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Informática de Gestão
Faculdade de Economia da
Universidade do Porto
2010/2011
1
Primeira Aula
2
Objectivos da Disciplina
• 1ª Parte (12 aulas)
– Taxa de juro, capitalização e desconto
– Instrumentos financeiros sem risco: depósitos
e créditos bancários; obrigações
– Transformação de stocks financeiros em
fluxos financeiros (rendas / amortizações)
– Medidas de desempenho de um investimento
– os preços correntes e preços constantes
3
Objectivos da Disciplina
• 2ª Parte (6 aulas)
– Risco do negócio. Modelos estatísticos.
– Instrumentos financeiros com risco: seguros,
acções e obrigações com risco de falha
– Carteiras de activos: diversificação e
alavancagem
4
Objectivos da Disciplina
• 3ª Parte (6 aulas)
– Programação em R
– Aplicações retiradas das primeira e segunda
partes do texto.
– A linguagem de programação desenvolve a
capacidade de análise e é uma poderosa
ferramenta na modelização dos problemas da
Matemática Financeira.
5
Avaliação
• Avaliação Contínua
– Um teste sobre a 1ª parte (50% da nota)
– Um teste sobre as 2ª e 3ª partes (50%)
– Para fazer avaliação contínua têm que
frequentar 75% das aulas
• Avaliação por Exame (2 épocas)
– O segundo teste é parte do exame
– Mesmo fazendo o 1º teste, pode deitar fora e
fazer o exame contando a melhor nota
6
Material de estudo
• Existem disponíveis em formato digital
– Uma página
www.fep.up.pt/docentes/pcosme/MFIG.G106.2010
– um texto que segue as aulas
– Um ficheiro excel com os exercícios do texto
– As apresentações das aulas em Power Point
– Cadernos de exercícios resolvidos
7
Os contratos de débito/crédito
=
contratos de mútuo
8
O contrato de débito/crédito
• Existem três razões principais para a
haver contratos de crédito.
– O ciclo de vida das pessoas
– Poder ocorrer um período de “desemprego”
ou de despesas acrescidas (e.g., doença)
– O capital ser produtivo
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O ciclo de vida
• Uma das mais obvias razões para a
existência de empréstimos é o ciclo de
vida das pessoas.
10
O ciclo de vida
11
O ciclo de vida
• As pessoas, quando crianças, não têm
rendimento suficiente para sobreviver,
pedindo recursos emprestados
– Em média, é-se “criança” durante 20 anos
13
O desemprego
• O trabalho é a fonte mais importante de
rendimento das famílias
• E, de repente, qualquer pessoa pode ficar
desempregada.
– A probabilidade será de 10%/ano
14
O desemprego
• E, depois, demora alguns meses a
encontrar novo emprego
– Em média, 12 meses
• E o salário é menor que o anterior
– Inicialmente ganha-se menos 15%
17
O capital ser produtivo
• Também existem bens que custam “muito
dinheiro” e duram muito tempo
– Casas, carros, frigoríficos, televisores, etc.
18
O empréstimo em dinheiro
• Numa sociedade “atrasada”,
– Armazenam-se bens
– Emprestam-se bens e serviços
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O empréstimo em dinheiro
• O armazenamento de recursos tem custos
muito elevados
– A roupa passa de moda
– A comida estraga-se
– Os carros enferrujam
22
A taxa de juro
23
A taxa de juro
• Quando eu empresto uma quantidade de
dinheiro, não vou receber a mesma
quantidade
– A diferença denomina-se por JURO
25
A taxa de juro
• O juro, em tese, tanto poderá ser positivo
como negativo.
• Há razões para justificar ser positivos e
razões para justificar ser negativo
• Historicamente é positivo
26
Taxa de juro
• Hoje faço anos e deram-me 1000€
– Hipótese 1: entregam-mos agora.
– Hipótese 2: entregam-mos daqui a 10 anos.
27
Taxa de juro positiva
• Se for preferível a hipótese 1 então
aceitamos uma taxa de juro positiva
28
A taxa de juro
• É positiva por três razões
– Existe uma remuneração real
• As pessoas preferem o presente ao futuro
• O capital é produtivo: existem empreendedores
• Há concorrência pelo capital escasso
– Há inflação
• Os preços aumentam havendo necessidade de
corrigir esta perda de poder de compra
– Há risco de incumprimento
• É uma lotaria
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Juro real
• Podia receber um juro real
– O capital é produtivo.
