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Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica:

Protocolos e Habilidades

Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior


Farmacêutico Clínico-Industrial
Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica
Doutor em Biotecnologia

Paulo Afonso
2017 1
Farmácia clínica
• História da Farmácia
– 4 Períodos Importantes:
• Boticários
• Industrialização e expansão da indústria
farmacêutica
• Em 1960 início da farmácia clínica
• Surgimento da Atenção Farmacêutica
– Alguns fatos marcantes:
• O desastre da talidomida
• Resistência microbiana (superbactérias)
• Suspensão de lotes de medicamentos
produzidos por grandes indústrias 2
Farmácia clínica

Farmácia Clínica é definida como a área da farmácia


voltada para a ciência e prática do uso racional de
medicamentos e é uma disciplina das ciências da
saúde na qual farmacêuticos proporcionam cuidado
ao paciente de forma a otimizar a farmacoterapia e
promover saúde, bem-estar e prevenção de doenças
(Cipolle, 1998).

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Farmácia clínica
• Atividades do Farmacêutico Clínico:
– Atuam em todos os locais de atenção à
saúde
– Compreensão e aplicação das ciências
biomédicas, farmacológicas e clínicas
– Se responsabilizar pela gestão da
farmacoterapia dos usuários do serviço de
saúde
– Garantir o processo do cuidado de forma
documentada e auxiliam na tomada de
decisão 4
Farmácia clínica
• Documentação das atividades
– Descrição e registro das atividades de forma
sistemática
– Processo realizado por outros profissionais
de saúde não somente o farmacêutico
– Por muito tempo houve falta de
padronização das atividades da farmácia
clínica

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Atenção farmacêutica
• A atenção farmacêutica como peça chave para
a reprofissionalização da farmácia
• Prática profissional proposta como resposta
aos problemas de saúde pública relacionados
ao uso de medicamentos.
• Termo utilizado pela primeira vez em 1975 por
Mikeal et al
– Cuidado que um dado paciente necessita e
recebe que garante um uso racional de
medicamento

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Atenção farmacêutica
• Segundo Brodie (1980) a atenção farmacêutica
é:
“Determinação das necessidades relacionadas a
medicamentos de um paciente e provisão de
medicamentos e serviços necessários”

• Segundo Hepler (1990) a atenção farmacêutica


representa:
“A provisão responsável do tratamento farmacológico
com o propósito de alcançar resultados concretos
que melhore a qualidade de vida dos paciente”
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Atenção farmacêutica
• Cipole e colaboradores em 1998 conceituaram
Atenção Farmacêutica como sendo:
[...] uma prática em que o farmacêutico assume
responsabilidade pelas necessidades
farmacoterapêuticas do paciente e responde por
esse compromisso.

• Nesse contexto é consenso que:


– A atenção farmacêutica visa otimizar a farmacoterapia,
além de prevenir, detectar e resolver problemas
relacionados à farmacoterapia antes que esses causem
danos ao usuário.
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Atenção farmacêutica
• O conceito brasileiro da Atenção Farmacêutica
(OPAS,2002) estão sustentados em alguns
pilares:
– Atitudes, compromissos e co-responsabilidades
na prevenção de doenças e recuperação da
saúde.
– Farmacêutico como integrante da equipe
multidisciplinar
– Interação direta com o usuário
– Otimização da farmacoterapia para obtenção de
resultados definidos e mensuráveis
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Atenção farmacêutica
• Paciente como foco da Atenção Farmacêutica

• Dispensação X Atenção Farmacêutica


– Na dispensação o farmacêutico não se
responsabiliza pelos resultados de sua
farmacoterapia

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Atenção farmacêutica
Necessidade do paciente relacionadas à farmacoterapia
O medicamento é apropriado:
Existe indicação
Todos os medicamentos necessários estão sendo utilizados
O medicamento é efetivo
O produto mais efetivo está sendo utilizado
A dose do medicamento está sendo suficiente para alcançar os objetivos
terapêuticos
O medicamento é seguro
Nenhuma reação adversa está sendo experimentada
Não há sinais de toxicidade relacionada à dose do medicamento
O paciente está aderindo ao tratamento
O paciente está informado sobre seus medicamentos
O paciente está disposto e tem condições de usar o medicamento como
recomendado

