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Os Gêneros

Literários
Língua Portuguesa e Literatura
Prof. Ms. Weber Firmino Alves
• Quando ouvimos falar de um filme
épico, visualizamos cenas de batalhas
grandiosas com heróis destemidos,
defendendo valores de honra e justiça.
• Quando ouvimos falar de filme
romântico, imaginamos cenas líricas
em que predominam a emoção.
• O que nos leva a estas associações?
O QUE SÃO OS GÊNEROS
LITERÁRIOS?
• É a maneira pela qual os conteúdos
literários são organizados, de acordo
com suas características estruturais
semelhantes, ou seja, é o modo como
se veicula a mensagem literária.
• O termo gênero é usado como
referência a estes padrões de
composição artística.
O QUE SÃO OS GÊNEROS
LITERÁRIOS?
• Na antiguidade clássica, Aristóteles organizou
as produções literárias em dois critérios
fundamentais: a forma e o conteúdo.
Quanto ao Quanto à forma, Quanto ao épico,
Dramático:

ÉPICO:
Narração:

conteúdo na ele considera o texto em que o


narração, ele dramático o texto poeta narrador
destaca três em que há fala por meio de
focos: as paixões, atuação de um personagem
as ações e os personagens sem
comportamentos narrador;
humanos.
• Aristóteles não trata especificamente da produção lírica.
• No renascimento, desde a produção de Petrarca, consolidou-
se os três gêneros básicos: Lírico, Épico, dramático.
MIMESE
• Um conceito importante nas
categorias de Aristóteles é o de
mimese, que, em grego,
significa imitação.
• Na obra poética, ele
desenvolve a ideia de que a
função da literatura,
principalmente do teatro, é
criar representações
(imitações) das ações e
comportamentos humanos das
paixões e forças que nos levam
a agir.
1. O GÊNERO
ÉPICO:
NARRAÇÃO
O GÊNERO ÉPICO
• Contar histórias é uma atividade própria da
natureza humana.
• O estudo das narrativas literárias nos ajuda a
compreender as mudanças formais e de
conteúdo pelas quais elas passaram.
• Epopeias ou épicos são palavras que designam
os longos poemas narrativos que contam em
estilo solene acontecimentos protagonizados
por um herói. Essas narrativas contam os feitos
extraordinários de um herói.
• Gr. Épos – palavra, verso, discurso.
O GÊNERO ÉPICO
• Abertura da Odisseia:
Musa, reconta-me os feitos do herói astucioso que muito
Peregrinou, dês que esfez as muralhas sagradas de Troia;
Muitas cidades dos homens viajou, conheceu seus costumes,
Como no mar padeceu sofrimentos inúmeros na alma
Para que a vida salvasse e de seus companheiros a volta.

• O poeta pede inspiração às musas para contar a


história de um herói. Tal voz narrativa já apresenta a
superioridade do herói diante de outros homens.

Representa o seu próprio


povo.
HERÓI Está predestinado a cumprir
uma determinada missão.
1. Epopeias Clássicas ou
Primárias
• Epopeia mais antiga: Gilgamesh, rei de Uruk, na Babilônia, o
qual viveu por volta de 2700 a.C.
• Clássicos: As obras mais importantes são a Ilíada e a Odisseia,
por volta do séc. VIII a.C., de Homero.
• Imitações destas duas epopeias gregas:
• Eneida, de Virgílio, entre os romanos;
• Os lusíadas, de Camões, entre os portugueses.

1. Proposição: o poeta define o 2. Invocação: o poeta pede à musa


tema e o herói de seu poema. que lhe inspire.

