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ADMINISTRACÃO

FINANCEIRA
E
ORÇAMENTÁRIA I

Prof. Paulo de Tarso Pedrosa

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Conceito:
 Campo de estudo
 Assegurar eficiente processo empresarial
 Capitação e locação de recursos.
Envolve-se:
 Problemática da escassez de recursos
 Realidade operacional e => grande amplitude
 Prática da gestão financeira da empresa

Papel econômico das empresas:


 Maximizar o seu valor de mercado
 Aumentar a riqueza de seus proprietários

PROFISSIONAL (ADMINISTRADOR FINANCEIRO)


 Amplo conhecimento técnico
 Sensibilidade no trato dos instrumentos da AF
 Visão crítica, abrangente e sistêmica da empresa
 Atividades envolvem recursos escassos
 Traçar estratégias de competitividade, continuidade e
crescimento
 Captar recursos para aplicar nas atividades da empresa
 Melhor forma gerenciar os recursos
 Manter a saúde financeira e econômica da empresa
 Alcançar objetivos

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

VISÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ANTES ATUAL

Descrição Evolução Posição questionadora


dos fenômenos em relação ao mercado;
financeiros no tempo
tomada de decisão

FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

 Planejamento Financeiro

Procura:
 evidenciar as necessidades de expansão da empresa;
 identificar desajustes futuros;
 selecionar os ativos mais rentáveis e condizentes com o negócio da
empresa, visando > rentabilidade sobre os investimentos.

 Controle Financeiro (Controladoria Financeira)

Destina-se a:
 acompanhar e avaliar o desempenho financeiro;
 analisar desvios: resultados previstos X realizados;
 propor as medidas corretivas necessárias.

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 Administração de Ativos

Tem por finalidade:


 buscar a melhor estrutura da relação risco-retorno dos
investimentos;
 gerenciar eficientemente estes valores;
 acompanhar o fluxo de caixa (entradas e saídas).

 Administração de Passivos

Volta-se para:
 aquisição de fundos e gerenciamento de sua composição;
 definição da estrutura mais adequada de liquidez;
 redução dos custos e riscos do financiamento.

Uma empresa é sempre avaliada como tomadora de três


importantes decisões financeiras:
 decisão de investimento;
 decisão de financiamento;
 decisão de dividendos (envolve aplicação do LL).

De dividendos: decisão que envolve:


 distribuição de parte dos lucros aos acionistas ou sócios;
 custo de oportunidade de manter estes valores retidos.

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TOMADA DE DECISÕES FINANCEIRAS

Fatores considerados:
 Econômico: fundamenta-se na relação entre o retorno do
investimento e o custo da capitação.
Há agregação de valor econômico (AVE), quando:

Lucro Operacional > CustoTotal de Capitação de Recursos

AVE > 0, quando: LO – CTCR > 0

 Financeiro: identificado pelo equilíbrio entre a capacidade de


geração de caixa e o fluxo de desembolsos exigido pelo
passivo.

RISCOS ASSOCIADOS ÀS DECISÕES FINANCEIRAS

 Risco Econômico (Operacional):


 inerente à atividade da empresa e às características do mercado;
 independe da forma de financiamento da empresa;
 restringe-se exclusivamente às decisões de investimento;
 exemplo: sazonalidade do mercado, tecnologia, estrutura de
custos, concorrência, qualidade dos produtos.

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 Risco financeiro:
 associado às decisões de financiamento;
 à capacidade de pagamento da empresa.

CICLOS DE ATIVIDADES
Recebimento e

Armazenagem
prod. acabado
Armazenagem

Recebimento
fabricação
Início de
Pedido

Espera PMEMP PMF PMV Venda PMRV

Ciclo Operacional (CO)

Ciclo Econômico (CE) = PMRE

Ciclo Financeiro/Caixa (CF)


PMPC
Onde:
PMEMP = prazo médio de estocagem da matéria-prima
PMF = prazo médio de fabricação
PMV ou PMEPA = prazo médio de venda ou praza médio de
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estocagem dos produtos acabados


PMRV = prazo médio de recebimento das vendas
PMPC = prazo médio de pagamento das compras
PMRE = prazo médio de rotação dos estoques

• Ciclo Operacional (CO): é composto por todas as atividades


operacionais da empresa, indo desde a compra ou recebimento
das matérias-primas até o recebimento das vendas.

CO = PMEMP + PMF + PMV + PMRV

Caso haja desembolso antes ou no pedido das matérias-primas,


é neste momento que inicia o CO. Neste caso a fórmula seria:

CO = Espera + PMEMP + PMF + PMV + PMRV

• Ciclo Econômico (CE): coincide com o prazo médio de rotação


dos estoques (PMRE), o qual engloba fundamentalmente toda a
base de produção da empresa, ou seja, os prazos médios de
estocagem das matérias-primas, de fabricação e de vendas.

CE = PMRE = PMEMP + PMF + PMV

• Ciclo Financeiro/de Caixa (CF): identifica as necessidades de


recursos da empresa, iniciando desde o momento do pagamento
aos fornecedores (primeiro desembolso), já que estes em geral
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financiam a primeira fase do CO, até o recebimento das vendas.


Caso haja pagamento de custos ou despesas após o recebimento
das vendas, é nesse momento que encerra o ciclo financeiro.

CF = (PMEMP + PMF + PMV + PMRV) – PMPC

ÍNDICES OPERACIONAIS

• PMEMP = prazo médio, em dias, que os materiais permanecem


estocados à espera de ingressarem no processo produtivo

Saldo médio de materiais


PMEMP = X 360
Consumo anual

• PMF = prazo médio, em dias, que a empresa gasta para fabricar


o produto final.

Valor médio dos produ-


tos em elaboração
PMF = X 360
Custo de produção
anual

• PMV = prazo médio, em dias, que o produto final permanece


armazenado à espera de ser vendido, isto é, prazo médio de
estocagem do produto acabado.
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Valor médio dos pro-


dutos acabados
PMV = X 360
Custo dos produtos
vendidos

Σ (saldos mensais)
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CAPITAL CIRCULANTE

Capital Circulante = Capital de Giro

Características do Capital Circulante:


• corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes;
• se transforma constantemente dento do ciclo operacional;
• sofre acréscimo ao final de cada ciclo, produzindo reflexos na
Situação Patrimonial Líquida da empresa;
• fica girando pelas contas do Ativo Circulante e do Passivo
Circulante.
• ao completar o Ciclo Operacional ele volta ao “estado de
dinheiro”.