• E.g., um agricultor se cavar com uma enxada
consegue produzir mais do que se o fizer com
apenas um pau.
– O capital é escasso
– Quem precisar de capital estará disponível a
pagar uma remuneração positiva pelo
empréstimo do capital.
30
Juro real
– É preferível consumir hoje.
– As pessoas preferem o Presente ao Futuro
• No Futuro estamos mortos
• No Futuro estamos velhos pelo que não retiramos
tanta utilidade do consumo
– Quem faz o sacrifício de não consumir no
presente precisa ser “remunerado”.
– Quem tem o benefício de consumir o que não
tem (ainda) tem que “pagar”.
31
Juro real
• Inicialmente tenho V0 euros
– Supondo que os preços se mantêm e que
não existe risco, para uma taxa de juro r%
– Terei no fim do período
V1 = V0(1+ r)
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Inflação
• O dinheiro vai desvalorizando
• O valor do dinheiro resulta de podermos
comprar bens e serviços.
– Como existe inflação (i.e., o preço dos bens
e serviços aumenta com o tempo), a
quantidade de bens que posso comprar com
um Euro diminui com o tempo.
– O valor do dinheiro diminui com o tempo
33
Inflação
• Inicialmente tenho V0 euros
• Os preços, em média, aumentam %.
• Para no fim do período poder comprar os
mesmos bens e serviços terei que ter
V1 = V0(1+ )
Considerando o duplo efeito virá
V1 = [V0(1+ r)](1+ )
34
Inflação
• Por exemplo, quero uma remuneração
real de 7.5% e uma correcção da inflação
que é de 5%. Emprestando 5000€ quero
receber
V1 = [5000(1+ 7.5%)](1+ 5%)
=5643.75€
35
Segunda Aula
36
Risco de incumprimento
– O Futuro é incerto.
– Quando eu empresto dinheiro, estou a pensar
receber o dinheiro mais os juros
– Mas posso não receber nenhum deles
• Ou receber apenas parte
– A obrigação pode não ser cumprida
37
Risco de incumprimento
– Vamos supor que eu emprestei V0 euros e
vou receber (penso eu) V1 euros.
– Existindo a probabilidade p de eu não receber
nada, para, em média, ficar equivalente, terei
que contratar uma taxa que corrija este risco
V0 = 0 x p + V1 x (1 - p)
V1 = V0 / (1 - p)
p>0 V1 > V0
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Risco de incumprimento
• O risco acresce à taxa de juro real e à
correcção da taxa de inflação
V1 = {[V0(1+ r)](1+ )}/(1- p)
39
Risco de incumprimento
• Vamos supor que eu empresto
– 1000€
– pretendo uma taxa de juro real de 6%
– a inflação prevista será de 8%
– o risco de incumprimento é de 10%.
• Qual deverá que ser a soma prometida no
fim do prazo?
40
Risco de incumprimento
41
A taxa de juro
• Haverá razões para que a taxa de juro
seja negativa?
– O dinheiro que guardo em casa pode ser
roubado
– Se houver poucas criancinhas e poucos
empresários, não há a quem emprestar
dinheiro
• i.e., se não houver crescimento económico
42
A taxa de juro
43
A taxa de juro
Tx.Cresc.PIB
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%
0%
11/20 21/30 31/40 41/50 51/60 61/70 71/80 81/90 91/00 00/10
44
A taxa de juro
• As unidades de juro são em termos de
unidades de capital por unidades de
tempo.
45
A taxa de juro
• Como o juro incorpora 3 elementos
– A remuneração do capital (o juro real)
– A inflação
– O risco de não cobrança
46
A taxa de juro
• Para valores de r, e p pequenos, é
aceitável somas as 3 parcelas:
(1 r )(1 )
Ln(1 i ) Ln
(1 p)
Ln(1 r ) Ln(1 ) Ln(1 p)
i r p
47
A taxa de juro
• Supondo que eu empresto 1000€, durante
1 ano.
– A inflação (prevista) é de 5% ao ano
– O juro real (acordado) é de 2% ao ano
– O risco de não cobrança é de 3% ao ano
• Qual deve ser a taxa de juro?
• Quanto dinheiro devo acordar receber?
