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MEC 2961

SENSORES A FIBRA ÓPTICA


Paula M P Gouvêa

Departamento de Engenharia Mecânica


PUC-Rio
2015-1
Aula 02 (16/03/2015)
Cronograma Aulas 2015.1

Data Aula Assunto Responsável Local

9-Mar-15 Aula 1 Introd. Sensores a Fibra Óptica Arthur Sala de Aula/Laboratório

16-MAR-15 AULA 2 REVISÃO: ÓPTICA PAULA SALA DE AULA

23-Mar-15 Aula 3 Ondas EM Arthur Sala de Aula

30-Mar-15 Aula 4 Guias de Onda Ópticos Arthur Sala de Aula

6-Apr-15 Aula 5 Componentes de Fibras Ópticas Gian Sala de Aula

13-Apr-15 Aula 6 Componentes de Fibras Ópticas Gian Sala de Aula/Laboratório

20-Apr-15 RECESSO

27-Apr-15 Aula 7 Fontes, detectores, acopladores Paula e Sully Laboratório

4-May-15 Aula 8 Sensores a Rede de Bragg Sully Sala de Aula

11-May-15 Aula 9 Sensores a Rede de Bragg Sully Laboratório

18-May-15 Aula 10 Sensores Distribuídos Paula Sala de Aula

25-May-15 Aula 11 Sensores Distribuídos Paula Laboratório

1-Jun-15 Aula 12 Outras tecnologias Paula/Sully Sala de Aula

8-Jun-15 Aula 13 Lasers Guedes Sala de Aula

15-Jun-15 Aula 14 Lasers Gian e Sully Laboratório

22-Jun-15 Aula 15 Prova Arthur Sala de Aula

29-Jun-15 Aula 16 Apresentação de Trabalhos Todos Sala de Aula

Paula M P Gouvea
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Referências desta aula
Bibliografia utilizada na preparação desta aula:
 [1] Saleh, B.E.A. e Teich, M.C., Fundamentals of Photonics, New
York, John Wiley & Sons, 1991.
 [2] Fowles, Grant R., Introduction to Modern Optics, New York,
Dover Publications, Inc, 1975.
 [3] Murphy, James T. e Smoot, Robert C., Physics Principle and
Problems, Ohio, Charles E. Merril Publishing Co., 1972.
 [4] Gartenhaus, Solomon, Physics Basic Principles Volume II,
New York, Holt, Rinehart and Winston, Inc, 1975.
 [5] Ramalho, Francisco, Santos, José Ivan Cardoso dos, Ferraro,
Nicolau Gilberto, e Soares, Paulo Antonio de Toledo, Os
Fundamentos da Física 2. Termologia, Geometria da Luz e
Ondas, São Paulo, Editora Moderna, 1976.

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AULA HOJE (16/03/2015)
 Objetivo: Introdução a Luz e Óptica (revisar
fenômenos ópticos associados à propagação em
fibras ópticas)
 Compreender o que é a luz
 Entender a diferença entre as diferentes
representações da luz.
 Introdução a conceitos e propriedades básicos da
luz
 Propagação da luz na aproximação da óptica
geométrica (reflexão, refração, espelhos, lentes e
materiais grin), reflexão interna total e abertura
numérica de uma fibra óptica.
 Óptica ondulatória (interferência e dispersão).

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Natureza da luz
Radiação eletromagnética
 Radiação - energia em forma de raio ou partícula emitida pelo
núcleo de um átomo.

5d5

ΔE = hn Luz laranja-avermelhada

2p10
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O que é luz?
 A luz é um tipo de radiação eletromagnética.
 Luz versus Luz Visível: na maioria das definições, o termo luz é
utilizado apenas para a banda visível do espectro de radiações
eletromagnéticas:
 No entanto, é comum se ouvir: “luz ultra-violeta” (UV) e “luz
infra-vermelha” (IV).

• Sensores a fibra óptica: é comum se dizer luz infra-vermelha.


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A luz é radiação não-ionizante
 Radiações ionizantes - retiram elétrons da matéria,
produzindo íons.

