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Diodos Semicondutores
Atenção
O material constante destas notas de aula foi preparado com base na
bibliografia recomendada e destina-se a servir como um apoio ao
acompanhamento da disciplina.
Em alguns slides são utilizados recursos coletados da INTERNET e
considerados de domínio público.
Dispositivos de Estado Sólido: Diodo Semicondutor
Os dispositivos semicondutores substituíram as válvulas termiônicas (Adendo 1)
em praticamente todas as aplicações eletro-eletrônicas. Chamados de dispositivos de
estado sólido, representaram e, ainda hoje representam, uma grande revolução
tecnológica permitindo o surgimento do que se denomina de alta tecnologia.
Lee De Forest patenteou a válvula triodo
em 1907 permitindo, na época, um grande
avanço no campo das telecomunicações.
Para iniciar o estudo dos dispositivos de
estado sólido, será considerado o Diodo
Semicondutor.
Exemplo de um amplificador
Válvula Termiônica valvulado para guitarras.
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Diodo Semicondutor: Aspectos Construtivos
O Diodo Semicondutor nada mais é do que uma junção PN acrescida de dois cristais
fortemente dopados (N+ e P+) e de dois terminais de um material metálico
(geralmente alumínio).
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Diodo Semicondutor: Polarização Direta
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Diodo Semicondutor: Polarização Reversa
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Diodo Semicondutor: Ruptura Zener
O efeito Zener foi descoberto por Clarence M. Zener e
estabelece que o próprio campo elétrico, na região de
depleção, é capaz de gerar pares elétron-lacuna. Isto
devido a alta intensidade que estes campos assumem.
A largura da região de depleção é na faixa de mm e a
presença de uma tensão reversa externa na faixa de V
pode gerar campos da ordem de milhões de Volt por
metro. Clarence Melvin Zener (1905 – 1993)
O valor da tensão reversa de ruptura pode ser tão pequena quanto algumas
unidades de Volt e tão grande quanto algumas centenas de Volt. O seu coeficiente
térmico depende de qual efeito é predominante (Avalanche ou Zener).
Um valor de referência é algo em torno de 5 a 6V (algumas literaturas colocam 5,6V).
Para tensões acima destes valores o coeficiente térmico da tensão de ruptura é
positivo e para valores inferiores é negativo.
Para tensões inferiores a 5,6V predomina a Avalanche e para tensões superiores
predomina o efeito Zener.
Existe um diodo especializado para operar na região de ruptura que recebe o nome de
Diodo Zener. 12
Diodo Semicondutor: Encapsulamentos
Alguns fabricantes identificam o diodo através do seu símbolo, outros, colocam
uma tarja no terminal referente ao anodo.
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Diodo Semicondutor: Curva Característica
Uma imagem vale mais do mil palavras! A curva característica do diodo
semicondutor representa a função ID = f(VD) @ T e, através dela, pode-se
reconhecer todos os aspectos de operação descritos até o momento.
O primeiro quadrante representa a
condição de polarização direta.
Observar que vencida a barreira (VT) o
diodo conduz corrente até um limite
máximo de dissipação imposto por
IDmax. No terceiro quadrante, tem-se a
condição de polarização reversa com o
diodo conduzindo apenas uma pequena
VT também é chamada de
corrente reversa (IS). Uma vez atingida
“Tensão de Joelho”. a ruptura (BV) ele passa a conduzir
IS também é chamada de uma corrente reversa forçada.
Corrente de Fuga.
Como um todo, o comportamento
elétrico do diodo semicondutor é
altamente não linear.
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Diodo Semicondutor: Equação de Shockley
Verifica-se que quando o diodo está conduzindo
corrente na polarização direta, o comportamento entre
tensão (VD) e corrente (ID) é não linear. Mais
precisamente um comportamento exponencial.
Shockley usando conceitos da física do estado sólido
deduziu uma equação para modelar este
comportamento: William Bradford Shockley (1910-1989)
1 VD
ηU T ID ISe ηU T
VD ηU
VD
ln I D ln I S e ηv t
ln I ln e T
S
V
ln I D D ln I S
ηU T
y ax b
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Diodo Semicondutor: Níveis de Resistência
Embora altamente não linear, a curva característica do diodo por ser linearizada por
partes. Isto significa que é possível aproximar certos trechos da curva por
segmentos de reta e, desta forma, tornar válida a lei de Ohm (V=R.I). Assim, é
possível estabelecer alguns níveis de resistência para o diodo semicondutor. Estes
níveis são definidos para o diodo polarizado diretamente. São eles:
Resistência Estática ou Resistência DC representada por RD;
Resistência Dinâmica Incremental ou Resistência AC Incremental (ou ainda
resistência incremental) representada por r d;
Resistência Dinâmica Média ou Resistência AC média representada por r AV.
