÉLITES DE NÍVEL 3 (σ3 )

PROPOSIÇÃO

Fato possível
(5) = (4) + ( π3) + (σ3)
(5) = [[Pres[ Imper [[comer (eu) (verdura)](avidamente)](todos os dias)] (felizmente)]
Eu acredito ser bom eu comer verdura avidamente todos os dias (Avaliação que o falante faz do fato
possível definido pela proposição)

Satélite ->Felizmente (Expressa uma avaliação do conteúdo proposicional pelo falante)


Nível 3-> Valor de verdade + grau de comprometimento com a verdade.
PREDICAÇÃO ESTENDIDA + OPERADORES DE NÍVEL 4
( π4) + SATÉLITES DE NÍVEL 4 (σ4 )

ORAÇÃO

Força ilocucionária de uma expressão linguística é efetuada


(6) = (5) + ( π4) + (σ4)
(6) = DECL [[Pres[ Imper [[comer (eu) (verdura)](avidamente)](todos os dias)] (felizmente)]

Satélite ->Felizmente (Expressa uma avaliação do conteúdo proposicional pelo falante)


Nível 4-> Escopa toda a proposição.
Essa estrutura em camadas, hierarquicamente
ordenada, pode ser visualizada
 Função primária da interação verbal: realização de
mudanças por parte de F na informação pragmática de D por
meio de adição, substituições, lembranças
 Para realizar tais mudanças F atribui a determinados constituintes
da oração funções especiais, de alguma forma marcada,
tornando-se elementos importantes para a interpretação
adequada. Essas funções são determinadas pela GF de Tópico e
Foco.
Classificação dos estados de coisas é proposta
por meio da avaliação dos seguintes traços

 Mais importantes para a tipologia semântica dos estados-de-


coisas.
 +- [Din]
 +- [ tel]
 +- [mom]
 +- [con]
 +- [exp]
 Hengeveld (2000)
 Proposta de expandir a gramática da frase para uma gramática
funcional do discurso ( GFD).

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