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O trabalho nas diferentes sociedades

Em nossa sociedade, a produção de um objeto


envolve uma complexa rede de trabalhadores e de
trabalho. Outros tipos de sociedade apresentam
características bem diversas, como veremos a seguir.

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress


©Arvind Garg/Corbis/LatinStock

Campo de cultivo de trigo na Índia (1995) e panificadora no Brasil (2001). Cada produto resulta do trabalho
de uma infinidade de pessoas com diferentes especialidades.
O trabalho nas diferentes sociedades
© Chris Hellier/Corbis/Latin Stock

O trabalhador foi convencido


de que a situação presente era
melhor do que a anterior.
Diversos setores da sociedade
colaboraram para essa
mudança:
as igrejas;
os governantes;
os empresários;
Cena da fábula “A cigarra e a formiga”, em gravura
de Gustave Doré, 1867. As escolas passaram às
crianças de várias gerações a ideia de que o
as escolas.
trabalho era fundamental para a sociedade: quem
não trabalhava “levava sempre a pior”.
Diferenciação social e trabalho:
perspectiva histórica

• A questão religiosa
Desde os primórdios da humanidade, a religião exerceu
papel importante na definição de regras de convívio coletivo,
pois foi a crença na existência de seres mais poderosos, criadores do
Universo e definidores da vida humana, que colocou
em destaque os comunicadores, aqueles com habilidades especiais,
importantes por transmitir as mensagens dos deuses
para a organização da vida humana, para seu disciplinamento.
Assim, tais homens não deveriam consumir seu tempo com
tarefas cotidianas, devendo ser supridos, em suas necessidades, por
outros membros da comunidade.
• A questão da defesa
Desde que grupos de homens passaram a produzir e a se
estabelecer em determinados espaços (processo de sedentarização)
em áreas ecúmenas (permanentemente habitadas por humanos, mais
fáceis de produzir), melhorando sua
condição de subsistência, outras comunidades começaram
a se interessar por tais espaços, ocasionando disputas frequentes por
domínios territoriais.
No interior da sociedade sedentarizada, desenvolveuse a necessidade
da preparação militar. Alguns homens
deveriam dedicar seu tempo à atividade guerreira, sem se
envolverem com afazeres, como o trabalho na agricultura.
Isso provavelmente repercutiu nos grupos humanos que
atacavam tais espaços produtivos, fazendo-os também
mais guerreiros. A atividade militar, então, constituiu-se elemento
fundamental de organização e ordem e atrelou-se ao
aspecto religioso das comunidades
Coerção física e moral em
diferentes formas de trabalho

• Abordar a questão da apropriação do trabalho do outro exige um


esclarecimento prévio. O trabalho entendido em sua forma produtiva
material, produção de alimentos por exemplo, é um meio para se
atingir um fim.
• Pensando nisso, teríamos o produto do trabalho, o alimento, como a
finalidade do esforço humano. Assim, o que está em jogo é a
apropriação daquilo que foi produzido pelo trabalho. Não há
possibilidade de apropriação desta produção sem coagir o trabalhador.
• A coação pode ser de ordem física (militar) ou de ordem moral
(religiosa), mas deve haver algum tipo de imposição para que o fruto
do trabalho de um seja apropriado por outro na sociedade. A questão
pode ser colocada em termos individuais ou grupais. Pode ser a
relação de uma pessoa com outra ou de um grupo social específico
com outro no conjunto da sociedade.
O trabalho nas diferentes sociedades

O trabalhador estava livre


apenas legalmente porque, na
realidade, via-se forçado pela
necessidade a fazer o que lhe
impunham. E trabalhava mais
horas do que antes.

De acordo com Max Weber, em


seu livro História econômica
(1923), isso era necessário para
que o capitalismo existisse.
O trabalho nas diferentes sociedades

Não foi fácil submeter os trabalhadores às longas


jornadas e aos horários rígidos, pois a maioria deles
não estava acostumada a isso.

A maior parte da

Thinkstock/Getty Images
população que foi para
as cidades trabalhava
anteriormente no
campo, onde o único
“patrão” era o ritmo
da natureza.
O trabalho nas diferentes sociedades
A produção nas sociedades tribais

As sociedades tribais diferenciam-se umas das


outras em muitos aspectos, mas em geral não
são estruturadas pela atividade que em nossa
sociedade denominamos trabalho.
Nelas todos fazem quase tudo, e as atividades
relacionadas à obtenção do que as pessoas
necessitam para se manter integram-se a todas
as esferas da vida social.
O trabalho nas diferentes sociedades

O antropólogo estadunidense Marshall Sahlins


as denomina “sociedades da abundância” ou
“sociedades do lazer”, pois seus membros
têm todas as necessidades materiais e sociais
satisfeitas dedicando um mínimo de horas ao
que chamamos trabalho.
A explicação para o fato de os membros das
sociedades tribais trabalharem menos do que
nós está no modo como se relacionam uns
com os outros e com a natureza.
O trabalho nas diferentes sociedades

Anísio Magalhães/Samba Photo


Xingu, Mato Grosso, 1995. Jovem yawalapity prepara folhas de buriti para artesanato.
Nas sociedades tribais, todos compartilham os conhecimentos necessários para a obtenção de
matérias-primas e a elaboração de objetos. Apenas a idade e o sexo definem a divisão das tarefas.
O trabalho nas diferentes sociedades
Escravidão e servidão
Nas sociedades grega e

Mausoléu de Santa Constanza, Roma, Itália


romana, a mão de obra
escrava garantia a
produção necessária para
suprir as necessidades da
população.
Os gregos utilizavam
diferentes termos para Representação do trabalho escravo em detalhe de mural romano
do século IV.

expressar suas concepções


de trabalho: labor significava esforço
físico; poiesis, atividade produtiva;
práxis, a ação.
O trabalho nas diferentes sociedades

Nas sociedades medievais, a terra era o principal


meio de produção, e os trabalhadores tinham
direito a seu usufruto e ocupação, mas nunca à
propriedade. Prevalecia um sistema de deveres
do servo para com o senhor e deste para com
aquele.
Nessas sociedades, havia outras formas de trabalho,
como as atividades artesanais, desenvolvidas nas
cidades e nos feudos, e as atividades comerciais.
O trabalho nas diferentes sociedades

Da Antiguidade até o fim da Idade Média, o trabalho


não orientava as relações sociais. Estas se definiam
pela hereditariedade, pela religião, pela honra, pela
lealdade e pela posição em relação às questões
públicas: elementos que permitiam a alguns viver
do trabalho dos outros.
O trabalho nas diferentes sociedades
As bases do trabalho na sociedade moderna
Com a emergência do
Coleção particular/AKG/Latin Stock

mercantilismo e do capitalismo
e o fim do serviço compulsório,
era preciso convencer as
pessoas de que trabalhar para
os outros era bom.
Foi preciso, então, mudar a
concepção de trabalho: de
atividade vil, passou a ser visto
como atividade que dignifica o
Trabalho artesanal representado em iluminura
do século XVI. ser humano.

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