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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS


HOMICÍDIOS JUVENIS EM UM MUNICÍPIO BRASILEIRO
DE TRÍPLICE FRONTEIRA NO PERÍODO DE 2000 A 2007

Mestrando: Luciano de Andrade

Orientadora: Profª. Drª. Maria Dalva de Barros Carvalho

Novembro
2009
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Violência Juvenil
MAIA, 1999;ABRAMOVAY et al, 2002; ADORNO,2002; IZUMINO e NEME, 2002; GAWRYSZEWSKI e COSTA, 2005.

- Problema social de forte impacto, atingindo todas as nações do mundo.

- O homicídio como forma extrema da violência.

- O homicídio é a causa de mais da metade de mortes de jovens.

- Jovens adultos do sexo masculino que pertencem às classes populares


urbanas são os principais alvos das mortes por causas violentas.

- Jovens, excluídos pela sociedade.

- Cada vez mais cedo no mundo da ilegalidade.


INTRODUÇÃO
Brasil – Paraná
ADORNO, 2002; WHO, 2002; FREITAS E VIEIRA, 2007; WAISELFICZ, 2008.

- As taxas de homicídios juvenis vêm crescendo, principalmente em países que


passam por transformações sociais e econômicas. Ex: países do continente
africano e da América Latina.

- A chance de um jovem latino-americano morrer vítima de homicídio é trinta


vezes maior que a de um jovem europeu.

- O Brasil se encontra na rota do tráfico internacional de drogas e de muitas


outras modalidades de crime organizado, entre eles o contrabando de armas.

- O crescimento de homicídios juvenis no Brasil, já não é um fenômeno


exclusivo de grandes centros urbanos, se dissemina para as cidades menores
do interior do país;

- Segundo a OMS, o Brasil em 2006 encontrava-se em 5o lugar (51,6 em 100.000)


quanto a taxa de homicídios, ficando atrás apenas de El Salvador (92,3),
Colômbia (73,4), Venezuela (64,2) e Guatemala (55,4).
INTRODUÇÃO
Brasil – Paraná
ADORNO, 2002; WAISELFICZ,2008; WHO, 2002; FREITAS E VIEIRA, 2007; ANDRADE ET AL., 2008.

- No período de 1996 a 2006, os homicídios juvenis no Brasil passaram de


13.186 para 17.312, caracterizando um aumento de 31,3%, assim a faixa etária de
15 a 24 anos apresentou um crescimento superior ao dos homicídios na
população total, que foi de 20% no mesmo período.

- Na região Sul do Brasil, onde a taxa de homicídios juvenis foi a mais baixa do
país no ano de 2006 com 40,7/100.000 habitantes, o Paraná é a unidade federada
que apresentou a maior taxa de homicídios nesta região, 60,3/100.000, seguido
do Rio Grande do Sul com 32,7/100.000 e Santa Catarina 20,3/100.0007.

- Estudo relacionando os homicídios na faixa etária entre 15 e 29 anos no


período de 2002 a 2004, demonstrou que o Paraná passou da décima oitava
posição para a sétima na classificação nacional, sendo um dos estados onde os
homicídios juvenis triplicaram em volume absoluto.
INTRODUÇÃO
Foz do Iguaçu
Tríplice Fronteira:

- Tem a maior população fronteiriça do país,


- É conhecida no mundo inteiro ;
- 4ª. Cidade do Estado do Paraná. Explosão Demográfica com a
construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

350.000
319.189
300.000

250.000 258.543

200.000 190.115
150.000
136.320
100.000

50.000
33.970
28.080
0
1960 1970 1980 1990 2000 2008

Gráfico 1: Evolução da População da cidade de Foz do Iguaçu (1960 - 2008).


Fonte: IBGE (2009).
INTRODUÇÃO
Foz do Iguaçu
ADORNO, 2002; CARDIN, 2005; WAISELFICZ, 2008.

- Tem se destacado pelas altas taxas de homicídios Juvenis.

- Mapa da Violência, 2006, Foz do Iguaçu ocupava a primeira posição entre os


100 municípios brasileiros, com as maiores taxas médias de homicídios na
população jovem, 234,8 por 100.000 habitantes.

