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HORTICULTURA

Introdução
• As hortaliças são parte integrante da dieta da
população mundial.
• Em Moçambique, o consumo é ainda pequeno
ficando, em média, ao redor de 5 kg por
habitante por ano.
• Todavia, em função de algumas espécies serem
excelente fonte de vitaminas, sais minerais e
substâncias antioxidantes, como a vitamina C, o
b-caroteno e o licopeno, este último
comprovadamente relacionado com a prevenção
de diferentes tipos de câncer, o consumo destes
alimentos tem crescido no país.
Introdução (Cont.)
• A idéia central do presente treinamento é fornecer
recomendações de caráter geral que permitam
uniformizar a adoção de procedimentos que
assegurem a qualidade das hortaliças produzidas nos
diferentes sistemas de produção empregados no País.
• Não tendo-se a pretensão de esgotar o assunto, uma
vez que existe vasta literatura internacional a respeito
do tema abordado.
• Acredita-se que adoção do conjunto de informações
apresentadas permitirá a minimização da ocorrência
de contaminações químicas, físicas e microbiológicas
das hortaliças, bem como contribuirá para a
sustentabilidade econômica, ambiental e social.
Conteúdos programáticos
• Conceitos e tipos de hortícolas;
• Mercado de hortícolas país em geral e na
província em particular;
• Relação planta/meio ambiente;
• Infra-estrutura de produção: topografia, ventos,
água, equipamentos, sistemas de irrigação;
• Cultivares ou variedades, tipos de sementeiras,
substratos (definição, tipos e propriedades físico-
químicas), composto orgânico;
Conteúdos programáticos (Cont.)
• Maneio do viveiro de produção de mudas ou plântulas;
• Preparação do solo (manual ou mecanizado, calagem,
adubação orgânica, adubação foliar, adubação de plantio
e de cobertura, fertirrigação);
• Sistemas de plantio: manual, mecanizado, canteiros,
sulcos, covas; Transplante (espaçamento e
profundidade);
• Tratos culturais (regas, capinas, desbaste, tutoramento,
poda, rotação de culturas, polinização);
• Pragas e doenças (atractivos naturais e controles);
• Técnicas de colheita (ponto de colheita, beneficiamento,
embalagem, armazenagem e comercialização).
Conceitos gerais
• Horticultura (definição portuguesa)
• Estuda as culturas de plantas hortícolas,
produção de hortaliças
• Horticultura, Horticulture (definição brasileira,
inglesa)
• Estuda:
 culturas de plantas hortícolas
(Olericultura, Vegetable)
 plantas ornamentais, flores (Floricultura)
 fruteiras (Fruticultura)
• Hortaliça: folhas, frutos, raízes, tubérculos, caules, etc.
proveniente de plantas cultivadas que servem para:
• consumo humano
• suplementar o alimento-base (cereais, tubérculos),
• enriquecer a dieta com vitaminas e minerais
• melhorar o sabor do alimento-base
• têm teores elevado de água (70% ou mais)
• são plantas herbáceas e anuais (excepções?)
• exclui-se as plantas que produzem frutos doces (as
vezes as culturas anuais produtoras de frutas são
tratados junto com as hortícolas, em vez de serem
tratadas com as fruteiras.
Importancia
• Fornecem uma parte significativa de: Minerais,
Vitaminas, Proteinas.
• Porém:
– Diferentes espécies diferem muito nos valores
nutricionais
• Hortaliças de folhas, normalmente, têm valores
nutricionais mais elevadas que as hortaliças de frutos
e de tubérculos mas, são importantes como
estimuladores de apetite devido ao sabor,
aroma e cor atractiva.
Espécies hortícolas
• Classificação de espécies hortícolas:
 Milho classificado como cereal, mas quando o uso
principal for maçaroca e sobretudo no caso do milho
doce é classificado como hortícola.
 Feijões são considerados hortícolas quando o uso
principal é a vagem verde ou as folhas
• Phaseolus vulgaris, variedades cultivadas para
vagem verde ("feijão verde") é uma cultura
hortícola, enquanto o grupo de cultivares para
grão seco ("feijão manteiga", "feijão vulgar")
pertence às culturas arvenses.
Cont. (…)
 Mandioca, batata-doce, abóbora, feijão nhemba são
classificadas hortícolas quando são usadas para
produção de folhas.
• outras hortícolas de espécies silvestres e infestantes
cujas folhas são consumidas (Amaranthus, cacana)
 Classificação baseada na parte comestível:
• raíz, tubérculo, bolbo, caule, pecíolo, folha, flor,
fruto, grão ainda não maduro
 Classificação botânica:
• útil não só para melhorar a comunicação cientifica,
mas também para fins de fitossanidade e rotação
das culturas (porquê?).
Ecofisiologia
 Em muitas espécies há uma grande variação de
tolerância de temperatura das cultivares
 A escolha da data de sementeira pode ser decisiva
para um cultivo com sucesso, especialmente nas
regiões com uma estação chuvosa e outra estação seca
 Algumas espécies precisam de temperaturas baixas
para a indução floral:
beterraba, cebola, cenoura e as couves (não é
possível uma produção de sementes nas zonas
tropicais).
 As melhores regiões para a produção de sementes de
hortícolas encontra-se normalmente nas zonas
subtropicais com uma estação chuvosa
Rotacao de culturas horticolas
• Não plantar na mesma área (local) em anos
consecutivos, hortícolas:
 da mesma família
 para evitar o aumento de pragas e doenças,
exemplos:
Repolho, couve de folhas e couve-
flor (CRUCIFERAE)
Tomate, batata e pimento (SOLANACEAE)
Alho e cebola (ALLIACEAE)
Rotacao de culturas horticolas
• Que tenham a mesma necessidades em nutrientes
para aproveitar o máximo da adubação da hortícola
anterior
 hortícolas de folha precisam de mais N
 hortícolas de grão e fruto precisam de
mais P
 hortícolas de tubérculo e raízes precisam
de mais K
 Que tenham a mesma profundidade radicular

Pouco profundo Moderadamente Profundo


(45-60 cm) profundo ( > 120)
(90-120 cm)

Repolho Feijão verde Asparagus


Couve-flor Beterraba Abóbora
Couve-china Cenoura (Batata doce)
Aipo Pepino Tomate
Milho Beringela (Melancia)
Alho Ervilha
Cebola
Salsa
Batata reno
Rabanete
Espinafre
Rotação de culturas hortícolas
A divisão dos
talhões em faixas
de cultivo auxilia na
implantação de
esquemas de
rotação.
Classificacao
• Baseado na forma de apresentação ao
consumidor:
• Frescas
• Em conserva
• Desidratadas
• Congeladas
• Minimamente processadas
• Processadas
Classificacao
• Baseada nas partes comestíveis:
• Raízes
• Tubérculos
• Rizomas
• Folhas
• Frutos
• Talos tenros e brotos
• Inflorescências/Flores
• Bulbos
• Sementes imaturas
Raízes
Tubérculos
Folhas
Frutos imaturos e maduros
Inflorescências
Vagem e semente imatura
Talos tenros e brotos

Asparagus (Asparagus officinalis L.)


