Sei sulla pagina 1di 113

Proteção Social

Básica
1.Apresentação
Definição de CRAS;
Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos;
Elaboração do Plano de Atenção
Integral à Família;
Cadastro Único dos Programas de
benefícios do Governo Federal
Entrevista para preenchimento do
CadÚnico
2. Organização e oferta do
serviço de PSB
 Afiançado pela Política de
Assistência Social no âmbito do
SUAS.
A oferta do serviço acontece nos
Centros de Referência da
Assistência Social – CRAS
Tipificação do Serviço
O CRAS é a unidade em torno da qual
se organizam os serviços de proteção
básica, do que decorre sua função de
gestão local. Espaço físico, organização do
mesmo e das atividades, funcionamento e
recursos humanos devem manter coerência
com a concepção de trabalho social com
famílias, diferenciando o serviço que deve
dos que podem ser ofertados no CRAS.
O CRAS organiza e oferta serviços da
proteção social básica do SUAS nas áreas de
vulnerabilidade e risco social dos municípios.
Dada sua capilaridade nos territórios, se
caracteriza como a principal porta de
entrada do SUAS, ou seja, é uma unidade
que possibilita o acesso de um grande
número de famílias à rede de proteção social
de assistência social.
Problemas no atendimento de usuários
podem surgir a partir de quando esta porta
de entrada não é respeitada.
Objetivo
Prevenir a ocorrência de
situações de vulnerabilidades e
riscos sociais nos territórios, por
meio do desenvolvimento de
potencialidades e aquisições,
do fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários, e da
ampliação do acesso aos
direitos de cidadania.
A oferta dos serviços no CRAS
deve ser planejada e depende de
um bom conhecimento do
território e das famílias que nele
vivem, suas necessidades,
potencialidades, bem como do
mapeamento da ocorrência das
situações de risco e de
vulnerabilidade social e das
ofertas já existentes.
Referência
A função de referência se materializa
quando a equipe processa, no âmbito do
SUAS, as demandas oriundas das situações
de vulnerabilidade e risco social detectadas
no território, de forma a garantir ao usuário
o acesso à renda, serviços, programas e
projetos, conforme a complexidade da
demanda. O acesso pode se dar pela
inserção do usuário em serviço ofertado no
CRAS ou na rede socioassistencial a ele
referenciada, ou por meio do
encaminhamento do usuário ao CREAS.
Contrarreferência
É exercida sempre que a equipe
do CRAS recebe
encaminhamento do nível de
maior complexidade (proteção
social especial) e garante a
proteção básica, inserindo o
usuário em serviço, benefício,
programa e/ou projeto de
proteção básica.
O trabalho social com famílias
do PAIF é desenvolvido pela
equipe de referência do CRAS e
a gestão territorial pelo
coordenador do CRAS, auxiliado
pela equipe técnica, sendo,
portanto, funções exclusivas do
poder público e não de
entidades privadas de
assistência social.
Atribuições do Órgão Gestor
 Elaboração do Plano Municipal de
Assistência Social.
 Planejamento, execução físico-financeiro,
monitoramento e avaliação dos serviços
socioassistenciais do SUAS.
 Alimentação dos Sistemas de Informação e
Monitoramento do SUAS.
 Constituição das equipes de referência e
demais profissionais da política de
assistência social e qualificação
profissional dos trabalhadores do SUAS.
 Supervisão, apoio técnico da oferta do PAIF
e demais serviços socioassistenciais
ofertados, tanto nas unidades públicas,
quanto nas entidades privadas sem fins
lucrativos, prestadora de serviços;
 Gestão da rede socioassistencial do
município;
 Gestão do processo de conveniamento das
entidades privadas sem fins lucrativos de
assistência social – quando for o caso
Atribuições dos CRAS
 Fornecimento de informações e dados para o
Órgão Gestor Municipal sobre o território para
subsidiar:
• a elaboração Plano Municipal de Assistência
Social;
• o planejamento , monitoramento e avaliação
dos serviços ofertados no CRAS;
• a alimentação dos Sistemas de Informação do
SUAS;
• os processos de formação e qualificação da
equipe de referência;
Oferta do PAIF e outros
serviços socioassistenciais
da Proteção Social Básica.
Gestão territorial da rede
socioassistencial da PSB
Matricialidade Sociofamiliar
Se refere à centralidade da família como núcleo
social fundamental para a efetividade de todas as
ações e serviços da política de assistência social. A
família, segundo a PNAS, é o conjunto de pessoas
unidas por laços consanguíneos, afetivos e ou de
solidariedade, cuja
sobrevivência e reprodução
social pressupõem obrigações
recíprocas e o
compartilhamento de renda e
ou dependência econômica.
Este modelo sugere que a família como um
espaço contraditório, marcado por tensões,
conflitos, desigualdades e, até mesmo,
violência.
Um exemplo disso é que famílias com crianças
pequenas demandam atenções diferenciadas
daquelas destinadas às famílias com pessoas
com deficiência.
O atendimento à família ainda deve ser
planejado a partir do conhecimento das
necessidades e expectativas diferenciadas dos
seus membros, em especial, de acordo com a
forma como esse grupo se organiza: se a
família é monoparental, extensa, entre outros.
A realização de uma ação preventiva
de negligência e maus-tratos a idosos:
promover atividades informativas e de
sensibilização sobre os direitos
somente dirigidos aos idosos é
fundamental para o reconhecimento e
acesso a direitos. Todavia, se os
cuidadores, filhas (os) e netas (os) dos
idosos também não forem
contemplados por essa ação
preventiva, dificilmente esta terá o
êxito esperado.
