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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento Interdisciplinar
DIL01161 – Conversão de Energia e Máquinas
Elétricas

Transformadores

Professor: Pablo Leonardelli


Maio, 2018

CIRCUITOS ELÉTRICOS II 1
Introdução
 Embora o transformador não seja um dispositivo de
conversão de energia, ele é um componente
indispensável de muitos sistemas de conversão de
energia.
 Os conceitos de circuitos magnéticos estudados
previamente são indispensáveis para entender o
funcionamento de um transformador real.

 O transformador é um dispositivo de concepção simples,


no qual bobinas são enroladas em um núcleo
ferromagnético de alta permeabilidade.
Introdução
 A lei da indução de Faraday é a base física que
explica o funcionamento do transformador.

 Transformadores permitem:

- Adequação de níveis de tensão em sistema elétricos


de potência;
- Isolamento elétrico entre carga e fonte;
- Casamento de impedâncias para otimizar a
transferência de potência;
- Utilização em instrumentação (TCs) e (TPs), por
exemplo.

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 3


Introdução
Existem diversos aspectos que podem ser utilizados para
classificação de transformadores, tais como:

 Potência,
 Aplicação,
 Forma,
 Isolação,
 Finalidade,
 etc.

No entanto, o foco será mantido principalmente na


compreensão dos fenômenos eletromagnéticos e nos modelos
equivalentes do dispositivo, ficando os aspectos mais
informativos para o final.
Introdução
Os principais objetivos do estudo de transformadores serão:

 Explicar como as perdas no cobre, o fluxo disperso, a histerese e as


correntes parasitas são modeladas no transformador;
 Usar o circuito equivalente do transformador para encontrar as
transformações de tensão e de corrente;
 Calcular a eficiência de um transformador;
 Calcular a regulação de tensão em um transformador;
 Determinar o circuito equivalente de um transformador a partir de
medidas;
 Compreender as ligações de transformadores trifásicos;
 Compreender o autotransformador;
 Compreender transformadores de instrumentação (TCs) e (TPs)
CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 5
Introdução
 Quanto à distribuição de fluxo magnético no núcleo, os
transformadores podem ser classificados em:

- transformador de núcleo envolvido;


- transformador de núcleo envolvente.

Monofásico de núcleo envolvido. Monofásico de núcleo envolvente.


Introdução
Os transformadores trifásicos também podem ser de núcleo
envolvido e de núcleo envolvente. Como em todo projeto de
engenharia existem vantagens e desvantagens que podem justificar
o uso de um ou de outro.

Trifásico de núcleo Trifásico de núcleo


envolvido. envolvente.
Transformador ideal
A relação de transformação de um transformador ideal monofásico,
embora bastante simples, é útil também na análise de
transformadores reais e por este motivo será rapidamente revisada.

Regra do ponto: quando o sentido de referência da corrente é tal


que ela entra no enrolamento pelo terminal assinalado por um ponto,
a polaridade da tensão induzida no outro enrolamento é positiva, no
terminal assinalado com um ponto.
Transformador ideal
O equacionamento básico de um transformador ideal operando
em um sistema de tensão senoidal é dado por:

v1 N1 i1 N 2 Note que essa relação


  estabelece que a força
v2 N 2 i2 N1 magnetomotriz FMM do
primário e do secundário são
iguais.
É comum referir-se à relação entre o número de espiras, como
relação de transformação. Dependendo do autor, esta relação será
dada por N1/N2 ou N2/N1. Ambas as relações podem ser usadas,
desde que empregadas corretamente. Aqui vamos utilizar:
1 : a
v2  av1
N2
a
N1 i1
i2 
a
Transformador ideal
Para obter a impedância refletida para o primário em função da
relação de transformação, tem-se:

i1 1 : a i2 i1

v1 v2 Z v1 Z'

v1 v2 v
Z' i1  ai2  a  a2 1
i1 Z Z

2
Z  N1 
Z'  Z N 
a2  2
Transformador real
TRANSFORMADOR SEM CARGA
Sabe-se que quando o transformador opera sem carga, uma
pequena corrente, conhecida como corrente de magnetização
circula pelo enrolamento e esta produz um fluxo senoidal no núcleo
do transformador.
 (t )  máxsen(t )
d 1 (t )  (t )
e1 (t )   N1   N1máx cos(t )
dt dt
2
E1  fN1máx  4, 44 fN1máx
2

E1 V1
máx  
2 fN1 2 fN1
Transformador real
TRANSFORMADOR SEM CARGA

 Observe que o fluxo não é dependente da corrente de carga!!!