48
A taxa de juro
A taxa de juro deve ser de10.41%:
1+i = (1+ 0.05) x (1 + 0.02) / (1 – 0.03)
i =10.412%
49
A taxa de juro
A soma das parcelas daria 10%
0.05 + 0.02 + 0.03
50
A taxa de juro
• Assumir um juro proporcional à duração
do tempo e à quantidade emprestada tem
problemas
– O risco de grandes somas é mais que
proporcional ao risco das pequenas somas
• Por causa da diversificação do risco
– O risco de longos prazos é mais que
proporcional ao risco dos curtos prazos
• O futuro distante é menos previsível
51
A taxa de juro
• Mesmo assim, usa-se como referência
para o juro uma taxa por unidade de
tempo, normalmente o ano.
– E.g. 4.47%/ano
52
A taxa de juro
• Taxa EURIBOR
– É a taxa de juro por ano que os bancos sem
risco (first class credit standing) emprestam
euros entre si
– É uma referência nos contratos com taxa de
juro variável (e.g., crédito à habitação).
53
A taxa de juro
EURIBOR a 6 meses entre 1-1-2008 e 30-4-2010
54
A taxa de juro
EURIBOR dependendo do prazo do contrato
(Escalas: 30-06-2008 esquerda; 30-04-2010 direita)
55
A taxa de juro
• Taxa EURIBOR
58
A taxa de juro
59
Terceira Aula
60
A taxa de juro
• O Credit Scoring é uma técnica de
estimação da probabilidade de
incumprimento.
• O Score é um índice que resulta de somar
os efeitos de várias variáveis
61
A taxa de juro
• Ex.1.3: assuma o seguinte score:
– PJA: Proporção dos juros e amortizações no
rendimento mensal
– PDP: Proporção das dívidas no património
– IM: Idade média do casal
62
A taxa de juro
• score ≤ 80, o spread será de 0.75 pp
• 80 < score ≤ 130, o spread será 1.75 pp
• score > 130, o banco não concede crédito.
64
Capitalização e Desconto
65
Capitalização
• A taxa de juro é referida a uma unidade de
tempo, normalmente um ano.
– Se a duração do contrato for de vários anos
mas os juros forem pagos no final de cada
ano
– Estamos sempre a voltar à situação inicial.
66
Capitalização
• Se os juros forem pagos apenas no fim do
prazo contratado (de vários anos)
67
Capitalização dita simples
• Neste caso, desprezamos os juros dos
juros.
• Cada ano, os juros são o capital inicial a
multiplicar pela taxa de juro anual
J = Vinicial i
• No final de n anos, receberemos
Jtotal = Vinicial ni
Vfinal= Vinicial +Jtotal = Vinicial (1+ ni)
itotal = n i
68
Exercício
• Ex.1.4. Um empréstimo de 10M€ a 3 anos
em que os juros são pagos no fim do
período, capitalização simples.
– Spread de 2 pontos percentuais
• A taxa de juro foi 3.754%/ano; 4.217%/ano
e 4.765%/ano, respectivamente.
70
Exercício
C3: =B3*B$1
C6: =SUM(C3:C5)
C7: =C6 + B1
71
Exercício
O saldo corrente de uma conta é
remunerado à taxa de 2%/ano,
capitalização simples, a creditar em 1Jan
do ano seguinte.
Calcule o total dos juros para uma situação
concreta.
72
Exercício
73
Exercício
75
Capitalização Composta
• Neste caso, vamos considerar os juros
dos juros.
• Cada ano, os juros acrescem ao capital
Jt+1 = Vt i
Vt+1 = Vt + Vt i = Vt (1+ i)
• No final de n anos, receberemos
Vfinal=Vinicial (1 + itotal) = Vinicial (1 + i)n,
Vinicial (1 + itotal) = Vinicial (1 + i)n,
itotal = (1 + i)n - 1
76
Exercício
• Ex.1.6. Emprestando 25M€, a 5 anos à
taxa de 5% ao ano, juros a pagar no fim
do período com capitalização composta.
77
Exercício
• i) O capital final a receber será de
25000 (1 + 5%)5 = 31907.04€
78
Exercício
• Ex.1.7. Um empréstimo de 10M€ a 3 anos
em que os juros são postecipados,
capitalização composta.
80
Quarta Aula
81
Exercício
• Ex.1.8. Durante o ano, um indivíduo no
início de cada mês fez os seguintes
movimento bancário: +250; +100; –50;
+125;– 150; +250; –350; –25; –10; +50; 0;
200. Para uma taxa de juro constante de
0.165%/mês, determine o saldo da conta
no fim do ano com capitalização mensal
composta.
