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GÊNEROS TELEVISIVOS: A

TELENOVELA
Olá pessoal!
Vocês já me conhecem, não é?
Sou o Homer Simpson e vim direto da TV para
conversar com vocês sobre algo que gosto muito de
fazer quando estou de folga (quase sempre faço
isso): assistir “novela”.
Vocês também gostam disso? Espero que sim. Se
vocês gostam, quero ver se vocês podem me dizer
algumas coisas sobre ela. Vamos lá...
1.O que é uma “novela” ou “telenovela”?
2.Que função ela desempenha na nossa sociedade?
3.Assistir novela é somente entretenimento?
4.Podemos aprender algo assistindo novelas? O que vocês
aprendem?
5.O que lhe fascina ao assistir novelas?
6.Que tipo de linguagem é usada na produção das
novelas? Você acha que isso pode influenciar no seu
fascínio?
7.De onde surgiu a novela?
8.Por que a novela é tão comum no Brasil?

ATENÇÃO!
Anote as perguntas
acima para a
pesquisa de casa.
Ligue sua TV aí e vamos assistir a
algumas cenas de algumas de
minhas novelas favoritas.

Ajeitem-se no sofá que eu estou aqui


confortável.
Essa cena foi tirada da novela “Vale Tudo” de Gilberto
Braga de 1988. As personagens Heleninha Rotiman
(Renata Sorrah) e Odete Rotiman (Beatriz Segail) – mãe e
filha na trama – estão brigando. A cena é marcante.

Diz ae:
1. O que é possível perceber nessa cena?
2. Que ideias foram passadas?
3. Que reações vocês sentiram?
Cena bastante forte, não é?. Essa coisa de trocar bebês
mexe comigo - Por que eu num troquei o Bart por um
cachorro quente? – “Por Amor”, de 1997, é uma novela
de Manoel Carlos e na cena vemos os personagens
Helena (Regina Duarte) e Cesar (Marcelo Serrado)
realizando a troca de bebês para que Eduarda (Gabriela
Duarte) – filha de Helena – pudesse ser mãe.

1. Se você fosse Helena, você faria a mesma


coisa? Por que?
2. Que tipo de ideias a cena tenta transmitir?
E a novela como um todo?
3. Como essas ideias podem influenciar
nossos comportamentos?
A novela “Celebridade”, de 2004, vocês devem ter visto,
não foi? Ela foi escrita por Gilberto Braga e na cena vemos
Maria Clara Diniz (Malu Mader) e Laura Prudente de
Moraes (Cláudia Abreu) em um “acerto de contas”
bastante violento.

1. Que emoções vocês sentiram ao assistir


essa cena?
2. A violência física é passada como uma
forma positiva de acertar contas com
quem nos prejudicou?
3. Você agiria como Maria Clara se você
estivesse vivenciando o mesmo problema?
Atividades para casa

1. No site www.memoriaglobo.com faça uma


pesquisa sobre as três novelas que vimos
nesta aula: “Vale Tudo (1988), “Por Amor”
(1997) e “Celebridade” (2004), evidenciando
os seguintes aspectos:

a) Trama (qual é o enredo que dá


sustentação à novela);
b) Personagens (quais são os personagens
principais);
c) Denúncias sociais (que tipo de problemas
sociais a novela tenta evidenciar?)
Atividades para casa

1. Faça uma pesquisa sobre a telenovela


brasileira evidenciando os seguintes
aspectos:
a) Quando surgiu a telenovela?
b) Por que a telenovela é tão popular?
c) Qual foi a primeira telenovela?
d) Que preocupações os autores têm ao
escrever uma telenovela?
e) Como se caracteriza uma telenovela?
Vou sair de fininho e deixar vocês ae
conversando com o professor de vocês. Até
mais, pessoal!

Marg traga uma cerveja para mim.