4 Cantos que Estruturam o Poema Épico:

3. Narração: o poeta narra as 4. Conclusão: o poeta encerra a sua


aventuras do herói. narrativa
1. Epopeias Clássicas ou
Primárias
• Na Odisseia: Odisseu cega Polifemo, um poderoso
ciclope, filho de Poseidon, o qual cria diversas
dificuldade para impedir que o rei de Ítaca retorne
para sua terra.
• Nas epopeias clássicas, os deuses são seres reais
que ajudam ou prejudicam o herói, de acordo com
seus caprichos.
• O herói enfrenta com bravura e coragem as forças
da natureza e consagra-se como ser humano
superior, digno de ser imortalizado por seus feitos.
• Há uma preocupação por informar,
constantemente o povo a que pertence o herói,
gerando identidade pátria.
2. Epopeias de Imitação ou
Secundárias
• Eneida, de Virgílio, foi inscrita
entre 30 e 19 a.C. O poema é A EXALTAÇÃO
considerado “a epopeia nacional
dos romanos”, composto para DO POVO
glorificar a grandeza de Roma.
O Estado está
• Os Lusiadas, de Luis de Camões, Os feitos do
organizado e
foi escrito no renascimento, povo
é responsável
merecem
revelando a bravura do povo pela vida das
destaque
lusitano pela caracterização pessoas.
representativa do herói Vasco da
Gama. A Os feitos do
individualidad povo
CARACTERIZAÇÃO: e perde merecem
1. Referência à mitologia grega; importância. destaque
3. Epopeias Modernas: o herói
comum
• Desde que a sociedade passou por Escrito em prosa
mudanças sociais e políticas,
especialmente a partir do séc. XVIII,
os longos poemas narrativos Focaliza as Na narrativa
moderna é a
entraram em declínio e surgiu, como aventuras de um força do
herói; o triunfo
alternativa mais apreciada pelo de um caráter que
público leitor, a narrativa em forma indivíduo define o
de romance. comum. herói.
• A “epopeia” moderna é a luta do ser
humano comum para construir sua O herói do
Histórias de
identidade e sobreviver em uma pessoas
romance
muito
sociedade que oprime o indivíduo representa
semelhantes
em nome dos valores coletivos. mais o
às do
indivíduo que
• Problemas cotidianos e luta sem o seu povo. público
leitor.
auxílio divino.
2. O GÊNERO
LÍRICO:
POESIA
O que é o Gênero Lírico?
• Na Grécia Antiga, as epopeias tinham a importante função de
divulgar os ideais e valores que organizavam a vida na polis
(em grego, cidade ou estado). Os poemas épicos, porém, não
respondiam ao anseio humano de expressão individual e
subjetiva.
• A poesia lírica surge para atender o anseio por uma expressão
de sentimentos e emoções pessoais, dando a voz a um sujeito
lírico, diferente da narração impessoal própria da épica.

O gênero lírico define-se, portanto, como aquele em que


uma voz particular – o eu lírico (ou eu poemático) –
manifesta a expressão do mundo interior, ou seja, fala de
sentimentos, emoções e estados de espírito.
As Primeiras
Manifestações Líricas
• No início eram acompanhados
pela lira, um instrumento
musical de cordas.
• A separação entre
poesia e música só
acontece depois da
invenção da
imprensa, no séc.
XV.
Cultura Escrita ←←← Cultura Oral
Formas da Lírica
1. ODE OU HINO: é o poema lírico em que o emissor faz uma
homenagem à Pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher
amada, ou a alguém ou algo importante para ele; uma louvação com
valores nobres. O Hino é uma Ode com acompanhamento musical;
2 ELEGIA: na Grécia Antiga, era um poema que trata de
acontecimentos tristes, muitas vezes enfocando a morte de um ente
querido ou personalidade pública;
3. ACRÓSTICO: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica
na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase;
4. ÉCLOGA: poema pastoril que retrata a vida bucólica dos pastores,
em um ambiente campestre; mais desenvolvida entre os séc. XVIe
XVIII;
5. BALADA: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são
cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que
se destinam à dança;
Formas da Lírica
6. TROVA:
• Ela floresceu no tempo das Cruzadas, do combate aos mouros, do
sistema feudal, do prestígio místico do clero. O correspondente
literário prosperou na região sul da França e em Portugal, uma
corrente poética conhecida como Trovadorismo. Era considerado
trovador ou vate todo poeta que se dedicava a compor estes
poemas.
• Posteriormente ela passou a definir o formato
poético atualmente estipulado com precisão: quatro versos,
portanto uma quadra, compostos em redondilha maior, ou seja,
heptassilábicos.
Coração que bate-bate... Há tanto burro mandando
Antes deixes de bater! em homens de inteligência
Só num relógio é que as horas que, às vezes, fico pensando
Vão passando sem sofrer. que burrice é uma ciência.

