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MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL

CARLA BAPTISTA, F. RUI CÁDIMA,


LUÍS OLIVEIRA MARTINS E MARISA TORRES DA SILVA
CIC.DIGITAL (PÓLO FCSH/NOVA)
Encontro CIÊNCIA’17
Centro de Congressos de Lisboa
3 de Julho de 2017
Org: MCTES
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – INTRODUÇÃO

Esta comunicação trabalha o conceito de pluralismo nos media em


Portugal com base no modelo de monitorização do pluralismo que está a
ser implementado na Europa (MPM – Media Pluralism Monitor,
coordenado pelo Centre for Media Pluralism and Media Freedom) do
qual já se conhecem os resultados relativos a 2015 e 2016 para o caso
português.

Links para o MPM - Media Pluralism Monitor:


http://monitor.cmpf.eui.eu/

Media Pluralism Monitor 2016 – Results:


http://cmpf.eui.eu/media-pluralism-monitor/mpm-2016-results/

Media Pluralism at risk in Europe:


http://cmpf.eui.eu/media-pluralism-risk-europe/
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL - INTRODUÇÃO

A partir do modelo de monitorização aplicado em Portugal durante 2015


e 2016 (MPM), chegamos a um conjunto de conclusões sobre o sistema
de media Português. O caso Português é em geral positivo. Com
excepção da concentração horizontal não surgem domínios com altos
níveis de risco, embora existam vários problemas para resolver no
sistema, nomeadamente no domínio da inclusão.

No que diz respeito ao quadro jurídico, existem várias regras específicas e


gerais relativas ao tema da diversidade nos media. Portugal tem um
organismo regulador que monitoriza as principais áreas do setor,
nomeadamente a transparência da propriedade, o pluralismo dos media
públicos, etc. - através de auditorias, relatórios e vários estudos.
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL - INTRODUÇÃO

Existem também riscos em matéria de independência editorial e / ou de


respeito pelas normas profissionais, devido à precariedade que atinge o
sistema e à reduzida eficácia quer da auto e da co-regulação, quer dos
conselhos deontológicos e editoriais em geral.

Em relação ao Serviço Público de TV e Rádio (RTP), existem agora


expectativas positivas após a criação do Conselho Geral Independente,
em setembro de 2014, sendo de realçar uma melhoria genérica no
campo do pluralismo e da qualidade da programação, que estamos a
monitorizar através do projeto DIVinTV (CIMJ/CIC.Digital/FCT), cujos
resultados serão divulgados no próximo ano.
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – INDICADORES DO
MPM 2016
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL- METODOLOGIA

Os resultados para cada área e cada indicador são apresentados numa


escala de 0% a 100%. Pontuações entre 0 e 33% são consideradas de
baixo risco, de 34 a 66% são de risco médio, enquanto aquelas entre 67 e
100% são de alto risco. Por defeito, ao nível dos indicadores, pontuações
de 0 foram classificadas como 3% e pontuações de 100 foram
classificadas como 97%, isto para evitar uma avaliação de total ausência
ou certeza de risco.
Para mais informação sobre a metodologia do MPM, ver o relatório
CMPF “Monitoring Media Pluralism in Europe: Application
of the Media Pluralism Monitor 2016 in EU-28, Montenegro and Turkey”,
http://monitor.cmpf.eui.eu/
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – PROTEÇÃO BÁSICA

Os indicadores sobre liberdade de expressão e direito à informação apresentam baixo risco. O indicador sobre a
profissão jornalística, práticas e proteção setorial apresenta baixo risco, apesar dos impactos da precariedaade. Não
há também evidência de que a autoridade dos media não utilize os seus poderes de forma independente. O
indicador sobre o acesso universal aos media tradicionais e à Internet atinge um risco médio (34%). Nesta área, há
melhorias a serem introduzidas, em particular em termos de assinaturas de banda larga e também na velocidade
média de ligação à Internet. No conjunto da área: 15% (baixo risco).
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – PLURALIDADE DO
MERCADO

Trata-se da monitorização do pluralismo a partir da dimensão económica.