- Se o Brasil é rota internacional para o tráfico de drogas e contrabando de


armas, Foz do Iguaçu é a principal porta de entrada.

- A massa de desempregados com o fim da construção da usina.

- Surgimento de novas ocupações: Os sacoleiros, os laranjas e os camelôs,


ocupações relacionadas ao contrabando na fronteira Brasil e Paraguai.

- Essas novas ocupações tornaram-se alternativa de sobrevivência.


INTRODUÇÃO
Análise Espacial
BAILEY e GATRELL,1995; CARVALHO et al. 1997; LIMA et al., 2005; BARCELLOS et al., 2008; BASTOS et al, 2009.

- Pode ser definida como o estudo quantitativo de fenômenos que estão


localizados no espaço.

- Sistemas de Informações Geográficas, têm se tornado ferramentas de grande


utilidade, descrevem diversos fenômenos em saúde de forma gráfica,
explicitando desde a distribuição de padrões de morbimortalidade até a
alocação de serviços e acessibilidade.

- Os avanços das técnicas de geoprocessamento têm permitido analisar o


crescente número de homicídios através da espacialização, visualizando-os de
forma pontual ou agregada por áreas, reconhecendo a população exposta e
suas desigualdades socioeconômicas respectivamente, e, como conseqüência,
estabelecer estratégias de prevenção da violência.

- Estudo em uma capital brasileira demonstrou que o georreferenciamento por


meio de análise espacial tornou mais efetivo o monitoramento dos homicídios,
suicídios e dos acidentes de transporte, subsidiando de forma mais efetiva e
eficaz a formulação de políticas de intervenção intersetorial.
JUSTIFICATIVA
JUSTIFICATIVA
Trabalhos que analisam o detalhamento dessa situação exposta são
de grande relevância, pois a alta taxa de homicídios juvenis pode ser
considerada como uma epidemia devido à sua dimensão, tornando-
se um problema de saúde pública.

Estudos de análise espacial dos casos de homicídios juvenis no


município de Foz do Iguaçu não foram realizados anteriormente.

Com isto, este trabalho visa contribuir para as discussões e


formulações de políticas públicas que enfoquem ações sociais
capazes de minimizar os números de óbitos na população jovem
neste município de tríplice fronteira.
OBJETIVOS
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:

- Analisar a distribuição espacial dos homicídios de jovens de 15 a 24 anos


no município de Foz do Iguaçu – PR, no período de 2000 a 2007.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Descrever o perfil da mortalidade de jovens em relação às características


sócio-demográficas e as circunstâncias do evento.

- Descrever a distribuição espacial dos homicídios de jovens do sexo


masculino em Foz do Iguaçu, segundo a região de ocorrência do evento.

- Verificar associações no espaço geográfico entre os indicadores


socioeconômicos e demográficos e a mortalidade por homicídios.

- Identificar e comparar as AEDs com maior intensidade de importação e


exportação de homicídios.
MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Tipo e Local do Estudo
• Estudo ecológico, descritivo, de corte
transversal, com dados secundários
do período de 2000 a 2007,utilizou-se
de técnicas de análise espacial de
dados de área.

Foz do Iguaçu, IBGE 2006:


• Latitude 25º 32' 45”S
• Longitude 54º 35' 07”W
• Em 2000 possuia 258.543 habitantes;
• Em 2007, estimada em 311.336;
• Predominância urbana de 99,22%;
• Densidade demográfica ~ 510 hab. /
km2;
• Dividida em 261 setores censitários e,
para um melhor detalhamento, os
setores censitários foram agrupados
em 11 AEDs (Áreas de Expansão
Demográfica).
Fonte: Observatório das Metrópoles – Região
Metropolitana Maringá, (2009)
MATERIAIS E MÉTODOS
Local do Estudo

• *AED 1 - Três Lagoas


• AED 2- Vila C
• AED 3 - Morumbi
• AED 4 - Porto Meira
• AED 5 - São Paulo
• AED 6 - Jd. América
• AED 7 - Imperatriz
• AED 8 - AKLP
• AED 9 - Centro
• AED 10 - Campos do Iguaçu
• *AED 11 - Vila Carimã

Figura 3 – Divisão das AED’s de Foz do Iguaçu.