O SUAS, ao eleger a matricialidade sociofamiliar
como uma de suas bases estruturantes,
organiza toda a rede socioassistencial para o
apoio às famílias, a fim de assegurar a toda a
população o direito à convivência familiar,
seguindo o pressuposto de que para a família
prevenir, proteger e manter seus membros é
necessária a ação efetiva do poder público.
O CRAS, assim, considera as famílias como um
espaço de ressonância e sinergia dos interesses
e necessidades coletivas e de mobilização à
participação e ao protagonismo social, ou seja,
como um vetor de mudança da realidade
social.
Territorialização
Refere à centralidade do território como
fator determinante para a compreensão
das situações de vulnerabilidade e risco
sociais, bem como para seu
enfrentamento. A adoção da
perspectiva da territorialização se
materializa a parti r da descentralização
da política de assistência social e
consequente oferta dos serviços
socioassistenciais em locais próximos
aos seus usuários.
Territorialização
Isso aumenta sua eficácia e
efetividade, criando condições
favoráveis à ação de
prevenção ou enfrentamento
das situações de
vulnerabilidade e risco social,
bem como de identificação e
estímulo das potencialidades
presentes no território.
Direitos das Famílias Usuárias do
CRAS
 Conhecer o nome e a credencial de quem o atende
(profissional técnico, estagiário ou administrativo do CRAS);
 Direito à escuta, à informação, à defesa, à provisão direta ou
indireta ou ao encaminhamento de suas demandas de
proteção social asseguradas pela Política Nacional de
Assistência Social;
 Direito a dispor de locais adequados para seu atendimento,
tendo o sigilo e sua integridade preservados;
 Receber explicações sobre os serviços e seu atendimento de
forma clara, simples e compreensível;
 Receber informações sobre como e onde manifestar seus
direitos e requisições sobre o atendimento socioassistencial;
 Ter seus encaminhamentos por escrito, identificados
com o nome do profissional e seu registro no Conselho
ou Ordem Profissional, de forma clara e legível;
 Ter protegida sua privacidade, dentro dos princípios e
diretrizes da ética profissional, desde que não acarrete
riscos a outras pessoas;
 Ter sua identidade e singularidade preservadas e sua
história de vida respeitada;
 Poder avaliar o serviço recebido, contando com
espaço de escuta para expressar sua opinião;
 Ter acesso ao registro dos seus dados, se assim o
desejar;
 Ter acesso às deliberações das conferências
municipais, estaduais e nacionais de assistência social.
Funções do CRAS
Gestão Territorial da PSB
Tem por objetivo promover a atuação
preventiva, disponibilizar serviços
próximo do local de moradia das
famílias, racionalizar as ofertas e
traduzir o referenciamento dos serviços
ao CRAS em ação concreta, tornando
a principal unidade pública de
proteção básica uma referência para
a população local e para os serviços
setoriais.
Ações de gestão territorial
1. articulação da rede
socioassistencial de proteção
social básica referenciada ao
CRAS;
2. promoção da articulação
intersetorial, e
3. busca ativa.
A responsabilidade pela gestão da
proteção social básica é da
secretaria municipal de Assistência
Social. Porém, a gestão territorial,
que deve estar em consonância
com as diretrizes estabelecidas
pelo órgão gestor, é
responsabilidade do coordenador
do CRAS, que deve contar com o
auxílio dos demais componentes
da equipe de referência.
Articulação da Rede de PSB ao
CRAS e dos serviços ofertados
O coordenador do CRAS, responsável pela
articulação da rede de serviços de proteção
básica local, deve organizar, segundo
orientações do gestor municipal (ou do DF) de
assistência social, reuniões periódicas com as
instituições que compõem a rede, a fim de
instituir a rotina de atendimento e acolhimento
dos usuários; organizar os encaminhamentos,
fluxos de informações, procedimentos,
estratégias de resposta às demandas; e traçar
estratégias de fortalecimento das
potencialidades do território. Deverá ainda
avaliar tais procedimentos, de modo a ajustá-los
e aprimorá-los continuamente.
O gestor municipal, ou quem ele designar,
tem como atribuição garantir a articulação
das unidades da rede socioassistencial do
território de abrangência do CRAS, tanto as
entidades de assistência social privadas sem
fins lucrativos quanto as públicas. No caso
das ofertas por entidades privadas sem fins
lucrativos, deve ser assegurado que os
convênios sejam firmados com entidades de
assistência social, cujos serviços ofertados
estejam no âmbito da proteção social
básica e garantam as seguranças de
convivência e de fortalecimento de vínculos
e/ou de renda e autonomia.
Devem prever cláusulas que se
refiram especificamente à
cooperação com os CRAS, de
referenciamento ao CRAS, da
obrigatoriedade de reservar vagas
para encaminhamentos realizados
pelo PAIF e de reconhecimento do
PAIF como o serviço a partir do
qual demandas são identificadas e
atendidas.
Com o intuito de acordar
procedimentos para a gestão
integrada dos serviços, benefícios e
transferências de renda para
acompanhamento das famílias do PBF,
PETI e PBC no âmbito do SUAS, foi
pactuado na Comissão Intergestores
Tripartite - CIT, o Protocolo de Gestão
Integrada de Serviços, Benefícios e
Transferências de Renda no âmbito do
Sistema Único de Assistência Social –
SUAS.
A gestão integrada é uma estratégia
para qualificar e potencializar o
impacto dos benefícios assistenciais,
transferência de renda e dos serviços
do SUAS, pois vincula segurança de
renda às seguranças de convívio
familiar, comunitário e de
desenvolvimento da autonomia
previstas na Política Nacional de
Assistência Social, de modo a
materializar os direitos
socioassistenciais.
Para o exercício da
referência e
contrarreferência, é
necessário que o gestor
municipal defina os fluxos
e procedimentos de
encaminhamentos entre a
proteção básica e
especial, e que o
coordenador do CRAS
garanta, no âmbito da
proteção básica, que
estes fluxos e
procedimentos
funcionem.
Promoção da
Articulação Intersetorial
A articulação intersetorial não está sob a
governabilidade da política de Assistência Social. Para
que aconteça, é necessário um papel ativo do poder
executivo municipal ou do DF, como articulador político
entre as diversas secretarias que atuam nos territórios dos
CRAS, de modo a priorizar, estimular e criar condições
para a articulação intersetorial local. O gestor de
assistência social pode, no entanto, influir para que seja
definida a prioridade de articulação das ações no
território de abrangência do CRAS. A articulação
intersetorial deve envolver escolas, postos de saúde,
unidades de formação profissional, representantes da
área de infraestrutura, habitação, esporte, lazer e cultura,
dentre outros.
Na ação intersetorial, a discussão de priorização de
acesso, com base nas vulnerabilidades e riscos
sociais, assume um papel importante. Uma criança
ou adolescente com deficiência deve ter prioridade
de acesso à escola e ao serviço socioassistencial de
convivência. Sua família também deve ter atenção
prioritária no acesso aos serviços socioassistenciais e
demais políticas setoriais,
de forma a fortalecer a
rede de proteção social
a essa criança ou ado-
lescente e sua família.
Busca Ativa
A busca ativa refere-se à procura intencional,
realizada pela equipe de referência do CRAS,
das ocorrências que influenciam o modo de
vida da população em determinado território.
Tem como objetivo identificar as situações de
vulnerabilidade e risco social, ampliar o
conhecimento e a compreensão da realidade
social, para além dos estudos e estatísticas.
Contribui para o conhecimento da dinâmica do
cotidiano das populações (a realidade vivida
pela família, sua cultura e valores, as relações
que estabelece no território e fora dele); os
apoios e recursos existentes e, seus vínculos
sociais.
Para agir preventivamente é necessário
dispor de informação, conhecer o
território e as famílias que nele vivem. A
identificação e o conhecimento das
situações de vulnerabilidade e risco
social devem ser uti lizados como fonte
para o planejamento municipal, para a
definição de serviços socioassistenciais a
serem ofertados em cada território e para
a ação preventiva nos territórios dos
CRAS.
São estratégias da busca ativa:
 deslocamento da equipe de referência
para conhecimento do território;
 contatos com atores sociais locais (líderes
comunitários, associações de bairro etc);
 obtenção de informações e dados
provenientes de outros serviços
socioassistenciais e setoriais;
 campanhas de divulgação, distribuição de
panfletos, colagem de cartazes e
utilização de carros de som;
Utilização do CadÚnico
Obtenção da lista de:
a) beneficiários do Benefício de
Prestação Continuada – BPC;
b) beneficiários do PETI;
c) dos beneficiários do Programa Bolsa
Família; e
d) dos beneficiários do Programa Bolsa
Família em descumprimento de
condicionalidades.
As necessidades são ditadas pelo território:
só conhecendo suas características pode-se
saber quais serviços serão ofertados, ações
socioassistenciais desenvolvidas, atenções
necessárias, a quem se destinam, quais
objetivos se quer atingir, qual metodologia
adotar, onde serão ofertados, com que
frequência, qual a sua duração, os
profissionais responsáveis, qual o papel da
rede socioassistencial no atendimento dessa
demanda e os demais serviços setoriais
necessários.
Nessa direção, a busca ativa é
fundamental para a construção do Plano
Municipal (ou do DF) de Assistência
Social: as informações sobre
vulnerabilidades, riscos e
potencialidades do território aprimoram
o diagnóstico social do município,
constituindo-se como elementos
importantes para a definição de metas e
aprimoramento dos serviços
socioassistenciais no município.
O PAIF
É o principal serviço de Proteção
Social Básica, ao qual todos os outros
serviços desse nível de proteção
devem articular-se, pois confere a
primazia da ação do poder público
na garantia do direito à convivência
familiar e assegura a matricialidade
sociofamiliar no atendimento
socioassistencial, um dos eixos
estruturantes do SUAS.
A partir da escolha da concepção de trabalho
social com famílias do PAIF que será adotada, é
importante que se desenhe a(s) metodologia(s) a
serem implantada(s), de acordo com as
características dos territórios, planeje a organização
do espaço físico, defina os equipamentos
necessários, os processos de trabalho, a carga
horária, e a rotina de planejamento das atividades
semanais (acolhida, acompanhamento de famílias
e de indivíduos, grupo/oficina de convivência e
atividades socioeducativas, visitas domiciliares,
busca ativa, atividades coletivas – campanhas,
palestras - e acompanhamento dos serviços
prestados no território de abrangência do CRAS).
Devem ser realizadas reuniões periódicas de
planejamento com toda a equipe de referência
do CRAS, sendo imprescindível para a garantia
da interdisciplinaridade do trabalho da equipe.
Além disso, cabe ao coordenador detectar
necessidades de capacitação da equipe,
redirecionar, junto com o grupo, objetivos e
traçar novas metas a fim de efetivar o CRAS
como unidade pública que possibilita o acesso
aos direitos socioassistenciais nos territórios.
Estes momentos, que devem ser
preferencialmente semanais, são ainda
importantes para possibilitar a troca de
experiências entre os profissionais.
Ressalta-se, ainda, a
importância de, com certa
regularidade, o planejamento
e avaliação do processo de
trabalho contarem com a
participação dos usuários dos
serviços ofertados no CRAS.
