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Bem-vindos ao fundo do mundo
E o que é Literatura Marginal?
• A literatura marginal mudou. Principalmente em relação à que surgiu nos anos 70,
naquela época os autores eram pessoas da classe média e alta, que falavam sobre
seu cotidiano de modo irônico.
• Atualmente, o projeto dos escritores da literatura marginal é dar voz aos grupos
excluídos da sociedade. Hoje eles querem denunciar a violência - principalmente a
policial -, o alcoolismo nas famílias, a força do tráfico e a falta de perspectiva dos
jovens. Por outro lado, buscam valorizar aspectos positivos da periferia, como
solidariedade, o modo de falar e as gírias características, além das manifestações
culturais que estão surgindo nesses lugares.
A expressão 'literatura marginal' foi escolhida por alguns escritores de periferias das
grandes cidades brasileiras, cuja produção tem crescido e começa a ter algum
destaque em diferentes espaços. Eles se sentem à margem da sociedade devido às
suas condições sociais de origem e aos problemas com a qual convivem no
cotidiano, além de produzirem textos fora do padrão formal: usam gírias e ortografia
próprias.
• Seu primeiro livro, Fortaleza da Desilusão, foi lançado em 1997, com patrocínio da empresa onde
trabalhava.
• A notoriedade veio com o lançamento de Capão Pecado, lançado em 2000, romance sobre o
cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, onde vive o escritor.
• Ligado ao movimento hip hop e fundador da 1DASUL- movimento que promove eventos culturais
em bairros da periferia, que, entre outras atividades, criou uma biblioteca comunitária e distribui
livros e revistas gratuitamente em escolas, Febems, presídios, favelas, etc.
• Em sua prosa ágil e seca, composta com doses igualmente fortes de revolta, perplexidade e
esperança, Ferréz reivindica voz própria e dignidade para os habitantes das periferias das grandes
cidades brasileiras.
• Na realidade, seus livros e textos são apenas um reflexo de sua personalidade forte, contestadora
e provocadora.
O que falam de Ferréz ...
• Ferréz traz à luz tudo aquilo que a sociedade colocou na sombra de modo natural, simples
e cruel. Sua escrita vai revelando o que somos e escondemos de nós mesmos.
Paulo Lins, escritor, aturo do livro Cidade de Deus
• "Sou fã do Ferréz. E acho que seu trabalho está ficando cada vez mais interessante. O
"Manual Prático do Ódio" com sua estrutura prismática, que vai alternando os pontos de
vista da narrativa, é um grande passo em relação ao "Capão Pecado" seu já
surpreendente primeiro romance. Ele apresenta uma consciência estrutural que ganha
grande força associada a crueza da sua linguagem. E depois seu CD de Rap (no qual tive
a honra de participar), o vídeo, o trabalho na comunidade ali do Capão (Incentivo a leitura,
fundação da biblioteca , oficinas de criação), sua coluna na "Caros Amigos", seu empenho
na criação de canais de comunicação entre escritores das várias periferias do Brasil,
através da movimentação que ele chama de literatura marginal, tudo que fez ver nele uma
usina poderosa de talento e trabalho.
Arnaldo Antunes, especial para Trip.
• Ontem mesmo, numa longa entrevista que concedi a uma rádio, falando sobre violência e
injustiça social, citei o Ferréz como um dos mais lúcidos analistas de nossa realidade.
Eu queria ter
e ser.mp3