MATERIAIS E MÉTODOS
Fonte de Dados

Coleta de Dados

Base Cartográfica Observatório das


SIM / DATASUS IBGE
PMFI Metrópoles - RMM

9ª. RS VE/SMS/PMFI

IML SIATE
MATERIAIS E MÉTODOS
Fonte de Dados
Banco de Dados SIM/IML/SIATE
953 Homocídios

Procedimento – Criação de Banco


de dados para Análise Espacial dos
jovens do sexo masculino

Exclusão de 29 jovens do Sexo


Exclusão de 51 jovens do masculino devido a não localização dos
Sexo feminino endereços de residência ou ocorrência

Espacialização de 873 jovens do


sexo masculino segundo
as AEDs
MATERIAIS E MÉTODOS
Georeferenciamento
Observatório das
Metrópoles
RMM

Conversão Base
Sintaxe – Metrodata
Cartográfica –
IBGE
Arquivo CAD (DWG)

ARC GIS
Conversão shapefile

Produção de
Mapa Temático

Tabela de atributos

Importação MAPA.SHP
Geoda
MATERIAIS E MÉTODOS
Importação MAPA.SHP
Georeferenciamento
Geoda

Mapa Desvio Padrão Estatística Espacial

Seleção Matriz de
BOX MAP
Peso Espacial

Moran Univariado

Moran Bivariado

LISA Univariado

LISA Bivariado
MATERIAIS E MÉTODOS
Análise dos Dados
1ª) Análise Descritiva:

- Os dados coletados foram organizados e sintetizados em uma planilha do


Excel® e, após, analisados na forma descritiva através de números absolutos,
percentuais, proporções e taxas de mortalidade específica.

2ª) Análise Exploratória de Dados Espaciais:

- Optou-se por trabalhar com eventos agregados por unidades de análise


territorial (AEDs), por não se dispor de uma localização exata dos eventos, e
sim de um valor por área (CÂMARA et al, 2002).

- Efetuou-se análise exploratória dos dados espaciais por áreas utilizando-se


o programa GeoDa v0.95-i (Spatial Analysis Laboratory, University of Illinois at
Urbana-Champaign, Estados Unidos). Utilizou-se para análise estatística
espacial nível de significância de 5%.
MATERIAIS E MÉTODOS
Procedimentos Éticos

Este estudo foi aprovado pelo Comitê Permanente de Pesquisa em

Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá (COPEP-UEM),

sob o parecer no. 276/2008.


RESULTADOS E
DISCUSSÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO

350
314
300 279 284
264 270

230
Número de Homicídios

250 221

200
167
141 150
150 132 135 137

95
100 80 83

50

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ANO

15-24 anos Total de homicídios

Gráfico 2: Série temporal da mortalidade de jovens por homicídios em relação ao total de


homicídios da população de Foz do Iguaçu, entre 2000 a 2007.
Fonte: 9ª. RS/SCVGS/SIMWEB (2008).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 2 - Distribuição de jovens envolvidos em homicídios, segundo variáveis sócio-
demográficas e causas do óbito no período de 2000 a 2007. Foz do Iguaçu – PR.
Variáveis Categorias Nº %
Sexo Masculino 902 94,65
Feminino 51 5,35

Faixa etária 15 a 17 anos 238 24,97


18 a 20 anos 362 37,99
> 21 anos 353 37,04

Escolaridade 1 a 3 anos 294 30,85


4 a 7 anos 350 36,73
8 a 11 anos 228 23,92
> 12 anos 34 3,57

Cor / raça Branco 658 69,05


Negro 295 30,95

Causa do óbito Arma de fogo 901 94,55


Arma branca 47 4,93
Agressão física 5 0,52

Fonte: 9ª. RS/SCVGS/SIMWEB (2008).


RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 3 - Distribuição dos homicídios de jovens, segundo o dia da semana, mês de
referência, horário e local da ocorrência no período de 2000 a 2007. Foz do Iguaçu – PR.

