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O s Maias

Episódios da vida romântica


Jantar dos Gouvarinhos

09/05/2018
Jantar dos Gouvarinhos

Objectivos:

 Reunir a alta burguesia e aristocracia;


 Reunir a camada dirigente do País;
 Radiografar a ignorância das classes dirigentes.
Alvos visados

Conde de Gouvarinho

 Voltado para o passado:

“Está claro, dizia o conde, que não temos nem os milhões, nem a marinha dos ingleses.
Mas temos grandes glorias; o infante D. Henrique é de primeira ordem.”

 Tem lapsos de memória;

“Ainda este inverno nós lhe ouvimos um paradoxo brilhante! Até foi em casa da Sr.ª D.
Maria da Cunha... V. Exc.ª não se lembra, Sr. D. Maria? Esta minha desgraçada memória!
Ó Tereza, lembras-te daquele paradoxo do Barros? Ora sobre que era, meu Deus?...
Enfim, um paradoxo muito difícil de sustentar... Esta minha memória!... Pois não te
lembras, Tereza?
 comenta muito desfavoravelmente as mulheres

“(...) O conde afirmou logo com exuberância que não


gostava também de literatas: sim, decerto o lugar da
mulher era junto do berço, não na biblioteca(...)”

 Revela uma visível falta de cultura

“(…) Tinha-se lembrado enfim do soberbo paradoxo do Barros. Dizia o Barros


que os cães, quanto mais ensinados... Pois, não, não era isto!
- Esta minha desgraçada memória!... E era sobre cães. Uma coisa brilhante,
filosófica até!”
 Não acabava nenhum assunto
“(…) - País de grande prosperidade, a Holanda!... Em nada inferior ao nosso... Já conheci
mesmo um holandês que era excessivamente instruído...”
“O conde via ali só inveja - a inveja que nos têm todas as nações por causa da importância
das nossas colónias, e da nossa vasta influência na África...”

 Não compreende a ironia sarcástica de Ega.


“ O conde interveio, afável e risonho:
- O nosso Ega quer fazer simplesmente um paradoxo. E tem razão, tem
realmente razão, porque os faz brilhantes...”

Vai ser ministro.


Sousa Neto

 Acompanha as conversas sem intervir


“(…) Defronte de Carlos, o Sr. Sousa Neto, que tinha três enormes corais no
peitilho da camisa, estava já observando, enquanto remexia a sopa, que a senhora
condessa, na sua viagem ao Porto, devia ter encontrado nas ruas e nos edifícios
grandes mudanças... A condessa, infelizmente, mal tinha saído durante o tempo
que estivera no Porto. O conde, esse, é que admirara os progressos da cidade. E
especificou-os: elogiou a vista do Palácio de Cristal; lembrou o fecundo
antagonismo que existe entre Lisboa e Porto; mais uma vez o comparou ao
dualismo da Áustria e da Hungria. E através destas coisas graves, lançadas de alto,
com superioridade e com peso, a baronesa e a senhora de escarlate, aos dois lados
dele, falavam do convento das Selesias.”
 Desconhece o sociólogo Proudhon

“(…) Sr. Sousa Neto, sabe o que diz Proudhon?”


“Não sabia, disse ele com um sorriso infinitamente superior, que esse filósofo
tivesse escrito sobre assuntos escabrosos!”

 Defende a imitação do estrangeiro

 Não entra em discussões


“ É meu costume, Sr. Ega, não entrar nunca em discussões (…)
 Acata todas as opiniões alheias mesmo que absurdas
“(…) acatar rodas as opiniões alheias, mesmo quando elas sejam
absurdas...”

 Defende a literatura de folhetins , de cordel


“E diga-me outra coisa, prosseguiu o Sr. Sousa Neto, com interesse, cheio de
curiosidade inteligente. Encontra-se por lá, em Inglaterra, desta literatura
amena, como entre nós, folhetinistas, poetas de pulso?...!”

 É Deputado

“Oficial superior duma grande repartição do Estado”


Intencionalidade:

Neste episódio temos bem patente, por um lado, a superficialidade dos juízos dos mais
destacados funcionários do Estado e, por outro, incapacidade de diálogo por manifesta falta
de cultura.

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