Os factores da decisão para produção de
hortícolas
• Cabe ao produtor rural a tomada de decisão para
determinar a que melhor se adapta à sua realidade.
• Uma boa escolha deve levar em consideração os
fatores de produção:
– Clima;
– Solo;
– Água;
– Infra-estrutura e outros.
• Devem-se também observar os fatores de mercado:
– Proximidade do mercado consumidor;
– Tamanho da área;
– Canais de comercialização e outros.
Infra-estrutura de produção
• Topografia
• Ventos
• Água
• Equipamentos
• Sistemas de irrigação
Topografia
• O local ideal para a implantação de uma horta deve
ser de fácil acesso, bem ensolarado o dia todo ou por
pelo menos 4 a 6 horas diárias; e próximo a uma fonte
de água de boa qualidade.
• Terrenos não sujeitos a alagamentos ou
encharcamentos;
• O solo deve ser plano ou levemente inclinado,
profundo, de textura média (areno-argiloso ou argilo-
arenoso), arejado, boa drenagem, porém com uma
razoável capacidade de retenção de água, rico em
matéria orgânica, ligeiramente inclinados (para
facilitar o escoamento do excesso de água);
Topografia (Cont.)
• Distante de árvores para evitar o sombreamento e
competição por nutrientes do solo.
• Algumas hortaliças também podem ser plantadas em
canteiros de alvenaria, caixas, latas, pneus, vasos, ou
outros recipientes com no mínimo 20 cm de
profundidade e perfurados no fundo.
• O local deve possuir ou ter acesso a uma fonte de
material orgânico para produção de adubos e
compostos e reduzir a dependência de fertilizantes
comerciais.
Ventos
• O excesso de vento é prejudicial às hortaliças, por
isso é recomendada a utilização de obstáculos como
quebra-vento, que pode ser composto por plantas
arbustivas ou subarbóreas, como bananeira, milho,
cana-de-açúcar ou capim elefante.
Água
• Os produtores devem identificar as fontes de água
utilizadas para irrigação, isto é, se a água é reutilizada
a partir de outros sistemas de irrigação, de poços,
canais abertos, lagos, ou outra fonte.
• A qualidade microbiológica e química da água deve
ser avaliada periodicamente, certificando-se de que
é apropriada para utilização.
• A freqüência de teste para contaminação dependerá
da fonte de água utilizada e dos riscos de
contaminação devido à ocorrência de enchentes.
Atenção
• Cuidados também devem ser dispensados ao
sistema de bombeamento de água para irrigação.
• Se uma bomba estiver contaminada, a água de
irrigação que passar por ela será também
contaminada.
• A água usada na irrigação pode ser veículo de
agentes que apresentam alto risco de
contaminação ao ser humano, dentre eles
Escherichia coli, Salmonella sp., Shigella spp.,
Vibrio colerae, dentre outros.
Água
• Tendo em vista a diversidade de microrganismos
que podem estar presentes na água de irrigação,
deve-se evitar colher as hortaliças imediatamente
após a última irrigação.
• Quanto maior o tempo entre a última irrigação e
a colheita, menor é a probabilidade de que algum
patógeno disseminado pela água de irrigação
tenha sobrevivido e venha se tornar num real
perigo para a saúde dos consumidores.
• Outro emprego da água na produção de
hortaliças diz respeito à sua utilização como
veículo de fertilizantes (fertirrigação) e de
aplicação de agrotóxicos.
Água
• Nestes casos, a qualidade da água também
deve ser levada em consideração, não
podendo conter nenhum tipo de
contaminação microbiológica ou química.
• Em suma, os seguintes aspectos básicos
devem ser considerados para evitar-se a
contaminação das fontes de água usadas na
produção de hortaliças:
– identificação das fontes de fornecimento de água;
– observar a presença de criações de animais nas
cercanias da fonte de água utilizada;
Água
• Impedir de maneira sistemática a proximação
de animais selvagens, bem como de pessoas
não autorizadas às fontes de água;
• Evitar o armazenamento de esterco orgânico
próximo às fontes de água;
• Possuir um cronograma de manutenção dos
tanques de armazenamento de água;
• Realizar testes periódicos da qualidade da
água utilizada.
Equipamentos
• Para se trabalhar a terra com eficácia, o ideal é o
horticultor familiar dispor das seguintes ferramentas:
• Pá curva - para escavar ou remover a terra.
• Enxada - incorporar corretivos e adubos à terra,
acertar as bordas e superfícies dos canteiros, para
trabalhos de capina, cavar e revolver o terreno.
• Peneira – peneirar a terra do leito da sementeira.
Equipamentos
• Plantador – pedaço de pau pontiagudo que faz
furos na terra, para semear ou plantar as mudas.
• Ancinho – para retirar da terra revolvida
pequenos pedaços de pedra e ciscos e nivelar
canteiros antes de plantar.
• Colher de transplante – retirar mudas da
sementeira, um torrão de terra junto às raízes, e
transplantar.
• Sacho – tem duas lâminas, uma para capinas
entre as plantas e outra para afofar a terra e fazer
os sulcos, que permitem o deslocamento pela
horta sem machucar a produção.
Equipamentos
• Escarifi cador – usado para afofar a terra dos canteiros
e quebrar a crosta que se forma sobre a terra.
• Regador – recipiente com orifícios que comporta água e
serve para irrigar a horta manualmente.
• gotejador – serve para irrigar a horta, despejando água
aos pés das plantas lentamente e de forma econômica.
• Aspersor – serve na irrigação de hortas maiores, com o
uso de água corrente.
• Pulverizador – usado na aplicação de defensivo agrícola
e adubos foliares e biofertilizantes.
Equipamentos
• Os equipamentos e contentores que entrarem em
contato com as hortaliças devem ser feitos de
material atóxico.
• Devem ser projetados e construídos de tal forma a
assegurar que possam ser limpos e desinfetados.
• Os procedimentos específicos de higiene para cada
equipamento/contentor devem ser descritos.
• Ao final de cada dia todas as caixas devem ser
lavadas e higienizadas e avaliado seu estado de
conservação.
Equipamentos
• Certifique-se de que as caixas não estão cheias
em excesso, protegendo-se as hortaliças contra
danos mecânicos.
• Recomenda-se que toda a sujeira ou solo
aderidos superficialmente ao produto sejam
retirados.
• Os contentores para lixo, subprodutos, partes
não-comestíveis ou substâncias perigosas devem
ser devidamente identificados e construídos com
material apropriado.
• Nos casos em que se julgar necessário, devem ser
feitos de material impermeável.
Instrumentos
Sistemas de irrigação
• A irrigação - serve para manter a terra
sempre húmida, proporcionando bom
desenvolvimento às hortaliças. Os principais
tipos de irrigação em hortícolas são:
• Sistema de aspersão – feita com aspersores,
mangueiras com esguichos e regadores.
• Sistema de Sulcos – a água passa nos sulcos de
irrigação junto às plantas (por gravidade)
• Sistema de Microaspersão e Gotejamento –
utiliza os seguintes componentes:
Irrigação por aspersão
• O sistema de irrigação por aspersão convencional, em
geral é o mais utilizado, pela sua adaptabilidade as
hortaliças do grupo folhas, além de responder
adequadamente para o suplemente hídrica das
culturas, apresenta maior facilidade no seu manejo.
• Após o levantamento dos canteiros, deve ser instalado
o sistema de irrigação por aspersão, em geral, é
montado no espaçamento tendo em observância o tipo
de cultura.
• Deve-se fazer vistorias freqüentes, eliminando os
vazamentos nas conexões, com isso, aumenta-se a
eficiência e uniformidade da irrigação e reduz-se o
consumo de água e energia elétrica.
Sistemas de irrigação por aspersão
Irrigação por gotejamento
• Após o levantamento dos canteiros, deve ser
instalado o sistema de irrigação por gotejamento.
• Nesse sistema de irrigação são instalados dois tubos
gotejadores por canteiro, com gotejadores voltados
para cima e espaçamento máximo de 30 cm.
• Deve ser instalada uma válvula de final de linha para
reduzir o risco de entupimento.
• Após a instalação, o sistema de irrigação por
gotejamento, deve ser ligado para teste, para
eliminar possíveis vazamentos e avaliar a
uniformidade de aplicação da água.
A irrigação por gotejamento, além da economia de água, energia e
fertilizantes minerais, propicia ganhos de produtividade