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Custos e Fase 5
despesas
a pagar $250

($100) Fase 1
Caixa
$350 Fase 4 $200

Duplicatas a Estoque de
Receber Capital de
Matéria-Prima
Giro
Fase 3 $260

$50 Estoque de Fase 2


Produto Acabado
$60
Lucro $40
Outros
Despesas custos

O estudo do Capital de Giro é de grande importância para a


administração financeira, pois a empresa precisa recuperar a
totalidade dos custos e despesas incorridos durante o ciclo
operacional e obter o lucro desejado.
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CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

Também denominado Capital de Giro Líquido, é a diferença


entre o Ativo Corrente (Ativo Circulante) e o Passivo Corrente
(Passivo Circulante).

CCL = AC − PC

a) Qdo. AC > PC => CCL > 0 b) Qdo. AC = PC => CCL = 0

AC PC AC PC

ANC PNC ANC PNC

c) Qdo. AC < PC => CCL < 0

AC PC

ANC PNC

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FONTES DE CAPITAL DE GIRO

Passivo Circulante (PC) = fonte de financiamento a curto prazo


da empresa.

• Algumas fontes de financiamento são geradas:


 Pelas próprias operações – Ex.: duplicatas a pagar, salários e
encargos a pagar, impostos a recolher etc.
 Por atividades financeiras – Ex.: financiamentos e empréstimos
bancários.

• As fontes de financiamento podem ser:


 Onerosas: geram encargos financeiros – Ex.: empréstimos e
encargos financiamentos, duplicatas a pagar (financiadas).
 Não onerosas: geradas pelas operações – Ex.: salários a pagar,
encargos sociais e impostos a recolher, provisões p/ férias e 13˚
salário.

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

 Ativo Circulante é o grupo patrimonial menos rentável, para


muitos ramos empresariais;
 Não gera diretamente unidades físicas de produção/vendas;
 Visa, apenas, a sustentação da atividade operacional da
empresa;
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 Seus valores são depreciáveis perante a inflação;


 Deve ser mantido o mínimo necessário para a AO.

• Risco x Rentabilidade:

Quando AC ↓ => Rentabilidade ↑ => Riscos da empresa ↑:


redução de liquidez ou falta de estoques em situações de
alteração no nível das vendas; redução de desperdícios, de
custos de oportunidade etc.
Quando AC ↑ => Rentabilidade ↓ => Riscos da empresa ↓:
aumento da liquidez e dos estoques, com pronto atendimento
da clientela; capital parado, aumento de desperdícios, custos
de oportunidade etc.

• Dilema Risco-Retorno

Conservadora
Posturas (Brigham) Média
Agressiva

Conservadora: ↓ Risco => ↑ aplicações em CG para o mesmo


volume de produção e vendas.

Média e Agressiva: aumento crescente nos riscos e na


rentabilidade pela redução das aplicações em CG.

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• Planejamento do nível de Capital de Giro

Depende das projeções dos valores mínimos dos elementos


patrimoniais que o compõem. Essas projeções envolvem fatores
que variam de empresa para empresa, dependendo das políticas
relativas à estocagem, vendas e compras, assim como do risco
operacional assumido.

 Projeção da necessidade de disponível

Disponível = Caixa + Banco + Títulos da DP

TSFC
DMM = X PC
30

Onde:
DMM = disponível mínimo mensal ($)
TSFC = total das saídas do fluxo de caixa ($/mês)
PC = período de cobertura (dias)
 Projeção da necessidade de estoque

PV X PC’
EMM = X CLMA
30

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Onde:
EMM = estoque mínimo mensal ($)
PV = previsão de vendas (unidades/mês)
PC’ = período de cobertura (dias)
CLMA = custo líquido médio de aquisição ($)

 Projeção das necessidades para financiar as vendas

PMVP · (1 + i)
SMMDR = X PMV
30

Σ (prazos de recebimento)
PMV =
n

Onde:
SMMDR = saldo mínimo mensal de duplicatas a receber ($)
PMVP = projeção mensal de vendas a prazo ($/mês)
PMV = prazo médio das vendas (dias)
i = taxa média de inadimplência (%)

Capital de Giro = DMM + EMM + SMMDR

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PATRIMÔNIO

1. PATRIMÔNIO BRUTO: conjunto dos BENS e DIREITOS


em poder de uma pessoa física ou jurídica.

PB = BENS + DIREITOS

O Patrimônio pode ser visto sob dois pontos de vista:


 O dos Bens e Direitos que o compõem (ATIVO);
 O das Fontes de Recursos que permitem a sua formação
(PASSIVO).

2. PATRIMÔNIO LÍQUIDO: corresponde à parte do Patrimônio


Bruto que pertence de fato à pessoa.

PL = PB − Obrigações

O Patrimônio líquido pode apresentar três situações:


• Patrimônio líquido positivo: caso mais comum, em que parte
do Ativo deriva de recursos próprios da empresa.

PB > Obrigações

• Patrimônio Líquido Nulo: caso em que os prejuízos absorvem


todo o capital da empresa, a qual só está trabalhando com
capital de terceiros.
PB = Obrigações
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• Patrimônio Líquido Negativo: caso em que os prejuízos


absorvem todos os recursos próprios da empresa e parte dos
recursos de terceiros (Passivo a Descoberto).
PB < Obrigações

3. ESTRUTURA DAS FONTES (ORIGENS DE RECURSOS):

As fontes de recursos que a empresa dispõe para manter suas


atividades estão divididas em dois grupos: Capital Próprio ou
Capital de Terceiros:
• Capital Próprio: são os recursos trazidos pelos sócios (Capital
Social) ou gerados pelo resultado das operações da empresa
(Lucros e Reservas).
CP = Patrimônio Líquido + Resultados Exercícios Futuros

REF = Receita Diferida (Antecipada) – Custos da RD

REF = Receita Diferida Líquida = Lucros a Apropriar (no


exercício seguinte).

• Capital de Terceiros ou Alheio: são recursos emprestados por


terceiros – dívidas ou obrigações – que serão oportunamente
devolvidos a seus proprietários (exigíveis). Ex.: empréstimo
bancário, crédito de fornecedores, etc.

CT = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

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4. ÍNDICES DE ORIGEM DE CAPITAIS: mostram em que


percentual cada tipo de recurso está financiando o Ativo da
empresa.
• Participação de Capital Próprio: permite conhecer a expressão
relativa do CP dentro do conjunto de valores que compõe o
Ativo.

Capital Próprio
Ativo

• Participação do Capital de Terceiros: indica o percentual de


Capital de Terceiros que participa do financiamento do Ativo.

Capital de Terceiros
PCT = X 100
Ativo

• Garantia aos Capitais de Terceiros: o índice de PCT costuma


ser interpretado em termos de garantia aos emprestadores de
capital. Diz-se, então, que a empresa possui $ 1,00 para
garantir cada $ X de recursos de terceiros.
• Grau de endividamento: Corresponde ao Índice de PCT.
Pode ser entendido, também, em termos de comparação do
CT com o CP, isto é, para cada $ 1,00 de CP, estaria sendo
usado $ Y de capital de terceiros.
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CT PC + ELP
CP PL + REF

• Índice Padrão de Participação de Capitais: devem ser


considerados os seguintes aspectos para fixação de valores
numéricos de participação de capitais:
 Pontos de Vista: para o credor, é interessante que a empresa
trabalhe com a maior proporção possível de CP; o
empresário, por sua vez, preocupa-se em trabalhar o
máximo possível com CT.
 Natureza da Atividade: as indústrias geralmente trabalham
com uma proporção maior de CP para financiar suas
imobilizações em instalações industriais (em torno de 50%);
as empresas comerciais com menor montante de Ativo Fixo
e com Giro do Circulante mais rápido pode, normalmente,
trabalhar com menor proporção de recursos próprios.
 Reflexos: a forma mais prática de se avaliar a dosagem de
utilização de cada tipo de capital é através da verificação
dos reflexos positivos ou negativos sobre a situação
econômico-financeira da empresa.

5. ESTRUTURA DAS APLICAÇÕES DE RECURSOS:

Os recursos obtidos pela empresa destinam-se a financiar:


 O Giro dos Negócios;
 Ativo Fixo (Permanente)

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• Giro dos Negócios: parte do ativo que circula, produzindo o resultado


operacional. São valores destinados a pagamentos: caixa, bancos – ou
a ser transformados em moeda: estoques, débitos de clientes, que
serão reinvestidos em valores da mesma natureza, mantendo o ciclo.

• Ativo Fixo ou Permanente: são aplicações permanentes, que criam as


condições para a movimentação dos valores circulantes (do giro). São
constituídas por:
a) Aplicações em valores necessários à manutenção das atividades
operacionais – bens de uso do imobilizado;
b) Despesas destinadas a criar ou aumentar a capacidade operacional e
beneficiar vários exercícios – despesas amortizáveis do Diferido;
c) Participações em coligadas ou controladas ou em bens destinados à
obtenção de renda (investimentos).

6. ÍNDICES DE APLICAÇÕES DE CAPITAIS: mostram em que


proporção os recursos então distribuídos entre o Giro e o Permanente.
• Grau de imobilização do Ativo: permite conhecer o percentual das
aplicações de natureza permanente (Ativo Fixo).

Ativo Fixo
Ativo

• Índice de Aplicações no Giro: compara as aplicações feitas no Giro


dos Negócios (Circulante + RLP) com o total do Ativo.

Circulante + RLP
Ativo

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• Estrutura do Permanente: indica o grau de participação de cada
subgrupo do Ativo Fixo no total deste.

Imobilizado Investimentos Diferido

GIm = ; GInv = ; GD =
Permanente Permanente Permanente
7. ESTRUTURA DO CAPITAL PRÓPRIO:

• Capital de Giro Próprio: é a parcela do Capital Próprio que é aplicada


no financiamento do Giro dos Negócios.

CGP = Capital Próprio + Capital Terceiros p/ o AF – Ativo Permanente


ou

CGP = Giro – Capital de Terceiros p/ o Giro

• Grau de Imobilização do Capital Próprio: é a porcentagem do Capital


Próprio que financia as aplicações no Ativo Permanente.

Ativo Permanente − Capital Terceiros p/ o AF


GICP =
Capital Próprio

Este índice pode apresentar os seguintes resultados:


 GICP < 1: indica que parte do CP está financiando o Ativo Fixo, e o
complemento está aplicado no Giro dos Negócios (Situação Normal);
 GICP = 1: o CP está todo investido no AF, não havendo CGP;
 GICP > 1: o CP é insuficiente para financiar sequer o AF, o qual está
sendo complementado com CT, que seria usualmente aplicado no Giro

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ÍDICES DE ROTATIVIDADE (PRODUTIVIDADE)

• Rotação do Investimento: mede a produtividade ou eficiência do total


dos recursos investidos, permitindo avaliar se o movimento mercantil
ou industrial da empresa é compatível com o volume de suas aplicações
no Ativo.
Receita Líquida
RI =
Ativo (Médio)

Receita Líquida = valor efetivamente vendido pela empresa no período,


podendo ser chamada Vendas Líquidas ou Faturamento Líquido.
Ativo Médio = média aritmética dos Ativos de dois exercícios seguidos
• Índice Padrão: deve ser sempre, p/ toda empresa, >>1, caso contrário o
capital aplicado não está sendo produtivo e que talvez seja melhor
investi-lo em outra atividade. Contudo, essa decisão dependerá dos
índices de rentabilidade desse capital.
• Rotação do Permanente: mede a eficiência dos valores investidos no
Ativo Permanente.

Receita Líquida
Permanente (Médio)

• Rotação do Imobilizado: tem por objetivo medir a capacidade de


geração de receitas dos valores diretamente vinculados às atividades
industriais ou comerciais da empresa.

Receita Líquida
Imobilizado (Médio)

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• Giro dos Estoques: mostra o número de vezes que as mercadorias


entraram e saíram do estoque ao longo do exercício.

Custo da Receita Líquida


Estoque Médio
O Giro dos Estoques também pode ser expresso em dias:

360 X Estoque Médio


Custo da Receita Líquida

Σ (saldos mensais)
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• Índice de Recebimento das Vendas: indica o número de vezes, em
média, que a empresa vendeu a prazo para cada um de seus clientes.

Receita Ajustada
Duplicatas a Receber (Média)

Receita Ajustada = Receita Líquida + Impostos

O Recebimento das Vendas pode ser expresso em número de dias


(Prazo de Recebimento das Vendas):

360 X Duplicatas a Receber (Média)


PRV =
Receita Ajustada
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• Retorno do Ativo Circulante

Circulante (Giro dos Negócios) = Disponibilidades (Caixa e Bancos) +


Estoques + Créditos Junto a Clientes.

As Disponibilidades não têm Prazo de Retorno. Assim, o Prazo de Giro


dos Negócios ou Retorno do Ativo Circulante é dado pela expressão:

RAC = GEd + PRV


Ex: Prazo de Retorno dos Estoques: GEd = 75 dias
Prazo de Recebimento das Vendas: PRV = 35 dias

RAC = 75 dias + 35 dias = 110 dias

Compra Vende Recebe


GEd = 75 dias PRV = 35 dias

RAC = 110 dias

• Prazo de Pagamento das Compras

Compras = Custo das Vendas + Variação dos Estoques


ou

Compras = CMV + Estoque Final – Estoque Inicial

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• Índice de Pagamento das Compras: indica o número de vezes, em


média, que a empresa comprou a prazo de seus fornecedores.

Compras
Duplicatas a Pagar (Média)

O Pagamento das Compras também pode ser expresso em número de


dias (Prazo de Pagamento das Compras):

360 X Duplicatas a Pagar (Média)


Compras

• Financiamento Complementar: é a complementação do financiamento


do Giro da empresa, devido a diferença entre o Prazo de Retorno do
Ativo Circulante (RCA) e o Prazo de Pagamento das Compras (PPC).

Compra Vende Recebe


GEd = 75 dias PRV = 35 dias

RAC = 110 dias

PPC = 54 dias Finsc. Complementar

O Financiamento Complementar destina-se a cobrir uma defasagem de


56 dias (110 dias – 54 dias) no prazo total do Giro. Isto pode ser feito
com Capital Próprio, com Capital de Terceiros ou com a combinação de
ambos.
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ÍDICES DE RENTABILIDADE

1. Rentabilidade e Remuneração:
Os Índices de Rentabilidade medem a capacidade de todo o
capital investido nos negócios, próprio e de terceiros, de
produzir lucro. Já os Índices de Remuneração, medem o ganho
ou remuneração obtida pelo capital próprio.
Assim, a rentabilidade do capital próprio, mede o percentual de
lucro produzido pelo capital próprio, enquanto a remuneração
do capital próprio, mede o percentual de lucro recebido pelos
capitais investidos pelos proprietários.

Lucro produzido ≠ Lucro obtido

Rentabilidade ≠ Remuneração

2. Conceitos de Lucro:
• Lucro Bruto (LB): diferença entre o total da Receita Líquida e
o respectivo Custo. Ele é a Receita Operacional básica de toda
empresa dedicada à vendas de mercadorias e/ou à prestação de
serviços.

Receita Líquida
(−) Custo da Receita Líquida
(=) Lucro Bruto

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• Lucro Operacional (LO): é o lucro bruto deduzido das despesas


operacionais, como alugueis, salários e juros, acrescido de
outras receitas operacionais, como receita financeira, rendas de
participações, alugueis recebidos, etc.

Lucro Bruto
(−) Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Lucro Operacional

É o resultado gerado pelas receitas e despesas decorrentes das


atividades principais e paralelas da empresa. Mede o resultado
obtido pela movimentação dos valores aplicados no Ativo, e
por esta razão é utilizado como base de cálculo dos índices de
rentabilidade.

• Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR): é o lucro


efetivamente gerado no exercício, pois as deduções seguintes
não são despesas incorridas, mas participações de terceiros no
resultado. Serve de ponto de partida para a apuração do lucro
real (lucro tributável) no livro de apuração prescrito pelo IR.

Lucro Operacional
(−) Despesas Não Operacionais
(+) Receitas Não Operacionais
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda

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• Lucro Líquido (LL): é o lucro operacional, acrescido das receitas


não operacionais e deduzido das despesas não operacionais e das
participações de terceiros no resultado.
Exemplos de:
- Receitas não operacionais: alienação de valores do Ativo
Permanente, doações recebidas, ágios na emissão de ações;
- Despesas não operacionais: perdas na alienação de valores do
Ativo Permanente, perdas de capital no diferido, obsolescência;
- Participação de terceiros no resultado: Imposto de Renda,
participações de empregados e diretores.

Lucro Operacional
(+) Receitas Não Operacionais
(−) Despesas Não Operacionais
(−) Participações de Terceiros
(=) Lucro Líquido
É a parcela positiva do resultado que pertence aos proprietários,
que lhe darão o destino desejado: Lucros Distribuídos, Lucros
Acumulados, Reservas Legais, etc., sendo por isso usado como
base de cálculo dos índices de remuneração.

• Lucro Antes dos Juros e do Imposto de Renda (LAJIR): se for


considerado que as despesas financeiras não são propriamente
despesas operacionais, mas remuneração de capital de terceiros,
corresponde ao LO sem a dedução desta despesas.

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O LAJIR é muito usado em análises financeiras, quando se tem de


decidir alternativamente pelo uso do CP (remunerado pelos
dividendos) ou pelo uso de CT (remunerado pelos Juros).

Lucro Bruto
(−) Despesas Operacionais (sem juros)
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Lucro Antes dos Juros e do IR (LAJIR)
(−) Despesas Financeiras
(+) Receitas Não Operacionais
(−) Despesas Não Operacionais
(−) Participações de Terceiros
(=) Lucro Líquido

3. Principais Índices de Rentabilidade

• Margem de Lucro: indica o percentual de lucro contido em cada


unidade monetária de mercadoria vendida ou serviço prestado. É a
razão entre o Lucro Operacional e a Receita Líquida do exercício.

Lucro Operacional
Receita Líquida
O Custo Total é dado pela diferença: 100% – ML(%)

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• Rentabilidade do Investimento Total: revela a capacidade de


produzir lucro do total de capitais aplicados pela empresa.

Lucro Operacional
Ativo Médio

Este índice é também chamado Retorno Sobre o Investimento


(ROI), pois informa o número de anos que decorrerão até que os
lucros gerados cubram o total do capital investido.

100%
RIT
• Margem de Lucro versus Rotatividade do investimento: são os
fatores que determinam a Rentabilidade do Investimento Total

ML x RI = RIT

A Rentabilidade ou Retorno do Investimento depende


basicamente desses dois fatores: Margem de Lucro e Rotatividade
do Investimento.
Assim:
 Baixa margem de lucro deve ser compensada pela elevada
rotatividade do investimento;
 Baixa rotatividade do investimento deve ser compensada pela
elevada margem de lucro.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

• Rentabilidade do Capital Próprio:

Lucro Produzido pelo Capital Próprio = [(Lucro Operacional


+ Despesas Financeiras) x Participação do Capital Próprio no
Investimento]

LPCP
Capital Próprio Médio

• Rentabilidade do Capital de Terceiros: este índice revela se o


Capital de Terceiros está produzindo lucro ou se está com
elevado custo financeiro, absorvendo total ou parcialmente o
lucro produzido pelo Capital Próprio.

Lucro Produzido pelo Capital de Terceiros = [(Lucro


Operacional + Despesas Financeiras) x Participação do
Capital de Terceiros no Investimento] – Despesas
Financeiras

LPCT
Médio Capital Terceiros

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ÍNDICES DE REMUNERAÇÃO

 Estes índices medem o lucro recebido pelo Capital Próprio e


têm como base de cálculo o Lucro Líquido, apurado na DRE.

• Remuneração do Capital Próprio (RCP ou ROE): indica quanto


o acionista receberá de lucro para cada unidade monetária
investida na empresa.

Lucro Líquido
Capital Próprio Médio

• Remuneração do Capital Realizado: indica quanto o acionista


receberá de lucro para cada unidade monetária do Capital
Social Realizado.

Lucro Líquido
Capital Realizado Médio

• Lucro por Ação: aplicado somente às S/A, é a relação entre o


Lucro Líquido e o número de ações emitidas pela empresa.

