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Epilepsia

EPILEPSIA
Um Pouco sobre sua História

• Antigamente havia a crença que a epilepsia tinha alguma ligação com espíritos
malignos, era, normalmente, considerada uma doença associada a fenômenos
diabólicos, oriundos de manifestações de demônios ou de qualquer tipo
castigo .
• Os registros mostram essas crenças datadas em 2.000 a.C. durante o império
da antiga Babilônia . Já nos anos 400 a.C., Hipócrates relata no livro “Sobre a
doença sagrada” que o cérebro seria a sede da mente e que a Epilepsia não
estava ligada a manifestações espirituais e sim ao cérebro.
O Conceito de Epilepsia

A Epilepsia é uma condição em que as recorrentes descargas elétricas no cérebro provocam


distúrbios no funcionamento normal do sistema nervoso. Os episódios de distúrbios são
denominados convulsões. As convulsões podem ocasionar uma perda temporária de consciência
ou mudança temporárias de comportamento, as mudanças exatas dependem da área do cérebro
que está sendo estimulada pela descarga elétrica.

Causas:
O cérebro é composto por 14 bilhões de células nervosas, muitas das quais estão conectadas por
pequenas junções pelas quais os impulsos elétricos são enviados de um ao outro por meio de
substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores. Um impulso elétrico libera um
neurotransmissor que ativa a próxima célula nervosa. Esses impulsos elétricos disparam em
padrões regulares denominados de ondas cerebrais. Quando um número excessivo de células
nervosas disparam de forma anormal ao mesmo tempo, uma convulsão epilética pode ser
ocasionada. O disparo repentino e excesso de células nervosas no cérebro é como uma
tempestade elétrica, e a convulsão é a maneira com que o corpo reage fisicamente a esse episódio.
Quando a convulsão cessa, a tempestade pode se dissipar repentinamente ou as células nervosas
afetadas podem se encontrar tão exaustas que exige um período de descanso, explicando o
período prolongado de convulsão ou sonolência.
Existem várias razões para ocorrência de convulsões:
• Instabilidade nas células do cérebro causada por trauma,
• cicatrizes,
• causas químicas,
• Inflamações,
• tumor,
• intoxicação ou malformações.
• Desequilíbrio entre os neurotransmissores

A epilepsia em si geralmente não é uma doença e sim um sintoma que pode se manifestar como
resultado de diferentes causas. Cerca de metade das convulsões epiléticas apresentam uma causa
identificável, denominadas de sintomáticas.
Exemplos: tumor, certas toxinas, ausência de açúcar no sangue ou ausência de cálcio no sangue.
Outra causa metabólica geneticamente determinada são conhecidas como idiopáticas. A epilepsia em si
não é hereditária. Assim, fatores ambientais como privação do sono ou luzes tremeluzentes podem
disparar convulsões numa pessoa com predisposição genética. Nas crianças, as causas idiopáticas são
mais numerosas e a sintomáticas ocorrem mais no adulto.
Classificações:

É importante classificá-las para que o tipo correto de medicação possa ser


prescrito e também para troca de informações com outros médicos. A
convulsões podem ser generalizadas.
• Convulsão generalizada: Uma descarga epilética afeta o cérebro como um
todo. Origina-se, provavelmente na estrutura central profunda e estende-se
pelo cérebro em ambos os lados. Sintoma que sinaliza a convulsão é a perda
da consciência.
Existem quatro tipos de convulsão generalizada que afetam crianças:
• CRISES DE AUSÊNCIA: Atividade cerebral normal é interrompida. A criança
apresenta um olhar sem foco, vira os olhos para cima ,pode piscar , deixar
cair objetos da mão e apresentar alguns movimentos involuntários leves
chamados de automatismos. O ataque dura alguns segundos apenas e
desaparece rapidamente. Se os ataques forem frequentes pode interferir no
desempenho escolar, interpretados por pais e professores como desatenção.
•CONVULSÕES MIOCLÔNICAS : Trata-se de um abalo muscular que pode
ser brando e limitado a alguns grupos musculares individuais, que pode ser
tão exacerbado que derruba a criança no chão. Está associada a condições
mais severas , que apresentam prejuízos progressivos. Ataques atônicos
(queda). Caracteriza por uma queda repentina do corpo todo, em virtude da
perda de tônus muscular e da inabilidade de manter uma posição ereta. São
ataques raros e menos severos.

• CONVULSÕES TÔNICO-CLÔNICAS: Tipo de convulsão denominada de


grande mal, a criança cai no chão depois de emitir um grito. Na fase tônico o
corpo torna-se rígido e na fase clônicas começam movimentos involuntários
bruscos e dura alguns segundos a alguns minutos e por um período de sono
profundo ou confusão temporária. Pode morder a língua ,mas não é nada
sério. Durante as convulsões pode haver perda de controle urinário. Após a
convulsão pode reclamar de dores muscular e dor de cabeça.
•CONVULSÕES PARCIAIS: Mantêm - se confinadas a áreas circunscritas do
cérebro. Os sintomas dependem da área do cérebro envolvida na convulsão.
• CONVULSÕES PARCIAIS SIMPLES: A pessoa permanece consciente durante a
convulsão. Poderá resultar no momento involuntário de uma parte do corpo, como a
perna, por exemplo. Poderá se estender para outras partes do mesmo lado do corpo.
Este tipo de convulsão é o resultado de uma descarga anormal que afeta as células
nervosas responsáveis pelo movimento. Uma convulsão numa região sensorial do
cérebro produzirá sensações sensoriais anormais. Quando a parte visual do cérebro
está envolvida, poderão ocorrer fenômenos visuais anormais, como cenas intensas ou
visões de objetos inexistentes. Se o lobo temporal está envolvido , poderão
apresentar - se sensações psíquicas anormais, incluindo sentimentos de irritabilidade
ou distúrbios da memória. Pode gerar sentimentos de medo, raiva ou excitação.
• CONVULSÕES PARCIAIS COMPLEXAS: Durante uma convulsão parcial complexa,
haverá alteração, ou mesmo perda da consciência. Uma convulsão parcial complexa
pode ser o resultado de uma convulsão parcial simples que se estende até as áreas
que determinam a consciência. Durante os ataques, podem ocorrer automatismos nos
quais a pessoa desempenha atividades anormais mas que possivelmente parecem
ser funcionais, como puxar ou mexer na roupa, mastigar ou estalar os lábios. Ao
recobrar a consciência não lembra disso.
Estado de Mal Epilético
É uma ocorrência em que as convulsões se seguem uma após a outra sem
que a pessoa recobre a consciência entre os ataques.
Algumas Consequências das Convulsões
• Conseqüências Neurológicas: Podem causar alterações nas células cerebrais.
No caso de convulsões severas e prolongadas, as necessidades de energia do
corpo poderão não ser preenchidas em virtude da exigência demasiadamente
excessiva e da falta de suprimento de oxigênio para a demanda. Pressão
sanguínea baixa e alterações metabólicas poderão agravar o problema.

• As Convulsões Epiléticas: Poderão interferir no desempenho intelectual e


mesmo causar atrasos de desenvolvimento. Pode provocar deficiência físicas.
As convulsões severas e recorrentes ou muito prolongadas trazem consigo o
risco de consequências neurológicas. Mas no entanto não há evidências que
apontam esse dano.
DIAGNÓSTICO

•É realizado pelo médico neurologista através de uma história médica


completa;
• Os exames clínico neurológicos, a avaliação neuropsicológica e os
testes complementares auxiliam no diagnóstico;
•Seu diagnóstico pode advir de exames como o Eletroencefalograma
(EEG) e a Neuroimagem (como tomografia e ressonância magnética de
crânio).
Tratamento da Epilepsia

• Seu tratamento é realizado através de medicamentos que evitam as


descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas,
uma vez que inexiste cura para tal doença. Há tratamentos alternativos ao
medicamentoso, de acordo com cada caso, como a estimulação do nervo vago,
dieta, ou cirurgia.
Avaliação Neuropsicológica

• Há evidências de que indivíduos com determinados tipos de epilepsia podem


apresentar prejuízos graves, sendo que, para alguns, tais déficits podem ser
mais debilitantes do que as próprias crises epiléticas.
• A avaliação neuropsicológica tem como objetivo diagnosticar tais prejuízos
cognitivos, contribuir para a compreensão da condição neurológica do paciente
e auxiliar nas decisões de seu tratamento, compreender os problemas
emocionais, educacionais e psicossociais relacinondo-os com o
comprometimento cognitivo, além de monitorar os efeitos dos medicamentos
e/ou da epilepsia sobre a cognição, bem como o impacto dessas disfunções
cognitivas no dia a dia.
O Papel do Psicólogo

É fundamental que as pessoas saibam o que é epilepsia e as suas


implicações práticas, para que o paciente e seus familiares deixam de serem
vítimas de preconceitos. O trabalho com grupos facilita as relações
interpessoais e enfoca o tratamento de problemas e dificuldades,
especialmente em doença crônicas. Do ponto de vista psicológico,
proporciona oportunidade para troca de experiência e vivências, além de
possibilitar a interação entre pacientes e profissionais da saúde.
Os grupos têm por objetivo auxiliar no conhecimento de informações, discutir
medos, ansiedade e confusões a respeito da epilepsia, sendo oportunidade
para compartilhar idéias, expressar sentimentos , troca de experiências com
outras pessoas que vivem em situações similares. As pessoas podem
aumentar seus conhecimentos, discutir mágoas e desconfortos a epilepsia.
Pacientes com epilepsia apresentam isolamento social, dificuldade nos
relacionamentos sociais, no trabalho, na escola, no lazer e até nas atividades
diárias. Costuma-se dizer que a epilepsia é uma condição que o bem estar
biopsicossocial, afeta a vida do paciente como um todo.
Referências

• REISNER,Helen. Crianças com epilepsia. ed. Papirus,1996.


• MATTHES, Ansgar. Epilepsia: diagnóstico e tratamento no hospital e na
clínica. 2° ed. Livraria Atheneu. Rio de Janeiro, 1976.

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