Sei sulla pagina 1di 37

O QUE É LITERATURA?

 “Arte literária é mimese(imitação); é a arte que imita


pela palavra.” (Aristóteles,séc.IV a.C.)
 Assim:
• literatura como imitação da realidade;
• manifestação artística;
• a palavra como matéria-prima;
• manifestação da expressividade humana.
FUNÇÕES DA LITERATURA:

• Função evasiva – fuga da realidade;


• Função lúdica – jogo de experiências sonoras e de
relações surpreendentes;
• Função de “Arte pela arte” – descompromissada das
lutas sociais (Parnasianismo);
• Função de literatura “engajada” – comprometida
com a defesa de certas ideias políticas.
 Nosso interesse está na literatura dita “canonizada” –
conj. de obras escritas e aceitas como artisticamente
valiosas e representativas de nossa herança cultural.
 Ex. “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; “Vidas
secas”, de Graciliano Ramos; “A Hora da Estrela”, de
Clarice Lispector, dentre outras.

 LITERATURA É A ARTE DA LINGUAGEM ESCRITA,


QUE EXPLORA TODAS AS POTENCIALIDADES DE
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO E É CAPAZ DE
TRANSPOR LIMITES DE TEMPO E ESPAÇO.
DIFERENÇAS ENTRE UM TEXTO LITERÁRIO E UM
NÃO-LITERÁRIO
Texto Literário:

 ênfase na expressão;
 linguagem conotativa;
 linguagem mais pessoal, emotiva;
 recriação da realidade;
 ambiguidade – recurso criativo.
TEXTO LITERÁRIO
A rosa de Hiroxima
Vinicius de Moraes
Pensem nas crianças Mas oh não se esqueçam
Mudas telepáticas Da rosa da rosa
Pensem nas meninas Da rosa de Hiroxima
Cegas inexatas A rosa hereditária
Pensem nas mulheres A rosa radioativa
Rotas alteradas Estúpida e inválida
Pensem nas feridas A rosa com cirrose
Como rosas cálidas A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
 Texto não-literário:

• ênfase no conteúdo;
• linguagem denotativa;
• linguagem mais impessoal;
• realidade apenas traduzida;
• normalmente sem ambiguidade ou duplas
interpretações.
TEXTO NÃO LITERÁRIO
Bomba de Hiroshima
Lançada às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945 à cidade de Hiroshima, sua
explosão causou o maior número de vítimas mortais. Cerca de 140 mil pessoas
morreram.
A bomba atômica foi desenvolvida por cientistas e engenheiros num projeto
chamado de Manhattan. Antes de ser lançada ao Japão foi testada no dia 16 de
julho no deserto do Novo México, nos Estados Unidos.
O mundo estava em guerra. Decorria a Segunda Guerra Mundial e, numa
tentativa de que o Japão se rendesse, o governo dos Estados Unidos da América
lançou a bomba nuclear do avião de bombardeio B-29 chamado de Enola Gay.
A bomba continha em sua carga urânio 235, tinha cerca de 3 metros de
comprimento e pesava 4 toneladas. Batizada de "Little Boy”, foi lançada a uma
distância entre 500 e 600 metros acima da cidade de Hiroshima e a destruiu.
86% de pessoas que estavam a 1 km da explosão morreram instantaneamente.
Tudo virou pó e os corpos foram desintegrados, de modo que não havia
cadáveres para contar.
Quanto à disposição gráfica, um texto literário pode ser:

 Prosa: em linhas “corridas”.


 Poesia (verso): a cada linha dá-se o nome de verso e ao
conjunto deles, estrofe.

 Estilo individual: é o estilo único de determinado escritor,


ou seja, sua visão única e modo próprio de criação literária.

 Estilo de época: características comuns em obras de


autores diferentes, mas contemporâneos. Ex.: embora
Bernardo Guimarães e José de Alencar tenham estilos
diferentes, ambos pertencem ao Romantismo.
ESCOLAS LITERÁRIAS (OU ESTILOS DE ÉPOCA)
• Quinhentismo – (1500 – 1601)
• Barroco – (1601 – 1768)
• Arcadismo – (1768 – 1836)
• Romantismo – (1836 – 1881)
• Realismo/Naturalismo/Parnasianismo – ( 1881 – 1922)
• Simbolismo – (1893 – 1922)
• Pré-modernismo – (1902 – 1922)
• 1ª ger. Modernista – (1922 – 1930)
• 2ª ger. Modernista – (1930 – 1945)
• 3ª ger. Modernista – (1945 – 1960)
• Literatura contemporânea – (1960 – até nossos dias)
GÊNEROS LITERÁRIOS:

 Conjuntos de elementos semânticos, estilísticos e


formais utilizados pelos autores em suas obras, para
caracterizá-las de acordo com a sua visão da realidade e
o público a que se destinam.

 Lírico: sentimental, poético.


 Épico: narrativo.
 Dramático: teatro.
Parte 2

TEORIA LTERÁRIA
 GÊNERO LÍRICO: é a manifestação literária em que
predominam os aspectos subjetivos do autor. É, em
geral, a maneira de o autor falar consigo mesmo ou
com um interlocutor particular (amigo, amante,
fantasia, elemento da natureza, Deus...)

 Não confundir “eu-lírico” com o autor. O “eu-lírico”


ou “eu-poético” é uma espécie de personalidade
poética criada pelo autor que dá vazão a sensações
e/ou impressões.
GÊNERO LÍRICO
Soneto de fidelidade (Vinícius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
 ELEMENTOS DA VERSIFICAÇÃO: elementos
técnicos que auxiliam a leitura, a interpretação e a
análise de textos poéticos.
1. Verso e Estrofe:
 Cada linha = verso
 Conjunto de versos = estrofe
Classificação das estrofes:
 As estrofes podem ser classificadas como:

 1 verso - monóstico
 2 versos - dístico
 3 versos - terceto
 4 versos - quarteto (ou quadra)
 5 versos – quintilha
 6 versos - sextilha
 7 versos - sétima
 8 versos - oitava
 9 versos - nona
 10 versos - décima

 Todas as estrofes que tenham mais de dez versos


recebem a denominação de Irregulares.
Soneto: composição poética de 14 versos =
2 quartetos e 2 tercetos.