Registro de Informações
As informações a que nos referimos constituem unidades
de registro e instrumentais diferentes, que se inserem em
dois processos distintos: monitorar as ações e acompanhar
as famílias. Estes processos, embora distintos, podem se
comunicar, dependendo da complexidade de
informatização de que os entes federados dispõem. No
entanto, esta distinção é importante, na medida em que
traz implicações para o fluxo das informações: por
exemplo, o que se referir a prontuário (registro) das famílias
não precisa (nem deve) ser comunicado ao gestor
municipal, enquanto tudo o que se referir a monitoramento
e avaliação deverá ser comunicado, inclusive informações
que deverão ser registradas no Censo CRAS (anual).
Sempre que possível, deverá ser utilizada a via eletrônica
para o registro de informações.
É fundamental que o prontuário tenha
campo para registro do nº do NIS/NIT
do responsável familiar e do membro
efetivamente atendido. Esse
procedimento auxilia no registro do
número de famílias atendidas, bem
como na articulação/integração entre
serviços, benefícios e transferência de
renda. Caso a família ainda não estiver
no CadÚnico, é preciso encaminhá-la
para providenciar sua inserção e obter
o nº do seu NIS.
Equipes dos CRAS
Técnico de Nível Médio
São dois os perfis possíveis para o técnico de nível médio
da equipe de referência do CRAS. Recomenda-se a
presença dos dois perfis na equipe, a fim de suprir as
demandas que as funções do CRAS requerem.
 Perfil 1 “Agente Administrativo”: Escolaridade de nível
médio completo, com conhecimento para o
desenvolvimento das rotinas administrativas do CRAS.
 Perfil 2 “Agente Social e/ou Orientador Social”:
Escolaridade de nível médio completo, com experiência
de atuação em programas, projetos, serviços e/ou
benefícios socioassistenciais; conhecimento da PNAS;
noções sobre direitos humanos e sociais; sensibilidade
para as questões sociais; conhecimento da realidade do
território e boa capacidade relacional e de
comunicação com as famílias.
Agente Administrativo
 Apoio ao trabalho dos técnicos de nível
superior da equipe de referência do CRAS, em
especial no que se refere às funções
administrativas;
 Participação de reuniões sistemáticas de
planejamento de atividades e de avaliação
do processo de trabalho com a equipe de
referência do CRAS;
 Participação das atividades de capacitação
(ou formação continuada) da equipe de
referência do CRAS.
Agente Social
 Recepção e oferta de informações às famílias
usuárias do CRAS;
 Mediação dos processos grupais, próprios dos
serviços de convivência e fortalecimentos de
vínculos, ofertados no CRAS (função de
orientador social, por exemplo);
 Participação de reuniões sistemáticas de
planejamento de atividades e de avaliação do
processo de trabalho com a equipe de
referência do CRAS;
 Participação das atividades de capacitação
(ou formação continuada) da equipe de
referência do CRAS.
Técnico de Nível Superior
Escolaridade mínima de nível superior, com
formação em serviço social, psicologia e/ou outra
profissão que compõe o SUAS (dependendo do
número de famílias referenciadas ao CRAS e porte
do município, conforme a NOB-RH); com
experiência de atuação e/ou gestão em
programas, projetos, serviços e/ou benefícios
socioassistenciais; conhecimento da legislação
referente à política nacional de assistência social;
domínio sobre os direitos sociais; experiência de
trabalho em grupos e atividades coletivas;
experiência em trabalho interdisciplinar;
conhecimento da realidade do território e boa
capacidade relacional e de escuta das famílias.
Atribuições
 Acolhida, oferta de informações e realização de
encaminhamentos às famílias usuárias do CRAS;
 Planejamento e implementação do PAIF, de acordo
com as características do território de abrangência do
CRAS;
 Mediação de grupos de famílias dos PAIF;
 Realização de atendimento particularizados e visitas
domiciliares às famílias referenciadas ao CRAS;
 Desenvolvimento de atividades coletivas e comunitárias
no território;
 Apoio técnico continuado aos profissionais responsáveis
pelo(s) serviço(s) de convivência e fortalecimento de
vínculos desenvolvidos no território ou no CRAS;
 Acompanhamento de famílias encaminhadas pelos
serviços de convivência e fortalecimento de vínculos
ofertados no território ou no CRAS;
Atribuições
 Realização da busca ativa no território de
abrangência do CRAS e desenvolvimento de
projetos que visam prevenir aumento de
incidência de situações de risco;
 Acompanhamento das famílias em
descumprimento de condicionalidades;
 Alimentação de sistema de informação, registro
das ações desenvolvidas e planejamento do
trabalho de forma coletiva.
 Articulação de ações que potencializem as boas
experiências no território de abrangência; fluxos
de informações com outros setores,
procedimentos, estratégias de resposta às
demandas e de fortalecimento das
potencialidades do território.
Atribuições
 Realização de encaminhamento, com
acompanhamento, para a rede
socioassistencial;
 Realização de encaminhamentos para
serviços setoriais;
 Participação das reuniões preparatórias ao
planejamento municipal;
 Participação de reuniões sistemáticas no
CRAS, para planejamento das ações semanais
a serem desenvolvidas, definição de fluxos,
instituição de rotina de atendimento e
acolhimento dos usuários; organização dos
encaminhamentos,
Coordenador do CRAS
Escolaridade mínima de nível superior,
concursado, ou comissionado, com experiência
em gestão pública; domínio da legislação
referente à política nacional de assistência social e
direitos sociais; conhecimento dos serviços,
programas, projetos e/ou benefícios
socioassistenciais; experiência de coordenação
de equipes, com habilidade de comunicação, de
estabelecer relações e negociar conflitos; com
boa capacidade de gestão, em especial para lidar
com informações, planejar, monitorar e
acompanhar os serviços socioassistenciais, bem
como de gerenciar a rede socioassistencial local.
Atribuições Coordenador
 Articular, acompanhar e avaliar o processo de implantação
do CRAS e a implementação dos programas, serviços,
projetos de proteção social básica operacionalizadas nessa
unidade;
 Coordenar a execução e o monitoramento dos serviços, o
registro de informações e a avaliação das ações,
programas, projetos, serviços e benefícios;
 Participar da elaboração, acompanhar e avaliar os fluxos e
procedimentos para garantir a efetivação da referência e
contrarreferência;
 Coordenar a execução das ações, de forma a manter o
diálogo e garantir a participação dos profissionais, bem
como das famílias inseridas nos serviços ofertados pelo CRAS
e pela rede prestadora de serviços no território;
 Definir, com participação da equipe de profissionais, os
critérios de inclusão, acompanhamento e desligamento das
famílias, dos serviços ofertados no CRAS;
Atribuições Coordenador
 Coordenar a definição, junto com a equipe de
profissionais e representantes da rede socioassistencial
do território, o fluxo de entrada, acompanhamento,
monitoramento, avaliação e desligamento das famílias
e indivíduos nos serviços de proteção social básica da
rede socioassistencial referenciada ao CRAS;
 Promover a articulação entre serviços, transferência de
renda e benefícios socioassistenciais na área de
abrangência do CRAS;
 Definir, junto com a equipe técnica, os meios e as
ferramentas teórico-metodológicos de trabalho social
com famílias e dos serviços de convivência;
 Contribuir para avaliação, a ser feita pelo gestor, da
eficácia, eficiência e impactos dos programas, serviços
e projetos na qualidade de vida dos usuários;
Atribuições Coordenador
 Efetuar ações de mapeamento, articulação e
potencialização da rede socioassistencial no
território de abrangência do CRAS e fazer a gestão
local desta rede;
 Efetuar ações de mapeamento e articulação das
redes de apoio informais existentes no território
(lideranças comunitárias, associações de bairro);
 Coordenar a alimentação de sistemas de
informação de âmbito local e monitorar o envio
regular e nos prazos, de informações sobre os
serviços socioassistenciais referenciados,
encaminhando-os à Secretaria Municipal (ou do
DF) de Assistência Social;
 Participar dos processos de articulação
intersetorial no território do CRAS;
Atribuições Coordenador
 Averiguar as necessidades de capacitação da equipe
de referência e informar a Secretaria de Assistência
Social (do município ou do DF);
 Planejar e coordenar o processo de busca ativa no
território de abrangência do CRAS, em consonância
com diretrizes da Secretaria de Assistência Social (do
município ou do DF);
 Participar das reuniões de planejamento promovidas
pela Secretaria de Assistência Social (do município ou
do DF), contribuindo com sugestões estratégicas para a
melhoria dos serviços a serem prestados;
 Participar de reuniões sistemáticas na Secretaria
Municipal, com presença de coordenadores de
outro(s) CRAS (quando for o caso) e de
coordenador(es) do CREAS (ou, na ausência deste, de
representante da proteção especial).
O SCFV
Função do
Coordenador do CRAS no SCFV
 organizar, segundo orientações do gestor
municipal de assistência social, reuniões
periódicas com as instituições que compõem a
rede, a fim de instituir a rotina de atendimento e
acolhimento dos usuários;
 organizar os encaminhamentos, fluxos de
informações, procedimentos, estratégias de
resposta às demandas;
 traçar estratégias de fortalecimento das
potencialidades do território.
 deverá, ainda, avaliar tais procedimentos, de
modo a ajustá-los e aprimorá-los continuamente;
 Articular ações intersetoriais.
Função da Equipe
Técnica do CRAS no SCFV
Responsável por promover a integração do PAIF
com as ações presentes no território de
abrangência ou no próprio CRAS por meio de
reuniões sistemáticas, visitas às unidades, entre
outras estratégias, como garantir o percentual
mínimo de 50% das vagas para público preferencial
dos serviços.
É crucial que os profissionais que atuam nos serviços
mantenham postura ética em relação às
informações dos usuários, mantendo o sigilo
necessário, haja vista que se trata da intimidade de
famílias e usuários.
Relembrando...
O PAIF consiste no trabalho social com
famílias, de caráter continuado, com a
finalidade de fortalecer a função protetiva
das famílias, prevenir a ruptura dos seus
vínculos, promover seu acesso a direitos e o
usufruto deles e contribuir na melhoria de
sua qualidade de vida. O trabalho social
continuado do PAIF deve utilizar ações nas
áreas culturais para o cumprimento de seus
objetivos, de modo a ampliar o universo
informacional e proporcionar novas
vivências às famílias usuárias do serviço.
 Nessa direção, é preciso identificar e
fortalecer os recursos disponíveis das
famílias, suas formas de organização,
participação social, sociabilidade e redes
sociais de apoio, entre outros, bem como
dos territórios onde vivem.

O PAIF desenvolve ações individuais e


coletivas (acolhida, ações
particularizadas, encaminhamentos,
oficinas com famílias e ações
comunitárias), que precisam ser
implementadas de forma articulada e
requerem planejamento e avaliação.
Atendimento às
Famílias
O atendimento às famílias, ou a alguns de
seus membros, refere-se a uma ação
imediata de prestação ou oferta de
atenção, com vistas a uma resposta
qualificada de uma demanda da família
ou do território. Significa a inserção da
família, um ou mais de seus membros, em
alguma das ações do PAIF: acolhida,
ações particularizadas, ações
comunitárias, oficinas com famílias e
encaminhamentos
Acompanhamento
das Famílias
O acompanhamento familiar consiste em
um conjunto de intervenções, desenvolvidas
de forma continuada, a partir do
estabelecimento de compromissos entre
famílias e profissionais, que pressupõem a
construção de um Plano de
Acompanhamento Familiar - com objetivos
a serem alcançados, a realização de
mediações periódicas, a inserção em ações
do PAIF, buscando a superação gradativa
das vulnerabilidades vivenciadas.
Papel do SCFV
 A fim de complementar o trabalho social
com famílias realizado pelo PAIF e PAEFI4,
há o SCFV, que também compõe a
proteção social básica, com vistas a
prevenir a ocorrência de situações de
risco social e fortalecer os vínculos
familiares e comunitários.
 O SCFV organiza-se em grupos, de modo
a ampliar as trocas culturais e de
vivências entre os usuários, assim como
desenvolver o seu sentimento de pertença
e de identidade.
Os Grupos devem
 Respeitar as necessidades dos participantes,
levando em consideração as especificidades
do seu ciclo de vida;
 Preservar a diversidade existente no âmbito
das relações sociais cotidianas;
 Assegurar a participação de usuários de
diferentes raças/etnias, gêneros, entre outros;
 Garantir a participação das pessoas com
deficiência.
Obs: a formação dos grupos não impede a
realização de ações intergeracionais, quando
assim for necessário.
Composição dos Grupos
 Máximo de 30 por orientador social, sendo
que Grupos de crianças com até 6 anos e
grupos dos quais participem pessoas com
deficiência mental ou física, por exemplo,
deverão ser menores, pois demandam do
orientador social maior atenção no sentido
de preservar a sua integridade física e
oferecer apoio nas atividades
desenvolvidas.
Periodicidade
Regulares de acordo com a Tipificação,
haja vista que têm por finalidade fortalecer
vínculos familiares, incentivar a socialização
e a convivência comunitária. As atividades
precisam ser planejadas e considerar os
eixos norteadores do serviço - convivência
social, direito de ser e participação -, a fim
de que efetivamente criem situações
desafiadoras para os usuários e os
estimulem, bem como os orientem, a
construir e reconstruir as suas histórias e
vivências individuais e coletivas.
Encontros devem promover:
 processos de valorização/reconhecimento:
estratégia que considera as questões e os
problemas do outro como procedentes e
legítimos;
 escuta: estratégia que cria ambiência –
segurança, interesse, etc. – para que os
usuários relatem ou partilhem suas
experiências;
 produção coletiva: estratégia que estimula
a construção de relações horizontais – de
igualdade -, a realização compartilhada, a
colaboração;
Encontros devem promover:
 exercício de escolhas: estratégia que
fomenta a responsabilidade e a reflexão
sobre as motivações e interesses
envolvidos no ato de escolher;
 tomada de decisão sobre a própria vida e
de seu grupo: estratégia que desenvolve a
capacidade de responsabilizar-se, de
negociar, de compor, de rever e de
assumir uma escolha;
Encontros devem promover:
 diálogo para a resolução de conflitos e
divergências: estratégia que favorece o
aprendizado e o exercício de um conjunto
de habilidades e capacidades de
compartilhamento e engajamento nos
processos resolutivos ou restaurativos;
 reconhecimento de limites e possibilidades
das situações vividas: estratégia que
objetiva analisar as situações vividas e
explorar variações de escolha, de
interesse, de conduta, de atitude, de
entendimento do outro;
Encontros devem promover:
 experiências de escolha e decisão
coletivas: estratégia que cria e induz
atitudes mais cooperativas a partir da
análise da situação, explicitação de
desejos, medos e interesses; negociação,
composição, revisão de posicionamentos e
capacidade de adiar realizações
individuais;
Encontros devem promover:
 aprendizado e ensino de forma igualitária:
estratégia que permite construir, nas relações,
lugares de autoridade para determinadas
questões, desconstruindo a perspectiva de
autoridade por hierarquias previamente
definidas;
 reconhecimento e nomeação das emoções
nas situações vividas: estratégia que permite
aprender e ter domínio sobre os sentimentos e
afetações, de modo a enfrentar situações que
disparam sentimentos intensos e negativos em
indivíduos ou grupos;
Encontros devem promover:
 reconhecimento e admiração da
diferença: estratégia que permite exercitar
situações protegidas em que as
desigualdades e diversidades podem ser
analisadas e problematizadas, permitindo
que características, condições e escolhas
sejam tomados em sua raiz de diferença e
não a partir de um juízo de valor
hegemônico.
O PAIF dispõe de ações de caráter individual
e coletivo, por isso, é necessário que haja
uma sinergia entre essas duas dimensões,
caso contrário, há um risco de reduzir o
serviço apenas a atendimentos
individualizados, em que as atividades
cadastrais e de encaminhamentos se
sobreponham aos espaços coletivos.
 O SCFV também desenvolve ações nessa
perspectiva ao organizar o serviço em grupos
também responde à necessidade de entender
a família e o território como lócus de
reprodução de desproteções e
vulnerabilidades similares
Diferença entre Oficinas com
Famílias no PAIF e Grupos do SCFV
Tendo em vista que as ações coletivas são
estratégias de atuação de ambos os
serviços, a primeira diferenciação será entre
“Oficina com Famílias” do PAIF e “Grupos do
SCFV”. Embora sejam atividades realizadas
em grupo e muitas vezes chamadas de
“grupos”, as oficinas com famílias e os
grupos de convivência são ações distintas.
Veja o a seguir as diferenças:
Oficinas com Famílias PAIF
I - O que são?
Consistem na realização de encontros
previamente organizados, com
objetivos de curto prazo a serem
atingidos com um conjunto de famílias,
por meio da participação de seus
responsáveis ou outros representantes,
sob a condução de técnicos de nível
superior do CRAS.
Oficinas com Famílias PAIF
II - Quais são os seus objetivos?
Promover a discussão e a reflexão
sobre situações vivenciadas e interesses
comuns, que dizem respeito à
reprodução social da família, ao
fortalecimento de sua função
protetiva, ao acesso a direitos e às
vulnerabilidades do território, que
impactam no convívio familiar e
comunitário.
Oficinas com Famílias PAIF
III - Quando são realizadas?
As oficinas podem ser desenvolvidas em
um ou vários encontros, em um dado
período de tempo, a depender dos
critérios estabelecidos pelos técnicos
(profissionais de nível superior) e
coordenador do CRAS e a partir dos
objetivos a serem alcançados, a
disponibilidade dos participantes, a
necessidade de aprofundamento do
tema, entre outros.
Oficinas com Famílias PAIF
IV - Como as oficinas são organizadas?
Podem ser abertas e fechadas. As primeiras
recebem novos integrantes a qualquer instante do
processo de operacionalização da oficina, já o
formato fechado restringe a inserção de novos
componentes após sua inicialização. Sugere-se
que a oficina com famílias tenha duração de 60 a
120 minutos e que sejam realizadas com no
mínimo, 7 e, no máximo, 15 participantes, de
acordo com os objetivos a serem alcançados.
As oficinas com famílias devem compor o quadro
de ações do PAIF de forma regular, assumindo a
cada semana, quinzena ou mês um tema a ser
trabalhado, conforme a demanda do território e o
planejamento do serviço.
Oficinas com Famílias PAIF
V - Quem pode participar?
Recomenda-se que das oficinas com
famílias participem os responsáveis
familiares, podendo contemplar outros
membros que não desempenham essa
função, de modo a torná-las mais
heterogêneas e diversificar os pontos de
vista sobre os temas discutidos,
enriquecendo a troca de vivências e
possibilitando aos participantes o
exercício de convivência, diálogo e
reflexão.
Oficinas com Famílias PAIF
VI - O que não é “oficina com famílias
do PAIF”?
As oficinas com famílias do PAIF não
são oficinas de trabalhos manuais, de
terapias alternativas ou de outras
práticas que não condizem com as
seguranças afiançadas pela política
de assistência social. As equipes do
CRAS devem buscar diferentes
estratégias para incentivar as famílias a
participarem dos serviços.
Oficinas com Famílias PAIF
VI - O que não é “oficina com famílias do
PAIF”?
As oficinas de trabalhos manuais, além de
contribuírem para a melhora da
autoestima dos participantes, a partir da
potencialização de talentos, podem atrair
as famílias para o CRAS. Contudo, devem
servir como pano de fundo para reflexões
sobre temas pertinentes às vivências das
famílias no território e guardar relação
com os objetivos e ações do PAIF.
Oficinas com Famílias PAIF
VI - O que não é “oficina com famílias do
PAIF”?
Já as práticas psicoterapêuticas só
devem ser ofertadas em serviços que
tenham essa atribuição - como os da
área da saúde, e não podem ser
justificadas pela ausência destes serviços
no território ou pela necessidade da
população. Se existir demanda para esse
tipo de serviço, os profissionais do CRAS
deverão realizar os encaminhamentos
necessários.
Oficinas com Famílias PAIF
VI - O que não é “oficina com famílias
do PAIF”?
Na ausência dos serviços demandados
à rede intersetorial, o órgão gestor da
política de assistência social e os
órgãos de controle devem ser
mobilizados para a garantia do acesso
das famílias a esses serviços.
Grupos SCFV
I - O que são?
São formados por até 30 usuários, geralmente,
reunidos conforme o seu ciclo de vida, sob a
condução do orientador social. A
organização dos grupos de acordo com o
ciclo de vida dos usuários fundamenta-se na
compreensão acerca das especificidades e
desafios relacionados a cada estágio da vida
dos indivíduos. Todavia, o município também
tem a possibilidade de organizar grupos
intergeracionais, compostos por usuários de
diferentes ciclos etários, quando for
necessário.
Grupos SCFV
II – Quais são os seus objetivos?
Por meio de variadas atividades, os grupos têm o
objetivo de propiciar entre os usuários
oportunidades para a escuta; valorização e
reconhecimento dooutro; produção coletiva;
exercício de escolhas; tomada de decisões sobre
a própria vida e do grupo; diálogo para a
resolução de conflitos e divergências;
reconhecimento de limites e possibilidades das
situações vividas; experiências de escolha e
decisão coletivas; experiências de aprendizado e
ensino de igual para igual; experiências de
reconhecimento e nominação de emoções nas
situações vividas; experiências de
reconhecimento e admiração das diferenças;
entre outras.
Grupos SCFV
III - Quando são realizados?
Os encontros dos grupos podem ser diários,
semanais ou quinzenais. Neste serviço, a
convivência entre os usuários representa a
metodologia de sua intervenção e o modo
pelo qual se alcança o fortalecimento dos
vínculos relacionais, por isso orienta-se que o
intervalo máximo de tempo para os encontros
dos grupos seja de quinze dias. É importante
que o gestor municipal considere, para a
definição da carga horária de funcionamento
dos grupos do SCFV, a incidência de
vulnerabilidades e riscos no território e o
público sobre o qual elas incidem – crianças,
adolescentes, jovens, adultos, idosos.
Grupos SCFV
IV - Como os grupos são organizados?
Nos grupos do SCFV, são desenvolvidas
atividades planejadas, que consideram as
especificidades relacionadas aos ciclos
de vida dos usuários, bem como as suas
potencialidades, as vulnerabilidades e os
riscos sociais presentes no território.
Para o alcance de seus objetivos, o
planejamento das atividades deve ser
coletivo, envolvendo os profissionais que
atuam no serviço e os usuários.
Grupos SCFV
IV - Como os grupos são organizados?
O planejamento das atividades deve
observar os três eixos orientadores do
SCFV, a saber: Convivência Social; Direito
de ser; e Participação social. A partir
desses eixos, nos encontros dos grupos,
podem ser realizadas atividades de
esporte, lazer, arte e cultura, estudos,
reflexões, debates, experimentações,
visitas a equipamentos institucionais
públicos ou privados do território (ou fora
dele) e ações na comunidade.
Grupos SCFV
IV - Como os grupos são organizados?
No material intitulado “Perguntas
Frequentes sobre o SCFV”, disponível
no sítio do MDS, é possível encontrar
informações detalhadas sobre cada
eixo orientador do SCFV.
Grupos SCFV
V – Quem pode participar?
O SCFV destina-se aos usuários das
seguintes faixas etárias: crianças até 06
anos, crianças e adolescentes de 6 a 15
anos, adolescentes de 15 a 17 anos,
jovens de 18 a 29 anos; adultos de 30 a 59
anos e pessoas idosas. Podem participar
do SCFV todos os que dele necessitarem,
com destaque para os usuários descritos
na Tipificação Nacional dos Serviços
Socioassistenciais (Resolução CNAS nº
109/2009) e mencionados na Resolução
CNAS nº 1, de 21 de fevereiro de 2013.
Grupos SCFV
VI – O que não é grupo do SCFV?
Ações pontuais ou esporádicas na forma
de bailes, festas, atividades físicas,
oficinas, passeios e palestras não
caracterizam, por si só, os grupos do SCFV.
O mesmo vale para a promoção de
cursos profissionalizantes e para a oferta
de apoio escolar/acadêmico, os quais
não são de competência da política de
assistência social e, por conseguinte, não
o são também do SCFV.
Atenção!!!
É importante ressaltar que as práticas religiosas não
devem ser inseridas na execução dos serviços
socioassistenciais. É necessário garantir a laicidade na
oferta dos serviços independentemente da crença dos
orientadores sociais e técnicos de referência do CRAS.
Com vistas a respeitar a individualidade dos
participantes, cuidado especial deve ser tomado em
relação às propostas de orações, cânticos, entre outras
manifestações, quando vindas dos usuários. O método
do trabalho social com famílias não pode basear-se em
práticas religiosas, sob pena de desrespeitar a liberdade
religiosa dos sujeitos e causar perdas na dimensão ética
do serviço. Inclusive, a diversidade religiosa pode ser
uma questão importante a ser discutida nas ações dos
serviços.
Oficinas no SCFV
São práticas e vivências culturais, lúdicas, esportivas
e de lazer, desenvolvidas como estratégias para se
alcançar os objetivos específicos do serviço.
Consistem em atividades complementares aos
grupos. Buscam estimular a criatividade, propiciar o
acesso dos usuários aos serviços públicos e sua
participação em eventos e manifestações artísticas,
culturais, de esporte e lazer. As oficinas são
estratégias para a integração e eixos do serviço
com os temas abordados e contribuem para
reforçar a adesão e o compromisso dos usuários
com o serviço. Por meio do acesso dos usuários à
arte, à cultura, ao esporte e ao lazer, busca-se
ampliar as oportunidades para a sua inclusão social
Técnico de Referência do
CRAS com atuação no SCFV
Perfil: Profissional de nível superior que integra
a equipe do CRAS para ser referência aos
grupos do SCFV. Além do acompanhamento
da execução do serviço, por meio de
participação nas atividades de
planejamento e assessoria ao orientador
social, cabe a este profissional assegurar, na
prestação do SCFV, a aplicação do princípio
da matricialidade sociofamiliar que orienta
as ações de proteção social básica da
assistência social.
Técnico de Referência do
CRAS com atuação no SCFV
Atribuições: conhecer as situações de
vulnerabilidade social e de risco das famílias
beneficiárias de transferência de renda
(BPC, PBF e outras) e as potencialidades do
território de abrangência do CRAS; acolher
os usuários e ofertar informações sobre o
serviço; realizar atendimento particularizado
e visitas domiciliares a famílias referenciadas
ao CRAS;
Técnico de Referência do
CRAS com atuação no SCFV
 Atribuições:desenvolver atividades
coletivas e comunitárias no território;
encaminhar usuários ao SCFV; participar da
definição dos critérios de inserção dos
usuários no serviço; assessorar as unidades
que desenvolvem o SCFV no território;
assessorar o(s) orientador(es) social(ais) do
SCFV; acompanhar o desenvolvimento dos
grupos existentes nas unidades ofertantes
do serviço, acessando relatórios,
participando em reuniões de
planejamento, avaliação, etc.;
Técnico de Referência do
CRAS com atuação no SCFV
Atribuições: manter registro do planejamento
do SCFV no CRAS; avaliar, com as famílias, os
resultados e impactos do SCFV; garantir que
as informações sobre a oferta do SCFV
estejam sempre atualizadas no SISC e utilizá-
las como subsídios para a organização e
planejamento do serviço.
Orientador Social no SCFV
Perfil: Função exercida por profissional
com, no mínimo, nível médio de
escolaridade, conforme dispõe a
Resolução CNAS nº 09/2014. O
orientador social tem atuação
constante junto ao(s) grupo(s) do SCFV
e é responsável pela criação de um
ambiente de convivência participativo
e democrático.
Orientador Social no SCFV
Atribuições: organizar, facilitar
oficinas e desenvolver atividades
coletivas nas unidades e/ou na
comunidade; acompanhar,
orientar e monitorar os usuários na
execução das atividades; apoiar
na organização de eventos
artísticos, lúdicos e culturais nas
unidades e/ou na comunidade;
Orientador Social no SCFV
Atribuições: participar das reuniões
de equipe para o planejamento das
atividades, avaliação de processos,
fluxos de trabalho e resultado;
Acompanhar e registrar a
assiduidade dos usuários por meio de
instrumentais específicos, como listas
de frequência, atas, sistemas
eletrônicos próprios, etc.

Potrebbero piacerti anche