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Espectro visível
 A luz visível é uma faixa (banda) estreita do espectro
eletromagnético.

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Espectro visível - cores (1)
 O espectro visível é subdividido em cores. As cores são como nosso
sistema visual interpreta as componentes do espectro visível.

 Em algumas referências a faixa de comprimento de onda definido para


cada cor está um pouco deslocadas (veja a próxima transparência).
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Espectro visível - cores (2)

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Algumas fontes de luz visível
 Fontes de banda larga: sol; lâmpadas incandescentes
(tungstênio) e fluorescentes (vapor de mercúrio com vapor de
argônio e neônio, e material fosforescente); LEDs coloridos;
etc.

 Outras fontes no visível: laser He-Ne; laser de corante; laser de


titânio-safira; laser Nd:YAG (segundo harmônico); etc.
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Luz Branca
 Luz branca - a luz branca é a combinação de todas as cores
do espectro visível em igual proporção.
 A “impressão” de luz branca pode ser obtida misturando-se a
luz das cores fundamentais: verde, azul e vermelho.
 Observação: para tintas e pigmentos, as cores fundamentais
são: magenta, azul ciano e amarelo primário.

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Espectro de ondas eletromagnéticas (IV e UV)
 O espectro infra-vermelho (IV) é dividido em sub-espectros. Existem
diferentes definições para estas subdivisões. Alguns exemplos
encontram-se abaixo (usamos geralmente até 1,6mm):
Exemplo 1: Exemplo 2:
Infra-vermelho perto: 0,75 mm – 1,5 mm Infra-vermelho perto: 0,75 mm – 5 mm
Infra-vermelho médio: 1,5 mm – 5,6 mm Infra-vermelho médio: 5 mm – 30 mm
Infra-vermelho longe: 5,6 mm – 1000 mm Infra-vermelho longe: 30 mm – 1000 mm

 O espectro ultra-violeta (UV) também é dividido em sub-espectros,


dependendo da definição. Um exemplo é:
 Ultra-violeta perto (NUV): 200 nm - 400 nm
 Ultra-violeta onda longa (UVA): 320 nm - 400 nm
 Ultra-violeta onda média (UVB): 280 nm - 320 nm
 Ultra-violeta onda curta (UVC): 200 nm - 280 nm
 Ultra-violeta longe ou vácuo (FUV ou VUV): 10 nm - 200 nm
 Ultra-violeta extremo ou profundo (EUV ou XUV): 1 nm - 31 nm

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Algumas fontes de IV e UV
 Fontes de ultra-violeta: sol; lâmpadas incandescentes
(tungstênio) e fluorescentes (vapor de mercúrio com vapor de
argônio e neônio, e material fosforescente); lâmpada de
mercúrio (baixa e alta pressão); lâmpada de xenônio; laser
excimer; laser Nd:YAG (terceiro, quarto e quinto harmônicos);
laser alexandrita (terceiro e quarto harmônicos); laser Ti:safira
(segundo e terceiro harmônicos); etc.

 Fontes de infra-vermelho: sol; lâmpada de xenônio;


lâmpadas incandescentes (tungstênio); lasers de diodo; laser
Nd:YAG; laser Ho:YAG; laser Er:YAG; laser CO2; laser
Ti:safira sintonizável; etc.
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Dualidade partícula-onda da luz
 A luz tem propriedades de onda e de partícula. Em algumas
situações, a luz se comporta como uma onda
eletromagnética, e, em outras situações, se comporta como
uma partícula (fóton).
 Onda – Exemplos: interferência e difração
 Partícula – Exemplos: efeito fotoelétrico, quantização da
energia e detecção de fótons individuais

fóton
hn

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Corpos luminosos e iluminados
 Corpo luminoso (fonte primária) - um corpo capaz de emitir luz.
 Exemplos: sol, lâmpadas, chama de vela, lasers, etc.

 Corpo iluminado (fonte secundária) - um corpo corpos que


emitem a luz que recebem de outros corpos.
 Exemplos:lua, roupas, paredes, etc.

