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Floresta - Incêndios em Portugal

Causas e Soluções

CONVERSÃO de ENERGIA

Diogo Silva
José Alberto Silva

Guimarães, 6 de Dezembro de 2017

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TÓPICOS a ABORDAR

1. A Floresta (Portuguesa)
- Organização Territorial
- Mancha Florestal
- Industria Exploradora

2. Incêndio
- Definição e Características
- Influência do Combustível
- Meios de Combate
- Estatísticas Associadas (Área Ardida)

3. Causas

4. Conclusões - propostas de Soluções e


Desafios
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1. FLORESTA
Segundo o ICNF Terreno, com área maior ou igual a 0,5
hectares e largura maior ou igual a 20
metros, onde se verifica a presença de
árvores florestais que tenham atingido, ou
com capacidade para atingir, uma altura
superior a 5 metros e grau de coberto
maior ou igual a 10%.
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1. FLORESTA – Organização Territorial

 84,2 % propriedade
privada
 15,8 % propriedade
pública
 2 % apenas pertencentes
ao estado (menor
percentagem da europa)

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1. FLORESTA – Organização Territorial

 A área florestal ocupa cerca de 35,4 %

 É o uso mais dominante do solo de Portugal


Continental

 Ocupa cerca de 3,2 milhões de hectares

 Seguida de perto pelas zonas de matos e


pastagens

Distribuição dos usos do solo em Portugal continental para 2010

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1. FLORESTA – Organização Territorial

Evolução dos usos do solo em Portugal continental Evolução das áreas de floresta, decomposta por tipos de ocupação

 A área florestal sofreu uma redução de cerca de 150 000 hectares


 Dentro destes valores de área florestal estão contabilizados os dados de floresta ardida e em regeneração
 Entre 1990 e 2012 arderam cerca de 2.5 milhões de hectares
 A diminuição da área de floresta se deve fundamentalmente à minoração das superfícies provisoriamente desarborizadas
(superfícies ardidas, cortadas e em regeneração). 6
1. FLORESTA – Mancha Florestal Portuguesa

Distribuição das áreas totais por espécies

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1. FLORESTA – Mancha Florestal Portuguesa

Evolução das áreas totais por espécie

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1. FLORESTA – Indústria Exploradora

 Madeira  Papel e pasta de papel  Cortiça


Pinheiro Eucalipto e pinheiro Sobreiro
 113 mil empregos (2% da população ativa)
 10 % das exportações
 2 % do PIB
 Existem ainda outros polos : Frutos secos, caça e pesca desportiva e atividades outdoor

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Incêndio Fogo que ocorre involuntariamente e/ou que se encontra fora do controlo do Homem.

Urbano Industrial Florestal

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Fogo
Do latim (focus), é uma reação química de oxidação
(combustão) na qual há libertação de calor e, a partir
do momento em que se atinja o ponto de ignição,
produção de luz (chama).

Resultando

Cinzas (Sólidos Gases


não voláteis) (CO2, NOx, etc.)

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Triângulo da Combustão

Comburente
REAÇÃO EM COMO É
CADEIA QUE SE
PROPAGA?
Ignição/Calor Combustível

A partir do momento em que o processo inicia, a


energia libertada pela reação (calor) passa a ser
a fonte de ignição.
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Propagação do Fogo – Modelo Simplificado

Frente Esquerda

VENTO “MOTOR DO INCÊNDIO”


Eixo de Propagação Frente de
Ignição
(Vento) Fogo

Contribuem para a propagação do incêndio 3 grandes fatores:


Frente Direita
Meteorologia/Clima
Características do Combustível
Topografia e Constituição do Terreno

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VELOCIDADE DO VENTO
Propagação do Fogo A velocidade de propagação do incêndio é proporcional e
ocorre na direção da velocidade do vento.
Meteorologia / Clima
HUMIDADE RELATIVA
Quanto maior, menor será a disseminação do incêndio.

TEMPERATURA DO AR
Quanto maior, maior será a disseminação do incêndio.
Fenómenos Meteorológicos Causados pelo próprio Incêndio

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Propagação do Fogo
Características do Combustível
Fatores Importantes:

Teor de Humidade do Combustível


Massa de Combustível
Para um dado volume de floresta, a relação
entre volume total de combustível e o
volume de ar (“porosidade florestal”).

