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Eletrostática

Eletrostática
Introdução
• A Eletrostática pode ser definida como o ramo da
Eletricidade que estuda as propriedades e o
comportamento das cargas elétricas em repouso, ou
que estuda os fenômenos do equilíbrio da
eletricidade nos corpos que, de alguma forma, se
tornam carregados de carga elétrica ou eletrizados.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Embora os fenômenos elétricos tenham sido
estudados cientificamente nestes últimos séculos,
um sábio grego chamado Tales de Mileto (640 – 546
A.C.) já havia observado que o âmbar, uma
substância resinosa, quando atritado com a lã,
passava a atrair corpos leves e de pequenas
dimensões.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Era um fenômeno desconhecido mas o nome
eletricidade já despontava na imaginação destes
adoráveis filósofos curiosos. A propósito, âmbar em
grego significa “élektron”. Muitas outras experiências
e observações passaram, então, a ser feitas por
cientistas e curiosos.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Exemplos:
a) Atritando-se dois pedaços de vidro em um pedaço
de seda, verificou-se que aproximando-se os dois
pedaços de vidro surgia entre eles uma força de
repulsão.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
b) Atritando-se um pedaço de vidro e um de
borracha em um pedaço de seda, verificou-se que
aproximando-se o vidro da borracha, surgia entre
eles uma força de atração.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Mas como seria possível explicar estes fenômenos?
Na antigüidade atribuía-se aos objetos qualidades
como almas gêmeas ou incompatíveis ou, então,
dizia-se que era a manifestação dos deuses na
natureza e no mundo dos homens. Para os cientistas
isto não era suficiente. Eles precisavam explicar as
causas medindo-as, comprovando-as
experimentalmente, criando modelos matemáticos,
etc.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Já, no século XVIII, muitos cientistas curiosos como
Charles Augustin de Coulomb e Benjamin Franklin
chegaram, primeiramente, a algumas conclusões
importantes:
 Os corpos podem se eletrizar;
 Os fenômenos de atração e repulsão entre corpos
ocorrem devido à existência de cargas elétricas;
 A carga elétrica é uma propriedade da matéria e
pode ser positiva (+) ou negativa (-).
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• Após várias experiências, observações, análises e
medidas, eles concluíram que existem três princípios
fundamentais da eletrostática:
• 1) Princípio da Conservação das Cargas Elétricas
Num sistema eletricamente isolado, a soma
algébrica das cargas elétricas positivas e negativas é
constante.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• 2) Princípio da Atração e Repulsão
Cargas elétricas de mesmos sinais repelem-se e de
sinais contrários atraem-se.
Eletrostática
Princípios da Eletrostática
• 3) Princípio da Força Eletrostática
Quanto menor a distância entre as cargas elétricas,
maior é a força de atração ou repulsão entre elas.
Eletrostática
Corpos Eletrizados
• A descoberta destes três princípios da eletrostática
foi importante, mas, ainda assim, as causas da
eletrização dos corpos e do surgimento de forças
entre eles não estavam explicadas, assim como não
existia uma forma de medir a intensidade das cargas
elétricas.
• Ora, só seria possível descobrir as causas destes
fenômenos penetrando-se no íntimo ou no átomo da
matéria, descobrindo-se sua estrutura, suas menores
partes.
Eletrostática
Átomo
• Em 1911 o físico neozelandês Ernest Rutherford fez
sua "experiência da dispersão" para suas novas
descobertas sobre a estrutura do átomo e dela surgiu
a base para o modelo de átomo. Dois anos depois,
em 1913, Niels Henrik David Bohr, físico dinamarquês
(1885 – 1962), completou o modelo inicial proposto
por Rutherford, criando uma teoria atômica, cujo
modelo adaptado foi denominado de modelo
planetário.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• O modelo atômico de Bohr tem uma estrutura muito
semelhante à do sistema solar, onde os planetas
giram em torno do Sol, cada um em sua órbita. Ele
representa o átomo com suas três partículas
fundamentais: elétrons, prótons e nêutrons.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Os elétrons são partículas muito leves, têm carga
elétrica negativa e giram em torno do núcleo em
níveis de energia (órbitas ou camadas) bem
definidos.
• O núcleo é formado por prótons, que têm carga
elétrica positiva, e por nêutrons, que não têm carga
elétrica, ambos com a mesma massa, porém, muito
maior que a do elétron.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Um átomo possui um número máximo de 7 (sete)
órbitas denominadas K, L, M, N, O, P e Q, sendo que
em cada órbita existe um número máximo de
elétrons, distribuídos da seguinte forma:
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
Órbitas Elétrons
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 8
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• A órbita K é a que fica mais próxima do núcleo,
sendo acompanhada pelas demais na sequência
apresentada no quadro anterior.
• Portanto, o número de órbitas de um átomo está
relacionado ao número de elétrons que ele possui.
• O número de elétrons, prótons e nêutrons de um
átomo define sua estrutura atômica e varia de um
elemento químico para outro.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Na natureza existem aproximadamente 100 tipos
diferentes de átomos que, sozinhos, formam diversos
tipos de materiais.
• Exemplos:
Elemento Símbolo Elétrons Prótons Nêutrons
Hidrogênio H 1 1 0
Oxigênio O 8 8 8
Ferro Fe 26 26 30
Carbono C 6 6 6
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Exemplos:
Elemento Símbolo Elétrons Prótons Nêutrons
Silício Si 14 14 14
Alumínio Al 13 13 14
Cobre Cu 29 29 34
Estanho Sn 50 50 70
Tungstênio W 74 74 110
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Um átomo, no estado em que é encontrado na
natureza, tem um número de elétrons igual ao de
prótons e, portanto, sua carga total é nula, ou seja,
ele é eletricamente neutro.
• Exemplo: O átomo de cobre possui 29 elétrons
distribuídos em vários níveis de energia em torno do
seu núcleo que, por sua vez, possui 29 prótons e 34
nêutrons.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Como o número de elétrons é igual ao de prótons, o
átomo está eletricamente neutro. Os elétrons que se
encontram em órbitas próximas do núcleo, devido à
grande força de atração entre eles e os prótons,
estão fortemente ligados ao átomo enquanto que os
elétrons que se encontram em órbitas mais distantes
estão fracamente ligadas ao átomo.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Isto quer dizer que um átomo pode ter a constituição
de suas últimas órbitas facilmente alterada com a
retirada ou a colocação de elétrons ficando assim,
eletrizado positiva ou negativamente.
• Ionizar um átomo é alterar o número de elétrons de
suas últimas órbitas.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Quando um elétron é retirado de um átomo, este
passa a ser um íon positivo ou cátion, pois o número
de prótons fica maior do que o número de elétrons.
Eletrostática
Modelo Atômico de Bohr
• Quando um elétron é colocado em um átomo, este
passa a ser um íon negativo ou ânion, pois o número
de elétrons fica maior do que o número de prótons.
Eletrostática
Corpos Eletrizados
• A mesma análise pode ser feita com os corpos que
são, afinal, constituídos por átomos.
• Um corpo é eletricamente neutro quando tem o
número de prótons igual ao número de elétrons, ou
quando todos os seus átomos forem eletricamente
neutros. Porém, se seus átomos estiverem ionizados,
ele estará eletrizado positiva ou negativamente.
Eletrostática
Corpos Eletrizados
• Conclui-se, portanto, que a carga elétrica de um
corpo, seja ela positiva ou negativa, corresponde a
um múltiplo da carga elétrica do elétron ou do
próton.
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• Em 1910, o físico americano Robert Milikan
conseguiu, através de experiências em laboratório,
determinar um valor para a menor carga elétrica.
• Esta carga passou a se chamar carga elétrica
fundamental que equivale à carga do próton
(positiva) e à carga do elétron (negativa) cuja
unidade, no Sistema Internacional, é o Coulomb (C),
em homenagem a este cientista.
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
 carga elétrica do próton 
 carga elétrica do elétron 
• Portanto, a carga elétrica total de um corpo
eletrizado pode ser calculada por:
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• onde:
... carga elétrica total do corpo eletrizado
... número de prótons ou de elétrons em excesso
num corpo
... carga elétrica fundamental (próton ou elétron)
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• Exemplo: Um corpo eletrizado positivamente tem
uma intensidade de carga elétrica total Q = + 1 C.
Quantos prótons em excesso existem neste corpo?
• Sendo: e
• Então:
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
• O número de prótons em excesso corresponde, na
realidade, ao número de elétrons retirados dos
átomos do corpo.
• Como a unidade Coulomb refere-se a valores muito
pequenos dada a ordem de grandeza da carga
elétrica fundamental (10-19), é muito comum o uso
de seus submúltiplos:
Eletrostática