O que é uma telenovela ?
Segundo o Dicionário de Comunicação de Rabaça e
Barbosa (1995) , a telenovela (TN) é uma novela *(como
o próprio nome diz) escrita especialmente para a
televisão ou adaptada de outro gênero (literário, teatral,
etc.) . Gênero televisivo que mantém suas raízes na
fotonovela e na radionovela, a telenovela é apresentada
em capítulos diários de 30 a 55 minutos, sendo que cada
capítulo é a continuação do
anterior e assim sucessivamente. Novela*:
O sentido geral da trama é Gênero narrativo ficcional maior que o
previsto inicialmente, isto é, conto e menor que o romance, cuja
antes da novela ir para o ar. ação se desenvolve de maneira simples
Entretanto, o desenrolar da e num ritmo rápido. A novela é uma
trama pode tomar outros rumos, narrativa relativamente simples com
tempo linear e concentração temática.
devido à influência das opiniões
(Costa, 2008, p. 143)
dos telespectadores.
Assim, a telenovela é costumeiramente tratada como uma
"obra aberta", em razão de seu enredo poder ser alterado
para ir ao encontro das reações do público que a consome.

No dizer de Samira Youssef Campedelli (1985), a TN é como


um novelo se desenrolando, pois ela se desenrola, pouco a
pouco, a partir de várias histórias que se entrecruzam, como
fios de um novelo, até o desfecho no último capítulo.

Assim, a apresentação das histórias é feita em progressão:


cada trama paralela tem de início uma autonomia que, à
medida que a novela caminha, ela se enovela na trama
principal até sua resolução ao final. Assim, a TN também
depende da sucessividade, isto é, do gancho de cada capítulo
para aumentar o suspense e nos deixar atentos ao que vai
acontecer no próximo capítulo...
Veiculada nas redes nacionais de televisão, em sua maioria, de sinal
aberto, as telenovelas brasileiras costumam ter seus direitos de
exibição vendidos para diversos outros país. “Escrava Isaura “
(1976), adaptação de Gilberto Braga da obra de Bernardo
Guimarães, foi exibida em mais de 100 países, sendo considerada a
telenovela mais exibida mundialmente.

Voltadas inicialmente ao entretenimento, algumas novelas também


já discutiram polêmicas e questões de responsabilidade social em
suas histórias. A telenovela “Explode Coração”, escrita por Glória
Perez e exibida pela Rede Globo em 1995, por exemplo, abordou o
desaparecimento de crianças, e “Viver a Vida”, escrita por Manoel
Carlos e exibida pela Rede Globo em 2010, abordou a questão da
tetraplegia e suas dificuldades sociais

.
Na visão da autora Roberta Manuela Barros de
Andrade, através de seu trabalho O fascínio de
Scherazade: os usos sociais da telenovela, a
telenovela não é um texto inocente, pois ela não
nos oferece somente entretenimento, mas
transmite uma mensagem sobre o social, isto é,
nos dá uma visão de mundo, bem como nos
auxilia na interpretação de nossa realidade e
sociedade. Ela complementa:

“Os valores e atitudes inseridos nas telenovelas representam,


enfim, um conjunto de pressupostos implícitos da vida no
Brasil contemporâneo, sobre as atitudes sensatas que nos
conduzem e como devemos encarar os valores que lhe são
subjacentes.” (Barros de Andrade, 2003, p. 23)
Além do mais, como nos aponta Rose Calza (1996), a
Telenovela é um gênero que não pode e nem deve ser
comparado com os gêneros literários (romance, conto,
etc.), teatrais (dramas, comédias, etc.) e nem com
outras formas de arte, pois ela possui um lugar social
específico: a massa. Assim, TN é uma peça dramática
ficcional, uma forma de arte popular que não é
literatura, não é teatro, não é cinema. Ela é uma forma
de ficção seriada que procura narrar os fatos do dia-a-
dia de forma linear e cronológica (princípio, meio e fim),
aproximando-se assim não do romance, mas da crônica
do acontecimentos. É um gênero complexo que envolve
vários agentes (atores, diretores, roteiristas, cenógrafos,
colaboradores, maquiadores, cameramen, etc.) para ser
transmitido pela televisão. Na verdade, o que assistimos
é o trabalho initerrupto de várias pessoas – de uma
grande equipe na verdade – que começa com as ideias
do autor e na sinopse aprovada pela emissora.
Nas palavras de Rose Calza:

