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Hidrologia

Regularização de vazões

Eudes José Arantes


UTFPR
Regularização
A variabilidade temporal da precipitação e, conseqüentemente, da
vazão dos rios freqüentemente origina situações de déficit hídrico, quando
a vazão dos rios é inferior à necessária para atender determinado uso. Em
outras situações ocorre o contrário, ou seja, há excesso de vazão.
A solução encontrada para
reduzir a variabilidade temporal
da vazão é a regularização
através da utilização de um ou
mais reservatórios. Os
reservatórios têm por objetivo
acumular parte das águas
disponíveis nos períodos
chuvosos para compensar as
deficiências nos períodos de
estiagem, exercendo um efeito
regularizador das vazões
naturais.
Norris - Tenessee
Itaipu
Usina de Xingó
casa de força
vertedor
Um reservatório pode ser descrito por
seus níveis e volumes característicos:
• Nível mínimo operacional
• Nível máximo operacional
• Volume máximo
• Volume morto
• Volume útil
Volume morto
nível mínimo
operacional
Volume morto
O Volume Morto é a parcela de volume do
reservatório que não está disponível para uso.
Corresponde ao volume de água no reservatório
quando o nível é igual ao mínimo operacional. Abaixo
deste nível as tomadas de água para as turbinas de
uma usina hidrelétrica não funcionam, seja porque
começam a engolir ar além de água, o que provoca
cavitação nas turbinas (diminuindo sua vida útil), ou
porque o controle de vazão e pressão sobre a turbina
começa a ficar muito instável.
nível máximo Volume útil
operacional

Volume morto
nível mínimo
operacional
Nível máximo operacional

O nível máximo operacional corresponde à cota


máxima permitida para operações normais no
reservatório. Níveis superiores ao nível máximo
operacional podem ocorrer em situações
extraordinárias, mas comprometem a segurança da
barragem.
O nível máximo operacional define o volume
máximo do reservatório.
nível máximo
maximorum

nível máximo Volume útil


operacional

Volume morto
nível mínimo
operacional
Volume útil

A diferença entre o volume máximo de um


reservatório e o volume morto é o volume útil,
ou seja, a parcela do volume que pode ser
efetivamente utilizada para regularização de
vazão.
Reservatório
Os reservatórios tem por objetivo acumular parte das
águas disponíveis nos períodos chuvosos para compensar as
deficiências nos períodos de estiagem, exercendo um efeito
regularizador das vazões naturais.
Em geral os reservatórios são formados por meio de
barragens implantadas nos cursos d‘água. Suas
características físicas, especialmente a capacidade de
armazenamento, dependem das características topográficas
do vale em que estão inseridos.
Altimetria da área de um possível
reservatório no Rio Gravataí - RS

Sistema WGS 84
Diferença +/- 5 m
Cota: 6,5 m
Área inundada: 32 ha
Volume: 0,1 Hm3
Vazão regularizada: ?
Cota: 7 m
Área inundada: 200 ha
Volume: 0,7 Hm3
Vazão regularizada: ?
Cota: 8 m
Área inundada: 815 ha
Volume: 5,7 Hm3
Vazão regularizada: 1,0 m3/s
Cota: 9 m
Área inundada: 1.569 ha
Volume: 17,6 Hm3
Vazão regularizada: 1,5 m3/s
Cota: 10 m
Área inundada: 3.614 ha
Volume: 43,6 Hm3
Vazão regularizada: 3,5 m3/s
Cota: 11 m
Área inundada: 7.841
Volume: 101 Hm3
Vazão regularizada: 5,0 m3/s
Cota: 12 m
Área inundada: 10.198 ha
Volume: 191 Hm3
Vazão regularizada: 7,0 m3/s
Cota: 13 m
Área inundada: 12.569 ha
Volume: 305 Hm3
Vazão regularizada: 8,0 m3/s
Cota: 14 m
Área inundada: 14.434 ha
Volume: 440 Hm3
Vazão regularizada: 8,0 m3/s
Cota: 15 m
Área inundada: 16.353 ha
Volume: 594 Hm3
Vazão regularizada: 8,5 m3/s
Relação Cota - Área - Volume