 Ele é dependente da tensão aplicada no enrolamento primário.
 É dependente da frequência de excitação, que em sistemas de
potência praticamente é invariante.
 E é dependente do número de espiras do primário do
transformador. E1
máx 
2 fN1

OBS: Quando o transformador estiver operando com carga,


haverá uma queda de potencial na impedância série E1 do
V1
transformador, como será visto na sequência, e esta queda de
potencial fará com que . Logo, o fluxo no núcleo pode
diminuir um pouco se não houver compensação por meio da
elevação da tensão de alimentação.
Transformador real
TRANSFORMADOR SEM CARGA
 A corrente de magnetização produz uma potência reativa, logo
estará defasada de 90° da tensão de alimentação.
 Além da corrente de magnetização, existe uma corrente,
somada a de magnetização, gerada a partir das perdas
ferromagnéticas no núcleo. Esta corrente está em fase com a
tensão de alimentação.

OBS: A corrente resultante é conhecida como corrente de


excitação do transformador.
Exemplos 1 e 2

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 14


Transformador real
TRANSFORMADOR SEM CARGA
O modelo do transformador nesta condição pode ser
representado da seguinte forma:
I I 2'  0 1 : a

 Ic Im  
V1 E1 E2
Rc Xm  

Onde:
Rc modela as perdas ferromagnéticas no núcleo (perdas por
histerese e por correntes parasitas);
Xm modela a reatância magnetizante do transformador.
Transformador real
TRANSFORMADOR COM CARGA

Quando o transformador opera com carga, haverá uma queda de


potencial nas resistências ôhmicas dos enrolamentos. Estas
resistências podem ser representadas no modelo, conforme
segue:
I1 I 2' 1 : a I2

 R1 Ic Im   R2

V1 E1 E2 Z V2
Rc Xm   

Onde:
R1 modela a resistência série do enrolamento primário;
R2 modela a resistência série do enrolamento secundário.
Transformador real
TRANSFORMADOR COM CARGA

Quando o transformador opera com carga, uma parte do fluxo do


enrolamento primário não vai concatenar o secundário e vice-
versa.
Transformador real
TRANSFORMADOR COM CARGA
Este fluxo disperso, produz uma reatância chamada de reatância
de dispersão, que pode ser inserida no modelo, conforme segue:

I1 I2
I 2' 1 : a
   
X1 R1 I Im R2 X2
V1 c E1 E2 Z V2
Rc Xm   

Onde:
X1 é a reatância de dispersão do enrolamento primário;
X2 é a reatância de dispersão do enrolamento secundário.
Transformador real - Modelo equivalente
O modelo representado abaixo é o modelo completo do
transformador operando em frequências industriais.

A partir deste modelo é possível determinar:


 as perdas por condução no transformador;
 as perdas no núcleo do transformador;
 o rendimento do transformador;
 o defasamento angular do transformador;
 a regulação de tensão do transformador;
 etc.

1 : a
 
X1 R1 R2 X2
V1 Rc Xm Z V2
 
Exemplo 3

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 20


Variações do modelo equivalente
O modelo equivalente apresentado anteriormente é o modelo
completo por fase de um transformador de potência que operar
em frequência na ordem de 50-60Hz.