Variáveis Categorias Nº %

Dia da semana Domingo 217 22,77


Sábado 159 16,68

Mês de Referência Setembro 93 9,76


Outubro 88 9,23

Horário da Ocorrência 18:00 as 23:59 399 41,87


00:00 as 05:59 271 28,44
Ignorado 9 0,94

Local da ocorrência do Via Pública 589 61,80


Óbito Domicílio 46 4,83
Hospital e Outros estab. 278 29,17
Saúde
Fonte: 9ª. RS/SCVGS/SIMWEB, Setor Municipal de Epidemiologia e IML de Foz do Iguaçu-PR ( 2008).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Número de homicídios
( Média +/- DP)

Gráfico 3: Média e Desvio Padrão do Número de Homicídios em Foz do Iguaçu por AED,
no período de 2000 a 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Figura 5: Média dos homicídios segundo a AED - local de Ocorrência em Foz


do Iguaçu no período de 2000 a 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Figura 6 – Distribuição Espacial dos Homicídios por taxa de mortalidade


específica, segundo a AED – Local de Ocorrência. Foz do Iguaçu, 2000 a 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ocorrência - residentes IMPORTADOR EXPORTADOR

A B C

Figura 7: Percentual dos homicídios segundo jovens residentes (A), jovens não residentes - AED
Importadora (B), e AED Exportadora (C). Foz do Iguaçu no período de 2000 a 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 6 – Coeficiente de I de Moran Univariado correspondente à TME de Homicídios por
Local de Ocorrência.

Convenção I E[I] p-valor Sig.


Rainha - 0.3563 - 0.1000 0,0250 <5%
Torre - 0.3563 - 0.1000 0,0300 <5%
5 vizinhos - 0.2254 - 0.1000 0,0520 >5%
mais próximos
NOTA: A pseudosignificância empírica é baseada em 999 permutações aleatórias.

Rainha Torre 5 Vizinhos

Figura 10 – Diagramas de dispersão de Moran, segundo as matrizes de pesos espaciais


(Rainha, Torre e 5 vizinhos mais próximos) para as taxas de mortalidade específica de
homicídios de jovens do sexo masculino por AED de ocorrência. Foz do Iguaçu, 2000 a 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A matriz de peso espacial selecionada foi a Rainha, por ter a capacidade de melhor
atrair as relações de vizinhança (PINHEIRO, 2007).

Figura 11: Diagramas de dispersão de Moran, segundo a matriz de peso


espacial, rainha, para as taxas de mortalidade específica de homicídios de
jovens do sexo masculino por AED de ocorrência. Foz do Iguaçu, 2000 a 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na análise da matriz de peso espacial Rainha, verificou-se a existência de


autocorrelação espacial negativa das taxas de homicídios por local de
ocorrência para todas as AEDs analisadas. Portanto, não foi detectada
semelhança ou agrupamentos por similitude entre as AEDs em análise e as
adjacências, segundo a TME. Isso significa que, apesar do município apresentar
altas taxas de mortalidade por homicídios em todas as regiões, constata-se que
a AED com alta taxa de homicídio, está rodeado por vizinhos com “baixa” taxa
de homicídio e vice-versa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Uma limitação do I de Moran Global é ele poder esconder padrões locais de associação.
Por meio do uso da ferramenta LISA MAP do GeoDa®, não se identificou nenhum tipo de
cluster significativo (p< 5%) das AEDs, somente aparecendo no mapa a AED 6 (Jardim
América), que apresenta alta taxa de mortalidade, cercada por AEDs vizinhas com
“baixas taxas” de mortalidade, aparecendo no mapa com a cor rosa , sendo esta
diferença estatisticamente significativa (Figura 12B).

A B

Figura 12 – Verificação negativa de Clusters (A) para distribuição espacial dos homicídios por taxa de
mortalidade específica, e valor de p < 5% AED 6 (B). Foz do Iguaçu, 2000 a 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 7 – Coeficiente de I de Moran Global bivariado das taxas de homicídios segundo a AED-
Ocorrência e os indicadores socioeconômicos e demográficos. Foz do Iguaçu, 2000 a 2007.
Variáveis I E[I] p-valor Sig.