Lembrar que:
• Para realizar uma irrigação eficiente, é necessário
atender às seguintes recomendações:
• O número de irrigações e a quantidade de água a ser
aplicada dependem das condições do solo, clima,
espécie de hortaliças e desenvolvimento das plantas.
• A quantidade de água a ser aplicada por vez deve ser
o suficiente para molhar a terra até a profundidade
de 20 a 25cm, onde se concentra a maioria das
raízes.
• O excesso de água favorece a erosão e perda dos
nutrientes.
• A falta de água prejudica o crescimento e a qualidade
dos produtos.
• De modo geral, após o plantio, irrigar diariamente.
• Para hortaliças como alface, almeirão, agrião,
coentro, espinafre e salsa, aconselha-se irrigar todos
os dias durante todo o ciclo da planta.
• Para hortaliças como abóbora pepino, pimento e
tomate, as irrigações podem ser feitas de três em três
dias até o final da colheita, conforme as plantas
cresçam.
• Hortaliças como alho, batata, batata-doce, beterraba,
cebola e cenoura, não há necessidade de irrigar
quando estiverem em condições de serem colhidas.
Escolha das sementes
• Na escolha das sementes para a produção de
hortaliças os seguintes pontos devem ser
observados:
• Utilizar somente sementes com índices adequados
de germinação, vigor e pureza;
• Certificar-se sobre a procedência do material a ser
adquirido, exigindo o certificado de sanidade vegetal,
germinação e pureza;
• Utilizar apenas sementes certificadas e previamente
analisadas quanto à sanidade vegetal;
Escolha das sementes (Cont.)
• Observar se as sementes se adaptam à região de
cultivo pretendida;
• Certificar-se de que existe tolerância e/ou resistência
às principais pragas e doenças, se o material se
adapta às exigências do mercado e possui boa
conservação pós-colheita e resistência ao transporte.
• Na escolha das sementes para a produção de
hortícolas varias analises devem ser feitas.
• A análise de sementes é o exame de uma mostra
com o objetivo de estabelecer a qualidade das
sementes de um lote, sendo a qualidade definida por
parâmetros genético, físico, fisiológico e sanitário.
• Nestas analises há que considerar os seguintes
aspectos:
– Amostragem;
– Pureza;
– Teste de germinacao;
– Teste de Tetrazólio;
– Determinação da humidade;
– Teste de Sanidade;
– Análise de Sementes Revestidas;
– Raio-X de Sementes de Hortaliças;
– Testes de Vigor em Sementes de Hortaliças.
Amostragem
• A amostragem é estabelecida em função da quantidade
de sementes do lote e do tipo de embalagem.
• A quantidade de sementes analisada no laboratório
muitas vezes é pequena comparada com o tamanho do
lote do qual representa.
• No caso de muitas hortaliças, os lotes são pequenos em
tamanho, mas com uma quantidade grande de
sementes.
• Maiores serão os cuidados na hora de realizar a
amostragem de parte das sementes que serão
analisadas, isso porque esse tipo de material apresenta
valor agregado muito alto.
Pureza
• O objetivo da análise de pureza é determinar a
composição da amostra em exame e
consequentemente, a composição do lote de
sementes, a identidade das espécies de sementes e
das partículas inertes que constituem a amostra.
• A análise de pureza das sementes de hortaliças é em
geral, mais difícil, devido ao tamanho reduzido das
sementes.
• Tanto neste tipo de teste como na determinação de
sementes nocivas, mais penoso ainda é o manuseio
destas sementes quando tratadas.
Pureza (Cont.)
• A pureza física determina a composição da amostra e
a proporção em que os componentes estão
presentes; a indicação das sementes fisicamente
puras é expressa em peso da amostra, em
prcentagem.
• Na amostra são consideradas:
• Sementes puras (%): da espécie predominante e
fragmentos maiores que ½ do tamanho original da
emente.
Pureza (Cont.)
• São também sementes puras:
– as intactas; os fragmentos maiores que ½ do
tamanho original da semente;
– as imaturas, enrugadas, em início de germinação e
alteradas por microrganismos, desde que possam
ser identificadas como sendo da espécie em
análise.
• Outras sementes (por número): de qualquer espécie
diferente da semente pura;
• Material inerte (%): sementes e outros materiais que
não são definidos como sementes puras ou outras
sementes.
Teste de Germinação
• O teste de germinação tem como objetivo principal
determinar o potencial máximo de germinação de um
lote de sementes de hortaliças, sendo os resultados
deste teste usados para comparar a qualidade entre
diferentes lotes, e, também estimar o valor da
semente para o plantio.
• O teste de germinção pode ser realizado tanto no
laboratório quanto à campo. O teste sob condições de
campo é normalmente insatisfatório, já que os
resultados não podem ser repetidos com fidelidade.
• A grande vantagem desse teste ser realizado em
laboratório é a possibilidade de repetibilidade.
Teste de Tetrazólio
• Este teste baseia-se na coloração dos tecidos vivos da
semente que reagem com o sal de tetrazólio.
• Há delimitação das áreas sadias e doentes e, assim, é
possível distinguir os tecidos vivos dos mortos e
estabelecer o nível de viabilidade da semente.
• Apesar das vantagens verificadas na sua utilização,
não deve ser considerado como um substituto para o
teste de germinação, pois os resultados não
caracterizam as anormalidades e outros distúrbios
das plântulas, a presença de microrganismos e a
dormência das sementes
Teste de Tetrazólio (Cont.)
• O teste de tetrazólio é um teste bioquímico que tem
como finalidade determinar rapidamente a viabilidade
de sementes, principalmente daquelas que
apresentam dormência, das espécies recalcitrantes e
as que germinam lentamente ou não germinaram ao
final do teste de germinação.
• Também pode ser usado para avaliar o vigor,
determinar a viabilidade das sementes após
tratamentos pré-germinativos, avaliar os danos por
secagem, por insetos e por humidade bem como, para
detectar danos mecânicos de colheita e/ou
beneficiamento.
Determinação da humidade
• O conteúdo de humidade é um dos fatores mais
importantes que afetam sementes e grãos e,
consequentemente, a sua qualidade.
• Grãos e sementes secos e sadios podem ser
mantidos sob armazenamento apropriado por
muitos anos, mas quando húmidos podem se
deteriorar rapidamente.
• Além disso, o conteúdo de humidade tem um efeito
dominante no predomínio e na actividade de insetos
e fungos, durante o armazenamento.
• O grau de humidade varia de espécie para espécie.
Teste de Sanidade
• O objetivo do teste de sanidade é determinar o
estado sanitário de uma amostra de sementes.
• A análise de sanidade permite identificar e
quantificar os microrganismos associados às
sementes, ou seja, presença ou ausência de agentes
patogênicos, tais como fungos, bactérias, vírus,
nematóides e insetos.
• Os fungos representam o maior grupo, seguido pelo
das bactérias e, em menor proporção, pelo grupo
dos vírus e dos nematóides.
Teste de Sanidade (Cont.)
• Esses microrganismos podem ser transportados
aderidos à superfície da semente, no seu interior
ou como parte do "material inerte" (em
fragmentos vegetais, sementes de plantas
invasoras, partículas do solo).
• Por isso, o teste de sanidade de sementes é
importante, porque visa fornecer informações
para o controle de patógenos por elas
transmitidos, de modo a evitar a introdução
desses agentes no campo ou diminuir suas fontes
de inóculo.
Análise de Sementes Revestidas
• O recobrimento de sementes se refere à disposição de
materiais inertes sobre as sementes, com o propósito
de melhorar o processo da sementeira ou sobrevivência
de espécies cultivadas.
• Tem como característica básica, a aplicação de
materiais que tornam difícil a distinção entre sementes
individuais e material inerte, algumas vezes em função
da mudança de formato da semente.
• Esta análise tem com finalidade de adquirir
informações reproduzíveis sobre o valor agrícola de
sementes de hortaliças, revestidas por material
diferente daquele da semente, sem destruir as
estruturas apresentadas para a análise.
Sementes Revestidas
Raio-X de Sementes de Hortaliças