1 : a
 
X1 R1 R2 X2
V1 Rc Xm Z V2
 
Existem, no entanto, simplificações deste modelo que podem ser
aplicadas dependendo do grau de exatidão que se pretende obter
na análise. As simplificações mais comuns do modelo são
mostradas abaixo:
Variações do modelo equivalente

A primeira simplificação, conhecida como modelo L, apenas


desloca o ramo série do lado primário para somar-se ao lado
secundário refletido conforme figura

 
Req  R1  R2 ' X eq  X 1  X 2 '
V1 Rc Xm V2
 

A simplificação se aplica, pois a queda de potencial no ramo série


pouco influencia a tensão aplicada ao ramo de magnetização e
ainda assim permite considerar a impedância série do circuito.
Variações do modelo equivalente
O modelo L permite a reflexão também para o lado secundário,
se este for o interesse, conforme figura.

 Req  R1 ' R2 X eq  X 1 ' X 2 


V1 V2
Rc Xm
 

Esta simplificação permite determinar perdas no transformador,


deslocamento angular, e regulação de tensão e rendimento.

Uma aplicação típica deste modelo é para a determinação dos


parâmetros do circuito equivalente por meio de ensaios.
Variações do modelo equivalente
Uma outra simplificação possível e aceitável é desconsiderar o
ramo de magnetização, conforme figura.

 Req  R1  R2 ' X eq  X 1  X 2 ' 


V1 V2
 

Essa simplificação é aplicável, sem gerar erros significativos, em


transformadores de grande porte (centenas de kVA), nos quais a
corrente de magnetização é muito menor que a corrente de
carga.

Esse modelo permite determinar as perdas por condução, o


defasamento angular e a regulação de tensão. É comumente
aplicado em análise de sistemas de distribuição de energia.
Variações do modelo equivalente
Na análise de sistemas elétricos de potência é comum empregar
uma simplificação que considera somente a reatância série do
transformador.
 X eq  X 1  X 2 ' 
V1 V2
 

Essa simplificação é aplicável, sem gerar erros significativos, em


transformadores de grande porte (ordem de MVA), nos quais a
corrente de magnetização é muito menor que a corrente de carga, e
a resistência série é muito menor que a reatância série.

Esse modelo permite determinar o defasamento angular inserido


pelo transformador e permite determinar de forma aproximada a
regulação de tensão. Esse modelo é amplamente aplicado na análise
de sistemas de transmissão de energia.
Exemplo 4 e 5

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 26


Determinação dos parâmetros do circuito equivalente

A determinação dos parâmetros pode ser realizada por


meio de dois ensaios:

1 – Ensaio de curto-circuito;

2 – Ensaio a vazio ou de circuito aberto.

IMPORTANTE: Para determinação dos parâmetros, em geral


é considerado o modelo equivalente do tipo L.
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente
1 – Ensaio de curto-circuito;

O ensaio de curto-circuito consiste em curto-circuitar o primário


ou secundário e aplicar uma tensão no lado oposto até que seja
atingida a corrente nominal. Neste ensaio são medidas: a
corrente do lado onde foi aplicada a tensão, a tensão aplicada e a
potência ativa.

2 – Ensaio a vazio ou de circuito aberto.

O ensaio a vazio ou de circuito aberto consiste em abrir os


terminais do primário ou do secundário e aplicar a tensão
nominal no lado oposto. Neste ensaio são medidas: a corrente do
lado onde foi aplicada a tensão, a tensão aplicada e a potência
ativa.
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente
A determinação dos parâmetros pode ser realizada por meio de
dois ensaios:

1 – ensaio de curto-circuito;
2 – ensaio a vazio ou de circuito aberto.

O ensaio de curto-circuito consiste em curto-circuitar o primário


ou secundário e aplicar uma tensão no lado oposto até que seja
atingida a corrente nominal. Neste ensaio são medidas: a
corrente do lado onde foi aplicada a tensão, a tensão aplicada e a
potência ativa.