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Atenção farmacêutica
• O exercício da Atenção Farmacêutica não
exclui as outras práticas farmacêuticas nem as
de outro profissional de saúde.
– Prática colaborativa e integrada às outras práticas
profissionais
– É uma prática generalista
• Criança
• Idoso
• Gestante
• Portadores de doenças crônicas
• Portadores de doenças agudas

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Atenção farmacêutica
• Componentes da Atenção Farmacêutica
– Filosofia profissional
• Alicerce da prática que define valores e
responsabilidades
– Processo de cuidado do paciente
• Processo sistemático que abrange a tomada de
decisão clínica e intervenções
– Processo de gestão da prática
• Todo suporte e recurso necessário para oferecer
um serviço qualificado e eficiente
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Atenção farmacêutica
• Filosofia profissional
– Define o que e como o profissional vai
exercer suas atividades
• Valores e responsabilidades
– Está relacionada à prática e não ao
profissional
• Todos os profissionais da mesma profissão
devem ter a mesma filosofia (padronização de
valores e comportamento)

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Atenção farmacêutica
• Processo de cuidado
– Assumir responsabilidade por suas
intervenções e resultados
– Método clínico
• Avaliação inicial – Plano de cuidado – Avaliação
dos resultados
– Problema Relacionado ao uso de
Medicamentos (PRM) como centro do
processo cognitivo

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Atenção farmacêutica
• Processo de cuidado
– Etapas
• Avaliação Inicial
– Conhecer o paciente
– Solicitar informações
– Tomar decisões racionais sobre a farmacoterapia
• Plano de cuidado
– Determinar os objetivos
– Determinar intervenções
– Marcar o retorno para avaliação dos resultados

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Atenção farmacêutica
• Processo de cuidado
– Etapas
• Avaliação dos resultados
– Coletar evidências clínicas e/ou laboratoriais e
comparar com os objetivos terapêuticos
– Identificar segurança dos medicamentos
– Documentar o estado clínico e as alterações da
farmacoterapia
– Avaliar o paciente para identificação de novos
problemas
– Marcar o retorno

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Atenção farmacêutica
• Processo de gestão da Assistência
Farmacêutica
– Todo apoio necessário para prestar um
serviço eficiente e efetivo
• Possuir todos os recursos necessários
• Processo efetivo de captação de pacientes
• Sistema de documentação
• Meios para remunerar o profissional

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Seguimento farmacoterapêutico

O processo no qual o farmacêutico se responsabiliza


pelas necessidades do paciente relacionadas ao
medicamento, por meio da detecção, prevenção e
resolução de Problemas Relacionados aos
Medicamentos (PRM), de forma sistemática,
contínua e documentada, com o objetivo de
alcançar resultados definidos, buscando a melhoria
da qualidade de vida do usuário (IVAMA et al., 2002)

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Seguimento farmacoterapêutico

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Seguimento farmacoterapêutico
• Farmacoterapia ideal deve possuir:
– Eficácia
– Efetividade
– Eficiência

• Indicadores dos efeitos da


farmacoterapia
– Sinais
– Sintomas
– Exames Laboratoriais Clínicos 21
Seguimento farmacoterapêutico
• Métodos de Seguimento Farmacoterapêutico:
– SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano)
– PharmacotherapyWorkup (PW).
• Análise dos dados
• Plano de atenção
• Monitorização e avaliação
– TOM (Therapeutic Outcomes Monitoring) ou
Monitorização de Resultados Terapêuticos
• Coleta de informações
• Identificação dos objetivos
• Avaliação do plano terapêutico
• Agendamento de nova consulta
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• Resolução dos problemas identificados
Seguimento farmacoterapêutico
• Dáder: Método Dáder de Seguimento
Farmacoterapêutico
– Oferta do serviço
– Primeira entrevista
– Análise situacional
– Fase de intervenção
– Resultado da intervenção
– Nova análise situacional

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Seguimento farmacoterapêutico
Etapas do seguimento farmacoterapêutico

1) acolhimento do usuário, coleta e organização de


dados;
2) avaliação e identificação de problemas relacionados
com a farmacoterapia;
3) delineamento de um plano de cuidado, em
conjunto com o usuário;
4) seguimento individual do usuário.