• O método apresenta a particularidade de não


destruir os objetos examinados, ser rápido e permitir
a avaliação morfológica das estruturas internas como
o embrião e o endosperma de uma semente intacta
e desta maneira determinar seu valor para
sementeira.
• Tem condições de ser uma ferramenta útil para
diferenciar sementes e/ou grãos cheios, vazios,
danificados fisicamente ou com presença de ovos ou
insetos vivos em seu interior.
Teste de Raio-X de Sementes de Hortaliças

• As sementes são classificadas de acordo com a


anatomia interna revelada pela radiografia nos
seguintes tipos:
• Semente cheia: semente contendo todos os tecidos
essenciais para a germinação;
• Semente vazia: semente contendo menos que 50% dos
tecidos;
• Semente danificada por inseto: semente contendo
inseto, larva de inseto, orifício ou mostrando outras
evidências de danos causados por insetos afetando a
capacidade da semente em germinar.
Teste de Vigor em Sementes de Hortaliças
• O deste teste indica quais os lotes com maior
potencial para apresentar melhor desempenho em
campo, na produção de plântula em bandejas ou
mesmo, durante o armazenamento, se as condições
ambientais se desviarem das mais favoráveis.
• Para verificar diferenças de vigor em lotes de
sementes de hortaliças, muitas empresas de
sementes têm realizado testes de emergência em
substrato, sob condições de casa de vegetação,
obtendo assim, resultados mais próximos daqueles
obtidos pelo produtor de plântula.
Cultivares ou variedades
• No meio técnico atual, o antigo termo “variedade”, no
sentido de uma variedade comercial plantada pelos
olericultores, não vem sendo mais utilizado.
• Tem sido substituído pelo termo “cultivar” (do inglês
cultivated variety), estabelecendo-se que sua
abreviatura é cv.
• Definese cultivar como um grupo de plantas cultivadas,
muito semelhantes entre si, que se distingue por
quaisquer características, como morfológicas,
fisiológicas, químicas, citológicas, como é o caso do
rabanete, que pode ser comprido ou redondo, uma
alface que suporta o calor sem florescer, os diversos
tipos de tomata existentes.
Cultivares ou variedades (Cont.)