82
Exercício
83
Exercício
• B1: =(1+B2)^12-1
• C4: =B4; D4: =C2*B$2; E4: =C4+D4 e copiava
• C5: = B5+E4 e copiava
• F4: = =B4*(1+B$2)^(13-A4) e copiava
• F16: =sum(F4:F15).
84
Exercício
• B1: =(1+B2)^12-1
• A taxa anual é a capitalização 12 meses
da taxa mensal
85
Período de tempo fraccionário
• Na expressão da taxa de juro capitalizada
de forma composta: itotal = (1 + i)n - 1
• O número de anos é inteiro.
• No entanto, podemos extrapolar o conceito
de capitalização a fracções do ano.
86
Período de tempo fraccionário
• Sendo que empresto 1000€ durante 3
meses a uma taxa anual de 5%/ ano,
quanto vou receber de juros (c. composta):
87
Período de tempo fraccionário
i = (1 + 5%)0.25 – 1 = 1,227%
– 3 meses correspondem a 0.25 anos.
• Vou receber 12,27€ de juros
88
Período de tempo fraccionário
• Ex.1.11. Num empréstimo de 100M€ foi
acordado o pagamento mensal de juros à
taxa média do último mês da EURIBOR a 3
meses e o capital no fim do prazo
acordado.
• Supondo um mês em que a taxa de juro foi
de 5.735%/ano, quanto foi pago de juros?
89
Período de tempo fraccionário
• R. A taxa mensal será
(1 + 5.735%)1/12 – 1 = 0.465796%
– Um mês corresponde a 1/12 anos
90
Período de tempo fraccionário
• Ex.1.12. Num empréstimo a 5 anos, foi
acordada uma taxa de juro total de 25%.
Supondo que os juros são pagos
trimestralmente, qual será a taxa de juro
trimestral?
91
Período de tempo fraccionário
• R. Um trimestre será 1/20 do período total
do contrato pelo que a taxa de juro
trimestral será dada por
(1 + 25%)^(1/20) – 1 = 1.122%/trimestre.
92
Valor Futuro = Valor capitalizado
• O valor que uma soma de dinheiro do
presente terá no futuro
93
Valor Futuro
• Ex.1.13. Umas tias propõem-se a dar-vos
agora 1000€ ou 1200€ quando acabarem a
licenciatura. Supondo uma taxa de juro de
10%/ano, qual a soma de dinheiro mais
apetecível?
94
Valor Futuro
• R. O valor futuro dos actuais 1000€ daqui a
3 anos será
1000(1+10%)^3 = 1331€
que é maior que os 1200€ que então
receberão
95
Valor Futuro
• Ex.1.14. Foram colocadas à venda
obrigação do SCP de valor nominal de
5.00€ por 4.05€. Sabendo que o SCP
resgata a obrigação ao par (i.e., paga os
5€) daqui a 3 anos com cupão zero, qual a
taxa de juro desta aplicação?
96
Valor Futuro
• R. O valor futuro dos 4.05€ do presente serão
5.00€ pelo que a taxa de juro resolve:
4.05(1 i) 5 i (5 / 4.05)
3 1/ 3
1
• será 7.277%/ano:
97
Quinta Aula
7 Outubro
98
Valor Futuro
Ex.1.15. Um indivíduo deposita no início de
cada mês 1000€ durante 60 meses.
– As prestações são antecipadas
Supondo que a taxa de juro é de 4% ao ano,
determine o valor futuro total das parcelas
poupadas (i.e., quanto dinheiro terá no fim
dos 60 meses)?
99
Valor Futuro
O valor futuro de 1000€ depositados no início
do mês i é
( 60i 1) / 12
VFi 1000.(1 4%)
O valor futuro total valerá
60
VF 1000 (1 4%) ( 60i 1) / 12
i 1
101
Desconto
• Sendo que capitalizar é andar para a
frente no tempo
• Descontar é andar no tempo para trás
102
Desconto = Valor passado
• Em termos económicos, pode traduzir o
valor passado de uma quantidade de
dinheiro presente
103
Desconto = Valor actual
10
1000 V .(1 4%) V 1000.(1 4%)
10
V 675.56€
104
Desconto = Valor actual
• No meu emprego, vão-me dar de prémio 100€,
pagos daqui a 10 anos.