“(...) uma TN é entretenimento. Tem como mainstream (sua


linha mestra) narrar a crônica do cotidiano. Engendra-se a
partir de seres de papel, saídos do reino da ficção, que de
repente saltam para a vida real e, por seu alto poder de
influência, invadem a privacidade do telespectador, na
situação mais desprotegida: relaxada, no recesso do seu lar. O
processo chega a ser catártico, terapêutico: o telespectador
quer se envolver, quer se deixar seduzir, quer ver reconhecida
sua própria existência e experiência do dia-a-dia, ali, na tela
da televisão. ele quer se exaurir em emoções e sobressaltos."
(Calza, 1996, p. 14)
Nossa definição do gênero será a seguinte:

Telenovela:
Narrativa ficcional escrita especialmente para a
televisão ou adaptada de outro gênero (romance,
peça teatral, etc.) para tal fim, apresentada em
capítulos diários com duração de 30 a 55 minutos.
Trata-se de uma obra aberta na qual o desenrolar da
trata acompanha as reações do público ou do ibope. A
telenovela, além do entretenimento, pode lidar com
temáticas sociais e discutir questões de interesse
social, tais como a pedofilia, a prostituição, o
desaparecimento de crianças, o uso de drogas, etc.:
Evolução do gênero...
“De onde vêm os gêneros? Pois bem, simplesmente de outros gêneros.” (Todorov)

É interessante observamos como o surgimento de certas tecnologias,


como a televisão, a internet, o cinema, fizeram e fazem ampliar e
desaparecer certas formas de uso da linguagem, ou seja, cada nova
tecnologia comunicacional permite surgir novos gêneros textuais que
formalizam os textos produzidos em nossas interações verbais. Quem
poderia dizer que há 50 anos atrás seria possível comunicar-se por meio
de som e vídeo com outra pessoa do outro lado mundo? Hoje, com a
internet e programas como o MSN Windows Live, é possível. Esse tipo
de conversa, que denominamos de Chat agendado , foi evoluindo
juntamente com a tecnologia comunicacional: da conversa face-a-face
para o chat agendado. O mesmo aconteceu com a telenovela. Esse
gênero também foi evoluindo a partir de outros que vieram antes dele
e muitas das características que a telenovela tem atualmente vieram
desses gêneros. Vejamos como se deu essa evolução ao longo da
história.
Evolução do gênero...
Transmissão
Surgimento Surgimento
Surgimentoda Primeira
da Imprensa da Televisão
da Rádio Radionovela

1808 1922 1941 1947 1950 1951


Novelas e
Romances de Radionovel Telenovela
a Fotonovela
Folhetins
Século Século
XIX XX

Primeira Primeira
revista de Telenovela:
Fotonovela: Sua vida me
Grand Hotel pertence
Novelas/Folhetins > Radionovela > Fotonovela > Telenovela
Evolução do gênero...
Alguns pontos importantes dessa evolução...

1941:
A Rádio Nacional lança a primeira radionovela brasileira: Em Busca da
Felicidade.

Durante a década de 1940, ocorre o boom da rádio


brasileira. As radionovelas, na grande maioria das vezes,
são traduções de textos latino-americanos (vindos
sobretudo de Cuba e do México) e seguem o mesmo
padrão estrangeiro: são bastante dramáticas (melodrama)
e são usadas por grandes empresas de sabão, tais como
a Gessy-Lever e Colgate Palmolive, para anunciar seus
produtos. A lógica desses empresas era dar às donas-de-
casa (alvo das radionovelas) algo que elas pudessem
distrair enquanto usavam seus produtos na manutenção
Evolução do gênero...
1951:
Vocêlança
A TV Tupi/SP sabia que as primeiras
a primeira TNs brasileiras
telenovela não
brasileira:
Sua vida dispunham de nenhum
me pertence, escrita, aparato
dirigidatécnico para sua
e encenada
produção? Os atores traziam as roupas da filmagem
por Walter Forster .
de suas próprias casas, bem como faziam suas
próprias maquiagens. Nem a cenografia (cenário)
Sua Vida me Pertence
era trabalhada. Tudoinaugura umadotradição
girava na base em TN que
improviso.
irá seComo
estender atéera
a novela 1963. Durante
ao vivo, a década
a mudança de 1950,
de figurino e as
TNs eram bastante
cenário precárias
era bastante rápida eseguindo
muitas dasalgumas
vezes os
características como
atores tinham queas abaixo:
vestir uma roupa em cima da
-Exibição: 2 vezes por
outra semana;
para agilizar a troca.
-Capítulos: 20 minutos;
-Forte influência do melodrama radiofônico: as TNs
contavam histórias bastante dramáticas e tristes, fazendo
as telespectadoras chorarem;
-Predominância do texto escrito sobre a imagem: as TNs
eram narradas por um narrador que não só desenvolvia a
história, bem como confrontava os personagens;
Evolução do gênero...
1963:
A TV Excelsior/SP (inaugurada em 1960) estreia a
primeira novela diária da Televisão Brasileira: 2-
5499 Ocupado de Tito Miglio.

2-5499 Ocupado estreou em julho de 1963, sendo


incialmente às segundas, quartas e sextas-feiras.
Somente a partir de 2 de setembro que ela passou a ser
exibida diariamente. Isso ocorreu devido à necessidade
de aumentar a audiência: a TN não era ainda uma mania
nacional e a TV-Excelsior, juntamente com a Colgate-
Palmolive que patrocinava a TN, entenderam que, para
manter o público cativo, era necessário segurá-lo todos
os dias em frente à TV.
A partir de 2-5499 Ocupado as TNs passam a ser diárias e
uma nova tradição , diferente da década anterior (1951-
Evolução do gênero...
1964:
A TV Tupi estreia O Direito de Nascer, adaptação de
uma radionovela cubana de Félix Caignet . O Direito
de Nascer inaugura a “Era da Telenovela” no Brasil.

O Direito de Nascer teve 282 capítulos e estreou na TV em


7 de setembro de 1964, estendendo-se até 13 de agosto
de 1965.
O drama de Albertinho Limonta e Mamãe Dolores tornou-
se mania nacional. A TN passou a ter maior prestígio ante
aos telespectadores. Para se ter uma ideia do sucesso de
o Direito de Nascer, ao final do último capítulo, foi
realizado em São Paulo, no Parque do Ibirapuera , uma
grande festa com todo o elenco. A multidão gritava por
seus ídolos. Isso demonstra que a TN começou a ter um
relativo poder e influência sobre a sociedade brasileira,
Quais são as características da
telenovela?
I. Características Gerais:

- Finalidade: a finalidade básica de uma TN é o entretenimento, visto


que sua linha mestra é narrar a crônica do cotidiano (fatos do dia-a-dia).
Porém, em vários casos, há também a finalidade de despertar a
consciência crítica do telespectador, principalmente quando as TNs
procuram trabalhar com temas de forte repercursão social: racismo,
homossexualidade, tetraplegia, desaparecimento de crianças,
sequestro, etc.

- Temáticas: o enredo de uma telenovela pode tratar de temáticas


variadas: fortes paixões (plot de amor), vida doméstica comum aliada a
dramas familiares diversos, triângulo amoroso (plot triângulo), etc.
- Identidades: o locutor e o interlocutor, nesse gênero, assumem,
respectivamente, os papéis de autor/personagens (lembre-se que é o
autor que cria os personagens) e telespectadores (interlocutor
múltiplo).