Pessoas ocupadas no setor formal 0.2574 - 0.1000 0.0310 <5 %


Pessoas ocupadas no setor informal -0.2574 - 0.1000 0.0370 <5 %
Pessoas que não sabem ler ou escrever ( analfabetismo) 0.1227 - 0.1000 0.4100 NS
Pessoas sem instrução ou com até 3 anos de estudo ( analfabetismo -0.1469 - 0.1000 0.3280 NS
funcional)
Pessoas com 11 anos ou mais de estudo 0.1062 - 0.1000 0.5010 NS
Domicílios particulares permanentes próprios -0.0365 - 0.1000 0.7750 NS
Domicílios particulares permanentes alugados 0.0021 - 0.1000 0.9990 NS
Domicílios particulares permanentes em aglomerados subnormais -0.0282 - 0.1000 0.8190 NS
Domicílios com escoamento sanitário adequado -0.0648 - 0.1000 0.5890 NS
Renda mensal do responsável pela família até 2 salários mínimos -0.1511 - 0.1000 0.2890 NS
Renda mensal do responsável pela família de 2 a 5 salários mínimos 0.0563 - 0.1000 0.5710 NS
Renda mensal do responsável pela família de 5 a 10 salários mínimos 0.0886 - 0.1000 0.5720 NS
Renda mensal do responsável pela família maior que 10 salários mínimos. 0.1243 - 0.1000 0.3710 NS
Densidade demográfica – jovens do sexo masculino 15 a 24 anos 0.1050 - 0.1000 0.4450 NS

NOTA: NS – Não significante


RESULTADOS E DISCUSSÃO
Outra questão importante no desenvolvimento da análise da distribuição
espacial, foi a opção pela análise dos homicídios segundo a AED “Importadora”
de óbitos, ainda que esta não fosse o objeto principal da dissertação.

Tabela 8 – Coeficiente de I de Moran univariado, correspondente à participação de cada AED,


enquanto “ Importadora” de mortes por homicídios de jovens de 15 a 24 anos.

Convenção I E[I] p-valor Sig.

Rainha 0.2795 - 0.1000 0.0100 <5%

NOTA: A pseudossignificância empírica é baseada em 999 permutações aleatórias.


RESULTADOS E DISCUSSÃO
AED Importadora

Figura 4 - Clusters para o percentual dos homicídios, segundo a AED Importadora (A).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
AED Importadora

B C

Pessoas ocupadas no Setor Formal Pessoas ocupadas no Setor Informal

Figura 4 - Clusters bivariados para os homicídios e Pessoas ocupadas no Setor Formal (B)
Clusters bivariados para os homicídios e Pessoas ocupadas no Setor Informal (C).
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
- Esta pesquisa demonstrou que existe um padrão de aleatoriedade espacial
relacionado às taxas de homicídios;

- A cidade como um todo apresenta taxas consideráveis de mortes de jovens por


homicídios.

- A identificação de que o maior percentual de pessoas ocupadas neste município


está no setor informal aponta para um grave problema social, que é à falta de
qualificação profissional associada ao desemprego.

- Quando analisada a AED importadora de homicídios, ocorreu associação


espacial nas AEDs que fazem fronteira com o Paraguai.

