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ÉTICA E MORAL

É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a


nossa consciência e começarmos a achar que tudo é
normal.
Mario Sergio Cortella

Profª Adriana Lopes


adrylopes2@gmail.com
Ética

No senso comum = conjunto de valores adequados na conduta social

Etimologia:

►Ética – do grego ethos = “costume” – é a reflexão sobre as noções e


princípios que fundamentam a vida moral

►Moral – do latim mos, moris = “costume” – Maneira de se comportar


regulada pelo uso. Conjunto de regras que determinam o comportamento
dos indivíduos em um grupo social

(Fonte: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. Introdução à Filosofia, p. 214. 2009)
ÉTICA X MORAL
Ética
- reflexão filosófica sobre a moral.
- teoria, o conhecimento ou a ciência do
comportamento moral.
- é filosófica e científica

Moral
- “costumes, hábitos, comportamentos dos
seres humanos, as regras de comporta-
mento adotadas pelas comunidades”. (Desidério
Murcho, in Ética e Moral – uma distinção indistinta)
- ”normas, princípios, costumes, valores
que norteiam o comportamento do
indivíduo no seu grupo social.”
- é normativa
Moral

- não tem qualquer conteúdo filosófico .


- é apenas o que as pessoas fazem e pensam
- Criada pelos diferentes grupos humanos

Ética
- disciplina que analisa esses comportamentos
e crenças, para determinar se eles são aceitáveis
ou não
- Tem a ver com a essência do Ser
DOUTRINAS ÉTICAS

Ética e Filosofia Na Grécia Antiga

“O homem grego não queria simplesmente viver, mas aspirava


a viver bem, e cabia à Ética discutir em que consiste o bem
viver ou a felicidade”.
(ZINGANO, 2002, p. 119).

► A Ética investiga a natureza e as causas das ações humanas,


assim como a virtude e o bem viver, isto é a felicidade

► Como os filósofos gregos definiam a FELICIDADE?

(eudaimonia – busca da felicidade; objetivo da vida humana; Ética = discutir o bem viver)
PLATÃO (428/427 a.C – 348/347 a.C)

► Princípio da dualidade entre a alma e o corpo (Fédon – diálogo; Mito


da Caverna – mundo sensível e mundo inteligível)

► o que confere identidade a um ser não é o seu corpo (a sua


aparência física), mas a sua alma, de modo que após a morte a vida
continua, pois era a alma que constituía a pessoa, sendo o corpo
físico apenas a sua veste temporária.

► Uma vida feliz é baseda naquilo que é eterno (a alma) e não no que
é temporário (o corpo).

► Como se atinge uma vida Feliz? freiando as paixões e


desenvolvendo a vida do intelecto (as virtudes do espírito
condicionarão o estado da alma na situação do pós-morte e também
na próxima vida)
ARISTÓTELES (384 a.C – 322 a.C)

► valorização da razão, sem negar o corpo.


Diferente de seu mestre Platão, Aristóteles atribui ao corpo um papel
fundamental na identidade da pessoa.

► A felicidade do ser humano consiste em viver da maneira mais


excelente possível aquilo que diz respeito à essência do ser humano:
a razão.

► A determinação da ação virtuosa não é dada a priori. Impossibilidade


de produzir um corpo de regras que determinem as ações moralmente
boas, virtuosas.

► Uma ação considerada virtuosa para alguém em determinado contexto


pode não ser virtuosa para outra pessoa em seu contexto.

► Há um certo relativismo em Aristóteles o que, no limite, poderia levar à


dissolução da Ética, gerando transtornos no convívio social. Para que
isso não ocorra, Aristóteles apresenta um elemento regulador: a
moderação
...Aristóteles

► A felicidade: estado de alma daquele que exerce um conjunto de ações


virtuosas que se caracterizam pelo alto grau de elaboração racional,
fruto da consciência reflexiva (filosófica), sempre vivendo no chamado
meio-termo, sem excessos de qualquer natureza.

“Costuma-se dizer que nada há que acrescentar nem tirar nas coisas bem-
feitas, considerando-se que o excesso ou a falta destrói a perfeição e a
justa medida a conserva [...]. E a virtude que é mais perfeita e melhor
que toda a arte, do mesmo modo que a natureza, tenderá para o
meio. [.. .] Chamo meio da coisa o igualmente distante dos extremos,
que é um e idêntico para todos, meio a respeito de nós, o que não é
excesso nem falta. E este não é único nem idêntico para todos".
(ARISTÓTELES, III)

► eudaimon = aquele que vive de acordo com a reta razão


...Aristóteles
► Contingência (possibilidade de algo ser de outro modo) x Necessidade
(o que não pode ser de outro modo)

► Domínio da ética aristotélica: Contingência.

► Para o bem agir é preciso escolher qual é a melhor ação; Não há mais,
como em Platão, uma Ideia que possa orientar o agir bem.

► A razão prática (deliberativa, capaz de calcular qual a melhor ação para


se atingir um fim – o bem, a felicidade) e não a razão científica deve
orientar a escolha das ações.

► A razão prática deve ser impulsionada pelo desejo. O desejo é o móvel


das ações. A razão prática orienta o desejo e o desejo principia a ação.

► O hábito (ethos) como prática educativa assume extrema relevância


(controle e direcionamento dos impulsos).

► “[…] os homens tornam- se arquitetos construindo e tocadores de lira


tangendo seus instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos
praticando atos justos.” (ARISTÓTELES, II)
Zenão de Cítio
(334 a.C. - 262 a.C.),
Estóicos (Grécia e Roma): fundador do estoicismo

► Para alcançar a felicidade é preciso manter uma postura


moral austera, cuidando dos seus deveres, resistindo ao
máximo a todo tipo de fraquezas (físicas e morais).