1. Rimas: coincidência de sons (total ou parcial) entre


palavras no final ou no meio dos versos.
 Classificação das rimas:
• Quanto à categoria gramatical:
 Rimas POBRES: as palavras que rimam pertencem à
mesma classe gramatical.

De repente do riso fez-se o pranto


Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
[...]

Inferimos que os vocábulos “pranto/espanto” e


“bruma/espuma” pertencem à classe dos substantivos.
 RICAS: as palavras que rimam pertencem a classes
gramaticais distintas.
A um poeta

Longe do estéril turbilhão da rua,


Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego


Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego

Notamos a combinação “rua/sua” = substantivo com pronome;


“construa/nua” = verbo com adjetivo; “emprego/grego” = substantivo e
adjetivo.
 Rima Rara - Formada por palavras de pouca rima, difíceis de se
encontrar.

Cisne (adjetivo)
Bosque (substantivo)
Tisne (verbo ou substantivo)
Quiosque (substantivo)

 Rima Preciosa – Formada por artifícios gramaticais, ou junção


de palavras.

Amá-la
Tranquilo
De gala
Por certo fi-lo
Exemplo de rimas raras se manifesta numa das criações
de Raul de Leoni, intitulada “Argila”:
[...]

É tanta a glória que nos encaminha


Em nosso amor de seleção, profundo,
Que (ouço ao longe o oráculo de Elêusis)

Se um dia eu fosse teu e fosses minha,


O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses...
• Quanto à disposição ao longo do poema:

 ALTERNADAS ou CRUZADAS:

Incendeia A
Coração B
Passeia A
Canção B
PARALELAS ou EMPARELHADAS

Aniquilar A
Olhar A
Montanhas B
Entranhas B
INTERPOLADAS ou OPOSTAS

Espelho A
Disfarce B
Disfarçar-se B
Conselho? A

Versos brancos são os que não apresentam rima.


Métrica: É o número de sílabas poéticas do verso.

 Na contagem das sílabas métricas (escansão), observam-se,


geralmente, as seguintes normas:
• a leitura de um verso deve ser caracterizada pelo ritmo;
• faz-se a contagem de sílabas até a sílaba tônica da última
palavra;
• acomodar as sílabas seguindo a entonação. Elisão =
supressão de sons ou a sinalefa = acomodação de vários sons
a uma única sílaba métrica);
• os ditongos, em geral, equivalem a apenas uma sílaba métrica;
• normalmente, quando uma palavra termina em vogal e a
outra começa por vogal, unem-se esses fonemas numa única
sílaba métrica.
 Exemplos:

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”

Ou – vi – ram – do – I – pi – ran – ga – as – mar – gens –


plá – ci – das = 14 sílabas gramaticais

 Ou – vi – ram – doI – pi – ran – gaAs – mar – gens – plá


= 10 sílabas poéticas
“De um povo heroico o brado retumbante”

 De – um – po – vo – he – roi – co – o - bra – do – re –
tum – ban – te = 14 sil. gramaticais

 Deum – po – vohe – roi – coo- bra – do – re – tum –


ban = 10 sil. Poéticas

 Tais versos são “decassilábicos” = 10 versos


Pentassílabos ou redondilha menor (5 sílabas)

E agora, José?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu
Heptassílabo ou redondilha maior (7 sílabas)

Como são belos os dias


Do despontar da existência
(...)

Eneassílabos = 9 sílabas

Tu choraste em presença da morte?


Na presença de estranhos choraste?
(...)
Dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas poéticas

Olhai! O sol descamba...A tarde harmoniosa


Envolve luminosa a Grécia em frouxo véu,
Na estrada ao som da vaga, ao suspirar do vento,
De um marco poeirento um velho então se ergueu.
Versos livres são os que não apresentam métrica
regular.

Ritmo: a musicalidade implícita ou explícita no poema.


A Banda (Chico Buarque)
Estava à toa na vida,
O meu amor me chamou,
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor. (...)
Parte 3

Gênero Dramático:
textos para serem representados no palco.
• Tragédia: fato trágico que provoca reação de
medo ou compaixão. Ex. “Édipo Rei”, de Sófocles.

• Comédia: satirização dos costumes sociais. Ex.


“O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade.
• Drama: envolve a tragédia e a comédia. Ex.: “Eles
não usam black-tie”, de G. Guarnieri.

• Farsa: pequena peça que critica a sociedade e


seus costumes. Ex.: A Farsa de Inês Pereira”, de
Gil Vicente.

• Auto: peça breve, de tema religioso ou profano,


de aspecto moralista. Ex.: Auto da Barca do
Inferno, de Gil Vicente.
Gênero épico

 O gênero épico é a narrativa em versos que apresenta


um episódio heroico da história de um povo. Na
estrutura épica temos: o narrador, o qual conta a
história praticada por outros no passado; a história, a
sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno
das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se
apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a
ação das personagens.
Gênero Épico
 Neste gênero, geralmente, há presença de figuras
fantasiosas que ajudam ou atrapalham no curso dos
acontecimentos. Quando as ações são narradas por
versos, temos o poema épico ou epopeia. Dentre as
principais epopeias, temos: Ilíada e Odisseia, de
Homero.

Potrebbero piacerti anche