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Seguimento farmacoterapêutico

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Seguimento farmacoterapêutico
• Características de um Farmacêutico
clínico:
– entender da legislação farmacêutica;
– orientar o usuário em relação ao armazenamento, aos
efeitos indesejáveis, às interações e às interferências de
medicamentos;
– ser capaz de analisar uma prescrição do ponto de vista
legal, farmacocinético e farmacodinâmico;
– gerir e administrar estabelecimentos farmacêuticos;
monitorar e avaliar a evolução do tratamento
farmacológico de seus usuários;
– atuar como fonte de informação fidedigna sobre
medicamentos.
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Legislação farmacêutica
• RDC 44/09
– Serviços farmacêuticos
• Atenção farmacêutica domiciliar
• Aferição dos parâmetros bioquímicos e
fisiológicos
– Aferição da pressão arterial
– Aferição da glicemia capilar
– Aferição da temperatura corporal
• Aplicação de injetáveis
• Perfuração do lóbulo auricular
– Colocação de brincos
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Legislação farmacêutica
• RDC 44/09
– Onde realizar os serviços farmacêuticos
• Local próprio separado para esse fim
• Deve conter POP e registros dos serviços
– Registro do serviço aplicado
• Declaração dos serviços farmacêuticos

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Legislação farmacêutica

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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 585/13
– Regulamenta as atribuições clínicas do
Farmacêutico
• Art. 2º - As atribuições clínicas do farmacêutico
visam à promoção, proteção e recuperação da
saúde, além da prevenção de doenças e de
outros problemas de saúde.
Parágrafo único - As atribuições clínicas do farmacêutico
visam proporcionar cuidado ao paciente, família e
comunidade, de forma a promover o uso racional de
medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o propósito
de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade
de vida do paciente 30
Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 585/13
– Art. 7º - São atribuições clínicas do
farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,
nos âmbitos individual e coletivo:
• III - Participar do planejamento e da avaliação da
farmacoterapia, para que o paciente utilize de forma
segura os medicamentos de que necessita, nas
doses, frequência, horários, vias de administração e
duração adequados, contribuindo para que o mesmo
tenha condições de realizar o tratamento e alcançar
os objetivos terapêuticos;

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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 585/13
– Art. 7º - São atribuições clínicas do
farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,
nos âmbitos individual e coletivo:
• VII - Prover a consulta farmacêutica em
consultório farmacêutico ou em outro ambiente
adequado, que garanta a privacidade do
atendimento;
• VIII - Fazer a anamnese farmacêutica, bem como
verificar sinais e sintomas, com o propósito de
prover cuidado ao paciente;
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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 585/13
– Art. 7º - São atribuições clínicas do
farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,
nos âmbitos individual e coletivo:
• XI - Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de
sua competência profissional, com a finalidade
de monitorar os resultados da farmacoterapia;
• XII - Avaliar resultados de exames clínico-
laboratoriais do paciente, como instrumento
para individualização da farmacoterapia;

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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 585/13
– Art. 7º - São atribuições clínicas do
farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,
nos âmbitos individual e coletivo:
• XIII - Monitorar níveis terapêuticos de
medicamentos, por meio de dados de
farmacocinética clínica;

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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 585/13
– Art. 7º - São atribuições clínicas do
farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,
nos âmbitos individual e coletivo:
• XIV - Determinar parâmetros bioquímicos e
fisiológicos do paciente, para fins de
acompanhamento da farmacoterapia e
rastreamento em saúde;
• XV - Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos
incidentes relacionados aos medicamentos e a
outros problemas relacionados à
farmacoterapia; 35
Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 585/13
– Art. 7º - São atribuições clínicas do
farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,
nos âmbitos individual e coletivo:
• XVI - Identificar, avaliar e intervir nas interações
medicamentosas indesejadas e clinicamente
significantes
– Art. 10 - As atribuições dispostas nesta resolução
correspondem aos direitos, responsabilidades e
competências do farmacêutico no
desenvolvimento das atividades clínicas e na
provisão de serviços farmacêuticos. 36
Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 586/13 (prescrição farmacêutica)
– O que é a prescrição farmacêutica?
• Prescrição é o ato de selecionar a terapia
medicamentosa e não medicamentosa visando à
promoção, proteção e recuperação da saúde, e à
prevenção de doenças e de outros problemas de
saúde
– Quem pode prescrever?
• profissional legalmente habilitado pelo seu
conselho