700

600
Volume (Hm3) ou Área (km2)

Volume Hm3
500 Área (km2)

400

300

200

100

0
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Cota (m WGS84)
Curva Cota - Área - Volume
Cota (m) Área (km2) Volume (hm³)
772,00 0,00 0,00
775,00 0,94 0,94
780,00 2,39 8,97
785,00 4,71 26,40
790,00 8,15 58,16
795,00 12,84 110,19
800,00 19,88 191,30
805,00 29,70 314,39
810,00 43,58 496,50
815,00 58,01 749,62
820,00 74,23 1.079,39
825,00 92,29 1.494,88
830,00 113,89 2.009,38
835,00 139,59 2.642,00
840,00 164,59 3.401,09
845,00 191,44 4.289,81
Outras Características

Outras características importantes são as


estruturas de saída de água, eclusas para
navegação, escadas de peixes, tomadas de
água para irrigação ou para abastecimento, e
eventuais estruturas de aproveitamento para
lazer e recreação.
Vertedores

Os vertedores são o principal


tipo de estrutura de saída de
água. Destinam-se a liberar o
excesso de água que não pode ser
aproveitado para geração de
energia elétrica, abastecimento
ou irrigação. Os vertedores são
dimensionados para permitir a
passagem de uma cheia rara (alto
tempo de retorno) com
segurança.
Vertedores

Um vertedor pode ser livre


ou controlado por comportas.
O tipo mais comum de vertedor
apresenta um perfil de rampa,
para que a água escoe em alta
velocidade, e a jusante do
vertedor é construída uma
estrutura de dissipação de
energia, para evitar a erosão
excessiva.
Comportas
Vazão de Vertedor
A vazão de um vertedor livre
(não controlado por comportas) é
dependente da altura da água
sobre a soleira, conforme a figura e
a equação ao lado.
Q é a vazão do vertedor; L é o
comprimento da soleira; h é a
altura da lâmina de água sobre a
soleira e C é um coeficiente com
valores entre 1,4 e 1,8. É
importante destacar que a vazão
Q  C L  h
3
tem uma relação não linear com o 2
nível da água
Descarregadores de Fundo
Descarregadores de fundo podem ser utilizados como estruturas de
saída de água de reservatórios, especialmente para atender usos da água
existentes a jusante. A equação de vazão de um descarregador de fundo
é semelhante à equação de vazão de um orifício, apresentada abaixo:

Q  C A  2 g  h
oOnde A é a área da seção transversal do orifício; g é a aceleração da
gravidade; h é a altura da água desde a superfície até o centro do orifício
e C é um coeficiente empírico com valor próximo a 0,6.
Semelhante à equação do vertedor, destaca-se que a vazão de um
orifício tem uma relação não linear com o nível da água.
Geração de Energia

P   QHe
P = Potência (W)
 = peso específico da água (N/m3)
Q = vazão (m3/s)
H = queda líquida (m)
e = eficiência da conversão de energia hidráulica em
elétrica

e depende da turbina; do gerador e do sistema de adução


0,76 < e < 0,87
Energia Assegurada

Energia Assegurada é a energia que pode ser


suprida por uma usina com um risco de 5% de não ser
atendida, isto é, com uma garantia de 95% de
atendimento.
Numa usina com reservatório pequeno, a energia
assegurada é definida pela Q95
A empresa de energia será remunerada pela
Energia Assegurada
Curva de permanência
de vazões

40 m3/s
Exemplo
Uma usina hidrelétrica será construída em um rio
com a curva de permanência apresentada abaixo. O
projeto da barragem prevê uma queda líquida de 27
metros. A eficiência da conversão de energia será de
83%. Qual é a energia assegurada desta usina?
Q95 = 50 m3/s
H = 27 m
e = 0,83 P   QHe
 = 1000 kg/m3 . 9,81 N/kg

P = 9,81.50.27.0,83.1000

P = 11 MW
Importância para
geração de energia

P   QHe

excesso

déficit
Importância para
geração de energia
P   QHe

Vazão Q95 – energia assegurada


Volume útil x
Vazão média afluente

O volume útil está diretamente


relacionado à capacidade de regularizar a
vazão.
Se o volume útil é pequeno, o reservatório
não consegue regularizar a vazão e a usina é
chamada “a fio d’água”
Balanço Hídrico
de reservatórios

