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Turma: R
Professora Sara Pinto
2017/2018
MIGUEL TORGA
EUGÉNIO DE ANDRADE
do séc. XX;
• 1907-1995
Linhas temáticas da poesia de Miguel Torga
Sísifo.
Recomeça…
Se puderes,
1 de 4 Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Como se faz um poema?
3 de 4 (Miguel
Torga)
PLATEIA
4 de 4 (Miguel
Torga)
A LARGADA
Diálogo com
Camões e com
Pessoa.
Questionário
sobre poemas 3 e
4 de Miguel Torga
Proposta de correção
«Plateia»
1. Trata-se de pessoas capazes de colocar em causa um presente classificado como «farsa», isto é, pessoas
capazes de resistir e lutar contra essa realidade.
2. Esta estrofe divide-se em duas partes lógicas: na primeira, que termina no verso 9, o sujeito lírico aponta
para dois factos sobre os quais não temos qualquer controlo – o nascimento e a morte; na segunda estrofe,
por contraste – e daí a presença da conjunção referida -, o sujeito poético aponta para o que podemos
mudar, através do nosso espírito crítico: não temos de ser passivos, podemos agir para mudar, transformar.
3. Este «mundo» é caracterizado, no verso 5, como uma «farsa»; mas, na última estrofe, a indignação do «eu»
relativamente a este «mundo» sobe de tom e ele é classificado como «(…) mentira / quotidiana», uma « (…)
comédia desumana / e triste,», que tudo cobre de «maldição», mesmo os que lhe procuram resistir.
4. Versos 14 a 18.
«A largada»
1. O poema progride partindo dos «pinhais», que deram madeira para construir as «frágeis caravelas».
Segue-se a partida das caravelas, as despedidas. Ainda nas despedidas, além das vozes de tristeza,
ouviram-se também as de descrença, de desânimo, que não vingaram, pois as «velas enfunadas»
partiram e, como se lê na última estrofe, o «grande sonho» foi em frente.
2. Trata-se da anáfora «Foram», que ocorre sistematicamente no início de cada estrofe.
3. Na última estrofe, contrasta-se o receio e o medo com a coragem e a valentia, através do paradoxo «Que
a nau tremesse sem ninguém tremer».
EUGÉNIO DE
ANDRADE
Pequeno apontamento biográfico
Eugénio de Andrade (1923 - 2005) desenvolve a parte
mais importante da sua obra no Porto, para onde foi viver
relativamente jovem por razões profissionais. Recebeu
diversas distinções e prémios nacionais e internacionais.
Nasceu José Fontinhas, mas adotou o nome artístico de
Eugénio de Andrade, nome pelo qual ficará conhecido. A sua
vida começa no Fundão. Segue depois para Lisboa e Coimbra,
antes de se fixar no Porto, como inspetor administrativo do
Ministério da Saúde.
AGORA AS
PALAVRAS
ADEUS
AGORA AS
PALAVRAS
ADEUS
ADEUS
AGORA AS
PALAVRAS
ARTE POÉTICA
No poema «A sílaba», o poeta passa toda uma manhã à procura de uma sílaba
Escrever… um o ato de escrever é obsessivo: “Por isso a procurei com obstinação.”. De
forma concomitante, escrever é um processo demorado, paciente, que exige
ofício artesanal! cuidado:“ Toda a manhã…”