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Capítulos 40 –55:

o Dêutero-Isaías
Estrutura da Apresentação
INTRODUÇÃO
1. O DÊUTERO-ISAÍAS
2. O CONTEXTO DA OBRA
3. A PESSOA DO PROFETA
4. TEMA CENTRAL
5. ANÁLISE LITERÁRIA
6. TEOLOGIA DA OBRA
7. O DÊUTERO-ISAÍAS E O NOVO TESTAMENTO
 Eichhorn em 1783 e Döderlein em 1789 foram os
primeiros a afirmar que os capítulos 40-66 de Isaías
provêm de um profeta do Exílio e não do profeta
Isaías do século VII aC.

 Duhm, por sua vez, em 1892 foi mais além e operou


uma nova divisão no livro: capítulos 40-55 (a que
chamou de Dêutero-Isaías) e 56-66 (a que chamou
de Trito-Isaías) posição considerada válida hoje
quase que universalmente.

INTRODUÇÃO
A argumentação para esta divisão leva em
conta as diferenças de vocabulário, de estilo,
e o universo conceitual teológico próprio de
cada bloco, que distancia inteiramente um
do outro.

Quanto ao autor dos capítulos 40-55, como


não se lhe atribui nome algum, dá-se-lhe a
denominação de Dêutero-Isaías (o segundo
Isaías).
Como explicar, então, a anexação de
material tão diverso (40-55) aos oráculos do
proto-Isaías (1-39)? Na verdade, Isaías era
considerado, em épocas posteriores, o
profeta por antonomásia, de sorte que a
anexação a seu livro equivalia a um
reconhecimento oficial da pregação do
Dêutero-Isaías tantas vezes contestada.
1. O DÊUTERO-ISAÍAS

 O Dêutero-Isaías aparece na ciência


bíblica como o maior profeta e o melhor
poeta de Israel.

 O nome mesmo de Dêutero-Isaías foi


dado ao bloco de Is 40-55 por Duhm em
1892 em sua obra Comentário a Isaías.
 Há quem afirme que o Dêutero-Isaías nunca
existiu, sendo esta obra fruto do trabalho de um
grupo de cantores do Templo.
 Mas essa teoria não se sustenta, pois a obra
apresenta um alto grau de elaboração literária, não
podendo ser o simples conglomerado de
composições independentes. Deve ter havido
mesmo um autor.
 Além disso, algumas ideias são tão geniais e
atrevidas (como as de que Deus se utiliza de um
rei pagão para salvar o seu povo) que dificilmente
ocorreriam a um grupo, elas só podem surgir de
um indivíduo.
2. O CONTEXTO DA OBRA
A deportação de 597 nunca foi assimilada pelos
judeus. Eles sempre esperaram um rápido
retorno à Palestina. Mas as ilusões foram
frustradas com a terrível desgraça, ainda maior,
do incêndio de Jerusalém e do Templo e a nova
deportação no ano de 586. Como era de se
esperar, este novo fato provocou reações muito
diversas no povo e também entre os profetas
anônimos deste período. Entre as principais
reações observadas, podemos destacar três:
A. A reação passional: o ódio aos
estrangeiros

B. Autocrítica: os pecados de Judá-


Jerusalém

C. A fé: esperança de salvação


 O Dêutero-Isaías exerceu sua atividade na época
final do exílio babilônico (597-538), quando o
reino babilônico já estava prestes a ruir e Ciro, o
rei dos Persas, era esperado como o salvador
dos povos oprimidos. Dele o profeta espera
também a libertação dos judeus deportados e o
repatriamento para Jerusalém, e a reconstrução
do Templo, pois YHWH, que havia chamado Ciro,
o havia declarado seu ungido (cf. 45,1) e agora
se servirá dele para socorrer Israel.

 Assim, podemos precisar que os oráculos


surgiram entre o começo da carreira vitoriosa de
Ciro (550 aC.) e a conquista da Babilônia (539).
 Quanto ao lugar de composição, é sobretudo
na Babilônia que se deve pensar.

 Se no começo os exilados na Babilônia


sonharam com um rápido retorno, o passar
dos anos e as notícias de uma cadeia de
desgraças foram minando o seu
temperamento. O ódio que alimentaram
contra a Babilônia permite descobrir algo dos
sentimentos desta comunidade no exílio.
3. A PESSOA DO PROFETA
Nada sabemos deste profeta, tão anônimo que
esteve durante 25 séculos escondido atrás do
nome de Isaías, o grande profeta do século VIII aC.
A sua época de atuação deve ter sido ligeiramente
posterior à de Ezequiel e lhe concedeu a
oportunidade de assistir à queda de Babilônia.
Tudo isso nos permite sustentar que este profeta
coincidiu com a época avançada do exílio e que
ele mesmo o sofreu em sua própria carne.
A poesia do Dêutero-Isaías revela um
escritor pensativo, confiante, otimista e
compassivo. Tão robusta era sua fé no
Deus da História que cada episódio
contribuía para a redenção de Israel.