Ponto a abordar de uma forma mais profunda nos slides


sobre a influência do combustível

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Propagação do Fogo
Topografia e Constituição do Terreno

DECLIVE

Pré aquecimento do combustível Aumento da velocidade de propagação

HUMIDADE DO SOLO

ORIENTAÇÃO A SUL Solo mais Seco


Combustível pré-aquecido
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A influência do combustível pode ser melhor estudado compreendendo os fenómenos
associados à pirólise da madeira

T2 T3 T4
T1 T5
Perda de massa da O fluxo de massa excede A libertação de calor
Fluxo de Calor externo, A taxa de libertação de calor
amostra de madeira que o limite mínimo de atinge o pico máximo diminui e tende a tornar-se
proveniente da Chama Piloto
liberta um dado “caudal” de inflamabilidade e há devido à junção do fluxo constante até que toda a massa
seja “consumida”. A chama
voláteis formação de chama externo e da chama poderá extinguir-se
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Assim , definem-se 2 parâmetros importantes:
Aumenta com a condutividade, massa volúmica e calor específico.
Tempo de Ignição
2
𝑇𝑠 − 𝑇0
𝑡𝑖𝑔𝑛𝑖çã𝑜 = 𝜋. 𝑘. 𝜌. 𝑐𝑝 .
2. 𝜀. 𝐼

Taxa de Libertação de Calor (Combustível) Cortiça vs Pinheiro Nórdico

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐿𝑖𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎çã𝑜 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 = 𝑚ሶ × 𝑃𝐶𝐼

PCI ~ Constante
Taxa de Libertação de Calor depende basicamente da perda de massa, que
por sua vez está relacionada com o teor de humidade e densidade
Florestas Coníferas vs Caducifólias

Exemplo: Carvalho
Exemplo: Pinheiro-Bravo

• Folhagem fina e pontiaguda favorece o incêndio; • Folhagem densa e com alto teor de humidade retarda o incêndio;
• Por norma produzem resina, que acelera a propagação das chamas; • O incêndio tende a baixar para níveis próximos do solo;
• Árvores normalmente altas e estreitas, criando condições para • Normalmente o estrato arbustivo neste tipo de floresta é reduzido
incêndios que se propagam copa-a-copa (pouca luz no solo), e eventualmente o incêndio extinguir-se-á por falta
• Devido à folhagem fina e altura elevada, há uma grande passagem de de combustível ou ausência de calor.
luz para o solo que favorece o crescimento do estrato arbustivo
próximo do solo.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/eucalipto-a-arvore-maldita-do-debate-pos-incendio-177848
Paulo Fernandes – Engenheiro Florestal Especialista em Incêndios
Florestais (UTAD)

“…o que comanda o fogo é a estrutura dos combustíveis e não a espécie


dominante…”

“o eucalipto arde tanto como qualquer outra árvore ou arbusto da nossa


geografia”

“…aquilo que distingue as espécies na sua propensão para arder é


essencialmente a quantidade de combustível que acumulam no sub-
coberto e a sua estrutura vertical e horizontal, factores estes mitigáveis
através da silvicultura preventiva”

Árvores Bombeiras?

“Os povoamentos de espécies mais combustíveis como pinheiros e


eucaliptos podem ser tornados mais resistentes ao fogo se geridos
convenientemente. Da mesma forma, bosques de ‘árvores bombeiras’ só o
serão se não tiverem um estrato arbustivo muito desenvolvido”
• Correto Ordenamento do Território
• Instrução da população para o fenómeno dos incêndios
• Assegurar pontos de vigia em locais estratégicos
Passivos • Garantir a existência de uma série de corpos de combate a incêndios, verificando que o nº
de efetivos, meios disponíveis e sistema de comunicações esteja devidamente
dimensionado e funcional.
(…)

• Arrefecimento/Redução da Temperatura –Limitar a energia libertada pela reação absorvendo-a para um fluído (água - alto calor específico
e disponibilidade);

• Limitação de Comburente – “Abafamento”. Bastante eficaz na fase inicial do incêndio, sendo mais difícil de o fazer quando a área em
chamas já é considerável – ainda assim é possível fazê-lo com recurso a espumas extintoras ou utilizando CO2.
Ativos • Limitação de Combustível– Afastar o combustível da reação de combustão. É de difícil execução, mas é bastante eficaz. Por vezes, quando
bem planeado, é possível desflorestar uma certa área que se prevê que vá ser atingida de forma a que o incêndio não se propague a partir daí.