Observação: Corpos que emitem calor (infravermelho) não são


necessariamente corpos luminosos. Exemplo: fogão quente.
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Cor de um corpo
 Reflexão difusa - ao contrário da reflexão regular (vamos ver
depois), a reflexão difusa ocorre quando raios paralelos
incidindo sobre uma superfície perdem o paralelismo e
espalham-se em todas as direções. Ocorre devido a
irregularidades da superfície.
 A cor que um corpo apresenta é determinada pelo tipo de luz
que ele reflete difusamente.

luz
azul luz
branca

luz luz luz


branca branca branca
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Meios transparentes, translúcidos e opacos
 Meio transparente - permite a propagação da luz por trajetórias
regulares. Desta forma, pode-se ver um objeto de forma nítida
através de um meio transparente.
 Exemplos: vidro comum, água em poucas camadas, ar, etc.

 Meio translúcido - permite a propagação da luz por trajetórias


irregulares. Desta forma, pode-se ver um objeto de forma não nítida
através de um meio translúcido.
 Exemplos: vidro fosco, papel de seda, etc.

 Meio opaco - não permite a propagação da luz. Desta forma, não é


possível se ver um objeto através de um meio opaco.
 Exemplos: madeira, metal, concreto, etc.

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Representações da luz
Representações da luz
 Óptica quântica (eletrodinâmica quântica) - a propagação da
luz é descrita por um feixe de fótons.
 Óptica eletromagnética - a luz é descrita como duas ondas
vetoriais acopladas (campo elétrico e campo magnético).
 Óptica ondulatória - a luz é descrita como uma onda escalar.
 Óptica geométrica (de raios) - a propagação da luz é descrita
por meio de raios de luz.

Óptica quântica

}
Óptica eletromagnética
Óptica ondulatória óptica
clássica
Óptica geométrica

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Óptica geométrica
 Quando a luz se propaga através ou em torno de objetos de
dimensões muito maior que o comprimento de onda da luz,
pode ser representada por raios (óptica geométrica).
 Estes raios obedecem um conjunto de regras geométricas.
 Postulados da óptica geométrica:
 A luz se propaga em forma de raios. Os raios são emitidos
por fontes luminosas e podem ser observados quando
chegam no detector óptico.
 Um meio óptico é caracterizado pelo índice de refração n,
onde (n  1), que é a razão entre a velocidade da luz no
vácuo e no meio.
 O caminho seguido por um raio luminoso de um ponto A para
um ponto B é tal que o tempo decorrido entre a partida de A e
a chegada a B é mínimo (simplificação do princípio de
Fermat).
 Utiliza-se para: espelhos, lentes, prismas, luz guiada em fibra
óptica (alguns casos), reflexão e refração, etc. Paula M P Gouvea
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Óptica geométrica

espelhos

reflexão e refração

lentes

refração e dispersão (n é diferente


para cada comprimento de onda)
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Óptica ondulatória
 A óptica ondulatória engloba a óptica geométrica. A óptica
geométrica é o limite da óptica ondulatória quando o
comprimento de onda é infinitesimalmente pequeno.
 Na óptica ondulatória, a luz é descrita por uma função escalar
chamada de função de onda.
 Postulados da óptica ondulatória:
 A luz se propaga em forma de ondas. No espaço livre, a
velocidade da luz é igual a co. Um meio homogêneo e
transparente, tal como o vidro, é caracterizado por uma
constante única chamada de índice de refração n, onde (n  1),
e a luz se propaga com velocidade (reduzida) c (co é a
velocidade da luz no vácuo): c = c /n
o
 Uma onda óptica é matematicamente descrita por uma função
real chamada de função de onda u(r, t) que obedece a
equação de onda: 2  u - (1/c ) ( u/t ) = 0
2 2 2

onde, 2 = 2/x2 + 2/y2 + 2/z2 é o operador Laplaciano


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Óptica ondulatória
 Postulados da óptica ondulatória (continuação):
 A equação de onda é linear, portanto, o princípio de
superposição se aplica, ou seja:
u(r, t) = u1(r, t) + u2(r, t)
 A intensidade óptica (W/cm2) é proporcional à média do
quadrado da função de onda.
 A potência óptica (W) propagada em uma área igual a A,
normal à direção e propagação da luz, é igual à integral de
intensidade.
 Utiliza-se a óptica ondulatória para descrever interferência e
difração, propagação em fibras ópticas (alguns casos) entre
outros fenômenos.
 Não é uma boa aproximação para descrever os efeitos de
reflexão e refração na interface de meios dielétricos, nem para
descrever a polarização da luz. Para tais fenômenos, deve-se
utilizar a óptica eletromagnética (vetorial).
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25
Óptica ondulatória

interferência:
amarelo + azul = preto

difração - orifício pequeno


comparado com o
comprimento de onda.

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Óptica ondulatória

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Ondas e raios
 Na óptica geométrica, as
ondas eletromagnéticas são
representadas por raios que
se propagam na direção
perpendicular à frente de
ondas (wavefront).

 Observe que na figura de


cima as ondas estão sendo
aproximadas por ondas
planas:

. ... ... ...


ondas ondas ondas
esféricas parabólicas planas
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Óptica eletromagnética
 A luz, assim como todas as radiações eletromagnéticas, se
propaga na forma de 2 ondas vetoriais acopladas e
perpendiculares, uma onda do campo elétrico e uma onda do
campo magnético.

Equações de Maxwell

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Óptica quântica
 Fótons - partícula de massa de repouso igual a zero, de energia
eletromagnética e com momento. O spin do fóton está
relacionado à polarização da luz.

 Pode-se ver fótons individuais neste filme de um cometa:

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Fótons e átomos
 Absorção e emissão espontânea de fótons.

 Emissão estimulada de fótons (LASER – Light


Amplification by Stimmulated Emission Of Radiation).

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Representações da luz
 Conclusão: a luz pode ser representada por:
 raios – óptica geométrica
 ondas – óptica ondulatória e óptica eletromagnética
 fótons (partículas) – óptica quântica

 Neste curso, todas as 3 representações da luz serão


mencionadas

 A seguir, vamos ver os conceitos que se aplicam na


propagação da luz em fibras ópticas.

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Propriedades da luz
Velocidade da luz
 A definição da unidade SI para comprimento (metro) fixa a velocidade
da luz em exatamente 299 792 458 m/s, transferindo a incerteza de
medição da velocidade da luz para o metro (este valor para a
velocidade da luz havia sido recomendado em 1975 - 15a CGPM):
 Comprimento (metro - m): “O metro é o comprimento do trajeto
percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/(299
792 458) de segundo.” (1983 - 17a CGPM).
 Observação: CGPM é Conferência Geral de Pesos e Medidas.
www1.bipm.org/en/si/si_constants.html

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Medições da velocidade da luz (1879-1983)
 Incerteza de medição da velocidade da luz foi transferida para o metro.
 Em 1983, a medição da velocidade da luz já tinha boa reprodutibilidade.

Barras no gráfico representam incerteza.

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35
Medições da velocidade da luz (1945-1983)

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Frequência e comprimento de Onda da luz

 O comprimento de onda de cada onda eletromagnética é a


distância λ entre os picos da onda.

λ=c/n
λa
c - velocidade da luz no
meio

λb n - frequência temporal
(não mostrado na figura)
não confunda com 1/l

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Algumas propriedades da luz
 A luz pode se propagar no vácuo, ou seja, não necessita de
um meio para propagar, diferentemente das ondas sonoras.
 Em meios homogêneos, a luz se propaga em linha reta.
 A luz pode ser monocromática ou policromática.

policromática

monocromática

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Colimação da luz
 A luz pode ser colimada (laser) ou não (lâmpada):

não-colimada

colimada

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Coerência da Luz

 Coerência da luz – uma propriedade relacionada com a fase


da onda eletromagnética.
 Pode ser pensada como se fosse a “memória” da luz.
 A luz coerente é coerente durante um comprimento de
propagação, chamado de comprimento de coerência.
 Exemplos:
 Luz de uma lâmpada incandescente – não é coerente.
 Luz de um laser – coerente por metros (para alguns).
 Luz da lâmpada de Kr86- coerente por menos de 1 m.