Carga Elétrica Fundamental
Submúltiplo Unidade Valor
milicoulomb mC
microcoulomb μC
nanocoulomb nC
picocoulomb pC
Eletrostática
Condutores e Isolantes
• Existem materiais condutores e isolantes nos três
estados da matéria: sólidos, líqüidos e gasosos.
Porém, em eletricidade, os condutores mais
utilizados são os sólidos, principalmente os metais e,
no caso dos isolantes, os três têm grande aplicação.
Portanto, a definição do condutor ficará restrita aos
metais.
Eletrostática
Condutores
• Os materiais condutores são aqueles que conduzem
facilmente eletricidade.
• No caso dos metais, seus átomos, além de possuírem
poucos elétrons na última camada, estes encontram-
se fracamente ligados ao núcleo. Assim, ao
receberem qualquer quantidade de energia, mesmo
muito pequena como o calor à temperatura
ambiente, eles se libertam dos átomos tornando-se
elétrons livres, podendo movimentar-se facilmente
conduzindo eletricidade.
Eletrostática
Condutores
• Os metais, pela sua estrutura atômica, são excelentes
condutores de eletricidade. Apresentam um número
bastante reduzida de elétrons na última camada de
valência e se desprendem do átomo com uma certa
facilidade. São exemplos de condutores: ferro,
alumínio, cobre, latão, prata, aço, estanho, níquel,
ouro, platina, etc.
Eletrostática
Condutores
Eletrostática
Condutores
• Uma importante propriedade do condutor é que,
quando eletrizado, os elétrons livres distribuem-se
na sua superfície externa pois, devido à repulsão
mútua entre eles e por poderem se movimentar
facilmente, eles buscam o maior afastamento
relativo possível entre si.
Eletrostática
Condutores
Eletrostática
Isolantes
• Os materiais isolantes são aqueles que não
conduzem eletricidade ou o fazem com muitíssima
dificuldade.
• Isto se justifica pelo fato de os isolantes possuírem
pouquíssimas cargas livres, que podem ser elétrons
ou íons dependendo se são sólidos, líquidos ou
gasosos.
Eletrostática
Isolantes
• Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou
receber os elétrons livres das últimas camadas de
valência.
• São exemplos de isolantes: borracha, plástico, papel,
ar seco, porcelana, vidro, madeira, água pura,
cerâmica, óleo, silicone, PVC, etc.
Eletrostática
Isolantes
Eletrostática
Isolantes
• Quando o isolante estiver eletrizado, devido à
dificuldade das cargas elétricas se locomoverem em
seu interior, estas permanecerão no local, pois a
força de repulsão não é suficiente para causar o
afastamento entre elas.
Eletrostática
Isolantes
Eletrostática
Processos de Eletrização
• Pelo que pode ser observado e intuído, todo corpo
eletrizado é aquele que possui um número de
elétrons diferente do número de prótons.
• Existem três processos fundamentais para se
eletrizar um corpo: atrito, contato e indução.
Eletrostática
Eletrização por Atrito
• Dois corpos e isolantes, diferentes e
eletricamente neutros, quando atritados entre si, o
calor produzido pode fazer com que o corpo perca
elétrons para o corpo . Assim, quando separados,
fica eletrizado positivamente com carga (falta
de elétrons) e fica eletrizado negativamente com
carga (excesso de elétrons).
Eletrostática
Eletrização por Atrito
• Na eletrização por atrito, os corpos ficam , portanto,
eletrizados com a mesma intensidade de carga
elétrica em módulo, porém, com sinais contrários, ou
seja, . Porém, a carga total continua
sendo nula, conforme o princípio da conservação de
cargas elétricas, isto é, .
Eletrostática
Eletrização por Atrito – Experimento Eletrostático
• Um exemplo deste processo corresponde ao
experimento de que se segura um bastão de vidro
por uma das extremidades e se atrita a outra com
um pano de lã. Ao final do processo somente a
extremidade atritada do bastão de vidro estará
eletrizada. Isto significa que as cargas elétricas em
excesso (cargas positivas) localizam-se em
determinada região e não se espalham pelo bastão.
Eletrostática
Eletrização por Atrito – Experimento Eletrostático
• Repetindo-se essa última experiência com um bastão
metálico, segurando-o por meio de um cabo de
vidro, o bastão se eletriza e as cargas em excesso
espalham-se por sua superfície. Já o pano de lã ficará
eletricamente negativo uma vez que os elétrons que
se encontravam na superfície de contato do bastão
de vidro passaram para o pano de lã.
Eletrostática
Eletrização por Contato
• Neste processo de eletrização, aparecem dois
conceitos importantes: equilíbrio eletrostático e
potencial elétrico. Para melhor compreensão destes
conceitos e deste processo de eletrização, será feita
uma analogia com a hidrostática.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
• O sistema apresentado é conhecido pelo nome de
vasos comunicantes. Este sistema é formado por dois
vasos e de volume diferentes e interligados por
um condutor hidráulico no qual existe um registro
que pode permitir ou não a comunicação entre eles.
• Inicialmente o vaso contém água até a altura e o
vaso encontra-se vazio, ou seja, . O registro
está fechado.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
• Abrindo-se o registro, a água flui do vaso para o
vaso numa velocidade proporcional à diferença de
altura , ou seja, a velocidade diminui
à medida que a diferença de altura da água dos vasos
diminui.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
• Quando a diferença de altura é nula ,o
fluxo da água cessa fazendo com que o sistema entre
em equilíbrio hidrostático, isto é, nos dois vasos a
altura da água é a mesma .
• Nota-se também que no equilíbrio hidrostático,
embora a altura da água seja a mesma nos dois
vasos, a quantidade de água não é a mesma, mas
proporcional aos seus volumes.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Hidrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato
• Um fenômeno semelhante ocorre no processo de
eletrização por contato entre um corpo condutor
eletrizado e outro corpo condutor eletricamente
neutro. Através do contato físico, se um corpo está
eletrizado positivamente (com falta de elétrons), ele
recebe elétrons do corpo neutro, eletrizando-o
positivamente.
Eletrostática
Eletrização por Contato
• Porém, se um corpo está eletrizado negativamente
(com excesso de elétrons), através do contato físico,
ele doa elétrons para o corpo neutro, eletrizando-o
negativamente.
• O potencial elétrico é uma grandeza associada a
um corpo carregado eletricamente, cujo valor
depende da quantidade de cargas elétricas, das
dimensões do corpo e das características do meio
onde ele se encontra.
Eletrostática
Eletrização por Contato
• A transferência de cargas elétricas entre dois
condutores em contato físico só existe enquanto
houver diferença de potencial elétrico, sendo que, ao
atingirem o mesmo potencial, o sistema entra em
equilíbrio eletrostático, mesmo que suas cargas finais
sejam diferentes entre si.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Sejam dois corpos e com dimensões diferentes,
estando carregado inicialmente com uma carga
elétrica e potencial elétrico e inicialmente
neutro e . Os corpos, nestas
condições, são considerados isolados. A eletrização
do corpo , por contato, ocorre da seguinte forma:
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Colocando os corpos e em contato, o corpo ,
carregado positivamente (com falta de elétrons) ou
com potencial elétrico positivo, atrai elétrons do
corpo que estava inicialmente neutro ou com
potencial elétrico nulo. Os corpos, nestas condições,
são considerados em contato.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• O fluxo de elétrons de para começa em alta
velocidade devido à diferença de potencial elétrico
entre eles e decresce até parar, quando o sistema
entra em equilíbrio eletrostático, ou seja, seus
potenciais elétricos se igualam . Nestas
condições os corpos se encontram em equilíbrio
eletrostático.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Quando os corpos são novamente isolados um do
outro, verifica-se que o corpo ficou com uma carga
final (menor do que a carga inicial) e que o
corpo carregou-se com uma carga positiva ,
sendo , em função das dimensões dos
corpos e serem diferentes. Nestas condições os
corpos retornam à condição de corpos isolados.
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Contato – Experimento Eletrostático
• Na eletrização por contato, apesar de as cargas
iniciais e finais de cada corpo serem diferentes entre
si, a carga total do sistema permanece a mesma em
qualquer momento do processo de eletrização,
conforme o princípio da conservação de cargas
elétricas, ou seja, .
Eletrostática
Eletrização por Indução
• Para a análise deste processo de eletrização, é
importante explicitar algo essencial em eletricidade.
• O planeta Terra comporta-se como um condutor de
grandes dimensões eletricamente neutro ou com
potencial elétrico nulo, com capacidade de fornecer
ou receber elétrons infinitamente, sem, no entanto,
perder estas características
Eletrostática
Eletrização por Indução
• Por isso é possível a utilização de pára-raios como
receptores de descargas atmosféricas ou sistemas de
aterramentos para proteção de instalações elétricas.
• Em eletricidade, Terra é o nome genérico de um pólo
eletricamente neutro ou com potencial elétrico nulo
tomado como referência nos circuitos elétricos, cujos
símbolos mais utilizados são apresentados:
Eletrostática
Eletrização por Indução