• Inibição da Reação Química –Principio de funcionamento inerente aos pós químicos transportados por alguns aviões de combate a
incêndios e pela generalidade dos extintores. Basicamente atuam sobre a reação em cadeia, impedindo a formação de radicais livres e
extinguindo o incêndio. 21
*2007 a 17 Outubro 2017

*1 Janeiro a 17 Outubro 2017

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As causas responsáveis pela maior percentagem de
incêndios são o incendiarismo e o “uso do fogo”;

Dentro do Incendiarismo os casos imputáveis são os mais


predominantes;

As ocorrências de incêndio resultantes de causas naturais,


consequência de descargas elétricas resultantes de
trovoadas, são muito pouco frequentes.

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Não inclui os reacendimentos responsáveis em 2012 e
2013 por 12% e 15%, respetivamente;

O “uso do fogo” (onde se enquadram, as queimadas,


queimas, fogueiras, cigarros e lançamento de foguetes)
sofreu um aumento muito significativo a partir de 2007;

Diminuição das causas acidentais a partir de 2007;

Assustadora percentagem de incendiarismo.

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 Portugal apresenta cerca de 35% de território florestal; Desses 35%, 85% pertencem a privados, uma percentagem
elevadíssima comparando ao resto da comunidade europeia;

 Aumento do número de eucaliptos e redução abrupta do número de pinheiros-bravos indica que a floresta está a ser mal gerida;

 O inicio e propagação de um incêndio depende de vários fatores – clima, combustível e topografia. O combustível é parte do
triângulo da combustão e apresenta grande influência nas características da combustão;

 As florestas caducifólias apresentam menor propensão para a propagação de incêndios e são mais resilientes aos mesmos;

 A análise dos relatórios do ICNF permite concluir que a maior parte dos incêndios ocorre em Braga e no Porto, mas é no centro
do país que temos a maior quantidade de área ardida – comprova-se o abandono da floresta no interior.

 Mais de 90% das causas apuradas para os incêndios correspondem a uso indevido do fogo ou atos de incendiarismo, o que
revela a falta de instrução da população em geral para os incêndios e o sentimento de impunidade inerente a quem pratica atos
incendiários.

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Soluções Desafios
 Investir nos meios de combate passivos/ prevenção :
 Será que o ordenamento da Floresta Portuguesa e a
Instruir populações, ordenar o território adequadamente,
legislação relativa ao mesmo é o mais adequado?
possuir corpos de combate qualificados, com meios e
 Existe alguma relação direta entre a indústria exploradora
sistemas de comunicação adequados e funcionais;
da floresta e os incêndios florestais?
 Qual será o principal fator que contribui para a grande
 Ajustar o tipo de plantação às áreas em questão,
propagação dos incêndios em Portugal?
nunca permitindo um crescimento excessivo do
 A instrução das populações para o fenómeno dos
estrato arbustivo;
incêndios é importante?
 A impunidade para com quem pratica atos incendiários é
 Aplicar penas e coimas adequadas a quem não
um fator preponderante para o número de ocorrências
cumpra as leis subjacentes ao ordenamento
deste tipo?
territorial, aos responsáveis por atos incendiários, a quem
 De que forma os lobbies políticos e da indústria afetam a
use o fogo inadequadamente e para aqueles
floresta e a ocorrência de incêndios?
que estejam comprovadamente envolvidos em lobbies
 Como ordenar a floresta de forma a diminuir a destruição
relacionados com a floresta;
causada pelos incêndios?
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Floresta - Incêndios em Portugal
Causas e Soluções

OBRIGADO PELA
ATENÇÃO

Guimarães, 6 de Dezembro de 2017

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