 Polarização

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Comprimento de onda, frequência e energia
 A frequência de uma onda eletromagnética propagando em
um meio é constante, não importando o índice de refração do
meio no qual se propaga.
 O comprimento de onda de uma onda eletromagnética
propagando em um meio depende do índice de refração (lo é o
comprimento de onda no vácuo):
l = lo/n = co/(nn)
 A velocidade de propagação da luz propagando em um meio
é proporcional à frequência e ao índice de refração do meio (co
é a velocidade da luz no vácuo):
c = co/n
Energia do fóton: E = hn
onde h é a constante de Plank e n é a frequência.
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Índice de refração
 Um meio óptico é caracterizado pelo índice de refração n, tal
que n  1, e é igual à razão entre a velocidade da luz no vácuo
(co) e naquele meio (c):
n = co/c
 Observação: na verdade, n varia com a frequência da luz
(dispersão).

 Meio homogêneo - caracterizado por um único valor de n em


todos os pontos.
 Meio isotrópico - propriedades ópticas macroscópicas, tais
como o índice de refração, não dependem da direção.

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Comprimento de onda, frequência ou energia?
 Toda onda eletromagnética tem uma frequência associada
a ela. Dependendo da área, usa-se comprimento de onda
ou energia:

Comprimento de Onda
frequência (Hz) Energia (J)
(m)
Rádio > 1 x 10-1 < 3 x 109 < 2 x 10-24
Microonda 1 x 10-3 - 1 x 10-1 3 x 109 - 3 x 1011 2 x 10-24- 2 x 10-22
Infravermelho 7 x 10-7 - 1 x 10-3 3 x 1011 - 4 x 1014 2 x 10-22 - 3 x 10-19
Visível 4 x 10-7 - 7 x 10-7 4 x 1014 - 7.5 x 1014 3 x 10-19 - 5 x 10-19
Ultravioleta 1 x 10-8 - 4 x 10-7 7.5 x 1014 - 3 x 1016 5 x 10-19 - 2 x 10-17
Raio-X 1 x 10-11 - 1 x 10-8 3 x 1016 - 3 x 1019 2 x 10-17 - 2 x 10-14
Raio-gamma < 1 x 10-11 > 3 x 1019 > 2 x 10-14

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43
Banda - comprimento de onda e frequência
 A banda de um sistema é fixa em frequência e varia em
comprimento de onda,

Dl = (l2o/ co)Dn


onde lo é o comprimento de onda no vácuo e co é a velocidade da
luz no vácuo.

ex. Sensores a rede de Bragg


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Unidades para potência da luz

 A unidade SI para potência é o watt (W), no entanto, os


engenheiros elétricos usam dBm com frequência.
 Essa unidade é utilizada com frequência para fibras
ópticas.
 Unidade de potência linear: watt
 Unidade de potência logarítmica: dBm
dBm – nível de potência em relação a 1mW

 Power (mW ) 
dBm  10 log base10  
 1mW 
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Como calcular dBm a partir do valor em mW

 2mW 
10 log base10    3dBm
2mW  1mW 

1mW 
10 log base10    0dBm
1mW 1mW 

 4mW 
10 log base10    6dBm
4mW
 1mW 

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Alguns valores de dBm e mW
dBm mW
-10 0,1
-3 0,5
-1,25 0,75
0 1
0,41 1,1
1,76 1,5
2,43 1,75
3 2
6 4
10 10
20 100
30 1000

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O básico: reflexão, refração,
reflexão interna total...
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Óptica ondulatória

Óptica geométrica
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Reflexão Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Reflexão – o raio (representando a onda) incide sobre uma


superfície e é refletida de volta ao meio.
 Ângulo de incidência (q1) - ângulo entre o raio incidente e a
normal à superfície
 Ângulo de reflexão (q2) - ângulo entre o raio refletido e a
normal

Para meios homogêneos


(isotrópicos): os raios
q1
incidente e refletido estão
contidos no mesmo plano
q2 e:
q1 = q2
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49
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Reflexão superfície plana Óptica ondulatória
Óptica geométrica

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50
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Imagem num espelho plano Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Um ponto O em frente de um espelho plano formará uma


imagem I no espelho tal que:
 O e I são simétricos em relação ao espelho.
 A imagem I se formará no local onde se intersectam os
prolongamentos de todos os raios provenientes de O e
refletidos no espelho.
 Ao observador, parece que os raios refletidos saíram de I.