• Tais características são mantidas inalteráveis durante a


propagação da cultivar, por via sexual ou vegetativa.
• A variedade botânica ou varietas (em latim) não deve
ser confundida com “cultivar”.
• O termo varietas ou abreviando-se var. é uma unidade
taxonômica, utilizado logo após o nome da espécie
botânica, para designar uma população de plantas,
dentro de um mesma espécie, mas com aparência
marcadamente diferente daquela.
Cultivares ou variedades (Cont.)

• Um bom exemplo é o da espécie botânica Brassica


oleracea, originária da couve selvagem mediterrânea,
que abrange algumas varietas muito importantes, pois
são muito conhecidas entre nós:
– Brassica oleracea var. capitata (repolho)
– Brassica oleracea var. acephala (couve-manteiga)
– Brassica oleracea var. tronchuda (couve tronchuda)
– Brassica oleracea var. botrytis (couve-flor)
– Brassica oleracea var. italica (brócoli)
Cultivares ou variedades (Cont.)
• No cenário atual, o uso de cultivares híbridas, pela
exigência de tecnologias de altos custos, somente é
recomendado para grandes áreas, tendo em vista que
esse sistema de plantio, preferencialmente utiliza
sementes peletizadas e semeadeira de alta precisão,
em virtude de gastar menos sementes por área,
diminuindo o alto custo desse insumo agrícola.
• A vantagem competitiva das sementes híbridas é a
padronização das raízes aliada a ganhos de
produtividades na cultura
Sementeira
• A maioria das hortaliças é propagada por sementes e
algumas pelo plantio de suas partes vegetativas.
• Devem-se utilizar sementes de boa qualidade e
também, dar preferência a cultivares ou variedades
já consagradas pelos agricultores.
• Na hora da compra das sementes, deve-se ter o
cuidado de escolher a variedade mais adaptada ao
local (clima) e à época de plantio (inverno ou verão)
que será feita.
Sementeira (Cont.)
• Preferir a compra de sementes acondicionadas em
sacos aluminizados, que foram guardados em local
seco, arejado e sombreado, prestando-se atenção no
prazo de validade anotado na embalagem.
• Em alguns casos, as sementes que apresentam a casca
(tegumento) muito dura, devem ficar de molho em
água por 24 horas para facilitar a entrada de água e dar
início à germinação.
• Como ex., temos o espinafre, a abóbora, o quiabo,
entre outros. Por último, utilize somente as sementes
que estiverem no fundo do recipiente, pois as que
ficarem boiando quase sempre serão chochas.
Sementeira (Cont.)
• A distribuição das sementes pode ser feita
manualmente ou com o emprego de semeador
manual ou mecânico.
• Qualquer que seja o método, atenção especial deve
ser dada à profundidade de sementeira, pois, se a
sementeira for muito profundo (maior que 2cm), as
plântulas podem não emergir.
• Por outro lado, se a sementeira for muito
superficial (menor que 1 cm), há o risco de ocorrer
falhas na germinação, devido ao ressecamento da
camada superficial do solo ou por ocasião de
chuvas pesadas ou irrigação em excesso.
Alfobre
• Corresponde ao local onde será feito o cultivo das
‘mudinhas’ por um determinado tempo, e depois, será
realizado o transplante para o local definitivo (canteiros
ou covas).
• A sementeira será feita para as hortaliças que formam
“cabeças” (ex.: alface, chicória, acelga, entre outros), as
que possuem sementes muito pequenas (necessitam
de boas condições para germinar e crescer), ocorre
demora na germinação, ou então, há necessidade de
cuidados especiais durante a germinação e seu
desenvolvimento inicial.
• Para deixar as sementes bem espaçadas entre si, pode-
se misturá-las com partes iguais de areia fina ou terra
peneirada para permitir melhor distribuição dentro dos
sulcos de plantio.
Alfobre (Cont.)
• Para a alfobre, não é necessário o preparo de grandes
áreas. Este pode ser feito em caixotes (furadas no
fundo, com uma camada de pedras embaixo, para
facilitar o escoamento do excesso de água e como
substrato, pode-se usar uma mistura contendo partes
iguais de areia, terra de jardim e terra vegetal); ou em
uma parte do canteiro, onde a distribuição das
sementes deverá ser uniforme e em sulcos distanciados
de aproximadamente 10cm.
• As sementes deverão estar a uma profundidade de,
aproximadamente, duas vezes o seu tamanho ou então,
o equivalente a duas vezes o seu maior diâmetro.
Alfobre (Cont.)
• A cobertura deverá ser feita com uma fina camada
de terra, de preferência peneirada e, em seguida,
regada com regador de crivo fino, para que as gotas
de água não enterrem demais as sementes, ou as
espalhem para fora do sulco de semeadura.
• É importante manter o solo do alfobre sempre
húmido, sem excessos, para que haja uma boa
germinação.
Transplante
• Consiste na retirada das mudas do alfobre e replantio das
mesmas para o local definitivo. Deve ser feito quando as mudas
estiverem com 4 a 6 folhas definitivas ou com o tamanho entre
4 a 5cm, para que o pegamento seja bom e não haja
retardamento no seu crescimento.
• Deve-se molhar bem o alfobre, proceder à retirada das mudas
(com a colher de jardineiro) com o torrão de terra e
desmanchá-lo com todo o cuidado para preservar as raízes, e a
seguir, escolher as de melhor aspecto (fortes e bem
desenvolvidas), e transplantar, com espaçamento variável de
acordo com a espécie.
• Com a colher de transplante, abrem-se as covas no local
definitivo e a seguir, é colocada uma muda por cova e tomando
o cuidado para que a raiz principal não fique enrolada durante