• Autoria: o autor de uma novela não é, na verdade, um só. Há


uma equipe de autores que se dividem em roteirista-supervisor,
roteirista-colaborador. Além disso, há os diretores, cameramen,
maquiadores, figurinistas, cenógrafos, produtores, iluminadores,
atores, etc, que também participam da elaboração do texto
televisual. Podemos dizer que, o locutor de uma TN são todos
esses elementos juntos. Vale ressaltar que o texto (roteiro) de
uma TN nunca está completo: ele vai sendo escrito à medida que
a novela vai passando (“processo do enquanto”, nas palavras de
Janete Clair), sofrendo, dessa forma, a influência da opinião
pública quanto ao desenvolvimento das tramas (central e
paralelas) → “obra aberta”.

-
- Aspectos materiais: há vários elementos de ordem técnica que
caracterizam esse gênero.

• Formato: a TN tem um formato televisual. Portanto, seu texto


resulta da interação entre o verbal (fala dos personagens,
roteiro) e do não-verbal (imagens, trilhas sonoras, gestos, etc);

• Suporte: é a própria televisão. Tal fato implica uma série de


coisas: lógica comercial (as novelas são produtos feitos para o
consumo dos telespectadores → audiência); lógica simbólica
(procuram influenciar a realidade social, ao mesmo tempo que é
influenciada por ela); lógica semiótica (há a interação entre
diversos tipos de linguagem: visual, icônica, gestual, sonora,
verbal, etc.)

• Publicidade: muitas TNs dependem da publicidade (“comerciais


de TN”; revistas especializadas, etc.), do merchandising (certas
novelas fazem a publicidade de certos produtos através da
atuação de atores), e do “patrocínio” de empresas publicitárias
para se manter no ar.
II. Características Linguísticas:
- Estilo: pelo fato de narrar fatos cotidianos, a grande maioria das TNs
possui um estilo informal (lembre-se que o diálogo é a base do roteiro), que
reproduz a fala do dia-a-dia;

- Linguagens: tanto a linguagem verbal (fala dos personagens, roteiro),


quanto a linguagem não-verbal (imagem, trilha sonora, gestos dos atores,
etc.) jogam um papel muito grande na produção e interpretação do texto
da telenovela. Às vezes, há a predominância do não-verbal sobre o verbal
(cenas de violência, assassinatos, etc.);

-Tipos textuais: predominância do narrativo e do descritivo → enredo (o


que acontece?) personagens (com quem acontece? Quem faz acontecer?),
tempo (quando acontece?), espaço (onde acontece?). Não há narrador nas
TNs atuais. O papel do narrador é feito pela câmera.

A narração de uma TN não conta somente com um enredo (como nas


novelas), mas com vários enredos paralelos (multiplot) que se enovelam
até o desfecho no último capítulo.
III. Características Estruturais:
-Serialidade: episódios (denominados de capítulos) de 30 a 50 min
diários (segunda a sábado) que se distribuem por um certo período de
tempo (6 meses em geral) → Divisão em capítulos;

- Encadeamento/ Sucessividade : os capítulos se interligam por


meio de certas estratégias (ganchos) e sempre param num ápice
narrativo que leva o telespectador a esperar “ansioso” os próximos
capítulos → Uso do gancho*;

Gancho*:
É o finalizador de capítulos, cuja intenção é deixar no ar
o máximo de suspense, dúvida e expectativa de que
algo vai acontecer, mas que de fato só acontece no
próximo capítulo. Na exibição diária de TNs, há três
ganchos de menor grau (chamados break: pausas para
comerciais) e um de maior grau para o dia seguinte. O
gancho é responsável pela garantia de sucessividade e
pela atenção do telespectador.
-Presença de Abertura/Créditos finais: cada capítulo apresenta
uma abertura que, de certa forma, representa a idéia central da TN. A
abertura vem acompanhada da trilha sonora tema da TN, bem como
dos nomes dos atores, autores e diretores envolvidos, além do título da
mesma. Porém, quando a abertura aparece (antes do capítulo da TN
começar, ou antes do primeiro intervalo comercial) é uma questão de
escolha da equipe de produção da TN.