Os indicadores desta área examinam a existência/efetividade das medidas de
proteção da transparência e divulgação de informação sobre propriedade dos
media. Avaliam também a existência/efetividade de regulação preventora da
concentração da propriedade horizontal e “cross-media” e o papel das
autoridades reguladoras e das ajudas do Estado na proteção do pluralismo nos
media.
Procura-se ainda estimar a viabilidade dos mercados dos media, assim como
averiguar se existe influência de forças comerciais, incluindo os proprietários dos
media e os anunciantes, nos processos de tomada de decisão editorial.
No conjunto da área: 27% (Baixo Risco). No entanto, dentro dos vários
indicadores de Pluralidade de Mercado existe alguma divergência (gráfico).
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – PLURALIDADE DO
MERCADO
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – INDEPENDÊNCIA
POLÍTICA

O indicador sobre o controlo político sobre os meios de comunicação apresenta um baixo risco (8%). Não há
também evidência de interferência nas decisões e conteúdos editoriais dos media ou em contexto de processo
eleitoral. O indicador sobre a regulamentação estatal de fontes de financiamento e apoio ao sector dos meios de
comunicação está no limite do risco médio (33%) e, portanto, no caso português, sugere uma maior preocupação
nesta área. O indicador sobre a independência da administração e do financiamento do PSM apresenta um baixo
risco (3%). No conjunto da área: 11% (baixo risco).
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – INCLUSÃO SOCIAL

Trata-se de uma dimensão mais política do pluralismo, avaliando a


universalidade e qualidade do acesso para os diversos grupos sociais,
designadamente:

Minorias (étnicas/religiosas); Pessoas com Deficiência; Mulheres;


Comunidades (Locais/Regionais); Media Comunitários

É neste indicador que se avaliam as questões da Diversidade, da


Representatividade, da Universalidade do Acesso, da Igualdade de
Género e da Literacia Mediática;
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL - INCLUSÃO SOCIAL
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – INCLUSÃO SOCIAL

- ACESSIBILIDADES/INCLUSÃO – Risco Reduzido (25%) – Boas práticas


(planos plurianuais com participação abrangente da sociedade civil e
organizações representativas+alargamento das horas e programas
com língua gestual, legendagem, audio descrição; Desafios
transcendem os media;
- MINORIAS – Risco Médio (50%) – Défices de representação e
visibilidade; Relatórios de Regulação mais específicos
- GÉNERO – Risco Médio (44%) – Auditoria Serviço Público e Relatórios
de Regulação apontam subrepresentação;
- LITERACIA – Risco Médio (56%) – Políticas fragmentadas, sem
estratégia nacional de integração, pouca participação das escolas
- COMUNIDADES LOCAIS/REGIONAIS – Risco Médio (54%) –
Sustentabilidade dos meios; Aposta Digital; + Transparência Apoios
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL - CONCLUSÕES

Existem aspetos a melhorar no sistema Português, a saber: as questões


de auto-regulação, reforço da independência do serviço público, a
pluralidade e a diversidade das notícias e programas em geral, o acesso
aos meios de comunicação por minorias, grupos sociais, culturais,
comunidades locais, etc.

As metodologias de análise do pluralismo devem dar um peso mais forte


às categorias "outras vozes“ e à diversidade cultural, a fim de melhor
adequar os critérios de avaliação e a especificidade do pluralismo político
e da diversidade nos media.
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL – INCLUSÃO SOCIAL
CONCLUSÕES
- Défices de visibilidade e programação representativa das minorias – +
Diversidade; Melhor Monitorização
- Abordagem das questões de género insuficiente - mulheres idosas,
com pertenças étnicas não dominantes, com sexualidades não
normativas são as menos representadas - questão de cultura
jornalística;
- Comunidades locais e regionais – + transparência nas políticas de
incentivo aos media locais e regionais; + programas foco local e
regional;
- Défices de instrumentos de monitorização; + Estudos sobre Media –
recepção (públicos-alvo); avaliação de conteúdos (Programação,
Linguagem); Grupos vulneráveis (Ciganos, Imigrantes, Mulheres);
- Questões de Literacia são críticas e exigem intervenção – Melhores
Políticas
MEDIA E PLURALISMO EM PORTUGAL - CONCLUSÕES

Ao nível da pluralidade do mercado, a situação revela-se globalmente


positiva. Os atuais níveis de concentração horizontal são elevados, mas
aceitáveis, considerando os escassos recursos e o pequeno tamanho dos
mercados em Portugal.

No entanto, para resolver os potenciais problemas de concentração


cruzada dos meios de comunicação social (tais como o abuso de posição
no mercado), os agentes políticos devem trabalhar no sentido de
aprovarem uma lei consensual neste domínio.

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