Lucro Líquido
Número de Ações

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• Índice Preço/Lucro (P/L): é o quociente entre a Cotação da


Ação e o Lucro Líquido por Ação. É publicado diariamente
pela Bolsa de Valores e complementa LPA.

Cotação da Ação
Lucro Líquido p/ Ação

ÍNDICES DE LIQUIDEZ

1. Liquidez Corrente: permite saber a capacidade de pagamento a


curto prazo, isto é, quanto a empresa tem de disponíveis e
realizáveis dentro de um ano, para garantir o pagamento de
suas dívidas vencíveis neste mesmo período.
Ativo Circulante
Passivo Circulante

• Índice Padrão:
LC ≥ 1,5 → Boa (folgada)
1,3 ≤ LC ≤ 1,4 → Normal
LC = 1,20 → Pouca folga
1,0 ≤ LC ≤ 1,1 → Apertada
LC ≤ 0,99 → Deficitária

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2. Liquidez Seca: usado quando não se dispõe de elementos para


calcular a rotação dos estoques, bem como nos casos em que os
estoques passam a constituir valores de difícil conversão em
moeda: em épocas de retração das vendas; rotação lenta dos
estoques; vendas de produtos sazonais, etc. Em situações
contrárias a estas, torna-se dispensável.

Ativo Circulante − Estoques


Passivo Circulante

• Índice Padrão:
0,7 ≤ LS ≤ 1,0 → Normal
1,0 ≤ LS ≤ 1,2 → Bom
LS ≥ 1,20 → Excepcional

3. Liquidez Imediata: indica quanto a empresa possui de recursos


imediatamente disponíveis para liquidar compromissos de curto
prazo. Embora as disponibilidades sejam constituídas
basicamente pela soma dos valores das contas Caixa e Banco,
os Títulos da dívida pública podem estar inseridos devido a sua
grande liquidez.

Disponibilidades
Passivo Circulante

34
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

• Proporção dos Estoques dentro do Ativo Circulante: pode ser


dada pela relação entre o Índice de Liquidez Seca e o Índice de
Liquidez Corrente.

Liquidez Seca
Liquidez Corrente

4. Liquidez Geral: considera o Ativo Realizável a Longo Prazo e


o Passivo Exigível a Longo Prazo na expressão da LC.

Ativo Circulante + RLP


Liquidez Geral =
Passivo Circulante + ELP

COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO

• Índice de Composição do Endividamento: indica quanto da


dívida total da empresa ou do total do Capital de Terceiros
vence no curto prazo.

Passivo Circulante
CE =
Passivo Circulante + ELP

35
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

ALAVANCAGENS OPERACIONAL E FINANCEIRA

 Custos Fixos: são os que não mudam com as variações


ocorridas no volume de produção/vendas (q).

Custo Fixo

CF = cte.

Vol. Prod./Vendas

 Custos Variáveis: são os que variam proporcionalmente às


variações ocorridas no volume de produção/vendas (q).

Custo Variável

CV

Vol. Prod./Vendas

36
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

 Custo Total: é a soma do custo fixo total (CF) com o custo


variável total (CV). Graficamente, o CT parte da ordenada
correspondente ao CF e possui a mesma inclinação do CV.

Custos CT

CV

CF

Vol. Prod./Vendas

 Receita Líquida: é a Receita Bruta menos impostos (ICMS,


IPI), devoluções e abatimentos de vendas, ou seja, é a Receita
Bruta livre dos impostos recuperáveis e outras deduções. A RL
varia proporcionalmente ao volume de produção/vendas (q).

Receita Líquida
RL

Vol. Prod./Vendas

37
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

Logo:

CF = constante = k
CV = cv · q , onde cv = custo variável unitário
CT = CF + CV => CT = CF + cv · q
RL = pv · q , onde pv = preço de venda (da unidade)

1. Alavancagem Operacional (AO): é o número de vezes que o


aumento percentual do lucro operacional é maior que o aumento
percentual das vendas que geram este lucro.

∆ LO (%)
AO = ( nº de vezes)
∆ RL (%)

Onde:
LO2 – LO1
∆ LO (%) =
LO1

RL2 – RL1
∆ RL (%) =
RL1

Nota: o novo Lucro Operacional (LO2) é obtido a partir da


elaboração de uma segunda DRE, calculada para uma ∆ RL(%)
arbitrariamente fixada.

38
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

2. Alavancagem Financeira (AF): fenômeno que ocorre quando o


Capital de Terceiros produz efeitos sobre o Patrimônio Líquido.
Tal efeito pode ser negativo, neutro ou positivo.
A alavancagem financeira acontece devido à dedução das
defesas de juros da base de cálculo do Imposto de Renda (IR),
o que se traduz como economia deste imposto sobre os juros
pagos sobre o capital de terceiros.
A alavancagem financeira é calculada por meio do Grau de
Alavancagem Financeira (GAF), que é expresso pela seguinte
fórmula:

RCP
RAT

Sendo:

LL LDIRAJ
CP AT

O GAF também pode ser calculado pela seguinte expressão:

ROA + (ROA – Ki ) x CT/ CP


ROA

39
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

Onde:
RCP (ROE) = Remuneração do CP (Return on Equity)
RAT (ROA) = Rentab. do AT após o IR (Return on Assets)
LL = Lucro Líquido
LDIRAJ = Lucro Depois do IR e Antes dos Juros
Ki = Custo da dívida = Encargos financeiros / CT
CP = Capital Próprio
CT = Capital de Terceiros
Quando:
 GAF > 1 => Alavancagem Financeira favorável (o CT está
valorizando o PL)

 GAF = 1 => Alavancagem Financeira neutra (o CT não está


exercendo efeito sobre o PL)

 GAF < 1 => Alavancagem Financeira desfavorável (o CT está


depreciando o valor econômico do PL)
Exemplo: Dada a DRE abaixo, analise-a sob dois aspectos: a) AT =
$ 500.000, financiado integralmente p/ CP; b) 60% do AT
financiado pelo CT e 40% pelo CP. IR = 25%; J = $ 105.000.

DRE
Vendas ................................................................. $ 1.000.000
(–) Custos dos produtos vendidos ........................ $ 300.000
(=) Lucro bruto .................................................... $ 700.000
(–) Despesas administrativas e de vendas ............ $ 500.000
(=) Lucro antes do IR e dos juros .........................$ 200.000
40
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

É importante notar que a alavancagem financeira elevada nem


sempre é vantajosa. Embora ela possa ser benéfica num período
de expansão comercial, numa fase cíclica de retração ela pode
ser danosa, pois aumenta o risco de insolvência das dívidas.
• Ponto de Equilíbrio (PE): é o nível de vendas (em quantidade
ou receita) no qual a empresa não tem lucro nem prejuízo, isto
é, a Receita Líquida é igual ao Custo Total (RL0 = CT0).

Custo, RL
RL
CT
RL0= CT0 PE

CF

q0 q

O Ponto de Equilíbrio (contábil) pode ser calculado por meio


de uma das seguintes expressões:
 PE em quantidade ou unidades (PE(q) = q0)

Custo Fixo
PVu – cvu

Onde: PVu – cvu = Margem de Contribuição Unitária; PVu =


preço de venda; cvu = custo variável unitário, isto é, custo
41
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

variável para produzir uma unidade do produto.

 PE em receita líquida ou unidade monetária (PE($) = RL0):

Custo Fixo
1 – cv1

Onde: 1 – cv1 = Margem de Contribuição de uma unidade


monetária de venda; cv1 = custo variável correspondente a uma
unidade monetária de venda.

A Margem de Contribuição pode ser interpretada como o valor


que sobra da receita líquida para cobrir os CF e gerar lucro.

NOTA: a empresa estará obtendo lucro se estiver vendendo


acima do PE e tendo prejuízo se vender abaixo deste ponto.
Portanto, o PE reflete o volume de vendas que indica o limite
entre o lucro e o prejuízo.

O PE em receita ($) pode ser calculado de forma ligeiramente


diferente, usando a margem operacional bruta (MOB), o qual
será chamado de Ponto de Equilíbrio Comercial (PEC):

PEC = DFT
MOB

42
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

MOB = ROB – DVT – CMV

Onde:
DFT = despesas (e custos) fixas totais do período ($)
MOB = margem operacional bruta (calculada em valor relativo)
ROB = receita operacional bruta ou montante das vendas e vale
100% ou 1
DVT = despesas variáveis totais (% da ROB)
CMV = custo das mercadorias vendidas (% da ROB)

• Ponto de Venda Desejado (PVD): indica o total de vendas


suficiente para cobrir as Despesas (e Custos) Totais, o CMV e
gerar um lucro líquido projetado ou desejado (LLD). É obtido
através da seguinte expressão:

DFT
MOB – LLD
O LLD é definido no planejamento orçamentário da empresa e
entra no cálculo em valor relativo, isto é, como % da ROB. Ele
reflete a lucratividade perseguida pelo Administrador.

43
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A característica principal da atividade comercial é a compra e a


venda de mercadorias, fazendo uma ponte entre o fabricante e o
consumidor (final ou intermediário). Tal atividade gera
diversos gastos que somados ao lucro constituem valores
agregados para a formação do preço final.

A formação do preço de venda é uma questão primordial para a


empresa, em razão de dois aspectos essenciais:
 Se ela praticar um preço muito alto inibirá a venda, devido ao
preço mais baixo do concorrente;
 Se praticar um preço muito baixo não conseguirá cobrir os
custos e despesas totais, tendo prejuízo.

Há várias abordagens de fixação de preço:


 Formação de preço com base no custo
 Formação de preço com base no mercado
 Formação do preço de venda de mercadoria importada

É importante notar que o lucro embutido no preço de venda do


produto, denominado lucro aparente, não reflete o lucro real ou
o verdadeiro lucro, pois este deve levar em consideração a
variação do valor do dinheiro no tempo. Isto será abordado
mais adiante após o estudo de cada um dos métodos
mencionados acima.
44
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

1. Formação do preço com base no custo: a determinação do preço


de venda tem como ponto de partida a seguinte equação geral:

PVU = Custos e Despesas Totais + Lucro + Impostos

• Formação de preço com base na margem de contribuição

Para melhor compreensão da inclusão dos impostos, o Preço de


Venda Unitário pode ser calculado em duas etapas:
I. Cálculo da Receita Líquida Unitária (RLU)

RLU = CDVU + CDFU + LU

II. Cálculo do Preço de Venda Unitário (PVU)

PVU = RLU / (1 – % ICMS) x [1+ (% IPI + % PIS)]

Onde:
CDVU = custos e despesas variáveis unitários
CDFU = custos e despesas fixos unitários
LU = lucro unitário

45
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

% ICMS = alíquota de ICMS


% IPI = alíquota de IPI
% PIS = alíquota de PIS/Cofins

Exemplo: uma empresa pretende definir o preço de venda do seu


novo produto. Para tanto, dispõe dos seguintes parâmetros:
a) Venda estimada no período de um ano = 10.000 unidades
b) Custos e despesas variáveis unitários = $ 5,20 (custos = $ 4,30;
despesas = $ 0,90)
c) Custos e despesas fixos para o volume de produção = $ 36.000
d) Lucro desejado = 15% sobre o preço de venda líquido de
impostos, ou seja, 15% da RLU
e) Alíquotas de impostos: 18% de ICMS; 20% de IPI; e 2,65% de
PIS/Cofins
Apresente um quadro da estrutura do preço unitário e do total
das vendas e mostre o % em que cada elemento participa da
composição do preço de venda, considerando a RL = 100%.

• Formação de preço pelo método do mark-up

O mark-up ou índice de marcação é um índice multiplicador que


se aplica sobre o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
líquido para determinar o preço de venda. O mark-up não deve
ser fixado de maneira empírica ou aleatória, mas calculado da
forma técnica adequada.

46
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

Assim, o preço de venda pode ser calculado do seguinte modo:

PVU = CMV x índice de marcação (mark-up)

Passos para a determinação do mark-up (multiplicador):


a) Estabeleça o montante de vendas desejado para o qual será
calculado o mark-up
b) Calcule a relação percentual das Despesas Fixas Totais sobre as
vendas previstas
c) Defina o índice de Lucro Líquido Desejado (%)
d) Considerando a Receita Operacional Bruta (ROB) igual a
100%, subtraia dela as porcentagens das Despesas Variáveis
Totais (DVT), das Despesas Fixas Totais (DFT) e do Lucro
Líquido Desejado (LLD), encontrando o mark-up divisor
e) Divida 100% pelo mark-up divisor, calculado no passo anterior,
encontrado o mark-up multiplicador
Esquema de Cálculo
ROB .................................. 100%
(−) DVT ............................. xx %
(−) DFT .............................. xx %
(−) LLD .............................. xx %
(=) Mark-up divisor ............ xx %

Mark-up multiplicador = 100% / mark-up divisor


47
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

2. Formação de preço com base no mercado: sendo a qualidade


um fator precípuo, tornando-se cada vez mais nivelada no
mercado global, a competitividade passa a ser determinada
pelo preço. O enfoque moderno utiliza a equação do preço de
venda na seguinte ordem:

Lucro = preço de venda – custos – despesas

Como o preço é definido pelo mercado, as empresas precisam


reduzir os custos e as despesas para melhorar sua margem de
lucro, sem sacrificar a qualidade para não perder participação
no mercado.
Os principais métodos de formação de preço com base no
mercado, são:
• Método do preço corrente: adotado em casos de produtos
vendidos a preços muito próximos por todos os concorrentes.
Neste caso, a empresa, isoladamente, não tem poderes para
alterar o preço praticado pelo mercado.
• Método de imitação de preços: utilizado quando a empresa não
possui grande conhecimento do mercado. Neste caso, escolhe-
se um produto com características semelhantes e determina-se
o preço com base nele.
• Método de preços agressivos: empregado por empresas que
desejam aumentar sua participação no mercado, levando à

48
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

prática de preços mais baixos que os dos concorrentes. Caso a


empresa adote a política de redução drástica de preços com a
intenção de prejudicar seus concorrentes, a prática então recebe
o nome de dumping.
• Método de preços promocionais: frequentemente adotado por
supermercados e lojas de departamentos, este método consiste
em reduzir os preços de alguns produtos para atrair os clientes
às lojas, que acabam comprando outros produtos com preços
normais.
• Método do preço com base nas características do mercado: sua
aplicação exige da empresa profundo conhecimento dos vários
segmentos de mercado, o que lhe proporciona grande agilidade
no ajustamento de produtos e preços destinados a esses diversos
segmentos.

3. Formação do preço de venda de mercadoria importada: a


determinação do preço de venda exige a consideração de duas
possibilidades:
 Mercadoria importada em moeda estrangeira e vendida na
mesma moeda: caso em que o preço de venda pode ser definido
por um dos métodos tradicionais já estudados.
 Mercadoria importada em moeda estrangeira e vendida em
moeda nacional (Real $): este caso será estudado por meio do
exemplo numérico a seguir:
Uma empresa comercial vai apresentar uma proposta de venda,

49
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

em Real, de mercadoria importada, cujo valor será recebido


150 dias após a data de entrega da proposta (D + 150). A
empresa deseja obter margem bruta de 10%, descontados os
eventuais custos financeiros decorrentes de recolhimento
antecipado de impostos recuperáveis.
Admita-se as seguintes informações adicionais:
 Impostos incidentes sobre a operação de importação: Imposto
de Importação (II) e ICMS (apenas dois para simplificar)
 Tributos incidentes sobre a venda: alíquota de 21,65%
 Cronograma de eventos: ver planilha na página seguinte
 Premissas e condições do mercado na data base (D + 0):
• Valor FOB da mercadoria: US$1.000,00 (FOB = free on board,
que significa mercadoria a bordo sem seguro e frete)
• Taxa de câmbio estimada em D + 40: US$ 1,00 = R$ 1,62
• Taxa de câmbio estimada em D + 45: US$ 1,00 = R$ 1,65
• Custo financeiro (juros): 25% a.a.
Com base nas informações fornecidas, calcule:
• o custo da mercadoria
• o custo da mercadoria ajustado
• o preço de venda líquido (PVL)
• o preço de venda bruto (PVB)
• o lucro bruto ajustado
50
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

CRONOGRAMA DE EVENTOS
Evento Data Evento
financeiro
• Entrega da proposta de venda D+0

• Recolhimento de II (10% sobre FOB) D + 40 X


• Recolhimento de ICMS (18% s/ FOB + II) D + 40 X
• Pagto. de desp. alfandegárias (6% s/ FOB) D + 40 X
• Pagamento da mercadoria importada D + 45 X
• Desembaraço da mercadoria D + 50
• Término da insp. e embal. da mercadoria D + 100
• Faturamento e entrega da mercadoria D + 120
• Recolhimento de tributos sobre a venda D + 150 X
• Recup. do ICMS recolhido na importação D + 150 X
• Recebimento da venda D + 150 X

51
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

O valor do dinheiro muda com o tempo. Isto significa dizer que


o dinheiro em caixa hoje vale mais do que no futuro. Ora, com
o dinheiro em mãos agora, e não depois, o investidor consegue
aumentar o seu valor, sendo esta uma das principais metas do
administrador financeiro.

Além dessa razão básica de mudança do valor do dinheiro no


tempo, há três fatores que diminuem progressivamente o seu
valor ao longo do tempo:

• Inflação: refere-se ao aumento geral dos preços na economia.

• Risco: está associado à incerteza acerca do futuro e quanto mais


distante estiver este futuro, maior o risco incorrido. Portanto, as
pessoas só se dispõem a entregar seu dinheiro pela promessa de
recebê-lo no futuro, se forem adequadamente recompensadas
pelo risco que irão assumir. Riscos maiores requerem retornos
maiores; riscos menores implicam retornos menores.

• Liquidez: refere-se ao grau de facilidade com que os ativos são


convertidos em caixa. A preferência pela liquidez justifica-se
em função de eventuais emergências surgidas, compromissos
relativos às operações normais da empresa e de oportunidades
de investimentos. Assim, quanto mais líquido o ativo maior a
preferência por ele, o que lhe confere maior valor. Ocorrendo o
contrário, quanto menos líquido ele for.

52
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

VALOR FUTURO

Um investimento deve proporcionar um aumento de valor ao


longo do tempo, desde que uma taxa de retorno seja conhecida
e aplicada. O valor futuro pode ser calculado pela seguinte
expressão:
VF
VF = VP · (1 + i)n
1 2 3 n

Onde: PV
FV = valor futuro
VP = depósito inicial, principal ou valor presente
i = taxa de juro anual
n = número de anos

ANUIDADE

Anuidade é uma série de pagamentos ou recebimentos iguais,


realizados a intervalos de tempo também iguais.

R R R R R R

0 1 2 3 4 5···· n
Exemplos de anuidades: recebimento de aluguel, mensalidade
escolar, financiamento de um carro etc.
53
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

• Valor futuro de uma anuidade

(1 + i)n − 1
i

Ou por tabela: VFa = R · FVFAin

Onde:
VFa = valor futuro de uma anuidade
R ou P = Recebimento ou Pagamento
FVFAin = fator de valor futuro de anuidade (tabelado)
i = taxa de juro anual
n = número de anos

VALOR PRESENTE

VF
(1 + i)n

• Valor presente de uma anuidade

1 1
i i (1 + i)n

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

Ou por tabela: VPa = R · FVPAin

Onde:
VPa = valor presente de uma anuidade
R ou P = Recebimento ou Pagamento
FVPAin = fator de valor presente de anuidade (tabelado)
i = taxa de desconto
n = número de anos

• Valor presente de fluxos de caixa variáveis

Ver diretamente através de um exemplo numérico.

PERPETUIDADE

Perpetuidade é uma anuidade com um número “infinito” de


parcelas, ou seja, é uma dada quantia que será paga ou
recebida, a intervalos de tempo regulares, permanentemente.
Exemplos de perpetuidades: recebimento de aposentadoria,
pagamento de condomínio (valor constante) etc.