Mário Quintana Symaco da Costa


Formas da Lírica
7. TROVA:
• A trova é uma poesia monostrófica (em uma única estrofe) com sete sílabas
poéticas em cada verso. Sua acepção deve estar contida nos quatro versos;
eles devem oferecer ao leitor o significado completo da mensagem que o
trovador pretende transmitir.
• As trovas não precisam de um título. Por outro lado, são totalmente
rimadas.
• Suas rimas podem unir o primeiro ao terceiro verso e o segundo ao quarto,
seguindo a estrutura rimática alternada, ABAB. Ou apresenta outra
disposição, com o segundo verso se ligando ao quarto, observando o plano
ABCB. Há igualmente trovas que comportam rimas na configuração ABBA,
cruzadas, e AABB.
• Jorge Amado costumava afirmar que não há gênero literário mais prosaico
e que ecoe com maior intensidade na alma da multidão do que a Trova. É
por meio dela que a massa se conecta à arte da poesia e por esta razão a
Trova e o Trovador são eternos.
• Há diversas associações de Trovadores no Brasil.
Diversas Trovas

Na vida quem se projeta, Na vida quem se projeta,


seja a profissão qual for seja a profissão qual for
sempre aparece um pateta sempre aparece um pateta
para tirar seu valor. para tirar seu valor.
Rodolfo Coelho Cavalcante. Rodolfo Coelho Cavalcante.

Solitário Tua visão permanece


As rosas precisam do sol no meu olhar. Não fugiu.
As mulheres de muito amor O lago nunca se esquece
Eu solitário girassol da estrela que refletiu.
Só preciso do teu calor. Raul Serrano
Paulo Timm
Formas da Lírica
6. SONETO: a mais conhecida das formas líricas; um poema de
14 versos, organizados em duas estrofes de quatro versos
(quartetos) e duas estrofes de três versos (tercetos).
• O soneto é uma adaptação da cansó (canção) provençal,
poema irregular formado por duas estrofes de tamanho
irregulares. Giacomo de Lentino, foi o poeta da corte do
imperador romano Frederico II, inspirou-se na cansó provençal
para criar uma nova forma poética mais curta, composta de 14
versos – o soneto.
• Foi difundida pelos dois grandes autores do Renascimento
italiano: Dante Alighieri e Francesco Petrarca.
Estrutura do Soneto
Fanatismo / Florbela Espanca • DESENVOLVIMENTO: Nos dois primeiros
quartetos, o eu lírico (feminino) revela a
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida. força do amor que sente: seus olhos
Meus olhos andam cegos de te ver. enxergam apenas o amado (por isso
Não és sequer razão do meu viver “andam cegos”. Ele se transformou na sua
Pois que tu és já toda a minha vida! própria vida. Por esse motivo afirma ler
sempre a mesma história no ser amado: a
Não vejo nada assim enlouquecida... história do seu amor, do sentimento que a
Passo no mundo, meu Amor, a ler arrebata e toma conta de seu ser.
No mist'rioso livro do teu ser • CONCLUSÃO: Ao ouvir a opinião de outras
A mesma história tantas vezes lida!... pessoas sobre a transitoriedade do amor
(Tudo...passa) o eu lírico responde com a
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
“lógica” dos seus sentimentos: como o ser
Quando me dizem isto, toda a graça
amado se tornou sua própria vida, ele
Duma boca divina fala em mim!
passou a ser seu “Princípio” e seu “Fim”. É
E, olhos postos em ti, digo de rastros: esse raciocínio que nos leva a
"Ah! podem voar mundos, morrer astros, compreender os versos finais : não há
Que tu és como Deus: princípio e fim!..." acontecimento, por maior que ele seja,
capaz de enfraquecer o poder desse amor,
http://www.youtube.com/watch?v=pFPHlRNo5iw a ponto de destruí-lo.
Recursos Poéticos
• SEMÂNTICO: O sentido das palavras.
• RITMO: pode ser definido como um movimento regular,
repetitivo. Na musica é a sucessão de tempos fortes e fracos que
estabelece o ritmo. Na poesia, ele é marcado principalmente pela
alternância entre acentos (sílabas átonas/tônicas) e pausas.
Meu sonho
Eu
Cavaleiro das armas escuras, Cavaleiro, quem és? O remorso?
Onde vais pelas trevas impuras Do corcel te debruças no dorso...
Com a espada sanguenta na mão? E galopas do vale através...
Por que brilham teus olhos ardentes Oh! Da estrada acordando as poeiras
E gemidos nos lábios frementes Não escuta gritar as caveiras
Vertem fogo do teu coração? E morder-te o fantasma nos pés? [...]
Álvares d eAzevedo
Recursos Poéticos
• O RITMO da poesia se mantem pela alternância de sílabas
tônicas e átonas: a cada duas átonas há uma tônica.
CavaLEIro das ARmas esCUras,
Onde VAIS pelas TREvas imPUras
Com a esPAda sanGUENta na MÃO?
• METRO: é o mesmo número de sílabas métricas de um verso. A
contagem das sílabas chama-se metrificação.
• Quando há o mesmo número de sílabas métricas (sílabas poéticas),
os versos do poema são regulares.
• Se o número for diferente, os versos são irregulares ou livres.

Metro = medida do verso. / Metrificação = estudo do metro.

Ca/va/LEI/ro /da/s AR/ma/s es/CU/ras,


On/de/ VAIS/ pe/las/ TRE/va/s im/PUras 9 Sílabas
Com a /es/PA/da /san/GUEN/ta/ na /MÃO?
Noções de Versificação
COMO SE FAZ A CONTAGEM?
 Conta-se até à última sílaba tónica da última
palavra do verso.
 No interior do verso, a sílaba terminada em vogal
une-se à sílaba seguinte, se esta também começar
por vogal.
“Oh / que / sau / da / des/ que/ te / nho

Da au/ ro / ra / da / mi / nha / vi / da.

Da / mi / nha in / fân / cia / que / ri / da

Que os / a / nos / não / tra / zem / mais/!”


Casimiro de Abreu
Recursos Poéticos
• RIMA: é a coincidência ou a semelhança de sons a partir da
última vogal tônica no fim dos versos.

Meu sonho
Eu
Cavaleiro das armas escuras, Cavaleiro, quem és? O remorso?
Onde vais pelas trevas impuras Do corcel te debruças no dorso...
Com a espada sanguenta na mão? E galopas do vale através...
Por que brilham teus olhos ardentes Oh! Da estrada acordando as poeiras
E gemidos nos lábios frementes Não escuta gritar as caveiras
Vertem fogo do teu coração? E morder-te o fantasma nos pés? [...]
Álvares de Azevedo
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
1. TIPOS DE ESTROFE: Costumam ser nomeadas a
partir do número de versos que apresentam.
Estrutura das Estrofes
Número de Versos Classificação da Estrofe
2 Dístico
3 Terceto
4 Quarteto (ou quadra)
5 Quinteto (ou quintilha)
6 Sexteto (ou sextilha)
7 Sétima (ou septilha)
8 Oitava
9 Novena (ou nona)
10 Décima
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
2. TIPOS DE METRIFICAÇÃO: Costumam ser
nomeadas a partir do número de versos que
apresentam.
• Versos metrificados: têm a extensão determinada pelo número de sílabas;
• Versos Livres: Não se submetem a padrão de contagem de sílaba.