oprocesso do transplante.
Transplante (Cont.)
• Por fim, cobrir com terra a raiz e apertar um pouco a
terra ao redor das raízes para ficarem bem firmes e
depois, molhar bem o local (regar todos os dias, de
manhã ou no final da tarde, evitando regar nas horas
de sol quente).
• O ideal para realizar o transplante é no final de tarde,
dias chuvosos ou nublados, ou durante as horas mais
frescas do dia, para um melhor enraizamento.
• A profundidade de plantio das mudas, no local
definitivo, depende do tipo de hortaliça, sendo:
Transplante (Cont.)
1. Plântulas de caule evidente: é o caso do tomate,
berinjela, pimentão, couve-flor, repolho, etc., que
devem ser plantadas a uma profundidade um pouco
maior do que aquela em que se encontravam na
sementeira. Devem ficar enterradas até a altura da
inserção no caule das folhas definitivas mais velhas.
2. Plântulas de caule pouco perceptível: como a
beterraba, o espinafre, a alface, a chicória, etc.;
devem ser transplantadas de modo a ficarem à
mesma profundidade, em relação à superfície do
solo, em que se encontravam anteriormente na
sementeira.
Sementeira directa
• As hortaliças de plantio direto podem se divididas em 3
grupos:
1. Culturas que são semeadas diretamente em covas amplas,
distanciadas por espaçamentos largos, como a abóbora,
abobrinha, pepino, quiabo, entre outras. São recomendados
para plantas de grande porte, que possuem ciclo longo de
cultivo ou são perenes.
2. Culturas que são semeadas diretamente em sulcos, com
espaçamento mais estreito, como o feijão, a vagem, entre
outras. Para esta forma de plantio, são recomendados para
plantas de ciclo longo, ou menos exigentes a tratos culturais,
ou então, quando as partes vegetativas de propagação são
resistentes e permitem a colocação direta no solo.
3. Culturas que são semeadas em sulcos superficiais, abertos em
canteiros, como a cenoura, rabanete, nabo, beterraba,
espinafre, entre outras. Recomendado para plantas de porte
pequeno ou de ciclo curto.
Sementeira directa (Cont.)
• Quando a semeadura for em sulcos, procede-se da
mesma forma feita nos alfobres e quando as plantas
estiverem com aproximadamente 5 a 7cm, fazer o
desbaste, ou seja, retirar algumas plantas para dar
mais espaço para as outras crescerem.
• Quando a semeadura ou o plantio de mudas for em
covas, abri-las com o enxadão, de preferência com
30cm de profundidade e 30cm de boca, com
distâncias variando conforme o tipo de hortaliça a
ser semeada ou transplantada. Adicionar o composto
orgânico na terra retirada e misturar bem.
Sementeira directa (Cont.)
• Recolocar a terra adubada para dentro da cova e fazer
uma cova rasa (3 a 5cm ) e a seguir, colocar de 3 a 4
sementes por cova (realizar o desbaste, deixando de 1
a 2 mudas por cova); ou então, colocar uma muda por
cova. Por fim, proceder a rega, que deve ser diária.
• Sendo uma vez por dia no inverno ou duas vezes por
dia no verão ou, quantas vezes forem necessárias para
manter o solo úmido, até que a muda se estabeleça
no local (sistema radicular bem desenvolvida que
explore um grande volume de solo, permitindo que as
regas sejam mais espaçadas).
Propagação vegetativa
• Algumas hortaliças são propagadas pelo plantio de
partes vegetativas diversas (propagação assexuada),
procedentes da planta-matriz e não por sementes.
Como exemplos, temos: agrião, alho, aspargo,
batata-doce, batata, cebolinha, couve-manteiga,
inhame, morango.
• Quando a propagação se dá pelas partes vegetativas,
a escolha das matrizes é importante, pois o sucesso
da cultura dependerá destas plantas.
Propagação vegetativa (Cont.)
• Assim sendo, escolha plantas matrizes com as
melhores características da espécie ou variedade.
• Não retire as mudas quando a planta estiver em
repouso (inverno) e por fim, não retire material de
propagação quando a planta matriz estiver em flor.
• As estruturas de propagação vegetativa utilizadas
podem ser classificadas em: rebentos, ramas,
bulbilhos, tubérculos, perfilhos, estolhos, etc. Elas
são plantadas diretamente no local definitivo, em
covas ou sulcos.
Propagação vegetativa (Cont.)
• As razões para que a propagação vegetativa seja a
única utilizada para determinadas espécies está
relacionada com a incapacidade de produzir sementes
férteis (como é o caso do alho),ou então, as sementes
são produzidas somente em condições ecológicas
especiais (como a mandioquinha-salsa e a couve-
manteiga).
• A propagação vegetativa torna-se interessante,
devido à capacidade de antecipar a colheita e a
cultura ser idêntica a planta que se deseja cultivar.
• Como desvantagem nesse método, destaca-se o
acúmulo de vírus e outros patógenos, responsáveis
pela perda de vigor e de produtividade.
Ex de reprodução vegetativa
• rebentos / perfilhos - são brotos laterais que surgem
nas plantas adultas ou ao redor delas, chamadas de
mudas - ex.: alcachofra, couve, cebolinha,
mandioquinha-salsa.
• ramas - utiliza-se pedaços de 20-30cm de
comprimento das ramas ou hastes de plantas
adultas, enterrando-se inclinadamente mais da
metade - ex.: agrião, batata-doce, espinafre.
• tubérculos - como é o caso da batata, cujos
tubérculos devem ter de 3 a 4cm de tamanho e
brotados (com brotos de 1 a 2cm de tamanho).
Ex de reprodução vegetativa
• bulbilhos - no caso do alho, em que chamamos o
bulbilho de dente, devendo este ter 1 a 2 gramas de
peso.
• frutos - para o plantio do chuchu, usa-se o fruto com