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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 586/13 (prescrição farmacêutica)
– Onde o farmacêutico pode prescrever?
• diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios,
serviços e níveis de atenção à saúde, desde que
respeitado o princípio da confidencialidade e a
privacidade do paciente no atendimento
– Quais tipos de medicamentos podem ser
prescritos?
• produtos com finalidade terapêutica, cuja
dispensação não exija prescrição médica, incluindo
medicamentos industrializados e preparações
magistrais alopáticos ou dinamizados plantas
medicinais, drogas vegetais
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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 586/13 (prescrição
farmacêutica)
– Podem ser prescritos medicamentos que
exijam a prescrição médica?
• Somente mediante a acordos com o prescritor
• Deve-se possuir título de ESPECIALISTA na área
de farmacologia clínica e terapêutica

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Legislação farmacêutica
• Resolução CFF 586/13 (prescrição
farmacêutica)
– Medicamentos Isentos de Prescrição médica
(MIPs)
• Contidos na RDC 138/2003
• Lista razoavelmente grande
• Não contém nome de medicamentos mas
grupos

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Legislação farmacêutica

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Legislação farmacêutica

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Legislação farmacêutica

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Legislação farmacêutica
• Lei 13.021 de agosto de 2014
• Art. 13. Obriga-se o farmacêutico, no exercício
de suas atividades, a:
– I - notificar os profissionais de saúde e os órgãos
sanitários competentes, bem como o laboratório
industrial, dos efeitos colaterais, das reações adversas,
das intoxicações, voluntárias ou não, e da
farmacodependência observados e registrados na
prática da farmacovigilância;
– II - organizar e manter cadastro atualizado com dados
técnico-científicos das drogas, fármacos e
medicamentos disponíveis na farmácia;
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Legislação farmacêutica
• Lei 13.021 de agosto de 2014
• Art. 13. Obriga-se o farmacêutico, no exercício
de suas atividades, a:
– III - proceder ao acompanhamento farmacoterapêutico de
pacientes, internados ou não, em estabelecimentos
hospitalares ou ambulatoriais, de natureza pública ou
privada;
– IV - estabelecer protocolos de vigilância farmacológica de
medicamentos, produtos farmacêuticos e correlatos,
visando a assegurar o seu uso racionalizado, a sua
segurança e a sua eficácia terapêutica;

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Legislação farmacêutica
• Lei 13.021 de agosto de 2014
• Art. 13. Obriga-se o farmacêutico, no exercício
de suas atividades, a:
– V - estabelecer o perfil farmacoterapêutico no
acompanhamento sistemático do paciente, mediante
elaboração, preenchimento e interpretação de fichas
farmacoterapêuticas;
– VI - prestar orientação farmacêutica, com vistas a
esclarecer ao paciente a relação benefício e risco, a
conservação e a utilização de fármacos e medicamentos
inerentes à terapia, bem como as suas interações
medicamentosas e a importância do seu correto
manuseio.
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Sistemas de Apoio
Plataforma registre
www.sistemaregistre.com.br

Medscape (Interações Medicamentosas)


http://reference.medscape.com/drug-
interactionchecker

Drugs.com (Interações Medicamentosas)


https://www.drugs.com/drug_interactions48
Módulo: Estágio em Farmácia Clínica
Trabalho de conclusão de Curso

Condutas Clínicas-Farmacêuticas em Farmácia

Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior


Farmacêutico Clínico-Industrial
Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica
Doutor em Biotecnologia

Salvador
2017 49

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