105
Desconto = Valor actual
• Ex.1.16. Um estudante, quando terminar o
curso, vai receber de umas tias um prémio
de 10000€. Supondo que pensa terminar
o curso daqui a 30 anos e que a sua taxa
de desconto é de 5% ao ano, qual será o
seu valor actual?
106
Desconto = Valor actual
30
V 10000.(1 5%)
V 2313.77€
107
Desconto = Valor actual
• Ex.1.19. Um indivíduo depositou num
banco em 1940 uma soma. Sendo que
esse banco devolveu 1milhão€ em 2008,
qual terá sido a soma depositada?
108
Desconto – Valor actual
68
V 1000000.(1 3.5%)
V 96395.38€
109
Desconto = Valor actual
• Ex.1.18. Um sortudo ganhou numa lotaria
um prémio e deram-lhe a escolher receber
350k€ agora ou 1000€ no fim de cada
mês dos próximos 50 anos.
• Determine a taxa de juro implícita nesta
opção
110
Desconto = Valor actual
R. Vou descontar cada um dos 1000€ ao
presente, somá-las todas e aplicar a
ferramenta atingir objectivo.
111
Desconto = Valor actual
112
Desconto = Valor actual
114
Pagamento da dívida
Rendas / amortizações
115
Rendas
• Já consideramos duas possibilidades para
o pagamento da dívida.
117
Rendas
• Uma renda transforma uma determinada
soma de dinheiro num rendimento.
118
Rendas
• As prestações podem ser
– regulares ou irregulares no tempo
– constantes ou variáveis no valor
– haver ou não diferimento de alguns
períodos
– terem duração limitada ou serem
perpétua
119
Rendas
• Emprestamos um capital que recuperamos na forma
de uma renda
– e.g., saiu-nos a lotaria e queremos um rendimento mensal
120
Rendas
• Recebemos uma renda que pagamos no fim na
forma de um capital
– e.g., termos um rendimento mensal à custa de uma
herança que vamos receber no futuro
122
Rendas
• Temos que clarificar o que é
– um instante de tempo e
– um período de tempo
• O tempo é uma linha contínua
123
Rendas
• Cada ponto é um instante de tempo
– e.g., às 12h00 do dia 15 de Janeiro de 2010.
• Um intervalo de tempo é o segmento que
medeia dois instantes de tempo,
– e.g., o semestre que medeia entre as 12h00 do dia
15 de Janeiro de 2010 e as 12h00 do dia 15 de
Julho de 2010.
• O instante final de um período é sempre o
instante inicial do período seguinte.
– e.g. o fim de 2010 é igual ao início de 2011.
124
Rendas
• Ex.1.21.No sentido de se licenciar, um
estudante necessita uma renda antecipada cuja
prestação mensal é de 300€/mês e a duração
de 36 meses. Supondo uma taxa de juro de
5%/ano, utilize o Excel para calcular o valor
actual dessa renda
125
Rendas
B4: =B$2 C4: =B4*(1+B$1)^-((A4-1)/12) e copiava
C40: =SUM(C2:C37).
127
Rendas
• F2: =(1+F1)^(1/12)-1
• C2: =B2*(1+$F$2)^-(A2-A$2) e copiava até C602;
• F3: =Soma(C2:C602).
• Definir F3 para atingir o valor 0 por alteração da
célula F1.
128
Rendas
• Ex.1.23. Uma família adquiriu uma
habitação mediante um empréstimo
bancário de 150mil€ à taxa de juro de
5.5% anual a 50 anos. Qual a prestação
mensal a pagar?
720.29€ / mês
129
Rendas
130
Rendas
• Na coluna A estão os meses, na B as
quantias recebidas, na C as quantias
descontadas ao presente
• B2: =E$3; C2: =B2/(1+$E$1)^A2 e depois
copiamos ambas em coluna.
• C603: =Soma(C2:C602); E1: =(1+E2)^(1/12)–1.
• Usava a ferramenta “atingir objectivo” definindo
C603 para 0 por alteração de E3.
131
Conta corrente
• Ex.1.25. Vou referir cada prestação a um
instante de tempo.
• Uns poupam, em média, 325€/mês para dar
750€/mês ao filho quando for para a
universidade. Numa folha de Excel lancei a data
e os movimentos (colunas A e B).