Os créditos finais mostram toda a equipe envolvida na produção da TN,


os figurantes que participaram do capítulo, além do merchandising
evidenciado no mesmo.
Exemplo 1:
Perigosas Peruas – Rede Globo (1992)
Globo - 19h
de 10 de fevereiro a 29 de agosto de 1992
173 capítulos
novela de Carlos Lombardi
colaboração de Maurício Arruda
supervisão de texto de Lauro César Muniz
direção de Roberto Talma, Jodele Larcher e Flávio Colatrello
direção geral de Roberto Talma
Exemplo 2:
O Dono do Mundo – Rede Globo (2008/09)
Globo - 20h
de 20 de maio de 1991 a 4 de janeiro de 1992
197 capítulos
novela de Gilberto Braga
escrita por Gilberto Braga, Leonor Basséres,
Sérgio Marques, Ângela Carneiro e Ricardo Linhares
direção de Denis Carvalho, Ricardo Waddington, Mauro Mendonça
Filho e Ivan Zettel
direção geral de Denis Carvalho
Exemplo 3:
A Favorita– Rede Globo (2008/09)
Globo - 21h
de 2 de junho de 2008 a 17 de janeiro de 2009
197 capítulos
novela de João Emanuel Carneiro
escrita por João Emanuel Carneiro, Denise Bandeira, Fausto Galvão,
Márcia Prates e Vincent Villari
direção de Gustavo Fernandez, Paulo Silvestrini, Pedro Vasconcelos,
Roberto Naar, Roberto Vaz, Isabella Secchin e Marco Rodrigo
direção geral de Ricardo Waddington
direção artística de Ricardo Waddington
O Roteiro de uma TN
O roteiro (script), de acordo com o Rose Calza (1996), é o ponto de
partida de uma TN. Trata-se de um texto complexo, calcado no
diálogo, que narra a história a ser contada na TN. O diálogo entre as
personagens é a fundamentação de todo o roteiro, pois é ele que faz
a história se desenvolver e novos acontecimentos ocorrem ao longo
da trama.

O roteiro descreve a trama (enredo) e os personagens de uma TN.


Além disso, um roteirista (autor de um roteiro), ao escrever o seu
roteiro, tem por obrigação assinalar certas emoções que os atores
têm que representar para o texto atingir seu objetivo. O roteirista
assinala essas emoções por meio das rubricas. Porém, não somente
as emoções são marcadas: aspectos técnicos (posicionamento das
câmeras, trilhas sonoras, ângulos de filmagem, edição) são também
assinalados no roteiro.
Assim, como aponta Calza (1995), um roteiro de telenovela possui um
feixe de informações técnicas e de encenação, que devem ser
interpretadas pelos vários agentes de uma TN para que sua produção
e vinculação sejam um sucesso.

Roteiro:
Texto de uma telenovela, estruturado em uma série de
sequências na ordem em que deverão ser apresentadas,
com indicações relativas a personagens, cenários e
diálogos. Assim, o roteiro é um plano completo para a
realização da TN. É o instrumento básico de apoio à
direção e produção, pois contém as falas, indicações,
marcas, posicionamento e movimentação cênica, de
forma genérica e detalhada. Expressa as ideias principais
do autor (dos autores) e do diretor a serem
desenvolvidas pela equipe que realiza a TN.
Exemplo:
Despedida de Solteiro – Rede Globo (1992/93)

Globo - 18h

de 1º de junho de 1992 a 29 de janeiro de 1993

206 capítulos

Novela de Walter Negrão

Colaboração de Rose Calza, Ângela Carneiro e Margareth Boury

Direção de Reynaldo Boury, Cláudio Cavalcanti e Carlos Manga Júnior

Direção geral de Reynaldo Boury


Exemplo:

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