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Introdução
• As hortaliças são parte integrante da dieta da
população mundial.
• Em Moçambique, o consumo é ainda pequeno
ficando, em média, ao redor de 5 kg por
habitante por ano.
• Todavia, em função de algumas espécies serem
excelente fonte de vitaminas, sais minerais e
substâncias antioxidantes, como a vitamina C, o
b-caroteno e o licopeno, este último
comprovadamente relacionado com a prevenção
de diferentes tipos de câncer, o consumo destes
alimentos tem crescido no país.
Introdução (Cont.)
• A idéia central do presente treinamento é fornecer
recomendações de caráter geral que permitam
uniformizar a adoção de procedimentos que
assegurem a qualidade das hortaliças produzidas nos
diferentes sistemas de produção empregados no País.
• Não tendo-se a pretensão de esgotar o assunto, uma
vez que existe vasta literatura internacional a respeito
do tema abordado.
• Acredita-se que adoção do conjunto de informações
apresentadas permitirá a minimização da ocorrência
de contaminações químicas, físicas e microbiológicas
das hortaliças, bem como contribuirá para a
sustentabilidade econômica, ambiental e social.
Conteúdos programáticos
• Conceitos e tipos de hortícolas;
• Mercado de hortícolas país em geral e na
província em particular;
• Relação planta/meio ambiente;
• Infra-estrutura de produção: topografia, ventos,
água, equipamentos, sistemas de irrigação;
• Cultivares ou variedades, tipos de sementeiras,
substratos (definição, tipos e propriedades físico-
químicas), composto orgânico;
Conteúdos programáticos (Cont.)
• Maneio do viveiro de produção de mudas ou plântulas;
• Preparação do solo (manual ou mecanizado, calagem,
adubação orgânica, adubação foliar, adubação de plantio
e de cobertura, fertirrigação);
• Sistemas de plantio: manual, mecanizado, canteiros,
sulcos, covas; Transplante (espaçamento e
profundidade);
• Tratos culturais (regas, capinas, desbaste, tutoramento,
poda, rotação de culturas, polinização);
• Pragas e doenças (atractivos naturais e controles);
• Técnicas de colheita (ponto de colheita, beneficiamento,
embalagem, armazenagem e comercialização).
Conceitos gerais
• Horticultura (definição portuguesa)
• Estuda as culturas de plantas hortícolas,
produção de hortaliças
• Horticultura, Horticulture (definição brasileira,
inglesa)
• Estuda:
culturas de plantas hortícolas
(Olericultura, Vegetable)
plantas ornamentais, flores (Floricultura)
fruteiras (Fruticultura)
• Hortaliça: folhas, frutos, raízes, tubérculos, caules, etc.
proveniente de plantas cultivadas que servem para:
• consumo humano
• suplementar o alimento-base (cereais, tubérculos),
• enriquecer a dieta com vitaminas e minerais
• melhorar o sabor do alimento-base
• têm teores elevado de água (70% ou mais)
• são plantas herbáceas e anuais (excepções?)
• exclui-se as plantas que produzem frutos doces (as
vezes as culturas anuais produtoras de frutas são
tratados junto com as hortícolas, em vez de serem
tratadas com as fruteiras.
Importancia
• Fornecem uma parte significativa de: Minerais,
Vitaminas, Proteinas.
• Porém:
– Diferentes espécies diferem muito nos valores
nutricionais
• Hortaliças de folhas, normalmente, têm valores
nutricionais mais elevadas que as hortaliças de frutos
e de tubérculos mas, são importantes como
estimuladores de apetite devido ao sabor,
aroma e cor atractiva.
Espécies hortícolas
• Classificação de espécies hortícolas:
Milho classificado como cereal, mas quando o uso
principal for maçaroca e sobretudo no caso do milho
doce é classificado como hortícola.
Feijões são considerados hortícolas quando o uso
principal é a vagem verde ou as folhas
• Phaseolus vulgaris, variedades cultivadas para
vagem verde ("feijão verde") é uma cultura
hortícola, enquanto o grupo de cultivares para
grão seco ("feijão manteiga", "feijão vulgar")
pertence às culturas arvenses.
Cont. (…)
Mandioca, batata-doce, abóbora, feijão nhemba são
classificadas hortícolas quando são usadas para
produção de folhas.
• outras hortícolas de espécies silvestres e infestantes
cujas folhas são consumidas (Amaranthus, cacana)
Classificação baseada na parte comestível:
• raíz, tubérculo, bolbo, caule, pecíolo, folha, flor,
fruto, grão ainda não maduro
Classificação botânica:
• útil não só para melhorar a comunicação cientifica,
mas também para fins de fitossanidade e rotação
das culturas (porquê?).