• A taxa de juro quando o saldo é negativo (taxa
de juro activa) é de 5%/ano e quando os saldo é
positivo (taxa de juro passiva) é de 2%/ano.
132
Conta corrente
133
Sétima Aula
14 de Outubro 2010
134
Renda perpétua
• Numa renda perpétua, recebe-se uma
prestação para sempre.
135
Renda perpétua
• Como os juros de cada período valeriam
J = Vi
Com P e i podemos determinar o valor da renda
(ou da taxa de juro implícita com P e V)
P = prestação, i = tx.juro, V = valor actual da renda
P P
P V i V i
i V
136
Renda perpétua
• Ex.1.26. Um agricultor arrendou um
terreno por 50€/mês para sempre.
Supondo uma taxa de juro de 5% ao ano,
qual será o valor presente do terreno?
137
Renda perpétua
138
Renda perpétua
• Ex.1.27. Um eucaliptal produz, a cada 10
anos, 12kg/m2 de madeira. Supondo um
preço de 0.03€/kg de madeira e uma taxa
de juro de 3%/ano, qual será o valor
actual do eucaliptal?
139
Renda perpétua
• R. Calculo a taxa de juro por 10 anos,
(1+3%)^10–1= 34.392%, e aplico essa
taxa na expressão da renda perpétua
postecipada:
• V = (120.03)/34.392% = 1.05€/m2.
140
Renda perpétua
• Se a renda for antecipada (a prestação é
paga no princípio do período), teremos
que somar a prestação inicial
P P
V P V (1 i )
i i
141
Renda perpétua
• Se houver deferimento de n períodos
(tempo em que não é paga prestação), a
renda terá que ser descontada
P n
V (1 i )
i
• Só se começa a receber daqui a n+1
períodos pois a expressão p/i é para a
renda postecipada
142
Renda perpétua
• Ex.1.29. Uma obrigação com o valor
nominal de 100€ paga trimestralmente 1€
de cupão e o par (i.e., os 100€) mais o
cupão do trimestre final ao fim de 10 anos.
Determine a taxa de juro desta obrigação.
143
Renda perpétua
R. Como no fim do prazo recebemos o par,
aplicamos simplesmente
V = P/i i = P/V = 1/100 = 1%/trimestre
i = (1 + 1%)^4-1 = 4.06%/ano
Podemos confirmar no Excel que receber o Par
no fim do prazo permite utilizar a expressão
da Renda Perpétua
144
Renda de duração limitada
• Com o conhecimento da expressão da
renda perpétua
– Há quem lhe chame perpetualidade
• Podemos calcular o valor de uma renda
de duração limitada
• Compondo duas rendas perpétuas: uma a
somar e outra a subtrair
145
Renda de duração limitada
• Recebemos a prestação R entre o presente e o
período N (postecipada).
146
Renda de duração limitada
P P N P N
V (1 i ) [1 (1 i ) ]
i i i
( N 1)
(1 i ) (1 i )
P
i
P
N
1 (1 i ) (1 i )
i
148
Renda de duração limitada
• Ex.1.30. Um agricultor arrendou um
terreno por 50€/mês, pago no fim do mês,
até que o TGV lhe destrua o terreno (i.e.,
daqui a 25 anos). Supondo uma taxa de
juro anual de 5%, qual será o valor
presente do terreno?
149
Renda de duração limitada
• Já não preciso do Excel
r = (1+5%)^(1/12)-1 = 0.407%
V = 50/0.407% x (1 – 1.00407–300)
= 12278.58€ x 0.7047 = 8648.45€
150
Renda de duração limitada
152
Renda de duração limitada
• Ex.1.31. o Figo, entre os 25 e os 35 anos,
depositou 100mil€/mês (i.e., 120 prestações).
153
Renda de duração limitada
• Vamos usar como instante de referência os 25
anos (acabados de fazer)
• Vamos somar
– Duas rendas de duração limitada
– Ou quadro rendas perpétuas
100mil
1 (1 0.247%)^ 120(1 0.247%)^120
0.247%
x
1 (1 0.247%)^ 600
0.247%
155
Obrigações a taxa fixa
• Uma obrigação de taxa fixa consiste num
activo que condensa uma entrega inicial e
recebimentos futuro.