• Equação da continuidade

S
 IQ
t
Balanço Hídrico
de reservatórios

• Intervalo de tempo curto: cheias

• Intervalo de tempo longo: dimensionamento


Dimensionamento do reservatório

• Métodos gráficos (antigos)

• Simulação
Método de Rippl

• Método gráfico
Simulação

• Equação de Balanço Hídrico

S
 IQ
t
Discretizada

S t  t  S t _ _
 IQ
t
_ _
onde I e Q representam valores médios
da vazão afluente e defluente de reservatório
ao longo do intervalo de tempo ∆t.

S t  t  S t  entradas  saídas
sujeita às restrições 0 < St+∆t < Vmáx;
onde Vmáx é o volume útil do reservatório.
Simulação em planilha

• Balanço Hídrico num reservatório

 V  I   t  Q  t
Vi 1  Vi  I  t  Q  t
V = volume (m3)
I = vazão afluente ao reservatório (m3/s)
Q = vazão defluente do reservatório (m3/s)

Q inclui vazão que atende a demanda e vazão vertida


Simulação em planilha

• Equação de Balanço Hídrico do reservatório pode


ser aplicada recursivamente

Vi 1  Vi  tI  Q

conhecidos

Q é considerado igual à demanda


• Com a equação recursiva de balanço podem ocorrer
duas situações extremas:

Vi 1  Vmax É necessário verter água

Vi 1  Vmin A demanda é excessiva


ou o volume é insuficiente
Dimensionamento de reservatório
1. Estime um valor de Vmax
2. Aplique a equação abaixo para cada mês do
período de dados de vazão disponível (é desejável que
a série tenha várias décadas). As perdas por
evaporação (E) variam com o mês e podem ser
estimadas por dados de tanque classe A. A demanda D
pode variar com a época do ano. A vazão vertida Qt é
diferente de zero apenas quando a equação indica que
o volume máximo será superado.

St  t  St  I t  Dt  Et  Qt
Dimensionamento de reservatório

3. Em um mês qualquer, se St+t for menor que zero,


a demanda Dt deve ser reduzida até que St+t seja igual
a zero, e é computada uma falha de entendimento.
4. Calcule a probabilidade de falha dividindo o
número de meses com falha pelo número total de
meses. Se esta probabilidade for considerada
inaceitável, aumente o valor do volume máximo Vmax
e reinicie o processo.
Exemplo
mês Vazão (m3/s)
Um reservatório com volume
Jan 60
útil de 500 hectômetros cúbicos Fev 20
(milhões de m3) pode garantir Mar 10
uma vazão regularizada de 55 Abr 5
m3.s-1, considerando a seqüência Mai 12
de vazões de entrada da tabela Jun 13
Jul 24
abaixo? Considere o reservatório
Ago 58
inicialmente cheio, a evaporação Set 90
nula e que cada mês tem 2,592 Out 102
milhões de segundos. Nov 120
Dez 78
mês Vazão (m3/s) Volume I (hm3) D (hm3) Volume Q (hm3)
jan 60 500 156 143
fev 20
mar 10
abr 5
mai 12
jun 13
jul 24
ago 58
set 90
out 102
nov 120
dez 78
Supondo que não será necessário verter
St+dt=St+It-Dt = 500 + 156 – 143 = 513
mês Vazão (m3/s) Volume I (hm3) D (hm3) Volume Q (hm3)
jan 60 500 156 143 513 13
fev 20 500
mar 10
abr 5
mai 12
jun 13
jul 24
ago 58
set 90
out 102
nov 120
dez 78
Supondo que não será necessário verter
Volume máximo excedido!
St+dt=St+It-Dt = 500 + 156 – 143 = 513
É necessário verter 13 hm3
mês Vazão (m3/s) Volume I (hm3) D (hm3) Volume Q (hm3)
jan 60 500 156 143 513 13
fev 20 500 52 143 409 0
mar 10 409
abr 5
mai 12
jun 13
jul 24
ago 58
set 90
out 102
nov 120
dez 78
Supondo que não será necessário verter
St+dt=St+It-Dt = 500 + 52 – 143 = 409
No início do mês de agosto o volume calculado é
negativo, o que rompe a restrição, portanto o
reservatório não é capaz de regularizar a vazão de 55
m3.s-1
Mês S (hm3) I (hm3) D (hm3) Q (hm3)
Jan 500 156 143 13
Fev 500 52 143 0
Mar 409 26 143 0
Abr 293 13 143 0