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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Óptica ondulatória
Espelho côncavo (convergente) Óptica geométrica

 Objeto em F - não há imagem  Objeto entre F e espelho -


F - foco principal imagem virtual de cabeça para
FO - eixo principal cima e maior que objeto
O - centro
Raios paralelos ou de
abertura pequena
Aplicações: telescópios
e lanternas

 Objeto antes de O -  Objeto em O -  Objeto entre O e F-


imagem real de imagem real de imagem real de
cabeça para baixo e cabeça para baixo e cabeça para baixo e
menor que objeto igual ao objeto maior que objeto

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52
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Óptica ondulatória
Espelho convexo (divergente) Óptica geométrica

 Objeto - imagem virtual, de cabeça para cima, menor que o objeto

Observador
Objeto Imagem

Aplicações: espelhos laterais dos carros - campo de visão


maior que o do espelho plano, mas os objetos parecem
menores (mais distantes):

“Objetos no espelho estão mais


próximos do que parecem estar.”

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53
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Refração Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Refração – o raio (representando a onda) propagando em um meio


incide sobre uma superfície e é refratado no segundo meio.
 Ângulo de incidência (q1) - ângulo entre o raio incidente e a
normal à superfície
 Ângulo de refração (q2) - ângulo entre o raio refratado e a normal

Para meios homogêneos


(isotrópicos): os raios
incidente e refratado
estão contidos no mesmo
plano e:

n1senq1 = n2senq2
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Refração Óptica ondulatória
Óptica geométrica

Quanto mais denso o


meio, maior o índice de
refração (menor o
ângulo de refração).

n1senq1 = n2senq2
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Lentes Óptica ondulatória
Óptica geométrica

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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Reflexão interna total Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Reflexão interna total – para n1 > n2, o ângulo de refração (q2)


é maior que o ângulo de incidência (q1). Desta forma, à medida
que q1 for aumentando, q2 também aumentará, chegando ao
valor de 90o antes de q1.

n1senqc = n2sen(90)

1
 qc é chamado de ângulo crítico.

57 Paula M P Gouvea
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Ângulo crítico Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Ângulo crítico (qc) – para ângulos incidentes maiores que o


ângulo crítico (q > qc), todos os raios incidentes são refletidos
(não ocorre refração).

senqc = n2/n1

ex. fibra óptica


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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Cálculo do ângulo crítico Óptica ondulatória
Óptica geométrica

Exemplo:
qc = sen-1(n2/n1) n1 > n2
= sen-1(0,866)
= 60o
n2= 1

n1 = 1,155

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59
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Óptica ondulatória
Óptica geométrica

Guiamento de luz por reflexão interna total

 A luz pode ser guiada de um ponto a outro com baixa perda por
meio de reflexão interna total.
 Exemplo: guias de onda e fibras ópticas n >n
1 2

n2<n1
n1

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60
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Óptica ondulatória
Óptica geométrica
Abertura numérica de fibras ópticas
 Ângulo de aceitação (qa) – metade do ângulo do cone de luz
“aceito” pela fibra óptica, ou seja, que será transmitido no
núcleo da fibra óptica sem refração para a casca.
 Abertura numérica (NA) – número que dá o ângulo de n2<n1
aceitação.

NA = senqa = (n21 – n22)1/2 n1

n1 > n2

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61
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Cálculo da abertura numérica Óptica ondulatória
Óptica geométrica

n2<n1
n1

n1 > n2
Exemplo:
Para n1 = 1,47 e n2 = 1,46, calcule NA:

NA = (n21 – n22)1/2 = 0,17

 qa = sen-1 (0,17) ≈ 10o


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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Materiais GRIN (GRaded-INdex) Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Material GRIN (Graded-INdex) - material cujo índice de refração


varia com a posição, de acordo com a função contínua n(r) -
material não-homogêneo.
 Fabricados pela adição de dopantes em concentrações
controladas.
 Raios ópticos se propagam em trajetórias curvas, ao invés de
retilíneas.
Exemplo: a miragem de água (“reflexo”) sobre o asfalto num dia quente.

Paula M P Gouvea
63
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Trajetória do raio no GRIN Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 No material GRIN, a trajetória da luz (descrita por r(x, y, z))


obedece a equação do Raio:
d n dr
(
ds ds
 u )
 Na aproximação paraxial (raios que se propagam com ângulos
muito pequenos com relação à direção de propagação: sen q ≈ q),
a equação do Raio pode ser simplificada:

. ... ... ...


ondas ondas ondas
esféricas parabólicas planas

d n dx n d n dy n
(
dz dz
= x) dz dz
( = y )
z Paula M P Gouvea
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
SELFOC e Lentes GRIN Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 SELFOC (self focusing) - um material GRIN cujo índice de


refração em função da posição é uma função parabólica.
n(x) = no2(1 - a2x2) d2x  -a2x
dz2

x(z) = yo cos(az) + qo sin (az)


a

A lente grin é um SELFOC de


comprimento tal que a luz é
focada em um ponto F fora do
material - como uma lente.
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Interferência e dispersão

Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Óptica ondulatória

Óptica geométrica
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Óptica ondulátória Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Lembrando que a óptica geométrica é o limite da óptica


ondulatória quando o comprimento de onda é infinitesimalmente
pequeno, todos os efeitos vistos na óptica geométrica podem
ser explicados pela óptica ondulatória.

k1 O índice de refração maior faz a


velocidade de propagação das
ondas diminuir.

Na aproximação paraxial, pode-se


trabalhar com a amplitude complexa
de uma onda monocromática:

U(r) = A(r) exp (-ikz)

onde k é o vetor de onda (veja figura).


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k2 Paula M P Gouvea
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Franjas de interferência Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 O interferômetro de Michelson produz franjas de interferência,


(máximos e mínimos da intensidade da luz). A função da
intensidade é senoidal.
Usando U(r) = A(r) exp (-ikz) = I1/2 exp (ij)

Para luz coerente:


Feixes não-paralelos resultam
I = I1 + I2 + 2(I1I2)1/2 cosφ em interferência espacial.
φ = φ 1 - φ2
diferença de fase

I1 = I2 = I
I = 2xI[1 + cos(2πd/λ)]
d - diferença de percurso
Feixes paralelos- apenas 1 franja
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Deslocamento das Franjas Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Ao variarmos d, a diferença de percurso entre os 2 feixes, a


intensidade da interferência varia de acordo:

I1 = I2 = I
I I = 2xI[1 + cos(2πd/λ)]
4I
d = n λ, I = 4I
2I d = λ/2, I = 0
Distância propagada < Lcoerência

0 λ 2λ d
• Observação: Neste exemplo estamos utilizando feixes paralelos.
O detector detecta apenas um valor de Intensidade para cada
d (veja próximas transparências).
• Compare com transparência 26.
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson (1882/3) Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Michelson trabalhou no BIPM, onde construiu um interferômetro


de Michelson.
 Em 1887, Michelson sugeriu que interferômetros ópticos fossem
usados para medir comprimento (Prêmio Nobel).

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70
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson 1 Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 No interferômetro de Michelson, utiliza-se um divisor de feixe


para dividir o feixe de entrada em 2 feixes de iguais.
intensidade. Cada feixe propaga até um espelho, é refletido, e
volta pelo mesmo caminho óptico da ida. São então
recombinados pelo divisor de feixe, o que gera a interferência.

Espelho
I1
Entrada
Espelho
Divisor de Feixe
I2

Detector I1 = I2 = I
Distância propagada < Lcoerência

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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson 2 Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Se a distância propagada pelo feixe I1 for igual à distância


propagada pelo feixe I2, a interferência será construtiva, e o
detector irá medir um máximo de intensidade (I = 4I).

Espelho

Entrada
I1
Espelho
Divisor de Feixe
I2

Detector
I1 = I2 = I
Distância propagada < Lcoerência

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Condição Inicial
 Se a distância propagada pelo feixe I1 for igual à distância
propagada pelo feixe I2, a interferência será construtiva, e o
detector irá medir um máximo de intensidade (I = 4I).

4I

2I

0 λ 2λ d
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson 3 Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Ao deslocarmos o espelho de I2 por uma distância Δs pequena,


a diferença do percurso entre os 2 feixes causará uma redução
gradual (senoidal) na intensidade medida pelo detector.

Espelho

Entrada I1
Espelho
I2
Divisor de Feixe
Δs = d/2
Detector
I1 = I2 = I
Distância propagada < Lcoerência

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74
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson 4 Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Quando Δs = λ/4, a diferença de distância percorrida pelos 2


feixes será igual a d = λ/2. Neste caso, a intensidade medida
pelo detector será igual a 0.

Espelho

Entrada
I1
Espelho
Divisor de Feixe
I2
Δs = d/2
Detector
I1 = I2 = I
Distância propagada < Lcoerência

Paula M P Gouvea
75
Meia Franja Deslocada
 Quando Δs = λ/4, a diferença de distância percorrida pelos 2
feixes será igual a d = λ/2. Neste caso, a intensidade medida
pelo detector será igual a 0.

4I

2I

0 λ 2λ d
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson 5 Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Quando Δs = λ/2, a diferença de distância percorrida pelos 2


feixes será igual a d = λ. Neste caso, a intensidade medida pelo
detector volta a ser máxima, igual a 4I. Dizemos que 1 franja se
deslocou.

Espelho

Entrada I1
Espelho
I2
Divisor de Feixe
Δs = d/2
Detector
I1 = I2 = I
Distância propagada < Lcoerência

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Uma Franja Deslocada
 Quando Δs = λ/2, a diferença de distância percorrida pelos 2
feixes será igual a d = λ. Neste caso, a intensidade medida pelo
detector volta a ser máxima, igual a 4I. Dizemos que 1 franja se
deslocou.
I
4I

2I

0 λ 2λ d
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson 6 Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Se contarmos o número de franjas deslocadas, podemos


calcular a distância deslocada pelo espelho. Cada franja
deslocada (fringe shift) representa um deslocamento Δs = λ/2.

Espelho

Entrada I1
Espelho
Divisor de Feixe I2
Δs = d/2
Detector
I1 = I2 = I
Distância propagada < Lcoerência

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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Interferômetro de Michelson 7 Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Exemplo: Se usarmos um laser em λ = 632 nm, cada franja


deslocada corresponde a um deslocamento do espelho de 316 nm.

Espelho

Entrada
I1
Espelho
Divisor de Feixe
I2
Δs = d/2
Detector
I1 = I2 = I

Distância propagada < Lcoerência

Paula M P Gouvea
80
Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Dispersão Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 Dispersão – ocorre porque o índice de refração é dependente


da frequência da luz, ou seja, cada frequência se propaga com
velocidade diferente.

c (n) = co/n(n)
 Materiais dispersivos refratam diferentes frequências em
diferentes ângulos:

 Se a distância propagada for longa, também ocorre o atraso


temporal das frequências mais lentas (alargamento do pulso).
Paula M P Gouvea
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Óptica quântica
Óptica eletromagnética
Dispersão Óptica ondulatória
Óptica geométrica

 À medida que a luz se propaga em um material dispersivo, o pulso


se alarga temporalmente (frequências mais lentas se atrasam com
relação a frequências mais rápidas).

-D

t t
0

+D

t t
0

Paula M P Gouvea
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Resumo
AULA HOJE (16/03/2015)
 Natureza da luz: visível, IR, UV, fontes, transmissão, reflexão
 Diferentes representações da luz: raios, ondas e fótons.
 Propriedades básicas da luz: velocidade, índice de refração,
colimação, frequência, comprimento de onda, etc.
 Óptica Geométrica:
 Reflexão (espelhos)
 Refração (lentes)
 Reflexão interna total
 Abertura numérica
 Materiais grin e selfoc
 Óptica Ondulatória:
 Interferência (interferômetro de Michelson)
 Dispersão
Paula M P Gouvea
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