• Recebe-se o “cupão” ao longo do tempo e
o “par”) na remissão
• O valor da obrigação é o valor actual dos
recebimentos futuros
– Altera-se com o decorrer do tempo e da tx.jr
de mercado
156
Obrigações a taxa fixa
• Ex.1.33. Uma obrigação a 10 anos de
valor nominal de 100€ reembolsável ao
par (i.e., serão pagos 100€ daqui a 10
anos) cupão sero, vai ser vendida em
leilão.
• Para uma remunerado a uma taxa média
de 7.5%/ano, qual o preço máximo que o
investidor está disponível a pagar?
157
Obrigações a taxa fixa
• Vamos descontar os 100€ ao presente:
10
V 100 1.075 48.52€
158
Obrigações a taxa fixa
• Passados 5 anos, qual será o valor da
obrigação?
159
Obrigações a taxa fixa
• Já só faltam 5 anos para receber os 100€
5
V 100 1.075 69.66€
• O aumento da taxa de juro desvaloriza a
obrigação em 4.5%
5
V 100 1.085 66.50€
160
Obrigações a taxa fixa
• Se o investidor adquiriu a obrigação a
45€, qual a taxa de juro que pensava
receber?
• E qual será se vender a obrigação depois
da desvalorização?
161
Obrigações a taxa fixa
• A taxa de juro prevista era
10
V 100(1 i) 45€ i 8.31%
• E passou a ser
5
V 66.50(1 i ) 45€
66.50 / 45 (1 i ) 5
i (66.50 / 45)1/ 5
1 8.13%
162
Nona Aula
21 Outubro 2010
163
Obrigações a taxa fixa
• Ex.1.34. Uma obrigação soberana (i.e.,
emitida por um Estado) a 50 anos emitida
em 2010 cujo par é 1000€ paga um cupão
anual de 25€ postecipado e o par mais o
cupão no fim do prazo.
• Qual a taxa de juro da obrigação se for
adquirida ao par?
164
Obrigações a taxa fixa
25
r
1 (1 r )
50
1000 1 r 1000
50
165
TAEG implícita no contrato
• TAEG – Taxa anual efectiva global
166
TAEG implícita no contrato
• Ex.1.34. Um televisor (ppp de 1190€), a
crédito “paga na entrega 119€ mais 12
prestações trimestrais de 100€. Tem que
pagar no fim do primeiro ano mais 50€”.
167
TAEG implícita no contrato
• Podemos indicar algebricamente o resultado
(1 (1 i) 12 )
1190 119 100 50(1 i) 4 0
i
168
TAEG implícita no contrato
169
TAEG implícita no contrato
B2: = 1190-119; B3: 100; B6: -150
C2: =B2*(1+E$2)^(-A2) e copiar em coluna.
C15: =Soma(C2:C14)
Definimos a célula C15 para o valor 0
alterando E2.
171
TAEG implícita no contrato
• Ex.1.36. Um anúncio dizia
“Telefone que lhe emprestamos 5000€ por
apenas 150€ mensais (durante 60 meses,
TAEG=29.28%)”.
• Confirme a TAEG.
172
TAEG implícita no contrato
R N
V [1 (1 i ) ]
i
150 60
5000 [1 (1 i ) ]
i
150 60
5000 [1 (1 i ) ] 0
i
Tem que se determinar no Excel
173
TAEG implícita no contrato
174
Preços correntes e constantes
175
Preços correntes e constantes
• A inflação (i.e., a subida generalizada dos
preços dos bens e serviços) não tem
efeito na afectação dos recursos
escassos.
176
Preços correntes e constantes
• O aumento dos preços é calculado para
um cabaz de bens e serviços, sendo um
valor médio (pesos de 2005).
Rúbricas\ano 2005 2006 2007 2008 2009 Pesos
Habitação 345 € 367 € 389 € 372 € 339 € 40%
Alimentação 641 € 654 € 663 € 669 € 652 € 21%
Vestuário 245 € 240 € 243 € 247 € 251 € 22%
Transportes 145 € 162 € 178 € 182 € 163 € 17%
Preço médio 351 € 364 € 379 € 375 € 355 €
B6: =B2*$G$2+B3*$G$3+B4*$G$4+B5*$G$5
177
Preços correntes e constantes
• Nesse sentido, calcula-se quanto o cabaz
custava então e compara-se com quanto
custa agora.
• Esse preço é normalizado a valer 100 no
ano base (ou 1 ou 1000). B7: =B6/$B$6*100
• