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Teoria Microeconômica II:

Introdução à Teoria dos Jogos

Prof. João Manoel Pinho de Mello


Depto. Economia, PUC-Rio
jmpm@econ.puc-rio.br

Agosto, 2006
Motivação
 Comportamento estratégico:

 Meu comportamento depende do que o(s) outro(s) faz(em)


• Pedestre versus automóvel
• 3 pontos = mais gols?
• Concorrencia perfeita

 A forma de interação afeta, de maneira decisiva, o


resultado

 Teoria dos Jogos: ferramentas para a análise


sistemática do comportamento estratégico.
Seqüência dos cursos
 Introdução à Teoria dos Jogos: jogos estáticos e
dinâmicos de informação completa (micro II)

 Organização Industrial e Estratégia (micro II)

 Teoria dos Jogos pra valer (micro III)

 Informação Assimétrica: jogos com informação


incompleta (micro III)
Jogo Estático vs Dinâmico
 Diferença não depende de aspectos temporais.

 Jogos estáticos:
 jogadores não observam decisões dos oponentes ao
escolher.
 Ex.: par ou ímpar.

 Jogos dinâmicos:
 escolhas são seqüenciais – ao menos algumas decisões.
 Ex.: xadrez.
O que é um jogo estático?
 Jogo estático, forma normal, ou forma
reduzida.
 Representação:
 N jogadores
 para cada jogador i, temos:
• Si – conjunto de estratégias possíveis
• Ui(si,s-i) – função de ganhos em cada resultado possível
do jogo
Exemplo
 Caso Si seja finito, podemos representar um jogo
através de uma matriz.

2 (par)
Jogo de soma
zero Par Ímpar

Par -1,1 1,-1


1 (ímpar)
Ímpar 1,-1 -1,1
“Common Knowledge”
 Cada participantes do jogo conhece a estrutura
(regras) do jogo.
 A racionalidade dos jogadores é também de
conhecimento comum.

 “Eu sou racional. Sei que meu oponente é racional. Sei


que ele sabe que sou racional. Sei que ele sabe que eu sei
que ele é racional. Etc.”
Exemplo: qual a cor do meu
chapéu?
 3 crianças numa roda. Há chapéus brancos e
vermelhos.

1 2 3
 Nenhuma delas observa a cor do próprio
chapéu, mas observa das outras duas
Exemplo: qual a cor do meu
chapéu?
 A professora pergunta a cada uma a cor do próprio
chapéu.
 Criança 1: “não sei”.
 Criança 2: “não sei”.
 Criança 3: “não sei”.

 A professora informa: há, pelo menos, um chapéu


vermelho. Repete a pergunta.
 Criança 1: “não sei”.
 Criança 2: “não sei”.
 Criança 3: “vermelho”.

 Porque?
Solução
 Resposta da criança 1:
 Se 2 e 3 estivessem usando chapéus brancos,
saberia que o seu era vermelho.
 Conclusão: 2 ou 3 está usando vermelho.

 Resposta da criança 2:
 Se 3 estivesse com chapéu branco, saberia, pelo
raciocínio anterior, que o seu chapéu era
vermelho.
 Conclusão: 3 está usando vermelho.
Solução
 Note que, para o exemplo funcionar, é
necessária não apenas a hipótese de
racionalidade individual mas, principalmente,
a hipótese de “common knowledge”.
 A criança 3 é racional; sabe que 1 e 2 são
racionais; e sabe que a 2 sabe que 1 é racional.
 Além disto: as três sabem que as outras duas
sabem que há chapéus brancos e vermelhos. E
pelo menos um vermelho
Resolvendo jogos (i)
Conceitos de solução
Conceitos de solução
 Para que queremos resolver jogos?
 Para fazer alguma previsão sobre o mundo!
 Veremos vários conceitos. Um trade-off
aparece constantemente:
 Força da previsão contra capacidade de prever
algo
 Por enquanto três conceitos básicos
Solução
Solução
Ótima 2: 1:
Previsão não
PrevisãoEliminação
Equilíbrio
previsão, mas
tão de
não
boa
ainda de
Nash
mas
mais Estratégias
prevêem
faz
pobre Estratégias
muitas vezes
previsões
mas mais
(quase)
SoluçãoEstritamente
3: Equilíbrio de Nash
Dominadas
Puras em Estratégias
vezes
sempre faz alguma previsão inteligente
Mistas
Resolvendo jogos (i)
Eliminação de estratégias
estritamente dominadas
Dilema dos prisioneiros
 2 prisioneiros são capturados e submetidos as interrogatório,
em salas isoladas, sem comunicação.
 Alternativas:
 C - confessar e servir de testemunha contra o parceiro.
 NC - não confessar e resistir.
 Penas dependem da interação de ambos.
Sem nenhuma confissão
o caso é fraco. Baixa
2 prob de condenação

Ambos confessam, o
NC C
Só uma confessa. O caso é fraco. Alta prob
outro leva a culpa de condenação
1 NC -1,-1 -9,0
sozinho. Promotor faz
acordo com o que C 0,-9 -6,-6
confessa
Eliminação de estratégias
estritamente dominadas
 Diante da hipótese de que a racionalidade é de
conhecimento comum, podemos eliminar estratégias
que são estritamente piores, independente da ação do
oponente.
Não importa o que os
outros façam
 Definição: A estratégia si’ é estritamente dominada
se existir si” tal que:
Ui(si’,s-i) < Ui(si”,s-i),
para todo s-i.
Desigualdade é estrita!
Resolvendo o dilema dos
prisioneiros
 NC é estritamente dominada por C, para ambos.

NC C

1 NC -1,-1 -9,0

C 0,-9 -6,-6
Características importantes do
dilema dos prisioneiros
 A situação (NC,NC) é melhor que (C,C) para ambos

 O comportamento estratégico, aliado aos interesses


individuais, inviabiliza (NC,NC) como solução
 Racionalidade individual leva à irracionalidade “coletiva”
 Fechar cruzamento?

 Esse exemplo simples ilustra a importância desse tipo de


comportamento sobre as relações.
Exemplo 2

E C D

1 A 1,2 3,2 3,3

B 2,3 3,1 4,2


Exemplo 3

E C D

1 A 1,2 3,4 3,3

B 2,3 3,1 4,2


Limitações

 O processo de eliminação iterada de estratégias


estritamente dominadas, em muitos casos, não
produz previsões úteis sobre o resultado do jogo.

 Consiste em uma noção muito fraca (no sentido que


utiliza poucas restrições) de equilíbrio.
Resolvendo jogos (ii)
Equilíbrio de Nash
(estratégias puras)
Definição de equilíbrio de Nash -
EN
 Uma alocação/resultado é um equilíbrio de Nash se, a partir
dela, nenhum jogador tem incentivo a desviar
individualmente.

 O EN apresenta uma noção de estabilidade estratégica.

 Definição: O perfil (si*,s-i*) é um EN se, para todo jogador i,


tem-se que:
Ui(si*,s-i*) > Ui(si,s-i*),
para todo si.
Definição alternativa
 A função (ou correspondência) de melhor resposta atribui, a
cada possível combinação de estratégias dos oponentes s-i,
a(s) melhor(es) resposta(s) si(s-i). Isto é:

si si   arg max U i s, si 


ssi

 EN é uma situação onde:


si*=si(s-i*),
para todo i.

 Formalmente, torna a busca por equilíbrio um problema de


“ponto fixo”
Exemplo 1

E C D

1 A 1,2 3,4 3,3

B 2,3 3,1 4,2


Exemplo 2
Dilema dos prisioneiros

NC C

1 NC -1,-1 -9,0

C 0,-9 -6,-6
Exemplo 3
Batalha dos sexos

Fut. Balé

H Fut. 2,1 0,0

Balé 0,0 1,2


Exemplo 4
Jogo de Coordenação

Teatro Praia

H Teatro 2,2 0,0

Praia 0,0 1,1


Exemplo 5
Par ou Ímpar

Par Ímpar

1 Par -1,1 1,-1

Ímpar 1,-1 -1,1


Algumas características
 Todo EN sobrevive à eliminação de estratégias estritamente
dominadas.

 Equilíbrios múltiplos podem ocorrer.

 Os equilíbrios podem apresentar ineficiência, seja em relação


a outro equilíbrio ou a outra alocação.

 Nem sempre existem equilíbrios em “estratégias puras”, isto


é, que não envolvem aleatoriedade.
Exemplo 6
Metade da média

 Cada aluno escolhe um inteiro entre 0 e 100, anota o


número em um papel com o próprio nome,
entregando-o ao professor.

 Vencedor: aquele mais se aproximar da metade da


média de todos os números.
Exemplo 6
(Continuação)
 Estratégias estritamente dominadas:

 Começe com 100 contra 99?


 Que tal 99 contra 98?

 Equilíbrio de Nash:
 Qual é?
Resolvendo jogos (iii)
Equilíbrio de Nash
(estratégias mistas)
Definição
 Em muitas situações, faz sentido estender o conjunto de
estratégias, possibilitando aleatoriedade.

 Para cada conjunto de estratégias Si, define-se a extensão em


estratégias mistas DSi, como o conjunto de medidas de
probabilidade que podem ser definidas sobre Si.

 Um EN em estratégias mistas do jogo (N,Si,Ui) é um EN do


jogo estendido (N, DSi,Ui).
Existência de equilíbrio

 Teorema (Nash, 1950): Todo jogo finito tem, pelo


menos, um EN, possivelmente envolvendo
estratégias mistas.

 O resultado acima pode ser estendido em várias


direções.
Exemplo
Par ou Ímpar
Há equilíbrio de Nash em estratégias puras?

Par Ímpar

1 Par -1,1 1,-1 p

Ímpar 1,-1 -1,1 1-p

q 1-q
Calculando o EN em estratégias
mistas
 Fixada a estratégia de 2 em q, temos as seguintes
opções para o jogador 1:
 Par: q(-1) + (1 - q) = 1 - 2q
 Ímpar: q + (1 - q)(-1) = 2q - 1

 Fixada a estratégia de 1 em p, temos as seguintes


opções para o jogador 2:
 Par: p + (1 - p)(-1) = 2p - 1
 Ímpar: p(-1) + (1 - p) = 1 - 2p
Função de melhor resposta

1
EN
1/2
2

0 1/2 1 q
Evidência empírica
 Levitt, S. P.A. Chiappori e T. Groseclose (2002) “A Test of
Mixed Strategy Equilibria: Penalty Kicks in Soccer.”
American Economic Review, 92: 1138-1151.

 Utilizam dados das 459 disputas de pênalti dos campeonatos francês


(1997-1999) e italiano (1997-2000).
 Resultados são compatíveis com a adoção de estratégias mistas.

 Espírito crítico quanto à pesquisa: vocês acham este resultado


interessante? Por que sim? Por que não?
Conceitos de solução
 Para que queremos resolver jogos?
 Para fazer alguma previsão sobre o mundo!
 Vimos vários conceitos. Um trade-off aparece
constantemente:
 Força da previsão contra capacidade de prever
algo
 Por enquanto três conceitos básicos
Solução
Solução
Ótima
Previsão
Solução 1:
2:3:
não
PrevisãoEliminação
Equilíbrio
previsão, mas
tão boa
ainda de de
deNash
não
mas
mais
Equilíbrio Estratégias
prevê
fazem
pobre
Nash Estratégias
muitas vezes
previsões
mas
em mais
(quase)
Estratégias
Estritamente
sempre Dominadas
Puras
vezes
faz alguma
Mistasprevisão inteligente
Revisão
Principais conceitos e
definições
Revisão
 Jogo estático

 “Common knowledge”

 Conceitos de solução

 Eliminação de estratégias estritamente dominadas

 Equilíbrio de Nash

 Estratégias mistas

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