Estrutura Métrica
Número de sílabas Denominação do Metro
1 Monossílabo
2 Dissílabos
3 Trissílabos
4 Tetrassílabos
5 Pentassílabos ou redondilha menor
6 Hexassílabos Medida Velha
7 Heptassílabos ou Redondilha maior
8 Octossílabos
9 Eneassílabos
10 Decassílabos
11 Hendecassílabos
12 Dodecassílabos Ou Alexandrino
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
3. TIPOS DE RIMA: As rimas podem ser
classificadas quanto à sua natureza e quanto à sua
colocação.
• Quanto à Natureza:
• Pobres – quando as palavras rimadas pertencem à
mesma classe;
• Ricas – quando as palavras rimadas pertencem a
classes gramaticais diferentes.
Contemplo o lago mudo Rima A
Que uma brisa estremece. Rima B
Não sei se penso em tudo Rima A
Ou se tudo me esquece. Rima B
Pessoa, Fernando. Obra Poética.
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
3. TIPOS DE RIMA: As rimas podem ser
classificadas quanto à sua natureza e quanto à sua
colocação.
• Quanto à Colocação das Rimas:
EMPARELHADAS
CLASSIFICAÇÃO
/ PARALELAS
Os versos que rimam se encontram
DEFINIÇÃO
juntos.
A
ESQUEMA A
RIMÁTICO B
B

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Rima A


Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes Rima A
Embuçado nos céus? Rima B
Há dois mil anos te mandei meu grito, Rima C
Que embalde desde então corre o infinito... Rima C
Onde estás, Senhor Deus?... Rima B
ALVES, Castro. Vozes d’África.
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
3. TIPOS DE RIMA:
• Quanto à Colocação das Rimas:
CRUZADAS/
CLASSIFICAÇÃO
ENTRECRUZADAS / ALTERNADAS
Os versos que rimam são separados
DEFINIÇÃO por um único verso. Há um
revezamente de versos na estrofe.
A
ESQUEMA B
A
RIMÁTICO
B

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada Rima A


E triste, e triste e fatigado eu vinha. Rima B
Tinhas a alma de sonhos povoada, Rima A
E alma de sonhos povoada eu tinha... Rima B
BILAC, Olavo. Nel mezzo del camin.
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
3. TIPOS DE RIMA:
• Quanto à Colocação das Rimas:

INTERCALADAS
CLASSIFICAÇÃO INTERPOLADAS
OPOSTAS
Os versos dos dois extremos rimam entre si, e
DEFINIÇÃO os do meio também, com rimas diferentes.
A
ESQUEMA B
B
RIMÁTICO
A
“Quando a valsa acabou, veio à janela, Rima A
Sentou-se. O leque abriu. Sorria e arfava. Rima B
Eu, viração da noite, a essa hora entrava Rima B
E estaquei, vendo-a decotada e bela. Rima A
OLIVEIRA, Alberto de. Cheiro de espádua.
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
3. TIPOS DE RIMA:
• Quanto à Colocação das Rimas:

CLASSIFICAÇÃO ENCADEADAS
Rimas em que o fim de um verso coincide com
DEFINIÇÃO o interior do verso seguintes.

"Quanto, ó Ninfa, é venturosa


Essa rosa delicada!
Invejada no teu peito,
Satisfeito a vê o Amor.
ALVARENGA - Manuel Inácio da Silva
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
3. TIPOS DE RIMA:
• Quanto à Colocação das Rimas:

CLASSIFICAÇÃO MISTURADAS
As rimas não se enquadram em
DEFINIÇÃO nenhum dos esquemas
apresentados.

Quando passo por diante de teus olhos, Rima A


Falando com a fingida animação, Rima B
Oculto na folhagem das palavras Rima C
A flor do coração. Rima B
ASPECTOS ESTRUTURAIS DA POESIA
3. TIPOS DE RIMA:

• Quanto à Colocação das Rimas:

CLASSIFICAÇÃO Versos soltos


Ou brancos
DEFINIÇÃO Não existe rima entre os
versos.
A
ESQUEMA
B
RIMÁTICO C
D
3. O GÊNERO
DRAMÁTICO:
TEATRO
Conceituando
• Aristóteles observa, na Poética, que o termo drama (do grego
drân, agir), faz referencia ao fato de, nesses textos as pessoas
serem representadas “em ação”.
• Ao identificar o drama como um dos gêneros literários,
Aristóteles considerou uma característica importante desses
textos: eram feitos para ser representados, dramatizados.