O ensaio a vazio ou de circuito aberto consiste em abrir os


terminais do primário ou do secundário e aplicar a tensão
nominal no lado oposto. Neste ensaio são medidas: a corrente do
lado onde foi aplicada a tensão, a tensão aplicada e a potência
ativa.
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente
ENSAIO DE CURTO-CIRCUITO
Ligação e medidas:

Circuito equivalente T

R1 X1 R Xm R2 ' X2 '
c

Circuito equivalente L

Req X eq
Rc Xm
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente
ENSAIO DE CURTO-CIRCUITO
O ensaio de curto circuito permite determinar a impedância
equivalente série, pois o ramo de magnetização pode ser
desprezado. As equações abaixo são aplicáveis:
Vcc Pcc
Z eq  Req  2 X eq  Z eq  Req 2
2
I cc I cc

É possível determinar individualmente R1 e R2’ a partir da medida


das resistência dos enrolamentos; no entanto, não existem um
ensaio que permite determinar de forma isolada X1 e X2’ sem
uma análise detalhada e complexa da distribuição do campo nos
enrolamentos sob condições de carga.
Se for necessário obter os parâmetros isolados é comum fazer a
aproximação:
R1  R2 '  0,5 Req X 1  X 2 '  0,5 X eq
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente

ENSAIO A VAZIO
Ligação e medidas:

Circuito equivalente T

R1 X1 R2 ' X2 '
Rc Xm

Circuito equivalente L

Req X eq
Rc Xm
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente
ENSAIO A VAZIO OU DE CIRCUITO ABERTO

O ensaio de curto circuito permite determinar a impedância do


ramo de magnetização, pois a impedância série pode ser
desprezada. As equações abaixo são aplicáveis:

2 2
Vca Vca2 1  1   1 
Zm  Rc      
I ca Pca Xm  Z m   Rc 

A determinação de Rc e Xm permite conhecer as perdas


ferromagnéticas no núcleo e permite determinar a potência
aparente necessária para magnetizar o mesmo.

Se uma maior precisão na determinação deste parâmetros for


desejável, pode-se fazer inicialmente a determinação de R1 e X1 e
considerar estes para determinação de Rc e Xm, mas raramente
isso é necessário.
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente
OBSERVAÇÕES PRÁTICAS REFERENTES AOS ENSAIOS

 O lado cujos ensaios são realizados pode variar de acordo com


a conveniência e de acordo com a disponibilidade de
equipamentos para realização do ensaio.

 O ensaio a vazio geralmente é realizado aplicando tensão


nominal no lado de baixa tensão, por conveniência. Como
neste ensaio são determinadas características do núcleo
independe o lado que é referido para o ensaio pois o resultado
será o mesmo.

 O ensaio de curto-circuito geralmente é realizado fazendo o


curto no lado de baixa tensão, pois o valor nominal de
corrente no lado de alta é menor e a tensão que se precisa
aplicar geralmente não passa de 10-15% do valor nominal do
lado da alta tensão.
Determinação dos parâmetros do circuito equivalente

Importante: é preciso tomar cuidado na hora de


montar o circuito equivalente se o ensaio foi
realizado em lados opostos. Deve-se fazer a
reflexão de impedâncias se este for o caso!

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 35


Aspectos de qualidade do transformador
Com base no circuito equivalente do transformador é possível
determinar aspectos de qualidade do mesmo, como por exemplo:
rendimento, defasamento angular e regulação de tensão.

Importante: os aspectos de qualidade mencionados geralmente são


conhecidos para a condição nominal. Mas todos os parâmetros
variam para diferentes condições de carga.

Rendimento Regulação de tensão


Psaída Vsvazio  Vscarga nominal
Psaída  Pperdas RT 
Vscarga nominal

Defasamento angular
Diferença de ângulo entre a tensão de entrada V1 e a tensão de saída
V2.
Exemplo 6

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 37


Autotransformador
Um transformador comum, de dois enrolamentos pode
ser conectado com os seus enrolamentos em série,
conforme abaixo.
Autotransformador
A configuração com os enrolamentos em série é
conhecida como autotransformador. Esta configuração
apresenta algumas particularidades:

- Não fornece isolação elétrica entre primário e


secundário;

- É facilmente adaptável para configurações onde tensão


AC ajustável é necessária;

- Apresenta reatâncias de dispersão menores, perdas


menores, menores correntes de excitação e custam
menos que transformadores de dois enrolamentos
quando a relação é próxima de 1:1.
Autotransformador
APLICAÇÕES
Autotransformador variável (Varivolt, Variac)

Regulador de tensão em redes de distribuição


Autotransformador
A parte do enrolamento comum ao primário e
ao secundário é denominado enrolamento
comum e suas variáveis são denotadas pelo
sub-índice “C” e o outra parte do enrolamento
é denominada enrolamento série e suas
variáveis são denotadas pelo sub-índice “SE”.