Para o diodo na condição de polarização reversa, antes da ruptura, será considerado
um nível de resistência muito elevado (idealmente uma chave aberta) em função
da pequena corrente reversa de saturação.
Na prática, é importante notar que a relação entre a corrente direta (acima do
joelho) e a corrente reversa obedece uma relação de pelo menos 1000:1, ou seja, a
intensidade de ID é mil vezes maior que a intensidade de IS
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Diodo Semicondutor: Resistência Estática (RD)
Por definição a resistência estática é a relação entre os valores DC de tensão e
corrente presentes no diodo. Portanto, trata-se de uma resistência avaliada em
um ponto específico da curva característica e pode assumir valores diferentes
dependendo do local em que é avaliada. Será maior para regiões próximas ou
abaixo do joelho da curva característica. Esta resistência não depende do
formato da curva.
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Resistência Estática: Exemplo
793,9mV
RD(Q1) 26,5 Ω
30mA
685,5mV
RD(Q2) 135 Ω
5,08mA
605,1mV
RD(Q3) 600 Ω
1,01mA
r' d rd rB rB 2rcontato rN rP
P+ Cristal P Cristal N N+
ηU T 2x25mV
rd 10 Ω
I DQ 5mA
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Diodo Semicondutor: Resistência AC Média (rAV)
Se o sinal variante no tempo provocar deslocamentos
muito grandes no entorno do ponto de operação, é
necessário definir uma resistência AC média. Este valor
de resistência é calculado tomando-se uma linha reta que
une os dois pontos extremos das variações do sinal e
fazendo-se a relação entre a tensão e a corrente.Um
exemplo de aplicação, que utiliza o conceito desta
resistência, são os circuitos retificadores.
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Circuitos Equivalentes: Modelo Linear por Partes
Neste ponto, pode surgir a dúvida sobre qual dos modelos utilizar.
Normalmente, o modelo simplificado atende a maioria das análises de
circuitos com diodos. Contudo, sempre que possível, deve-se avaliar os
valores das tensões aplicadas e das outras resistências presentes no
circuito que contém o diodo. Se estes valores forem muito superiores aos
valores de VT e de rAV (pelo menos dez vezes maior) o modelo ideal levará a
resultados com um grau de imprecisão de no entorno de 10%. Quando as
tensões aplicadas e outras resistências forem da mesma ordem de grandeza
de VT e rAV torna-se obrigatório o uso do modelo linear por partes
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Diodo Semicondutor: Efeitos Capacitivos
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Efeitos Capacitivos: Capacitância de Junção
Isolante A capacitância de Junção, que predomina na
polarização reversa, pode ser modelada como
uma capacitor de placas paralelas. O valor
desta capacitância é influenciado pela tensão
reversa aplicada (VR) , pois a espessura do
dielétrico (região de depleção) aumenta ou
diminui em função da maior ou menor
Junção PN polarizada reversamente
intensidade desta tensão.
m No seu equacionamento, CJO é um valor desta
V
C J C J0 1 R capacitância avaliado para polarização zero
Vbi
(valor fornecido pelo fabricante). Em uma
primeira aproximação, Vbi (tensão embutida)
pode ser substituída, por exemplo em um diodo
de sinal, pelo valor de 0,7V.
O coeficiente m está relacionado com os perfis de dopagem dos cristais N e P e vale
entre 1/3 e 1/2. Existe um diodo de finalidade específica, denominado de Varicap,
que é otimizado para operar como um capacitor variável e é muito utilizado em
circuitos de sintonia em telecomunicações.
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Efeitos Capacitivos: Capacitância de Difusão
Na polarização direta, a difusão dos portadores ocorre com uma velocidade
limitada o que significa dizer que durante um determinado período de tempo eles
estão “armazenados” em um determinado nível de energia.
Este armazenamento é modelo através de um efeito capacitivo e por estar
relacionado com a difusão de portadores através da junção recebeu o nome de
Capacitância de Difusão.
Esta capacitância está diretamente associada a corrente direta do diodo uma vez
que quanto maior o seu valor, maior a quantidade de cargas armazenadas. Pode ser
expressa pela fórmula a seguir:
t
C D I D t
VT
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Efeitos Capacitivos: Tempos de Recuperação
A presença de efeitos capacitivos no diodo indica que ele não pode responder
instantaneamente a mudanças bruscas nas tensões de polarização (por exemplo,
um sinal de onda quadrada). O diodo levará um tempo finito para se recuperar dos
efeitos transitórios e assumir o regime permanente de operação.
Existem, portanto, dois tempos de recuperação: o tempo de recuperação direto (t rd)
e o tempo de recuperação reverso (trr). Na prática, o trr sempre será o de maior
valor (dominante) impondo, assim, um limite de freqüência para o funcionamento
adequado do diodo. O circuito ilustrado a seguir permite avaliar estes tempos:
D 1
-5
2 10ns 30ns
80MHZ.