• O processo de eletrização por indução ocorre entre


corpos condutores sem a necessidade de contato
físico entre eles e baseia-se na interação entre cargas
elétricas conforme o princípio da atração e da
repulsão.
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
• Um corpo condutor eletricamente neutro
encontra-se apoiado numa base isolante. Nestas
condições ele é definido como um corpo condutor
isolado do solo.
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
• Aproximando-se um corpo carregado
positivamente à extremidades direita do corpo
(sem que haja contato físico entre os dois), observa-
se que os elétrons livres do corpo são atraídos
para esta extremidade, ficando a extremidade
esquerda com falta de elétrons, fazendo com que o
corpo fique polarizado, isto é, com excesso de
elétrons na extremidade direita (pólo com potencial
negativo) e com falta de elétrons na extremidade
esquerda (pólo com potencial positivo).
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
• Ainda assim, o corpo irá permanecer eletricamente
neutro, já que o número de elétrons continua sendo
igual ao número de prótons.
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
• Aterrando-se a extremidade esquerda do corpo
através de um fio condutor, este, que encontrava-se
polarizado positivamente, atrai elétrons do pólo terra
até se tornar neutro, igualando-se ao potencial nulo
do pólo terra (aterramento do corpo ).
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
• Interrompendo-se o aterramento do corpo e
afastando-o do corpo para que não haja mais
indução, verifica-se que o corpo ficou com excesso
de elétrons (recebidos do pólo terra) que espalham-
se em sua superfície, ou seja, o corpo ficou
eletrizado negativamente (corpo A eletrizado
negativamente).
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
Eletrostática
Eletrização por Indução – Experimento Eletrostático
• Nota-se, portanto que no processo de eletrização por
indução, o corpo inicialmente neutro, denominado
induzido, eletriza-se com carga inicial de sinal
contrário em relação ao corpo que provocou o
fenômeno, denominado indutor.
Eletrostática
Campo Elétrico
• O campo elétrico é um fenômeno que, embora não
possa ser visualizado, pode ser observado por
experiências, e a sua compreensão é tão importante
para a eletricidade quanto a do campo gravitacional
para a compreensão da queda dos corpos.
• Portanto, para facilitar o entendimento de campo
elétrico, seria interessante fazer uma analogia com o
campo gravitacional.
Eletrostática
Campo Elétrico
• O campo gravitacional foi explicado por observações
e estudos realizados sobretudo por Copérnico,
Galileu, Kepler e Newton, chegando-se às conclusões
de que todo corpo cria ao seu redor um campo
gravitacional diretamente proporcional à sua massa e
inversamente proporcional ao quadrado da distância
entre ele e o ponto considerado e que a interação
dos campos gravitacionais de dois corpos faz surgir
entre eles uma força gravitacional de atração.
Eletrostática
Campo Elétrico
• Na eletrostática, ocorre um fenômeno análogo. Uma
carga elétrica produz ao ser redor uma região
afetada por sua presença denominada campo
elétrico.
• Para efeito de análise, a carga elétrica que gera
este campo elétrico é chamada de puntiforme, ou
seja, suas dimensões são tão pequenas que se
confundem com um ponto.
Eletrostática
Campo Elétrico
Eletrostática
Campo Elétrico
• Através de experiências com corpos eletrizados,
chegou-se às seguintes conclusões:
 O campo elétrico gerado por uma carga
puntiforme é uma grandeza vetorial e tem direção
radial, podendo ser representado graficamente
através de linhas imaginárias denominadas linhas de
campo ou linhas de força.
Eletrostática
Campo Elétrico
 Se a carga elétrica for positiva, o sentido do campo
elétrico é divergente e se carga elétrica for negativa,
o sentido do campo elétrico é convergente.
Eletrostática
Campo Elétrico
Eletrostática
Campo Elétrico
• A intensidade do campo elétrico num ponto é
diretamente proporcional ao módulo da carga
elétrica , inversamente proporcional ao quadrado
da distância entre ela e o ponto considerado e
depende da característica do meio denominada
constante eletrostática , ou seja:
Eletrostática
Campo Elétrico

• onde:

• Nota: a constante assumir outros valores, já que


depende do meio.
Eletrostática
Campo Elétrico
• A unidade de medida de campo elétrico é ,o
que pode ser demonstrado através da análise
dimensional de sua equação:
Eletrostática
Comportamento da Linhas de Campo
• As linhas de campo ou linhas de força, formadas a
partir dos infinitos pontos tangenciais aos vetores
campo elétrico resultantes, podem se comportar de
formas diferentes em função da natureza das cargas
elétricas envolvidas.
• Está apresentado o comportamento das linhas de
campo promovidas por cargas iguais e de sinais
contrários.
Eletrostática
Comportamento da Linhas de Campo
Eletrostática
Comportamento da Linhas de Campo
Eletrostática
Comportamento da Linhas de Campo
• Está apresentado o comportamento das linhas de
campo promovidas por cargas iguais e de mesmo
sinal.
Eletrostática
Comportamento da Linhas de Campo
Eletrostática
Comportamento da Linhas de Campo
• A análise das linhas de campo é uma das formas de
se compreender por que cargas de sinais contrários
se atraem (linhas de campo se unem) e de mesmos
sinais se repelem (linhas de campo se afastam
mutuamente).
Eletrostática
Campo Elétrico num Condutor Esférico Carregado
Eletricamente
• No interior de um condutor carregado eletricamente,
as cargas elétricas em excesso se repelem
mutuamente, ficando na sua superfície.
• Experimentalmente, pode-se verificar que, devido a
esta repulsão mútua, o campo elétrico em qualquer
ponto no interior de um condutor esférico em
equilíbrio eletrostático é nulo.
Eletrostática
Campo Elétrico num Condutor Esférico Carregado
Eletricamente
Eletrostática
Campo Elétrico num Condutor Esférico Carregado
Eletricamente
• onde:

... campo elétrico em Newton por Coulomb


... campo na periferia da esfera em Newton por
Coulomb
Eletrostática
Campo Elétrico num Condutor Esférico Carregado
Eletricamente
... distância do ponto ao centro em metro
... raio do condutor em metro
Eletrostática
Campo Elétrico num Condutor Esférico Carregado
Eletricamente
• Um fenômeno muito conhecido denomina-se
blindagem eletrostático, no qual é utilizado esta
propriedade do campo elétrico ser nulo no interior
de um condutor. Uma forma de proteger um
equipamento de influências elétricas é colocá-lo
dentro de uma malha metálica, isolando-o de
qualquer efeito elétrico exterior, uma vez que no
interior da malha o campo elétrico é nulo.
Eletrostática
Campo Elétrico num Condutor Esférico Carregado
Eletricamente
• Desta forma se um carro, cuja estrutura é metálica,
for atingido por um raio, as pessoas no seu interior
teoricamente nada sofrem. No entanto, na prática, as
pessoas poderão vir a se machucar ou até a morrer
por causa do incêndio que possa vir a se seguir, ou a
uma eventual explosão ou mesmo devido ao susto,
mas não por causa do campo elétrico.
Eletrostática
Campo Elétrico Uniforme
• Um campo elétrico é uniforme quando em todos os
seus pontos o vetor é constante, ou seja, tem a
mesma intensidade, a mesma direção e o mesmo
sentido. É o que ocorre entre placas planas paralelas
eletrizadas com carga de sinais contrários. Neste
caso, as linhas de campo são retas paralelas.
Eletrostática
Campo Elétrico Uniforme
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Retomando aos conceitos que envolvem o campo
gravitacional, sabe-se que um corpo submetido à
ação desse campo fica sujeito a uma força, chamada
comumente de peso.
• Charles Augustin Coulomb observou que algo
semelhante ocorria com uma carga elétrica imersa
num campo elétrico.
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Através de várias experiências, comprovou-se que, se
numa região do espaço existe um campo elétrico
criado por uma carga elétrica qualquer, uma outra
carga elétrica puntiforme , imersa neste campo
elétrico, fica submetida a uma força caracterizada
da seguinte forma:
Eletrostática
Lei de Coulomb
 Intensidade – diretamente proporcional à carga
elétrica e ao campo elétrico , isto é:

 Direção – igual à direção do campo elétrico.


Eletrostática
Lei de Coulomb
 Sentido – Se a carga elétrica for positiva, ela fica
submetida a uma força no mesmo sentido do campo
elétrico e, se a carga elétrica for negativa, fica
submetida a uma força no sentido contrário ao
campo elétrico.
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Mas, se esta carga imersa num campo elétrico ,
gerado por outra carga fica submetida a uma força ,
é de se esperar que seu campo elétrico faça o
mesmo com a outra carga, ou seja, que ela também
fique submetida a uma força.
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Seja uma carga elétrica positiva que gera um
campo elétrico divergente a uma distância .
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Este campo elétrico pode ser calculado por:
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Uma carga elétrica positiva colocada neste ponto,
fica submetida a uma força na mesma direção e
sentido do campo elétrico (força na carga elétrica
imersa no campo ).
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Esta força pode ser calculada por:

• Substituindo da equação (2) por da equação


(1), tem-se:
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Da mesma forma, esta carga gera um campo
elétrico no ponto onde se encontra a carga
elétrica , fazendo com que ela fique submetida a
uma força no mesmo sentido do campo elétrico.
Eletrostática
Lei de Coulomb
• O campo elétrico e a força podem ser
calculados por:
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Substituindo da equação (5) por da equação
(4), tem-se:
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Comparando-se as equações (3) e (6), observa-se
que ambas resultaram no mesmo valor, ou seja,
, tendo as forças a mesma direção, porém
sentidos contrários, gerando assim, uma repulsão
entre as duas cargas elétricas positivas.
Eletrostática
Lei de Coulomb
• A generalização deste fenômeno para quaisquer
cargas elétricas é conhecida como Lei de Coulomb.
Esta lei pode ter o seguinte enunciado:
• Duas cargas elétricas e interagem entre si com
forças de mesma intensidade , cujo valor é
diretamente proporcional à constante eletrostática
do meio e ao produto das cargas elétricas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância
entre elas.
Eletrostática
Lei de Coulomb
• As forças têm a mesma direção e sentidos contrários,
havendo atração se têm sinais contrários e repulsão
se têm mesmos sinais.
Eletrostática
Lei de Coulomb
• Como o sentido das forças (atração ou repulsão) é
determinado em função da natureza das cargas
elétricas, na equação da Lei de Coulomb utiliza-se
apenas os seus módulos para o cálculo da
intensidade da força.
Eletrostática
Transformação Energética
• Durante a realização de um trabalho, um corpo pode
transformar um tipo de energia em outro, mantendo,
porém, a energia total constante, pois como disse
Lavoisier: “na natureza, nada se cria e nada se perde,
tudo se transforma”.
Eletrostática
Transformação Energética
• Uma mola em repouso não tem potencial para
realizar trabalho. Porém, se ela for pressionada por
uma força qualquer, esta força realiza um trabalho,
que pode ser entendido como a energia cinética da
mola (energia do movimento) transformando-se em
energia potencial elástica.
Eletrostática
Transformação Energética
Eletrostática
Transformação Energética
• Quando esta força deixa de existir, a energia
acumulada pela mola faz com que ele volte a realizar
um trabalho, transformando a energia potencial
elástica em energia cinética, porém, no sentido
contrário.
Eletrostática
Transformação Energética
Eletrostática
Transformação Energética
• Na Física, o trabalho realizado por uma força num
corpo é representado pela letra grega , e
corresponde ao produto da força aplicada pelo
deslocamento causado no corpo, ou seja,
. A distância é medida em relação a um
referencial que, no caso da mola, é o ponto de
repouso.
Eletrostática
Transformação Energética
• Fazendo-se a análise da equação que define o
trabalho realizado por um corpo qualquer, uma vez
submetido a uma força externa, vê-se que a unidade
de medida de é que foi
denominada , em homenagem a este
cientista.
Eletrostática
Trabalho Realizado por uma Força Elétrica
• Sabe-se, pela Lei de Coulomb, que se uma carga de
prova é colocada em uma região do espaço onde
existe um campo elétrico (gerado por uma carga ),
surge nesta carga uma força capaz de movimentá-la.
Ora, tem-se assim, a força elétrica realizando um
trabalho .
Eletrostática
Trabalho Realizado por uma Força Elétrica
• Assim, se esta força estiver deslocando a carga de
um ponto para um ponto , a expressão do
trabalho realizada poderia ser:
Eletrostática
Trabalho Realizado por uma Força Elétrica
• Ocorre nesse momento um pequeno impasse que
deverá ser solucionado: se a carga de prova estiver
em movimento, a distância estará
aumentando e, pela Lei de Coulomb, a força estará
diminuindo, já que ela é inversamente proporcional
ao quadrado da distância.
Eletrostática
Trabalho Realizado por uma Força Elétrica
Eletrostática
Trabalho Realizado por uma Força Elétrica
• onde:

• Portanto, como chegar a uma equação que mostre o


trabalho realizado pela força elétrica, se esta força
não é constante? E mais, como o que nos interessa é
o fenômeno elétrico, como relacionar este trabalho
com as cargas elétricas?
Eletrostática
Trabalho Realizado por uma Força Elétrica
• Utilizando os recursos da matemática superior, pode-
se, enfim, concluir que o trabalho realizado por uma
força atuando numa carga elétrica imerso num
campo elétrico, criado por uma outra carga elétrica
, pode ser expresso matematicamente como:
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• Um corpo, a uma certa altura do chão, possui
energia potencial gravitacional . Se o corpo for
largado, a sua energia potencial gravitacional, na
medida em que ele cai, transforma-se em energia
cinética . Quando o corpo atingir o chão ,
ele não tem mais energia potencial gravitacional
e a energia cinética (que é máxima) é
transformada em calor e deformação devido ao
choque.
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• O chão, ponto mais baixo que o corpo pode atingir e
no qual a energia potencial é nula, é considerado
uma referência para a medida desta energia.
• Do ponto de vista elétrico, a análise deve ser iniciada
com a representação de uma força elétrica
movimentando uma carga do ponto até o ponto
.
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• Imaginando-se o ponto no infinito ,é
fácil perceber que a força elétrica que atua na carga
neste ponto é nula. Não havendo força, não existe
mais movimento e, não havendo movimento, não
existe mais energia e, não havendo mais energia, não
existe mais trabalho.
• Em outras palavras, o infinito seria a referência da
eletricidade.
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• Neste caso, o trabalho necessário para que a força
desloque esta carga do ponto até o infinito pode
ser calculado pela expressão:

• Mas, como
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• Tem-se que:

• Isto, certamente, significa que este só pode ser o


maior trabalho que a força pode realizar, já que
desloca a carga do ponto até o infinito (que é o
ponto mais distante possível).
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• Mas, como energia é capacidade de realizar trabalho,
pode-se afirmar que a energia potencial elétrica ,
armazenada pela carga no ponto , é igual ao
trabalho necessário para deslocá-la do ponto ao
infinito, ou seja, ou, então:
Eletrostática
Energia Potencial Elétrica
• A unidade de energia potencial elétrica no Sistema
Internacional é a mesma unidade de trabalho, ou
seja, .
Eletrostática
Potencial Elétrico
• Potencial elétrico é um dos principais conceitos no
estudo da eletricidade. É, na verdade, quase que o
ponto de partida de toda análise teórica e
experimental sobre o assunto e essencial para se
compreender o funcionamento dos dispositivos e
circuitos eletrônicos.
Eletrostática
Potencial Elétrico
• Supondo-se que uma carga positiva tem várias
cargas de prova diferentes e positivas , , e
em sua volta, mas que todas elas tenham a
mesma distância , em relação à carga .
Eletrostática
Potencial Elétrico
Eletrostática
Potencial Elétrico
• As energias potenciais elétricas nos pontos , , e
devido à carga são, respectivamente:
Eletrostática
Potencial Elétrico
• Pelas equações, pode-se observar que a energia
potencial em cada ponto é diferente, pois as cargas
de prova têm intensidades diferentes entre si, apesar
das distâncias em relação à carga e o campo
gerado por ela serem iguais.
Eletrostática
Potencial Elétrico
• Por outro lado, existe um fator igual em todas as
equações que vale , já que depende apenas
da carga geradora do campo elétrico (a mesma para
todas as cargas de prova) e da distância entre as
cargas de prova e a carga geradora do campo elétrico
(a mesma distância para todas as cargas de prova).
Eletrostática
Potencial Elétrico
• Este fator é definido como potencial elétrico,
representado pela letra , e é uma característica do
ponto considerado, e não da carga de prova
localizada neste ponto, além de ser uma grandeza
escalar.
Eletrostática
Potencial Elétrico
• Portanto, num campo elétrico, cada ponto possui um
potencial elétrico que é diretamente proporcional
ao produto entre a característica do meio e a
intensidade da carga elétrica , geradora deste
campo elétrico, e inversamente proporcional à
distância entre a carga geradora do campo elétrico
e o ponto considerado.
Eletrostática
Potencial Elétrico

ou

• Pela segunda equação vê-se que a unidade de


medida de potencial elétrico, no Sistema
Internacional é que é
chamada de em homenagem ao cientista
Alessandro Volta.
Eletrostática
Potencial Elétrico
• Portanto, um Volt ( ) corresponde ao potencial
elétrico de um ponto que fornece uma energia
potencial elétrica de um Joule ( ) a uma carga de
um Coulomb ( ).
Eletrostática
Superfícies Equipotenciais
• A partir do que foi exposto, tem-se que ao redor de
uma carga elétrica (positiva ou negativa) existem
infinitas regiões esféricas imaginárias, cada uma
formada por infinitos pontos com o mesmo potencial
elétrico. Estes pontos formam as superfícies
equipotenciais, sendo as linhas de campo sempre
perpendiculares a elas.
Eletrostática
Superfícies Equipotenciais numa Carga Positiva
Eletrostática
Superfícies Equipotenciais
• Considerando-se, agora, duas cargas elétricas de
mesma intensidade mas com polaridades opostas, as
superfícies equipotenciais assumem o seguinte
aspecto:
Eletrostática
Superfícies Equipotenciais
• Neste caso, a superfície que passa pelo ponto médio
possui potencial zero já que os demais pontos
eqüidistantes dela possuem potenciais positivos à
esquerda (sobre influência da carga positiva) e, com
mesmas intensidades, mas negativos, à direita (sobre
influência da carga negativa). Finalmente, em relação
às placas planas paralelas e eletrizadas, tem-se o
seguinte:
Eletrostática
Superfícies Equipotenciais

• Neste caso, como o campo elétrico é uniforme, as


superfícies equipotenciais são planas.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• A figura a seguir mostra um campo elétrico gerado
por uma carga positiva e os pontos e ,
respectivamente, a uma distância e desta carga.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• O potencial elétrico nos pontos e são:

• Como o ponto está mais próximo da carga do que


o ponto , tem-se que:
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Esta diferença de potencial entre dois pontos é de
extrema importância para o estudo de tudo o que
está relacionado à eletricidade.
• A diferença de potencial (ddp) é comumente
chamada de tensão ou voltagem e pode ser
representada por ou simplesmente , sendo sua
unidade de medida o Volt.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Assim, matematicamente, a tensão entre os pontos
e pode ser expressa por:

• A importância da ddp nos estudos de eletricidade se


baseia em:
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Se uma outra carga positiva for colocada neste
campo elétrico, ela se movimentará no mesmo
sentido do campo, ou seja, do potencial maior para o
menor, devido à força de repulsão entre as cargas.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Se uma outra carga negativa for colocada neste
campo elétrico, ela se movimentará no sentido
contrário do campo, ou seja, do potencial menor
para o maior, devido à força de atração entre as
cargas.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Esta análise permite concluir que uma diferença de
potencial elétrico produz um movimento de cargas
elétricas.
• Se for possível dispor de um dispositivo que forneça
constantemente uma diferença de potencial ou
tensão elétrica entre dois terminais, é interessante
supor a existência de um condutor com muitos
elétrons livres ligado a estes terminais. O que irá
observar é a movimentação de cargas num único
sentido.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• A este movimento de cargas elétricas, dá-se o nome
de corrente elétrica. Ou seja, as grandezas tensão e
corrente são as responsáveis por tudo o que se
conhece em termos de equipamentos
eletroeletrônicos, desde uma simples lâmpada até o
mais complexo computador.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• O dispositivo que fornece tensão a um circuito
elétrico é conhecido por: gerador de tensão, bateria
ou fonte de alimentação. Este pode fornecer tensão
contínua (CC – de corrente contínua) ou tensão
alternada (CA – de corrente alternada). A tensão
contínua é aquela que tem o valor constante e a
alternada é aquela que muda de polaridade numa
determinada freqüência.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Fontes de Alimentação CC:
 pilha elétrica - 1,5 V
 bateria de automóvel - 12 V
 fonte de alimentação ajustável - 0 a 30 V
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Fontes de Alimentação CA:
 gerador de usina hidroelétrica - 300.000 V / 60
Hz / Senoidal
 gerador de áudio - 0 a 10 V / 10 a
50 kHz / Senoidal
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
Símbolo elétrico e o gráfico da fonte de alimentação CC
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
Símbolo elétrico e o gráfico da fonte de alimentação CA
senoidal
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Por absoluta convenção, na fonte de alimentação CC
o ponto de maior potencial é denominado potencial
positivo – traço maior (pólo +) e o de menor
potencial é denominado potencial negativo – traço
menor (pólo -)
• Como a eletricidade e a eletrônica trabalham com
faixas muito distintas de tensão (de alguns milhares
de Volts até alguns milionésimos de Volts,
respectivamente), esta grandeza pode ser expressa
por seus múltiplos e submúltiplos.
Eletrostática
• Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
Submúltiplos Unidade Valor
microvolt μV 10-6 V
milivolt mV 10-3 V
Múltiplos Unidade Valor
quilovolt kV 103 V
Megavolt MV 106 V
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Por que as pessoas tomam choques?
Determinadas pessoas tomam choques quando
ficam sujeitas a uma ddp, fazendo com que uma
corrente elétrica circule por uma parte de seus
corpos. Esta ddp surge, por exemplo, quando elas
estão com os pés no chão (potencial da terra por
convenção é nulo) e colocam uma das mãos num
ponto metálico , por exemplo, de uma geladeira mal
aterrada, e que apresente um potencial elétrico
diferente de zero.
Eletrostática
Diferença de Potencial (ddp) ou Tensão Elétrica
• Por que os passarinhos não tomam choque quando
pousam num fio de alta tensão desencapado?
Os passarinhos não tomam choque porque não ficam
sujeitos a uma ddp (todo o fio está no mesmo
potencial elétrico), ou seja, não há corrente elétrica
passando por seus corpos.
Eletrostática
Voltímetro
• Como a tensão elétrica é uma grandeza que faz parte
dos circuitos elétricos, é necessário saber medi-la.
• O instrumento utilizado para medir uma tensão
elétrica é o voltímetro.
Eletrostática
Voltímetro
Símbolos do Voltímetro
Eletrostática
Voltímetro
• O voltímetro para medida de tensão contínua possui
um pólo positivo (vermelho) e um negativo (preto),
nos quais são colocadas as pontas de prova,
utilizadas para conectá-lo nos pontos entre os quais
se deseja medir a tensão. Já, nos voltímetros
utilizados para medida de tensão alternada, não há
problema de polaridade.
Eletrostática
Voltímetro
• O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o
dispositivo no qual se deseja medir a tensão, já que
ela corresponde à ddp entre dois pontos.
Eletrostática
Voltímetro
Eletrostática
Voltímetro
• Para que as medidas sejam feitas com a maior
precisão possível, o voltímetro possui vários valores
máximos denominados fundos de escala, que podem
ser escolhidos através de um seletor, conforme a
ordem de grandeza do valor a ser medido.
Eletrostática
Voltímetro
Eletrostática
Voltímetro
• Assim, um voltímetro ajustado para um fundo de
escala de 20 V (que pode medir no máximo 20 V) não
pode ser utilizado para medida de tensões maiores
do que 20 V, pois poderá se danificar (a escala
correta é a de 200 V), nem é adequado para se medir
com precisão tensões menores do que 2 V (a escala
correta é a de 2 V).
Eletrostática
Capacitância
• A capacitância é um conceito associado à capacidade
de um condutor em armazenar cargas elétricas e,
esta capacidade, depende de suas dimensões e do
material com que é feito.
• Tomando-se como referência uma esfera condutora
de raio , recebendo cargas elétricas de outro
condutor eletrizado, aqui chamado de gerador de
cargas, num meio com constante eletrostática .
Eletrostática
Capacitância
Eletrostática
Capacitância
• Considerando-se, para efeito de análise, que toda a
carga esteja concentrada no centro do condutor
esférico, o potencial em sua superfície pode ser
calculado por:

• de onde se obtém a relação:


Eletrostática
Capacitância
• Esta relação pode ser assim interpretada: “conforme
a carga do condutor esférico aumenta, seu potencial
aumenta proporcionalmente, já que e são
constantes”, ou seja:

• onde é uma constante.


Eletrostática
Capacitância
• Esta constante de proporcionalidade é chamada de
capacitância, representada pela letra , e pode ser
expressa por:

ou

• No Sistema Internacional, a unidade de medida de


capacitância (Coulomb/Volt) é denominada Farad (F),
em homenagem a este cientista.
Eletrostática
Capacitância
• Capacitância pode ser definida como a capacidade
de carga que um condutor pode armazenar por
unidade de tensão.
• Também pela equação , pode-se verificar
que a capacitância depende das dimensões do
condutor (raio ) e das características do meio onde
ele se encontra (constante eletrostática do meio ).
Eletrostática
Capacitância
• No entanto, um condutor esférico com a capacidade
de 1 F é algo extremamente grande, pois .
Para C = 1 F e K = 9 x 109 V.m/C, dever-se-ia ter uma
esfera de raio R = 9 x 109 m . Lembrando que o raio
da Terra é algo em torno de 6,5 x 106 m, a nossa
esfera deveria ser mais do que 1.000 vezes as
dimensões do nosso planeta, o que é absolutamente
inviável.
Eletrostática
Capacitância
• Justamente por isso, somente são possíveis valores
muito pequenos de capacitâncias, que são dados por
submúltiplos do Farad.
Submúltiplo Unidade Valor
milifarad mF 10-3 F
microfarad μF 10-6 F
nanofarad nF 10-9 F
picofarad pF 10-12 F
Eletrostática
Capacitor
• Para os circuitos elétricos, são de fundamental
importância dispositivos que possam armazenar
cargas elétricas ou energia na forma eletrostática, e
que sejam especificados para amplas faixas de
capacitância e tensão. Estes dispositivos são
denominados capacitores ou condensadores. Os
capacitores podem ser polarizados ou não
polarizados e fixos ou variáveis.
Eletrostática
Capacitor

• O mais simples destes dispositivos é chamado de


capacitor de placas paralelas.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Um capacitor de placas paralelas é formado por duas
armaduras e (placas paralelas), cada uma com
área e separadas por uma distância por uma
camada isolante de vácuo denominada dielétrico.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Considerando-se inicialmente a placa eletrizada
positivamente e a placa neutra conectada a um
ponto de terra, devido ao fenômeno de indução, os
elétrons do ponto de terra movem-se para a placa
eletrizando-a negativamente.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Quanto menor a distância , mais elétrons fluem
para a placa . Porém, as placas não podem se
tocar, caso contrário não ocorreria o acúmulo de
cargas, daí a necessidade do dielétrico.
• Quando este fluxo de elétrons cessa, tem-se as duas
placas carregadas, com carga e com carga
, ou seja, as placas têm cargas de mesma
intensidade, mas com sinais contrários.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Neste momento, o capacitor encontra-se totalmente
carregado, mas a carga total do sistema passa a ser
nula . Assim, pode-se considerar que
o capacitor carregou-se com carga , fazendo com
que entre suas placas apareça um campo elétrico
uniforme .
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Desta forma, pode-se calcular a tensão (ddp) entre as
placas e a capacitância do dispositivo.

e
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Mas, como a carga distribui-se numa área , pode-
se, também, calcular a capacitância em função da
densidade superficial de cargas . Assim:

• ou ainda,
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Portanto:

• É possível demonstrar que o campo elétrico entre


duas placas paralelas no vácuo é dado por:
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• onde:
... valor do campo elétrico uniforme entre as placas
paralelas
... constante eletrostática do vácuo

... densidade superficial de cargas nas placas


Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Esta equação pode ser ainda expressa da seguinte
forma:

• Por esta equação, percebe-se que a relação é


constante e foi denominada permissividade absoluta
do meio , sendo que para o vácuo ela vale
aproximadamente: .
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Logo, a capacitância no vácuo pode ser determinada
por qualquer uma das equações a seguir,
dependendo das variáveis disponíveis:

ou ou
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• É importante verificar que, qualquer que seja a
expressão, a capacitância de um capacitor de placas
paralelas depende das características do dielétrico
presente entre as placas e é sempre diretamente
proporcional à área das placas e inversamente
proporcional à distância entre elas.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Para a eletrostática, o ar tem características próximas
às do vácuo e, portanto, tanto o valor da constante
eletrostática como da permissividade absoluta
podem ser utilizados para o ar.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Se o capacitor possuir uma área de e uma
distância entre placas de , tendo o ar como
dielétrico, irá possuir uma pequena capacitância e
precisará de uma altíssima tensão para uma carga
que também será muito pequena.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Ora, esta alta tensão gera um campo elétrico
altíssimo levando, fatalmente, a uma ruptura da
rigidez dielétrica do ar entre as placas do capacitor,
fazendo com que o ar se ionize e se torne um
condutor, criando um arco voltaico entre as placas,
ou seja, curto-circuitando-as, danificando o
capacitor.
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
Eletrostática
Capacitor de Placas Paralelas
• Fenômeno semelhante ocorre durante as descargas
atmosféricas ou raios. Quando uma nuvem carrega-
se positivamente pelo atrito com o ar, estando o
pára-raios conectado à terra, se a ddp e o campo
elétrico entre eles tornar-se muito elevados, a rigidez
dielétrica do ar se rompe e o pára-raios começa a
enviar elétrons para a nuvem tentando neutralizar a
sua carga. Por conclusão imediata: “o raio sobe”.
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• Muitos circuitos elétricos necessitam de grandes
capacitâncias. Para isso, pode-se aumentar a área
das placas do capacitor e diminuir a distância entre
elas. No entanto, aumentar muito a área das placas
implica na construção de capacitores muito grandes.
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• Por outro lado, diminuir muito a distância entre as
placas facilita a ruptura do dielétrico. Uma forma de
se resolver este problema é utilizar outros tipos de
dielétricos, ou seja, isolantes que fazem com que o
campo elétrico entre as placas diminua. Ora, a
diminuição do campo elétrico faz diminuir a tensão
entre as placas que, por sua vez, aumenta a
capacitância do capacitor. Assim:
Eletrostática
Influência do Dielétrico
a)

b)
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• A tabela a seguir mostra vários isolantes
normalmente utilizados como dielétricos na
construção de capacitores. O valor significa a
constante dielétrica do material em relação à do
vácuo:
Eletrostática
Influência do Dielétrico

Dielétrico Constante Dielétrica Kd


Vácuo 1
Ar 1
Papel 3,5
Vidro 8
Mica 6
Porcelana 6,5
Polietileno 2,3
Baquelite 4,8
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• Desta forma, para se calcular a capacitância de um
capacitor com outro dielétrico, utiliza-se a seguinte
expressão:
Eletrostática
Influência do Dielétrico
• onde:
... é a capacitância do capacitor com dielétrico de
vácuo
... é a constante do dielétrico utilizado
... é a capacitância do capacitor com o dielétrico
utilizado
Eletrostática
Capacitores Comerciais
• Comercialmente, existem capacitores fabricados
através de várias tecnologias e utilizando diversos
tipos de materiais dielétricos, de forma a
abrangerem uma faixa bastante ampla de
capacitâncias (de alguns pF até dezenas de mF) e
tensões (de alguns V até dezenas de kV), sendo as
capacitâncias sempre múltiplos ou submúltiplos dos
valores apresentados na tabela a seguir:
Eletrostática
Capacitores Comerciais
Série de Valores Comerciais de Capacitores
1 2,2 5,6
1,2 2,7 6,8
1,5 3,3 8,2
1,8 4,7
Eletrostática
Capacitores Comerciais
Eletrostática
Associação de Capacitores
• Caso seja necessário obter um valor de capacitância
com valor especificado e diferente aos dos
encontrados comercialmente, a solução prática a ser
adotada é a associação de dois ou mais capacitores
de modo a se alcançar o valor da capacitância
desejado.
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
Representação de dois capacitores associados em série
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• As placas externas dos capacitores e , por
estarem ligadas aos pólos positivo e negativo da
fonte, carregam-se, respectivamente, positiva e
negativamente com carga . Assim, por indução, as
placas internas dos capacitores carregam-se com
polaridades contrárias, também com carga . Isto
significa que .
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• Porém, para que isto ocorra, a tensão da fonte deve
se dividir entre os capacitores, ou seja: .
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• Como:

• tem-se que:
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• Dividindo-se os dois lados da equação por , tem-se:

• Mas, corresponde ao inverso da capacitância,


ou seja, .
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• A esta capacitância resultante da associação séria dá-
se o nome de capacitância equivalente e
corresponde ao valor da capacitância de um
hipotético capacitor que pode substituir e sem
alterar as características de carga do circuito.
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• Assim, generalizando para qualquer quantidade de
capacitores, a capacitância equivalente da associação
série pode ser calculada por:
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• Particularmente, para dois capacitores, esta
expressão pode ser simplificada para:

• Na associação série, a capacitância equivalente é


sempre menor do que qualquer capacitância do
circuito.
Eletrostática
Associação Série de Capacitores
• Na associação série, a capacitância equivalente a dois
capacitores de capacitâncias iguais a corresponde
a , a capacitância equivalente a três capacitores
de capacitâncias iguais a corresponde a ,e
assim por diante.
Eletrostática
Associação Paralela de Capacitores
Representação de dois Capacitores associados em
Paralelo
Eletrostática
Associação Paralela de Capacitores
• Nesta configuração, os dois capacitores e
carregam-se até ficarem com a mesma tensão da
fonte, ou seja . Assim, a carga de cada
capacitor depende de sua capacitância e a carga total
do circuito equivalente é a soma das cargas
individuais, isto é, .
Eletrostática
Associação Paralela de Capacitores
Eletrostática
Associação Paralela de Capacitores
• Como:

• tem-se que:
Eletrostática
Associação Paralela de Capacitores
• Dividindo-se os dois lados da equação por , tem-se:

• Assim, generalizando para qualquer quantidade de


capacitores, a capacitância equivalente da associação
paralela pode ser calculada por:
Eletrostática
Associação Paralela de Capacitores
• Na associação paralela, a capacitância equivalente é
sempre maior do que qualquer capacitância do
circuito.
• Na associação paralela, a capacitância equivalente a
dois capacitores de capacitâncias iguais a
corresponde a , a capacitância equivalente a
três capacitores de capacitâncias iguais a
corresponde a , e assim por diante.
Eletrostática
Associação Mista de Capacitores
• Na associação mista, têm-se capacitores associados
em série e em paralelo. Neste caso, o capacitor
equivalente deve ser obtido, resolvendo-se o circuito
por partes, conforme a sua configuração.

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