Mai 163 31 143 0


Jul 52 34 143 0
Ago -57 62 143 0
Exemplo: dimensionamento de
reservatório com simulação em planilha

Vazões do rio Tainhas de 1970 a 1980


Exemplo: dimensionamento de reservatório
com simulação em planilha

Qual é a vazão que pode ser regularizada no


rio Tainhas com um reservatório de 100 milhões de
m3?

100 Hm3 correspondem, aproximadamente, à área


do Campus do Vale coberto por 17 metros de água.
Vi1  Vi  tI  Q
Vazões afluentes do
rio Tainhas
demanda
(ou vazão
regularizada)

Vi1  Vi  tI  Q

Vazão de antendimento da
demanda
Vi1  Vi  tI  Q

Vazão vertida para


V < Vmax
Vi1  Vi  tI  Q

Vazão total de saída


Teste com Q = 20m3/s
usando o Solver do Excel
Resposta

Qual é a vazão que pode ser regularizada no rio


Tainhas com um reservatório de 100 milhões de m3?

A máxima vazão regularizável é de 11,13 m3/s.


Qual é o volume necessário para regularizar a
vazão de 15 m3/s?
Hidrogramas de entrada e saída
Curvas de Permanência
regularizado

natural
Curvas de Permanência
regularizado

natural
Q95 passa de ~3 para 15 m3/s
• Limite teórico:
Q regularizada = I média
Tipos de regularização

• Regularização intersazonal
• Regularização interanual
Regularização Interanual
Regularização Interanual
Complicações

• Perdas por evaporação


• Demandas variáveis no tempo
• Reservatórios de uso múltiplo
• Impactos ambientais

Vi 1  Vi  tI  Q
Otimização de operações
• Usinas hidrelétricas e térmicas

• Custo energia hidrelétrica 30 US$ por MW.hora

• Custo energia térmica > 45 US$ por MW.hora

• Custo de não abastecimento !!!!!!!

Defina a melhor operação para um sistema que conta com uma


usina hidrelétrica (máximo de 100 MW) e uma usina térmica (40
MW) para atender uma demanda de 100 MW, sujeito à
variabilidade das vazões.
Sobradinho
O reservatório de Sobradinho tem cerca de 320 km
de extensão, com uma superfície de espelho d’água de
4.214 km2 e uma capacidade de armazenamento de
34,1 bilhões de metros cúbicos em sua cota nominal
de 392,50 m, constituindo-se no maior lago artificial
do mundo.
Ele garante, através de uma depleção de até 12
m, juntamente com o reservatório de Três
Marias/CEMIG, uma vazão regularizada de 2.060 m3/s
nos períodos de estiagem, permitindo a operação de
todas as usinas da CHESF situadas ao longo do Rio São
Francisco.
Sobradinho
• Área de reservatório na cota 392,50 m
- 4.214 km2
• Volume total do reservatório 34.116 Hm 3

• Volume útil do reservatório 28.669 Hm 3

• Vazão regularizada 2.060 m3/s


• Nível máximo maximorum 393,50 m
• Nível máximo operativo normal 392,50 m
• Nível mínimo operativo normal 380,50 m
Turbinas Sobradinho

• Tipo Kaplan
• Quantidade6
• Fabricante Leningradsky Metallichesky Zavod (LMZ)
• Velocidade nominal 75 rpm
• Velocidade de disparo 180 rpm
• Engolimento 710 m3/s
• Potência nominal 178.000 kW
• Altura de queda nominal 27,2 m
• Diâmetro do rotor 9,5 m
Exemplo

P   QHe

Qual é a perda de energia na usina de Sobradinho


devida à evaporação direta do lago?
H = 27,2 m
e = 0,90

Evaporação direta do lago corresponde a 200 m3/s.