0
-2
20ns t Diodos retificadores
-4 apresentam trr na faixa de
-6
-8 unidades a dezenas de mS.
-10
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Diodos Semicondutores: Folhas de Dados
As Folhas de Dados (de modo geral para todos dispositivos semicondutores)
apresentam para o projetista, basicamente, dois tipos de informação:
Absolute Maximum Ratings (Limiting Values) (Valores Máximos Absolutos
ou Valores Limites): Valores que, se excedidos, provocam a destruição do
dispositivo ou a degeneração de seu comportamento elétrico, diminuindo,
assim, a sua confiabilidade e a sua vida útil.
Electrical Characteristics (Características Elétricas): Tabelas com Valores
Típicos e suas dispersões, Curvas, Circuitos Típicos, etc. que auxiliam o
desenvolvimento de um projeto.
Um dos itens mais importantes na atividade do profissional da eletrônica é saber se comunicar. Isso é válido tanto quando
se trata de redigir ou entender um documento técnico em português como em inglês. A Allegro Microsystems possui um
excelente artigo em que explica exatamente como devem ser escritos os “datasheets” e quais são os principais erros que se
constatam, comprometendo muitas vezes o uso de um produto e com isso o nome do fabricante. Um dos pontos mais
importantes, ao se redigir uma folha de dados ou “datasheet” para um componente, é levar em conta que esse documento
pode significar um elo entre pessoas e empresas que têm necessidades opostas. Para quem lê uma folha de dados, ela
reflete a empresa que o redige. Normalmente erros menores não são muito comentados, no entanto erros de redação ou
mesmo de concordância e principalmente erros técnicos refletem diretamente a credibilidade e o próprio desempenho do
componente, e conseqüentemente da empresa. Outro ponto de extrema importância a ser analisado é que uma folha de
dados de um componente também é considerada pelo cliente como um documento legal de garantia da performance de um
produto. Tudo isso significa que escrever uma folha de dados é uma arte, e saber interpretar seu conteúdo também.
Newton C. Braga 34
Folhas de Dados: Exemplo (diodo de sinal 1N4148)
Informações Gerais, Aplicações, Descrição do Dispositivo, etc.
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Folhas de Dados: Exemplo (diodo de sinal 1N4148)
Valores Máximos Absolutos (Valores Limites)
International Standards
and other publications
IEC TCs/SCs (Technical Committees and
Subcommittees) develop International
Standards and other types of publications
for a specific area of electrotechnology.
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Folhas de Dados: Exemplo (diodo de sinal 1N4148)
Características Elétricas e Circuitos de Teste
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Folhas de Dados: Exemplo (diodo de sinal 1N4148)
Curvas Características (Dados Gráficos)
Informações Mecânicas (Encapsulamento)
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Diodo Semicondutor: Avaliação com o Multímetro
Os multímetros digitais apresentam, dentro de sua
seção ohmímetro, uma função especial
(normalmente identificada pelo símbolo de um
diodo) que permite avaliar a condição de junções PN.
Nesta função, o multímetro injeta uma corrente
constante no diodo sob teste e processa o resultado
de forma a apresentar o valor da barreira de
potencial equivalente quando polarizado
diretamente. Esta corrente situa-se, tipicamente, na
faixa de umas poucas unidades de [mA].
Quando polarizado reversamente, a indicação é tal
que representa a impossibilidade de circular corrente
Multímetro Digital destacando a
função de avaliação de junções PN
pelo diodo (lembrar que nesta situação ele é,
idealmente, uma chave aberta).
Com base nestas indicações é possível identificar
claramente as condições: diodo em bom estado,
diodo em curto e diodo aberto.
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Diodo Semicondutor: Avaliação com o Multímetro
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Adendo 1: Válvulas Termiônicas retornar
Ultrapassadas, obsoletas, volumosas, consumidoras de energia. Tudo isso pode qualificar as válvulas
termiônicas (também chamadas válvulas eletrônicas), mas elas ainda resistem em aplicações específicas.
No uso doméstico, estão presentes em fornos de micro-ondas (magnétron) e em televisores e monitores
de vídeo (tubo de imagem). Mas este último está sendo substituído pelas telas de cristal líquido (e de
outros tipos) e a velocidade dessa troca é apenas uma questão de preços. Também são usadas em
equipamentos industriais, radares, transmissores de potência. Alguns entusiastas de áudio preferem
amplificadores com válvulas, pois dizem que o som é mais puro. De qualquer forma, para quem só viveu
a era dos semicondutores, pode ser interessante conhecer um pouco deste componente que foi a base
para o desenvolvimento da tecnologia eletrônica.
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