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Capão Pecado

Anderson Henrique Cristiane Maria Denize Ferreira

Élcio Silva Renata Maciel Sueli Morani


"A revolução tem que ser feita,
pela arte ou pelo terror"

Ferréz é pela arte.


Capão Pecado.mp3

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São Paulo
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Santo Amaro
Capão Redondo
Bem-vindos ao fundo do mundo
E o que é Literatura Marginal?
• A literatura marginal mudou. Principalmente em relação à que surgiu nos anos 70,
naquela época os autores eram pessoas da classe média e alta, que falavam sobre
seu cotidiano de modo irônico.

• Atualmente, o projeto dos escritores da literatura marginal é dar voz aos grupos
excluídos da sociedade. Hoje eles querem denunciar a violência - principalmente a
policial -, o alcoolismo nas famílias, a força do tráfico e a falta de perspectiva dos
jovens. Por outro lado, buscam valorizar aspectos positivos da periferia, como
solidariedade, o modo de falar e as gírias características, além das manifestações
culturais que estão surgindo nesses lugares.
A expressão 'literatura marginal' foi escolhida por alguns escritores de periferias das
grandes cidades brasileiras, cuja produção tem crescido e começa a ter algum
destaque em diferentes espaços. Eles se sentem à margem da sociedade devido às
suas condições sociais de origem e aos problemas com a qual convivem no
cotidiano, além de produzirem textos fora do padrão formal: usam gírias e ortografia
próprias.

• Além da denúncia, o objetivo desses escritores é formar pensamento crítico. Eles se


assemelham muito ao rap e ao hip hop ideológico nesse sentido. É importante não
dissociar a literatura da atuação cultural que eles desenvolvem.

• A academia começa a voltar-se sobre o tema, que já virou linha de pesquisa de


alguns professores. A análise dessa literatura marginal exige que alguns parâmetros
críticos sejam revistos, porque os textos destoam do padrão tido como culto,
abusando do uso de gírias da periferia e com regras próprias de concordância, plural
e ortografia.
Sobre o autor...
• Ferréz, nome literário de Reginaldo Ferreira da Silva, é um híbrido de Virgulino Ferreira (Ferre) e
Zumbi dos Palmares (Z) e uma homenagem a heróis populares brasileiros.

Ferréz começou a escrever aos sete anos de idade, acumulando contos, versos, poesias e letras
de música. Antes de se dedicar exclusivamente à escrita, trabalhou como balconista, vendedor de
vassouras, auxiliar-geral e arquivista.

• Seu primeiro livro, Fortaleza da Desilusão, foi lançado em 1997, com patrocínio da empresa onde
trabalhava.

• A notoriedade veio com o lançamento de Capão Pecado, lançado em 2000, romance sobre o
cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, onde vive o escritor.

• Ligado ao movimento hip hop e fundador da 1DASUL- movimento que promove eventos culturais
em bairros da periferia, que, entre outras atividades, criou uma biblioteca comunitária e distribui
livros e revistas gratuitamente em escolas, Febems, presídios, favelas, etc.

• Em sua prosa ágil e seca, composta com doses igualmente fortes de revolta, perplexidade e
esperança, Ferréz reivindica voz própria e dignidade para os habitantes das periferias das grandes
cidades brasileiras.

• Na realidade, seus livros e textos são apenas um reflexo de sua personalidade forte, contestadora
e provocadora.
O que falam de Ferréz ...
• Ferréz traz à luz tudo aquilo que a sociedade colocou na sombra de modo natural, simples
e cruel. Sua escrita vai revelando o que somos e escondemos de nós mesmos.
Paulo Lins, escritor, aturo do livro Cidade de Deus

• "Sou fã do Ferréz. E acho que seu trabalho está ficando cada vez mais interessante. O
"Manual Prático do Ódio" com sua estrutura prismática, que vai alternando os pontos de
vista da narrativa, é um grande passo em relação ao "Capão Pecado" seu já
surpreendente primeiro romance. Ele apresenta uma consciência estrutural que ganha
grande força associada a crueza da sua linguagem. E depois seu CD de Rap (no qual tive
a honra de participar), o vídeo, o trabalho na comunidade ali do Capão (Incentivo a leitura,
fundação da biblioteca , oficinas de criação), sua coluna na "Caros Amigos", seu empenho
na criação de canais de comunicação entre escritores das várias periferias do Brasil,
através da movimentação que ele chama de literatura marginal, tudo que fez ver nele uma
usina poderosa de talento e trabalho.
Arnaldo Antunes, especial para Trip.

• Ontem mesmo, numa longa entrevista que concedi a uma rádio, falando sobre violência e
injustiça social, citei o Ferréz como um dos mais lúcidos analistas de nossa realidade.

Chico Pinheiro /âncora do jornal da Globo


E o que ele fala...
• Qual a sua opinião para a questão do brasileiro não gostar de ler?

• “Eu primeiro acho o seguinte: o problema parte da família que não


incentiva o moleque a ler. A família não dá atenção para este fato, a
família nem sequer lê. Depois o garoto não recebe incentivo da
televisão para ler, não existem grandes exemplos ou influências para
o cara gostar de ler, a criança não tem acesso a um livro, não vê nem
a capa, ninguém fala que é bom, então não vai ter como assimilar a
leitura a um fator útil. Ele não vai enxergar uma libertação pelos
livros. O livro, na realidade, é um objeto estranho para ele. Daí o
moleque entra na escola, a professora chega e impõe Lusíadas (Os
Lusíadas, de Luis de Camões) e ele lê o começo, meio e fim daquele
jeito que você sabe, copia duas ou três páginas e faz um resumo bem
sem vergonha, sem entender nada. Era o que eu fazia, você fazia, seu
pai fazia. Eram histórias que não me diziam respeito
• Depois eu fui procurando meu caminho nas letras, mas se fosse para
O escritor Ferréz, que
depender da escola eu não lia nada até hoje. Na escola nós passamos ministra palestras para
muito rápido por autores bons, ficamos presos de uma forma jovens em diversa
burocrática à sua obra. Fernando Pessoa é mostrado como um cara
doente, que sofria de distúrbios psicológicos.” instituições

• Fragmento de entrevistada dada:


http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=2097’
Sobre o livro...

• Lançado em 2000, romance de Ferréz narra o cotidiano do bairro do


Capão Redondo, na periferia de São Paulo, que apresenta um dos
maiores índices de violência e tráfico de drogas do Brasil, contando
com cerca de 200 mil moradores e uma estrutura onde não há rede
de esgoto, hospitais ou qualquer forma de assistência pública.
• Os fatos narrados formam uma atmosfera de constante
ameaça e violência onde não há lugar para a esperança,
fragmentados e entrelaçados propositalmente, para demonstrar a
quantidade de conflitos, interesses e problemas que formam uma
situação de colapso iminente. Em meio a tudo isso, temos a história
de Rael, um jovem cujo sonho é ser escritor, tentando sobreviver
naquele cenário caótico. Contudo, Rael comete um pecado
considerado gravíssimo pela comunidade: apaixona-se pela
namorada do melhor amigo...
O que ele ... sonha ... pensa... quer ...

Eu queria ter
e ser.mp3

E você? Ainda sonha? Pense, aja, FAÇA!!

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