o broto de 15 a 20cm de altura. estolhos - no caso do
morango, utilizam-se os brotos que saem da planta-
mãe (caule rastejante que enraíza em contato com o
solo).
Clima e época de plantio
• Três fatores climáticos são muito importante para a
produção de hortaliças, a temperatura, a humidade e a
luminosidade.
• Estes fatores influenciam no ciclo, qualidade e
produtividade das hortaliças.
• A maioria das hortaliças é prejudicada pelo excesso de
calor e chuvas.
• Possuem um melhor desempenho em condições de
temperatura amena, com médias entre 18ºC a 22ºC.
Algumas hortaliças preferem temperaturas mais
elevadas e um grupo menor exige frio para produzir.
Preparação do solo
• A operação de preparcão do solo envolve a
operação de limpeza da área, a aração, a
gradagem e o levantamento dos canteiros.
• É importante que todas as operações no solo
sejam feitas no sentido do nível do terreno
para diminuir erosões, conservando o solo e a
água.
• Esta operacão pode ser feita manualmente,
traccão animal ou recorrendo a maquinaria
motorizada.
Calagem
• Um dos procedimentos mais importantes para a
correção do solo é a calagem.
• Consiste na aplicação de corretivo agrícola,
preferencialmente o calcário, com a finalidade de
corrigir a acidez do solo e fornecer cálcio e magnésio
às plantas.
• Com base na análise do solo, caso necessário,
recomenda-se a quantidade de calcário adequada, já
que o excesso de calcário pode elevar
inadequadamente o pH, o cálcio e o magnésio, e
diminuir a disponibilidade de micronutrientes do
solo para a planta, reduzindo a produtividade.
Calagem (Cont.)
• A calagem deve ser feita, no mínimo, três meses
antes do plantio, preferencialmente com o calcário
dolomítico, que contém cálcio e magnésio.
• Recomenda-se que seja aplicada metade da
dosagem na aração e outra metade na gradagem.
• A descompactação do solo também deve ser feita a
cada dois anos.
Adubação orgânica
• A adubação orgânica,
especialmente em solos de baixa
fertilidade e/ou compactados.
• É fundamental que o adubo
esteja bem curtido. Recomenda-
se, de preferência, o esterco de
galinha.
• Além de ser mais rico em A
nutrientes, principalmente cálcio, adubação orgânica
não contamina o solo com melhora
sementes de plantas invasoras. a estrutura do solo e,
com isso, liberta e facilita
• A dosagem, em geral, é de 10 a absorção de nutrientes
toneladas por hectare ou 30 pelas plantas e diminui
toneladas por hectare, no caso de o gasto com a adubação
esterco de gado. mineral.
Adubação mineral
• Nas hotícolas, a adubação mineral para fósforo e
potássio dependerá do nível de fertilidade do solo.
• O fósforo pode variar de 50 até 350 kg/ha; o potássio
de 50 até 100 kg/ha. Com relação ao nitrogênio, de
modo geral, recomenda-se 50 kg/ha.
• Os micronutrientes, principalmente o boro e o zinco,
ficam na dependência do histórico da área e da
exigência da planta.
Tractos culturais
• A fim de proporcionar às plantas melhores condições
para seu desenvolvimento e produção, é necessária a
execução de diversos tratos culturais ou amanhos
culturas.
• Essas operações devem ser executadas na época certa e
com todo cuidado.
• Neste Treinamento iremos destacar os seguintes
amanhos culturais: Cobertura morta; Capinas ou sachas,
Cobertura Plastica; Afofamento do solo; Desbaste,
Amontoa; Tutoramento; Estiolamento e irrigação.
Cobertura morta
• Consiste em cobrir o solo com vários tipos de
materiais, que podem ser: capim cortado, serragem,
palha de milho, casca de amendoim ou de girassol.
• É utilizada para: proteger o solo do sol forte e das
chuvas, reter a humidade natural do solo, manter a
temperatura do solo mais amena, evitar erosão
facilitando a infiltração da água no solo e manter os
nutrientes mais disponíveis ao acrescentá-los ao solo
pela decomposição da matéria orgânica imitando a
natureza.
Cobertura morta (Cont.)
• A cobertura do solo deve ser feita, principalmente,
após a sementeira (tomando-se o cuidado para
retirá-la assim que as sementes comecem a
germinar, evitando o estiolamento das plântulas) e
logo depois do transplante, quando as plantas estão
mais susceptíveis à falta de água, o que poderá afetar
o crescimento normal delas.
Capinas
• Operação que pode ser feita manualmente, ou com o
auxílio de enxada ou do sacho, utilizada para manter a
cultura “no limpo”, isto é, sem plantas daninhas
• Deve-se retirá-las apenas nos estágios iniciais, para
evitar a competição com água, luz e nutrientes.
• Depois o “mato” não mais atrapalha, ajudando até,
protegendo o solo, formando uma “cobertura viva”,
auxiliando na diminuição da temperatura do solo,
protegendo as plantas contra ventos fortes, abrigando
inimigos naturais das pragas e sendo um excelente
indicador das condições do solo.
Capinas (Cont.)
• Cobertura plástica - é semelhante à cobertura morta,
pois mantém o solo mais fresco.
• É mais fácil que a cobertura morta e reduz a
evaporação de água no solo, no entanto, é mais cara
e isola de um vez as trocas gasosas de oxigênio e
nitrogênio, não permitindo uma respiração total do
solo.
Afofamento do solo
• É a chamada escarificação do solo, consiste em
romper a crosta superficial que tende a se formar,
especialmente em solo argiloso, dificultando o
desenvolvimento das plantas.
• É feita com ancinho ou com o sacho, de preferência
com o solo um pouco húmido.
• As hortaliças de raízes necessitam de uma
escarificação com maior freqüência do que as
folhosas.
Desbaste ou Raleação