• O QUE É?
• São aqueles em que a “voz narrativa”
está entregue às personagens, que
contam a história por meio de diálogos e
monólogos.
ORIGENS DO GÊNERO
DRAMÁTICA
• As origens do teatro remontam às sociedades
primitivas em que era comum a realização de
danças ritualísticas, pelas quais cada participante Público (Coro)
representava diferentes papéis.
• Outra explicação para a origem do drama aponta
para os festivais anuais realizados, na Grécia
Antiga, em honra ao deus Dionísio (ou Baco, para
os Romanos). Nesses festivais, bebia-se e cantava-
se para louvar esse deus.
• No inicio havia um coro que entoava os hinos,
chamados ditirambos, narrando trechos da vida de Emoções na
Dionísio. Depois, esse coro foi dividido em perguntas representação
e respostas coordenadas por um corifeu (o regente
do coro). Com o tempo surgiu o hipokrités, o ator
protagonista, simbolizado por Téspis, um poeta grego.
Assim, nascia a tragédia.
Hypokrités
• Em grego, o termo hypokrités fazia referência ao intérprete de um
sonho, de uma visão, e designava também um adivinho, um
profeta, um ator. Hoje, por uma expansão do sentido original, o
adjetivo hipócrita caracteriza o comportamento falso, dissimulado
de uma pessoa.

Influência do Teatro na
Educação Grega
• A importância do teatro na educação de um grego era tão grande
que, em Atenas, o comércio era suspenso durante os festivais
dramáticos.
• Essa importância é explicada pela função pedagógica que as peças
deveriam cumprir: fazer com que, através das fortes emoções
experimentadas, o público refletisse sobre as paixões e os vícios
humanos.
O Gênero Dramático na
Grécia Antiga – 1) Tragédia
• A tragédia pode ser definida como uma peça teatral
em que figuram personagens nobres. Procura, por
meio da ação dramático, levar a plateia a um estado
de grande tensão emocional. Geralmente, as peças
trágicas terminam com um acontecimento funesto.

Drama e tragédia eram sinônimos, fazendo referencia a uma


encenação que apresentava ações humanas que simbolizam a
transgressão da ordem no contexto familiar ou social. O
elemento trágico por definição era a paixão (pathos), que
levava os humanos a agirem de modo violento e irracional e,
assim, ignorarem as leis humanas ou divinas que organizavam
a vida.
O Gênero Dramático na
Grécia Antiga – 1) Tragédia
Aristóteles estabelece, na Poética, que
as tragédias desenvolvem certos temas, Tragédia
como as paixões humanas e os conflitos
por elas desencadeados. Também
esclarece que o objetivo da encenação Transgressão da ordem
social ou familiar;
de uma tragédia é desencadear, no
público, terror ou piedade.
A purificação de sentimentos da plateia, Personagens nobres
(deuses ou semideuses)
provocada por essa experiência movidas pelas paixões;
estética, recebeu o nome de “catarse”.
Temas Sérios.
O Gênero Dramático na
Grécia Antiga – 2) Comédia
• A origem da comédia é a mesma da tragédia:
os festivais realizados em honra a Dionísio. Comédia
• Alguns festejos ocorriam durante a primavera e
costumavam apresentar um cortejo de
mascarados, o qual era chamado de Komos. Aborda fatos
• Comédia deriva de “komoidia”, procissão do cotidiano;
jocosa, (komos – procissão; oidé – canto.
• A pé ou em carros, eles percorriam os campos Temas
dançando, cantando e recitando poemas alegres e
jocosos em que satirizavam personalidade e leves;
acontecimentos da vida pública.
• Com o fim da democracia ateniense, a Personagens
humanas,
expressão da comédia política foi reais.
comprometida, dando ênfase a acontecimentos
comuns.

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