- Devemos encarar o evento homicídio como tema bastante complexo e, para que
haja propostas satisfatórias para uma possível resolução do fenômeno,
precisamos de respostas multisetoriais.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
•ABRAMOVAY, M. et al. Juventude, violência e vulnerabilidade social na América Latina: Desafios para Políticas Públicas.
Brasília: UNESCO, BID, 2002. 192 p.
•ADORNO, S. A criminalidade urbana violenta no Brasil: um recorte temático. BIB, Rio de Janeiro, n.35, p.3-24, 1º sem. 1993.
•_________, S. Exclusão socioeconômica e violência urbana. Sociologias, Porto Alegre, ano 4, n. 8, p. 84 –135, jul./dez. 2002.
•ANDRADE, S. M.; SOARES, D. A.; SOUZA, R. K. T. et al. Homicídios de homens de 15 a 29 anos e fatores relacionados no
estado do Paraná, BAILEY, T. C.; GATRELL, A. C. Interactive Spatial Data Analysis. Essex: Longman. 1995.
•BARCELLOS, C. et al. Georreferenciamento de dados de saúde na escala submunicipal: algumas experiências no Brasil.
Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 17, n.1, p. 59-70, jan-mar. 2008.
•BASTOS, M. de J. R.. P. et al. Análise ecológica dos acidentes e da violência letal em Vitória, ES. Rev. Saúde Pública. São
Paulo, v.43, n.1, p. 123-132, 2009. BASTOS, M. de J. R.. P. et al. Análise ecológica dos acidentes e da violência letal em Vitória,
ES. Rev. Saúde Pública. São Paulo, v.43, n.1, p. 123-132, 2009.
• CÂMARA, G., MONTEIRO, A. M.; FUCKS, S.D. et. al. Análise Espacial e Geoprocessamento. In: Análise espacial de dados
geográficos, cap. 1, 2002. Disponível em : <http//www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/analise/cap1-intro.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2009.
•CÂMARA, G., MONTEIRO, A. M.; FUCKS, S.D. et. al. Análise Espacial de áreas. 2002. In: Análise espacial de dados
geográficos, cap. 5, 2002. Disponível em : <http://mtc-m12.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/sergio/2004/10.07.15.04/doc/cap5-
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•CARDIN, E. A formação do ser social e a informalidade na Tríplice Fronteira ( Brasil, Paraguai e Argentina). In: CONGRESSO
INTERNACIONAL DE ESTÚDIOS DEL TRABAJO. ASET (Associação Argentina de Especialistas em Estúdios del Trabajo), 7.,
2005, Buenos Aires, 2005. Disponível em: < www.aset.org.ar>. Acesso em 20 jun.2009. CARVALHO, M.S.; CRUZ, O.G.;
NOBRE, F.F.. Perfil de Risco: Método Multivariado de Classificação Socioeconômica de Microáreas Urbanas - os setores
censitários da região metropolitana do Rio de Janeiro. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.13, no 4, p.635-645, out-
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•FREITAS, C.E.da.R.; VIERA, V.de C.B. Uso Do Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurança Pública no Mapeamento da
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•GAWRYSZEWSKI, V. P.; COSTA, L. S. Homicídios e desigualdades sociais no Município de São Paulo. Rev. Saúde Pública,
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• IZUMINO, P.W.;NEME, C. Violência Urbana e Graves Violações de Direitos Humanos. Revista Ciência e Cultura, São Paulo,
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•LIMA, M. L. C. de et al. Análise espacial dos determinantes socioeconômicos dos homicídios no Estado de Pernambuco. Rev.
Saúde Pública. São Paulo, v.39, n.2, p. 176-182, abr. 2005.
•MAIA, P. B. Vinte anos de homicídios no estado de São Paulo. São Paulo Perspec, São Paulo, v.13, n.4, p. 121-129, dez.1999.
•OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES - Núcleo Região Metropolitana De Maringá. Maringá. Centro de Ciências Humanas-
Universidade Estadual de Maringá ( UEM). Maringá, 2009.
•WAISELFISZ J. J. Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros. Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana. Ministério
da Saúde; Ministério da Justiça, Instituto Sangari Ritla, Brasília, 2008.
•World Health Organization. World Report on Violence and Health: Summary. Geneva, 2002. Disponível em : <http://

www.who.int/violence_injury_prevention/violence/world_report/en/summary_en.pdf ->. Acesso em: 05 set. 2008.


AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS

A DEUS,
A minha família;
Á minha orientadora Profª. Maria Dalva, minha gratidão.
Aos Professores Nelson Luiz Batista de Oliveira e .Marta Angélica Lossi Silva,
pelo aceite de participar da banca avaliadora, pelas preciosas sugestões.
Ao André, Juliana, Matheus e Nathália, o meu agradecimento especial,
Aos colegas do Mestrado,
Aos colegas do Observatório das Metrópoles
Ao Mestrado de Enfermagem
A Unioeste.
Obrigado!

lucianoenf2005@yahoo.com.br

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