Tradição antiga  cenário cósmico


Êxodo do Egito  Novo Êxodo
Aliança Mosaica  Aliança Mundial
Volta ao Jardim de Éden
4. TEMA CENTRAL
O tema central do segundo Isaías é, sem
dúvida alguma, o da restauração de Israel.
Mas este tema único é transmitido com a
ajuda de alguns conceitos teológicos
próprios do Dêutero-Isaías que ganharão
enorme repercussão no futuro, como
veremos mais adiante.
5. ANÁLISE LITERÁRIA
Observa-se que os modos típicos de falar
dos profetas escritores anteriores ao exílio
– invectivas, ameaças, exortações – vão
deixando de ser usados.

Entre os gêneros literários utilizados se


podem assinalar os oráculos de salvação,
controvérsias, pleitos com os outros
deuses e hinos escatológicos.
Quase todos os autores concordam que a
obra está emoldurada por um prólogo e
um epílogo.

PRÓLOGO: 40, 1-11


CORPO DO TEXTO: 40, 12 – 55, 5
EPÍLOGO: 55, 6-13
O corpo intermediário deve ser dividido em dois
blocos:

• 40 – 48: nesta primeira parte, o tema central é a


libertação da Babilônia e o retorno à terra
prometida, que os autores interpretam sob a
simbologia de um novo êxodo;

• 49 – 55: a segunda parte está centrada sobre a


reconstrução e restauração de Jerusalém que
aparece com as imagens de mulher e cidade.
6. TEOLOGIA DA OBRA
A obra do Dêutero-Isaías tenta responder a um
grave problema teológico: pelos anos finais do
exílio, a comunidade de judeus na Babilônia
recebia notícias constantes das vitórias de Ciro, o
que a levava a esperar uma libertação iminente.
Mas quando esta libertação ocorrer, a quem deve
ser atribuída: a YHWH o Deus de um pequeno
grupo de exilados, ou a Marduk, deus do novo
Império?
Crença escatológica na salvação;
Distinção entre passado x dia da salvação;
A vontade salvífica de Deus foi apenas
momentaneamente interrompida;
O exílio foi punição pedagógica;
 Unicidade e exclusividade do Deus de Israel;
Todos os acontecimentos da natureza e da
História devem-se a Ele somente.
O principal tema abordado pelo Dêutero-
Isaías é, como já o dissemos, o da
restauração de Israel. Mas esse tema
central é apresentado com a ajuda dos
seguintes conceitos teológicos:
a. Monoteísmo
b. YHWH criador de tudo
c. O poder da Palavra Divina
d. O Novo Êxodo
e. Conversão das Nações
f. O Servo do Senhor
Questões Especiais
Se excluirmos o problema do Pentateuco, não
existe no Antigo Testamento um problema mais
complicado e discutido do que os poemas do
servo no Dêutero-Isaías. Duhm (1892) foi o
primeiro a enfrentar o problema: das 21 vezes
que aparece a palavra servo (ebed) no Dêutero-
Isaías, 14 vezes se aplica a Israel. Mas as outras 7
ocorrências [42,1 / 44,26 / 49,5.6 / 50,10 / 52,13 /
53,11] parecem aludir melhor a um indivíduo
bem específico, de modo que se torna difícil
aplicá-las a uma coletividade. Às vezes, inclusive,
o texto contrapõe o servo ao povo [49,5-6 / 53,8].
• Duhm procurou solucionar o problema ao
propor a existência de quatro cânticos
originalmente independentes do segundo
Isaías:
I. 42,1-7
II. 49,1-6
III. 50,4-9
IV. 52,13 – 53,12
Quem é o servo do
Senhor?
Interpretação coletiva
Interpretação individual
Interpretação complexiva e integral
Interpretação ideológica
7. O DÊUTERO-ISAÍAS E O
NOVO TESTAMENTO
Não é fácil apresentar o influxo que a figura
misteriosa do servo exerceu no Novo
Testamento, porque esta está ali muito
diluída. É evidente que numerosas passagens
do Novo Testamento parecem releituras
profundas de cada um dos cânticos.
Assim, o Batismo de Jesus no Jordão, antes
de iniciar a sua missão, recorda a
apresentação do servo no primeiro cântico.
Inclusive se utiliza de Is 42,1 ao lado do Sl
2,7 para apresentar Jesus.
Nos sinóticos, as predições da Paixão
concluem com o aparente fracasso de Jesus
na Galileia e inauguram um novo período
em seu ministério; nelas, Jesus é como o
servo no segundo cântico, que anuncia
abertamente aos seus discípulos que deve
sofrer.
Nos relatos da Paixão, as cusparadas e os
golpes são a realização impressionante do
texto do terceiro cântico, embora não o
citem explicitamente.
O quarto cântico contém as ideias dos
textos evangélicos, nos quais Jesus expressa
o sentido de sua vida e de sua morte.
Constitui uma antecipação prodigiosa do
Mistério central da Páscoa.
De modo que é
inquestionável que a
comunidade cristã
primitiva viu na morte e
Ressurreição de Jesus o
cumprimento por
excelência da função do
servo.
REFERÊNCIAS
BROWN, R. E. et al. Novo Comentário Bíblico São Jerônimo Antigo
Testamento. São Paulo: Paulus, 2015.

FOHRER, Georg. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo:


Academia Cristã, 2007.

LACY, J. M. A. Os livros Proféticos. 2.ed. São Paulo: Ave Maria, 2006.

SICRE DÍAZ, J. L. Introdução ao Profetismo Bíblico. Petrópolis,RJ:


Vozes, 2016.

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