Equacionamento básico:

VC NC IC N SE
 
VSE N SE I SE N C

VL  VC I H  I SE
VH  VC  VSE I L  I C  I SE
Autotransformador
Manipulando as equações básicas anteriores é possível
estabelecer relações entre os lados de alta e baixa tensão:
N SE  N C
VH  VC  VSE e VSE 
VC N SE VH  VL
NC NC

I L  I C  I SE N SE I SE NC
e IC  IH  IL
NC N SE  N C

Potência nominal e potência nos enrolamentos


S ENR  VSE I SE  VC I C S Entrada  S Saída  VH I H  VL I L
S ENR  VC I C  VC ( I L  I H )
 VL ( I L  I H )  VL I L  VL I H N SE N SE
S ENR  VL I L  S Saída
NC N C  N SE N C  N SE
 VL I L  VL I L
N C  N SE
Autotransformador
A relação abaixo de fato representa uma vantagem interessante
do transformador quando a relação entre o número de espiras
do primário e do secundário é próxima.

S Saída N C  N SE

S ENR N SE

Essa relação mostra que a potências dos enrolamentos não


precisam ser iguais as potências nominais do transformador.
Isso ocorre porque parte da potência é transferida sem
concatenar o núcleo.

Desta forma, autotransformadores podem apresentar uma


densidade de potencia maior que transformadores
convencionais.

A vantagem é tanto maior quanto menor a diferença entre a


tensão de primário e secundário.
Exemplo 7

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 44


Sistema por unidade: p.u
As especificações de transformadores frequentemente são dadas
em função de seus valores de base no sistema por unidade, ou
simplesmente p.u.. A rigor o sistema p.u. é simplesmente uma
normalização, dada por:

Grandeza real
Grandeza p.u. 
Valor de base da grandeza

Em sistemas elétricos geralmente se escolhem duas grandezas de


base, e as demais ficam dependentes dessas grandezas.
Geralmente as bases são a tensão e a potência aparente. Sendo
este o caso, tem-se, para sistemas monofásicos, as bases: Sbase e
Vbase, logo: 2
Sbase (Vbase )
I base  Z base 
Vbase Sbase
Sistema por unidade: p.u
Em sistemas trifásicos, em geral a potência de base é a aparente
trifásica e tensão de base é a tensão de linha, logo as variáveis
dependentes, por fase, são:
Sbase 
Sbase 3(V ,base ) 2
S1 ,base  I ,base Z ,base 
3 3V ,base Sbase

Quando se desejar fazer a conversão entre bases diferentes pode-


se aplicar as equações:
Sbase 1
( P, Q, S ) pu na base 2 =( P, Q, S ) pu na base 1
Sbase 2
Vbase 1 Vbase 2Sbase 1
Vpu na base 2 =Vpu na base 1 I pu na base 2 =I pu na base 1
Vbase 2 Vbase 2Sbase 2

(Vbase 1 ) 2Sbase 2
( R, X , Z ) pu na base 2 =( R, X , Z ) pu na base 1
(Vbase 2 ) 2Sbase 1
Exemplos