► A filosofia de uma pessoa não é indicada pelo que diz mas


pela maneira de se comportar

Sêneca
4 a.C - 65 d.C Panécio de Rodes
(c. 185 a.C. – 110 a.C.)
Aristipo de Cirene
(c. 435 a.C a 356 a.C.)

Hedonismo:

► Para os hedonistas a felicidade consistia na


satisfação dos prazeres mais imediatos, os
prazeres sensíveis, os prazeres do corpo.

►O hedonismo costuma ser confundido com o


Epicurismo, pois ambos remetem à ideia de prazer.
Porém, Epicuro formula suas ideias partindo do
hedonismo, propondo que o prazer seja regido
pela razão, levando à moderação.
Epicuro
(341 a.C a +ou- 270 a.C)

EPICURISTAS:

► a felicidade consiste em um certo tipo de prazer.

► Esses filosófos distinguem dois tipos de prazeres:

Aquele de natureza mais espiritual, considerado o mais superior, aquele


que devemos buscar (uma música que nos encanta, uma conversa que
nos traz bem-estar)
E os prazeres sensíveis, ligados ao corpo (considerados mais inferiores,
por serem mais imediatos, ligados às paixões... podendo, por isso,
resultar em sofrimentos)

► Os epicuristas queriam alcançar a ataraxia, um estado em que a alma


permanece serena, sem a inquietação de desejos... quando a alma fica
imperturbável.
EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. e apresent. de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: UNESP, 1997
Santo Agostinho
Ética na Idade Média (354 - 430 d.C.)
sem a fé a razão
não é capaz de levar à felicidade

►O cristianismo e o islamismo dominaram a


ética medieval. Assim a ética esteve
balizada pela moral, estando vinculada à
interpretação dos mandamentos e preceitos
religiosos.
São Tomás de Aquino
(1225 – 1274)
Bíblia: como viver segundo a vontade de Deus
- argumentos sobre a vida moral
Não há conflito entre a fé e a razão
Ética na Idade Moderna

► No renascimento e nos séculos XVII e XVIII, a


filosofia retoma os temas éticos da antiguidade

(Ética como o estudo dos meios de se alcançar o


bem estar, a felicidade e a boa convivência,
distanciados de preceitos religiosos, buscando a
fundamentação pelo pensamento humano - razão)
Ética na Idade Moderna

Rousseau (1712 – 1778)


► moral do coração,
bondade natural

Kant (1724 – 1804)


► afirma o papel da razão na Ética.
► Não existe bondade natural.
► Somos egoístas, cruéis, matamos, mentimos, roubamos.
► Necessitamos do dever (imperativo categórico = não afetar
ou atingir outras pessoas) para nos tornarmos morais.
► razão teórica ou especulativa: realidade exterior a nós, leis
necessárias de causa e efeito (necessidade).
► razão prática: não contempla uma causalidade externa
necessária, mas cria sua própria realidade, na qual se
exerce (finalidade/ liberdade).

Fonte: Filosofia, Marilena Chauí, Ed. Ática, São Paulo, ano 2000, pág. 170-172
Ética contemporânea

Nietzsche (1844 – 1900)

► Nem sempre o “bem” contribui para a prosperidade; nem o “mal”, para a degeneração (da
humanidade) .

► os valores são “Humanos, demasiado humanos” (“bem” e “mal” têm uma proveniência e
uma história, pois foram criados; Os valores não são universais).

► Exame genealógico: as ideias e valores são signos de plenitude de vida ou da sua


degeneração?

► A moral cristã é a negação da vida - Dualismo de mundos


► A cultura socrático-judaico-cristã desvaloriza este mundo em nome de um outro, essencial,
imutável e eterno
► A vida como um eterno retorno - ciclos repetitivos da vida: estamos presos a um número
limitado de fatos: repetiram-se no passado, ocorrem no presente e se repetirão no futuro.
► Para Além de Bem e Mal: Kant é visto como um moralista acrítico, sua noção de um
“imperativo categórico”, mostra que “o que é nobre sobre mim é que posso obedecer ”
► proposta de Nietzsche de nos tornarmos “os legisladores de si mesmos” .
Ética contemporânea

Hannah Arendt (1906 – 1975)

► Philanthropia (amizade – amor à humanidade): diálogo, intercâmbio de


opiniões

► A diversidade de opiniões é uma das garantias da existência do


próprio domínio ético-político (nazismo e campos de concentração, p.
ex.)
► Crítica à tradição do pensamento moral que confia numa tendência
inata à natureza humana para a execução de ações acertadas (crítica à
ideia de que a conduta moral é natural, bastando ser intelectualmente
capaz de discernir entre o certo e o errado).

► O ser humano pode ou não agir segundo o ajuizamento moral.


Ética contemporânea

Habermas (1929...)

► o “tema fundamental da filosofia é a razão”

► A ação comunicativa pressupõe o uso da linguagem como


meio para obter acordo, existindo uma interação lingüística
evidenciada pela pragmática da linguagem.

► Tarefa da pragmática: mapear as condições que tornam


possível a ação comunicativa para que ocorra
entendimento, consenso.

► O consenso moral ocorre através de bons argumentos.


► quatro pretensões de validade são: a verdade, a retitude, a
veracidade e a inteligibilidade.
Fonte: HABERMAS, Jürgen. Consciência moral e Agir comunicativo. Rio de Janeiro: TempoBrasileiro, 1989

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