• Consiste na eliminação das plantas menos


desenvolvidas para deixar espaço adequado entre as
plantas restantes, permitindo que elas cresçam bem.
• Feita quando as plantas têm mais de 5cm de altura,
naquelas hortaliças de semeadura direta, tanto nas
covas como nos canteiros.
Desbrota
• Utilizada para eliminar o excesso de brotos e galhos para
arejar a planta, a luz poder penetrar com maior facilidade
e também eliminar o excesso de frutos, para haver um
melhor desenvolvimento dos que restaram.
• É utilizada na couve, no tomate, na abobrinha, na
berinjela, no melão e na melancia. Sem a desbrota a
planta cresce muito em volume e os frutos, ou as folhas,
não atingem o tamanho ideal para comercialização.
• Essa operação é feita quando a planta já está um pouco
desenvolvida e pode ser usada como fonte de mudas que
dão origem a novas plantas adultas.
Amontoa
• Em certas culturas é necessário chegar terra ao pé da
planta, após certo grau de desenvolvimento, para que
as raízes ou tubérculos fiquem enterrados (como é o
caso da batata, cenoura, beterraba, rabanete, nabo.

• Tutoramento ou Estaqueamento - é feito para


algumas hortaliças que necessitam de suporte para
evitar o seu crescimento em contato com a terra, ou
proteção contra ventos ou excesso de produção, como
é o caso da ervilha-torta, feijão-vagem, pepino,
tomate, pimentão, berinjela.
Irrigação
• A água é essencial para as plantas. A falta dela retarda
o crescimento, piora a qualidade do produto, acelera a
maturação e diminui a produtividade.
• As plantas precisam de mais água após a sementeira e
após o transplante e de modo geral, as hortaliças de
folhas precisam de mais água e os tubérculos, como a
batata, cenoura, alho e cebola não precisam tanto,
especialmente próximo à colheita.
• As regas devem ser diárias, delicadas, sem jatos fortes,
sempre nas horas mais frescas do dia (final da tarde ou
de manhã cedo).
Rotação de culturas
• É um sistema de plantio seqüencial de espécies
vegetais sobre a mesma área, de modo que esta
seqüência se repita a partir de um determinado
período de tempo.
• Em particular, dadas as culturas 1 e 2, a rotação 1–2,
indica que após o cultivo da cultura 1, segue o da
cultura 2; depois da 2, segue o da cultura 1; e assim
sucessivamente.
Rotação de culturas (Cont.)
• O tamanho de uma rotação é o intervalo de tempo
necessário para que tenha início a repetição da
seqüência de culturas.
• Esta condição é imposta para tratar das restrições de
plantio em áreas vizinhas.
• A programação de uma rotação é um calendário de
plantio que exibe o período do plantio à colheita das
culturas selecionadas para cada rotação.
• Vide diagramas abaixo
Área 1 Área 2 Área 3 Área 4

1o Ano alface tomate cebola feijão


nhemba

2o Ano feijão alface tomate cebola


nhemba
cebola feijão alface tomate
3o Ano
nhemba
tomate cebola feijão alface
4o Ano
nhemba
Plano de rotação para 4 anos

Hortícolas (ver à esquerda)


1. Batata

2. Ervilha, feijão, alho-porró, alface. 1o Ano 1 2 3 4

3. Repolho, couve de folha. 2o Ano 2 3 4 1

4. Cenoura, beterraba, nabo. 3o Ano 3 4 1 2

4o Ano 4 1 2 3
1o Ano
1 2 3 4
repetição
Plantio convencional
• É realizado durante ano todo. Os canteiros
geralmente são de 1 a 1.5m de largura e comportam
três ou mais fileiras longitudinais, com espaçamento
que variam depedendo da especie.
• Esse sistema exige mais mão de obra para capinar e
predispõe maior incidência de doenças de solo.
Entretanto, no período da seca e fria, a irrigaçãopor
aspersão minimiza a incidência de pulgões
transmissores de virose, a principal praga desse
período.
Plantio convencional
Plantio a campo aberto em canteiros com
utilização de cobertura de plástico (mulching)
• É realizado com o mesmo espaçamento do sistema de
plantio anterior. Utiliza-se plástico apropriado com 1,6
m de largura e 500 m de comprimento.
• Apresentam vantagens competitivas, tais como menor
gasto de água e energia durante a irrigação, a não
necessidade de capinar que propicia menor gasto com
mão-de-obra, colheita mais precoce e, portanto, a
produção chega antes no mercado e há maiores
ganhos de produtividade.
• No período seco existe a inconveniência das plantas se
desidratarem mais facilmente, após a colheita. O
mulching pode ser utilizado até quatro plantios.
Plantio a campo aberto em canteiros com
utilização de cobertura de plástico (mulching)
Plantio em túnel baixo
• Utilizam-se arcos de aço galvanizado de uma
polegada colocada sobre os canteiros, sendo que a
distância entre os arcos fica em torno de 3,5 m e
entre os pés dos arcos, 3,2 m, com altura final 1,80
m. Em seguida, o filme plástico (longa vida de 75
micra e com 4 m de largura) é colocado e esticado
sobre os canteiros e fixado nas extremidades do
túnel em peças de madeira enterradas no solo.
• Também são colocadas sobre o filme plástico e
fixadas no solo, nos intervalos dos arcos, cintas de
filme plástico de 200 micra de espessura por 20 cm
de largura para fi xação do túnel.
Plantio em túnel baixo
• A dimensão do túnel padrão é de 3,2 m de largura por
50 m de comprimento
• Apresentam como vantagens competitivas: plantio
adequado para uso na época das águas, para proteger
as plantas do excesso de chuvas;
– colheita na entressafra, obtendo produção em
épocas de melhores preços;
– precocidade da colheita; ampliação do período de
safra;
– melhor qualidade do produto, principalmente na
pós-colheita, com menores gastos com agrotóxicos,
adubos e mão de obra e aumento da produtividade.
Plantio em túnel baixo
Controle fitossanitário
• As doenças nas hortaliças são provocadas
principalmente por fungos, bactérias, vírus e
nematóides.
• O controle é feito por meio de um maneio adequado
como equilíbrio de adubações, eliminação de restos de
culturas contaminados, controle de irrigações, uso de
cultivares resistentes, sementes certificadas, rotação de
culturas e plantio em épocas favoráveis à hortaliça.
• Além disso, no combate a doenças fúngicas, tais como
manchas e pintas foliares, carvões, oídios e ferrugens, é
recomendado o uso de defensivos naturais, tais como
calda bordalesa, calda sulfocálcica, e calda de leite crú.
Controle fitossanitário (Cont.)
• No caso de doenças bacterianas, geralmente
murchas e podridões, deve-se evitar a introdução
da doença por meio de materiais contaminados
como sementes ou partes vegetativas de
multiplicação. Plantas contaminadas devem ser
destruídas por meio do arranquio e queima.
• O excesso de humidade favorece o seu
aparecimento.
• Áreas contaminadas devem ser evitadas e
cultivadas com adubo verde ou culturas não
suscetíveis.

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