CONVERSÃO DE ENERGIA E MÁQUINAS ELÉTRICAS 47


Transformadores de Instrumentação
Em sistemas elétricos de potência é necessário realizar medidas
das grandezas elétricas de interesse. Como as tensões chegam a
ordem de centenas de kilovolts e as correntes em dezenas de
kiloampères, é impraticável construir equipamentos de medição
com precisão que operem diretamente com os níveis de tensão e
correntes mencionadas. Para contornar este problemas são
usados transformadores de potencial (TP’s) e de
transformadores de corrente (TC’s).
Transformadores de Instrumentação
Transformadores de potencial (TP’s)
 são especialmente enrolados com um primário em alta tensão
e secundário em baixa tensão;
 apresentam uma potência nominal muito baixa uma vez que o
único objetivo é adquirir uma amostra do potencial com
precisão;
 a impedância do lado secundário deve ser tão grande quanto
possível;
 tipicamente a tensão eficaz nominal do secundário é 120V.
Transformadores de Instrumentação
Transformadores de potencial (TP’s)
O circuito equivalente pode ser modelado da seguinte forma:
1 : a

 X1 R1 X2 ' R2 ' 
V1 Xm V2 Zb
 

Onde Zb é a impedância do instrumento de medição.


Considerando Zb infinita, a relação de transformação será dada
por:
V2  N 2  jX m

V1  N1  R1  j ( X 1  X m )

Se R1 e X1 forem muito menores que Xm, o erro em ângulo e fase


pode ser muito pequeno.
Transformadores de Instrumentação
Transformadores de potencial (TP’s)
Se Zb não for considerado infinito, a relação de transformação
ficará:
V2  N 2  Z eq Z b '

V1  N1  ( R1  jX 1 ).( Z eq  Z b ' R2 ' jX 2 ')

Onde Zeq é: jX m ( R1  jX 1 )
Z eq 
R1  j ( X m  X 1 )

Desta expressão é possível deduzir que, para um transformador


de potencial ter exatidão, deve ter elevada reatância de
magnetização, baixas resistências nos enrolamentos, baixas
reatâncias de dispersão e a impedância Zb deve ser tão grande
quanto possível.
Transformadores de Instrumentação
Transformadores de corrente (TC’s)
 são especialmente enrolados com um primário em alta tensão
e secundário em baixa tensão;
 apresentam uma potência nominal muito baixa uma vez que o
único objetivo é adquirir uma amostra da corrente com
precisão;
 a impedância do lado secundário deve ser tão pequena quanto
possível;
 tipicamente a corrente eficaz nominal do secundário é 5A;
 O secundário nunca deve ficar aberto, pois tensões
extremamente altas são geradas no secundário se isso
acontecer.
Transformadores de Instrumentação
Transformadores de corrente (TC’s)
Assumindo que o circuito equivalente do transformador de
corrente é o mesmo que o do transformador de potencial, e que,
no entanto, a impedância Zb é nula, tem-se a relação de
transformação dada por:
I 2  N1  jX m

I1  N 2  R2 ' j ( X 2 ' X m )

Observe que R1 e X1 são ignorados nesta equação, isto porque a


transformação de interesse é da corrente e R1 e X1 representam
uma impedância em série com uma fonte de corrente.

Se a impedância Zb for assumido como diferente de zero, a


relação será: I 2  N1  jX m

I1  N 2  Z b ' R2 ' j ( X 2 ' X m )

Para adquirir uma melhor precisão Xm deve ser tão grande quanto
possível, R2, X2 e Zb tão próximos de zero quanto possível.
Transformadores de Instrumentação
Medição de potência com transformadores de instrumentação
- Em sistemas elétricos de baixa tensão a medida de potência a
medida de potencia na presença de correntes elevadas é
realizada somente com o uso de transformador de corrente,
uma vez que o potencial pode ser medido diretamente.
- Em sistemas de média e alta tensão normalmente são
utilizados os dois tipos de transformadores de instrumentação
para tornar possível a medida de potência ativa.
Transformadores Trifásicos
Podem ser implementados com um único núcleo, ou com um
banco trifásico, composto por três transformadores monofásicos:
Transformadores Trifásicos
Ligação Y-Y
Transformadores Trifásicos
Ligação Y-Δ
Transformadores Trifásicos
Ligação Δ -Y
Transformadores Trifásicos
Ligação Δ - Δ

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