Considere um sistema elétrico com um centro de demanda (D) que consome 50
MW em média. O sistema é atendido por uma usina hidrelétrica a fio d’água (B),
uma usina hidrelétrica com reservatório (A) e uma usina termelétrica (C), de
acordo com a configuração da figura. O reservatório de A tem um volume útil de
350 hectômetros cúbicos, permite regularizar a vazão de 33 m3.s-1. O volume de B
é desprezivelmente pequeno. A potência da usina em A é desprezivelmente
pequena. A queda da usina B é de 67 m, a eficiência é de 85 %. A potência máxima
da usina térmica é de 25 MW, e o custo de geração é de 300 dólares por MW.hora.
Os dados de vazão do rio Principal a montante de A, e do afluente são dados na
tabela. Em qual mês deverá ser acionada a
Mês Afluente Principal
usina termelétrica C para garantir o suprimento
de energia para o consumidor C? 1 5 60
2 23 20
B 3 15 10
4 16 5
5 12 12
6 8 13
7 6 24
D
8 5 58
A
9 10 90
10 12 95
11 15 120
C 12 34 78
Um reservatório com volume útil de 500 hectômetros
cúbicos (milhões de m3) pode garantir uma vazão
regularizada de 25 m3.s-1,considerando a seqüência de
vazões de entrada da tabela abaixo? Considere o
reservatório inicialmente cheio, a evaporação constante de
200 mm por mês, área superficial e que cada mês tem
2,592 milhões de segundos.
Um reservatório com volume útil de 150 hectômetros
cúbicos é suficiente para regularizar a vazão de 28 m3.s-1
num rio que apresenta a seqüência de vazões da tabela
abaixo para um determinado período crítico? Considere o
reservatório inicialmente cheio, 200 km2 de área superficial
constante e que cada mês tem 2,592 milhões de segundos.
Os dados de evaporação de tanque classe A são dados na
tabela (veja capitulo 5).
Propagação de cheias
em reservatórios

Considerando um reservatório com vertedor livre,


em que a vazão de saída é uma função do nível da
água no reservatório, a equação abaixo pode ser
aplicada recursivamente.

S t  t  S t I t  I t  t Qt  Qt  t
 
t 2 2
Propagação de cheias
em reservatórios

Considerando um reservatório com vertedor livre,


em que a vazão de saída é uma função do nível da
água no reservatório, a equação abaixo pode ser
aplicada recursivamente.

S t  t  S t I t  I t  t Qt  Qt  t
 
t 2 2
Propagação de cheias
em reservatórios
Nesta equação, em cada intervalo de tempo é
conhecida são conhecidas a vazão de entrada no
tempo t e em t+t; a vazão de saída no intervalo de
tempo t; e o volume armazenado no intervalo t. Não
são conhecidos os termos St+t e Qt+t , e ambos
dependem do nível da água.
Como tanto St+t e Qt+t são funções não lineares
de ht +t , a equação de balanço pode ser resolvida
utilizando a técnica iterativa de Newton, ou ‘outro
método numérico.
S t  t  S t I t  I t  t Qt  Qt  t
 
t 2 2
Método de Puls

Uma forma mais simples de calcular a propagação


de vazão num reservatório é o método conhecido
como Puls modificado. Neste método a equação
acima é reescrita como:

2  S t  t 2  St
 Qt  t  I t  I t  t   Qt
t t
Método de Puls

Uma tabela da relação entre Qt+t e 2.(St+t )/t


pode ser gerada a partir da relação cota – área –
volume do reservatório e através da relação entre a
cota e a vazão, por exemplo para uma equação de
vertedor.

2  S t  t 2  St
 Qt  t  I t  I t  t   Qt
t t
Exemplo Puls
Calcule o hidrograma de saída de um reservatório com
um vertedor de 25 m de comprimento de soleira, com
a soleira na cota 120 m, considerando a seguinte
tabela cota –volume para o reservatório e o
hidrograma de entrada apresentado na tabela abaixo,
e considerando que nível da água no reservatório está
inicialmente na cota 120 m.
Cota x Volume
Cota (m) Volume (104 m3) Tabela 8. 2: Relação cota
volume do reservatório do
115 1900
exemplo.
120 2000
121 2008
122 2038
123 2102
124 2208
125 2362
126 2569
127 2834
128 3163
129 3560
130 4029
Tempo (h) Vazão (m3.s-1)
0 0
Tabela 8. 3: Hidrograma de
1 350
2 720 entrada no reservatório.
3 940
4 1090
5 1060
6 930
7 750
8 580
9 470
10 380
11 310
12 270
13 220
14 200
15 180
16 150
17 120
18 100
19 80
20 70
Solução
O primeiro passo da solução H (m) Q (m3/s)
é criar uma tabela relacionando 120 0.0
a vazão de saída com a cota. 121 37.5
Considerando um vertedor livre, 122 106.1
com coeficiente C = 1,5 e soleira
123 194.9
na cota 120 m, a relação é dada
124 300.0
pela tabela que segue:
125 419.3
126 551.1

Q  C L  h
3 127 694.5
2
128 848.5
129 1012.5
130 1185.9
Esta tabela pode ser combinada à tabela cota –
volume, acrescentando uma coluna com o valor do
termo 2.(St+t)/t , considerando o intervalo de tempo
igual a 1 hora:
No primeiro intervalo de tempo o nível da água no
reservatório é de 120 m, e a vazão é zero. O volume
acumulado (S) no reservatório é 2000.104m3. O valor
2.S-Q para o primeiro intervalo de tempo é 11111
m3.s-1. Para cada intervalo de tempo seguinte a vazão
de saída pode ser calculada pelos seguintes passos:

a) Calcular It + It+∆t
b) com o resultado do passo (a) e com base no valor
de 2.(St)/t + Qt para o intervalo anterior, calcular
2.(St+t)/t + Qt+t equação
2.S t  t 2.St
 Qt  t  I t  I t  t   Qt
t t
c) obter o valor de Qt+t pela tabela B, a partir da
interpolação com o valor conhecido de 2.(St+t)/t +
Qt+t calculado no passo (b)
d) calcular o valor de 2.(St+t)/t + Qt+t a partir da
equação abaixo e seguir para o próximo passo de
tempo, repetindo os passos de (a) até (b)

 2.S t  t   2.S t  t 
  Qt  t     Qt  t   2(Qt  t )
 t   t 
Os resultados são apresentados na tabela abaixo:
Gráfico – Propagação
em reservatórios
O exemplo mostra que o reservatório tende a suavizar
o hidrograma, reduzindo a vazão de pico, embora sem
alterar o volume total do hidrograma. É interessante
observar que no caso do exemplo, em que o reservatório
tem um vertedor livre, a vazão máxima de saída ocorre no
momento em que a vazão de entrada e de saída são iguais.
O cálculo de propagação de vazões em reservatórios,
como apresentado neste exemplo, pode ser utilizado para
dimensionamento de reservatórios de controle de cheias, e
para análise de operação de reservatórios em geral.
Mediante algumas adaptações o método pode ser aplicado
para reservatórios com vertedores controlados por
comportas e para outras estruturas de saída.
Exercícios Puls

Calcule o hidrograma de saída de um reservatório


com um vertedor de 10 m de comprimento de soleira,
com a soleira na cota 120 m, considerando a seguinte
tabela cota–volume para o reservatório e o hidrograma
de entrada apresentado na tabela abaixo, e
considerando que nível da água no reservatório está
inicialmente na cota 120 m.
Cota x Volume
Cota (m) Volume (104 m3)
115 0
120 100
121 118
122 168
123 262
124 408
125 562
126 869
127 1234
128 2263
129 3000
130 4000
Tempo (h) Vazão (m3.s-1)
0 0 Hidrograma de entrada no
1 350 reservatório.
2 720
3 940
4 1090
5 1060
6 930
7 750
8 580
9 470
10 380
11 310
12 270
13 220
14 200
15 180
16 150
17 120
18 100
19 80
20 70
Exercício

• Qual deveria ser o comprimento do


vertedor para que a vazão de saída não
superasse 600 m3/s?

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