• Valor presente de uma perpetuidade

P
i

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

CAPITALIZAÇÃO POR PERÍODO MENOR QUE UM ANO

VF = P · (1 + i/m)mn

Onde:
FV = valor futuro
P = depósito inicial
i = taxa anual de juros
n = número de períodos (anos)
m = número de vezes em que o juro é composto durante o ano.

ORÇAMENTO DE CAPITAL

Importante ferramenta gerencial constituída por um conjunto de


procedimentos para avaliar, comparar e selecionar projetos, que
permite ao administrador financeiro decidir se um investimento
é ou não válido, bem como escolher de forma inteligente entre
duas ou mais alternativas válidas.

Na análise de investimento (despesa de capital) dois elementos


são indispensáveis:
• Custo inicial ou custo do investimento inicial: é o custo real
para iniciar um investimento, o qual será comparado com os
benefícios futuros para julgar a viabilidade do projeto.
56
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

O custo inicial engloba:


 preço de aquisição de novos itens (máquinas, equipamentos,
serviços e outros);
 gastos adicionais com embalagem, frete, inspeção, distribuição,
instalações, treinamento e outras despesas pré-operacionais;
 receita de alienação do maquinário e equipamentos existentes,
caso estes venham a ser substituídos;
 gastos gerais com impostos recolhidos (imposto de importação,
taxas alfandegárias, PIS e Cofins sobre a venda de imobilizados
e tantos outros), relativos ao projeto.

• Fluxo de caixa incremental: é a estimativa do fluxo de caixa


adicional que a empresa deverá auferir, acima do fluxo de caixa
atual, para decidir sobre a aceitação ou rejeição do projeto. Sua
previsão, portanto, é necessária, pois irá mostrar se o custo do
investimento inicial será coberto pelos rendimentos futuros
proporcionados pelo projeto.

O fluxo de caixa incremental é determinado do seguinte modo:

a) Cálculo do lucro líquido adicional (LLA):

LLA = LLECNP − LLESNP

Onde:
LLECNP = lucro líquido estimado, com o novo projeto
57
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

LLESNP = lucro líquido estimado, sem o novo projeto

b) Cálculo da economia de IR decorrente da depreciação:

EIRDA = IIR · DA

Onde:
EIRDA = economia de IR pela depreciação adicional
IIR = alíquota de Imposto de Renda (IR)
DA = depreciação adicional

c) Cálculo do fluxo de caixa incremental (FCI):

FCI = LLA + EIRDA

MÉTODOS DE ORÇMENTO DE CAPITAL (SEM RISCO)

Conforme mencionado anteriormente, o orçamento de capital diz


respeito aos métodos para avaliar, comparar e selecionar
projetos que obtenham o máximo retorno ou a máxima riqueza
para os acionistas.

O máximo retorno é mensurado pelo lucro e a máxima riqueza


reflete-se no preço das ações da companhia.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

Os principais métodos de orçamento de capital, são:


 Taxa Média de Retorno (TMR)
 Período de Recuperação do Investimento (Payback)
 Valor Presente Líquido (VPL ou NPV)
 Índice de Lucratividade (IL)
 Taxa Média de Retorno (TMR ou IRR)

• Taxa média de retorno: técnica contábil mais antiga e simples


para determinar a lucratividade de um projeto. Consiste em
comparar os lucros contábeis líquidos com os custos iniciais de
um projeto.

Média dos lucros líquidos anuais futuros


Metade do investimento inicial

Desvantagens da TPM:
 não considera o valor do dinheiro no tempo;
 usa o lucro líquido contábil e não o fluxo de caixa, ignorando a
depreciação como fonte de entrada de recursos;
 o VP do valor residual do equipamento não é computado na
TMR, o que poderia reduzir o I ou elevar os retornos futuros;
 desconsidera a seqüência cronológica dos LL.
59
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

• Período de Recuperação do Investimento ou Payback: é o


número de anos necessário para recuperar o investimento
inicial. Se o período de payback encontrado representa um
período de tempo aceitável para a empresa, o projeto é então
selecionado.

Vantagens do payback:
 o método é fácil de entender e fácil de usar;
 não exige cálculos complexos;
 fornece uma medida rápida do risco inerente a um projeto.

Desvantagens do payback:
 ignora o valor do dinheiro no tempo;
 desconsidera a ordem cronológica das entradas de caixa;
 não considera as entradas de caixa produzidas após o período
de recuperação do investimento.

 Valor Presente Líquido: é a diferença entre o valor presente dos


fluxos de caixa futuros (VP) e o investimento inicial (I).

VPL = VP − I

Se VP < I => VPL < 0 => projeto é rejeitado


Se VP > I => VPL > 0 => projeto é aceitável
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

Vantagens do VPL:
 usa os fluxos de caixa (LL + Depreciação) em lugar dos lucros
líquidos (LL) apenas;
 reconhece o valor do dinheiro no tempo;
 aceitando somente projetos com VPL > 0, a companhia estará
aumentando o valor de suas ações ou a riqueza dos acionistas,
por denotar boa capacidade de decisão. Por esta razão, o VPL é
considerado a técnica mais moderna de orçamento de capital.

Desvantagens do VPL:
 o método admite que o analista financeiro seja capaz de fazer
previsões detalhadas dos fluxos de caixa futuros, o que não é
verdade uma vez que os retornos são influenciados por diversos
fatores econômicos mutáveis ao longo do tempo;
 o método supõe que a taxa de desconto seja igual para todos os
períodos (anos) de recuperação do investimento.

 Índice de lucratividade: é a razão entre o valor presente dos


fluxos de caixa futuros (VP) e o investimento inicial (I).

VP
I

Se VP < I => IL < 1 => projeto é rejeitado


Se VP > I => IL > 1 => projeto é aceitável
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA I

Vantagens e desvantagens do IL: são as mesmas do VPL.

• Taxa interna de retorno: é uma medida de taxa de rentabilidade,


definida como a taxa de desconto que iguala o valor presente
dos fluxos de caixa futuros (VP) ao investimento (I), ou seja, é
a taxa de desconto que torna o VPL igual a zero.

TIR = taxa de desconto → VP = I => VPL = 0

Taxa de corte (ic): também denominada taxa meta, taxa mínima


de retorno ou taxa requerida de retorno, é a taxa abaixo da qual
os projetos são rejeitados. As empresas determinam suas taxas
de corte pelo custo do financiamento e pelo risco do projeto.
Se TIR < ic => projeto é rejeitado
Se TIR > ic => projeto é aceitável

Vantagens da TIR:
 utiliza os fluxos de caixa em vez dos lucros líquidos;
 reconhece o valor do dinheiro no tempo.

Desvantagens da TIR:
 o método, muitas vezes, fornece taxas de retorno não-realistas;
 o método pode fornecer diferentes taxas de retorno.

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