Ecofisiologia
Em muitas espécies há uma grande variação de
tolerância de temperatura das cultivares
A escolha da data de sementeira pode ser decisiva
para um cultivo com sucesso, especialmente nas
regiões com uma estação chuvosa e outra estação seca
Algumas espécies precisam de temperaturas baixas
para a indução floral:
beterraba, cebola, cenoura e as couves (não é
possível uma produção de sementes nas zonas
tropicais).
As melhores regiões para a produção de sementes de
hortícolas encontra-se normalmente nas zonas
subtropicais com uma estação chuvosa
Rotacao de culturas horticolas
• Não plantar na mesma área (local) em anos
consecutivos, hortícolas:
da mesma família
para evitar o aumento de pragas e doenças,
exemplos:
Repolho, couve de folhas e couve-
flor (CRUCIFERAE)
Tomate, batata e pimento (SOLANACEAE)
Alho e cebola (ALLIACEAE)
Rotacao de culturas horticolas
• Que tenham a mesma necessidades em nutrientes
para aproveitar o máximo da adubação da hortícola
anterior
hortícolas de folha precisam de mais N
hortícolas de grão e fruto precisam de
mais P
hortícolas de tubérculo e raízes precisam
de mais K
Que tenham a mesma profundidade radicular
4o Ano 4 1 2 3
1o Ano
1 2 3 4
repetição
Plantio convencional
• É realizado durante ano todo. Os canteiros
geralmente são de 1 a 1.5m de largura e comportam
três ou mais fileiras longitudinais, com espaçamento
que variam depedendo da especie.
• Esse sistema exige mais mão de obra para capinar e
predispõe maior incidência de doenças de solo.
Entretanto, no período da seca e fria, a irrigaçãopor
aspersão minimiza a incidência de pulgões
transmissores de virose, a principal praga desse
período.
Plantio convencional
Plantio a campo aberto em canteiros com
utilização de cobertura de plástico (mulching)
• É realizado com o mesmo espaçamento do sistema de
plantio anterior. Utiliza-se plástico apropriado com 1,6
m de largura e 500 m de comprimento.
• Apresentam vantagens competitivas, tais como menor
gasto de água e energia durante a irrigação, a não
necessidade de capinar que propicia menor gasto com
mão-de-obra, colheita mais precoce e, portanto, a
produção chega antes no mercado e há maiores
ganhos de produtividade.
• No período seco existe a inconveniência das plantas se
desidratarem mais facilmente, após a colheita. O
mulching pode ser utilizado até quatro plantios.
Plantio a campo aberto em canteiros com
utilização de cobertura de plástico (mulching)
Plantio em túnel baixo
• Utilizam-se arcos de aço galvanizado de uma
polegada colocada sobre os canteiros, sendo que a
distância entre os arcos fica em torno de 3,5 m e
entre os pés dos arcos, 3,2 m, com altura final 1,80
m. Em seguida, o filme plástico (longa vida de 75
micra e com 4 m de largura) é colocado e esticado
sobre os canteiros e fixado nas extremidades do
túnel em peças de madeira enterradas no solo.
• Também são colocadas sobre o filme plástico e
fixadas no solo, nos intervalos dos arcos, cintas de
filme plástico de 200 micra de espessura por 20 cm
de largura para fi xação do túnel.
Plantio em túnel baixo
• A dimensão do túnel padrão é de 3,2 m de largura por
50 m de comprimento
• Apresentam como vantagens competitivas: plantio
adequado para uso na época das águas, para proteger
as plantas do excesso de chuvas;
– colheita na entressafra, obtendo produção em
épocas de melhores preços;
– precocidade da colheita; ampliação do período de
safra;
– melhor qualidade do produto, principalmente na
pós-colheita, com menores gastos com agrotóxicos,
adubos e mão de obra e aumento da produtividade.
Plantio em túnel baixo
Controle fitossanitário
• As doenças nas hortaliças são provocadas
principalmente por fungos, bactérias, vírus e
nematóides.
• O controle é feito por meio de um maneio adequado
como equilíbrio de adubações, eliminação de restos de
culturas contaminados, controle de irrigações, uso de
cultivares resistentes, sementes certificadas, rotação de
culturas e plantio em épocas favoráveis à hortaliça.
• Além disso, no combate a doenças fúngicas, tais como
manchas e pintas foliares, carvões, oídios e ferrugens, é
recomendado o uso de defensivos naturais, tais como
calda bordalesa, calda sulfocálcica, e calda de leite crú.
Controle fitossanitário (Cont.)
• No caso de doenças bacterianas, geralmente
murchas e podridões, deve-se evitar a introdução
da doença por meio de materiais contaminados
como sementes ou partes vegetativas de
multiplicação. Plantas contaminadas devem ser
destruídas por meio do arranquio e queima.
• O excesso de humidade favorece o seu
aparecimento.
• Áreas contaminadas devem ser evitadas e
cultivadas com adubo verde ou culturas não
suscetíveis.