Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Linguística
Aula 3
• Existe um jeito certo ou errado de falar?
• Algum lugar do Brasil fala-se um português
correto?
• Deve ser considerada correta a forma de falar
dos alunos?
• Você fala a Língua Portuguesa corretamente?
• Segundo o dicionário de Antônio Houaiss:
• Conjunto de prescrições e regras que
determinam o uso considerado correto da
língua escrita e falada.
Como diz Franchi(1991:48), para essa concepção,
que normalmente é rotulada de gramática
normativa, “gramática é o conjunto de normas
para bem falar e escrever, estabelecidas pelos
especialistas, com base no bom uso da língua
consagrado pelos bons escritores” e “dizer que
alguém ‘sabe gramática’ significa dizer que
alguém ‘conhece essas normas e as domina tanto
nocionalmente quanto operacionalmente’” (grifos
do autor).
Para essa concepção, a gramática seria vista como
algo definitivo e absoluto e para ela seriam
agramaticais frases como as descritas abaixo:
a) Eu vi ele ontem.
b) Os menino saiu correndo.
c) Me empresta seu livro.
d) Vende-se frangos.
e) O homem que eu saí com ele.
f) Nóis trabaia pros homi.
g) O chefe pediu para mim dizer a vocês que está
tudo bem.
A segunda concepção de gramática é a que tem sido
chamada de gramática descritiva, porque faz na
verdade, uma descrição da estrutura e funcionamento
da língua, de sua forma e função. Gramática nessa
concepção “é um sistema de noções mediante as quais
se descrevem os fatos de uma língua, permitindo
associar a cada expressão dessa língua uma descrição
estrutural e estabelecer suas regras de uso, de modo a
separar o que é gramatical do que não é gramatical”.
Gramatical será então tudo o que atende às regras de
funcionamento da língua de acordo com determinada
variedade linguística.
A terceira concepção de gramática percebe a
gramática como o conjunto das regras que o
falante de fato aprendeu e das quais lança mão
ao falar. Ou, como diz Franchi (1991: 54),
“Gramática corresponde ao saber linguístico
que o falante de uma língua desenvolve dentro
de certos limites impostos pela sua própria
dotação genética humana, em condições
apropriadas de natureza social e
antropológica”.
Nesse caso, “saber gramática não depende de
escolarização, ou de quaisquer processos de
aprendizado sistemático, mas da ativação e
amadurecimento progressivo (ou da construção
progressiva), na própria atividade linguística,
de hipóteses sobre o que seja a linguagem e de
seus princípios e regras”. Não existem livros
dessa gramática, pois ela é o objeto de
descrição, daí porque normalmente essa
gramática é chamada gramática
internalizada.
Nessa concepção de gramática não há o erro
linguístico, mas a inadequação da variedade
linguística utilizada em uma determinada
situação de interação comunicativa, por não
atendimento das normas sociais do uso da
língua, ou a inadequação do uso de um
determinado recurso linguístico para uma
determinada intenção comunicativa que seria
melhor alcançada usando-se outro recurso.
É o que teríamos se alguém numa situação de
velório dissesse:
a) Meus sentimentos porque sua mãe bateu as
botas.
b) Então a velha bateu as botas?!
c) Meus sentimentos pela perda de sua mãe.
Temos outro exemplo , abaixo, onde
ninguém irá considerar ruim o texto de um
jornal sensacionalista e popular, que trata
com certo descaso a perda da vida humana,
principalmente dos seres humanos tidos
como maléficos ao restante da sociedade.
GRAMÁTICA INTERNALIZADA OU
COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA INTERNALIZADA
DO FALANTE
Gramática interiorizada pelas pessoas ao aprenderem a
língua materna. Já nascemos com essa predisposição. O ser
humano a domina. A própria criança já descobre as suas
regras. Na verdade é essa gramática que é o objeto de estudo
dos outros dois tipos de gramáticas a seguir, sobretudo da
descritiva.
GRAMÁTICA DESCRITIVA
Procura descrever o uso da língua. Orienta o
trabalho dos linguístas. Na descrição gramatical não
há o certo ou o errado. A gramática descritiva
trabalha com qualquer variedade da língua e não
apenas com a variedade culta e dá preferência para a
forma oral dessa variedade. Podemos, então, ter
gramática descritiva de qualquer variedade da
língua.
GRAMÁTICA PRESCRITIVA OU NORMATIVA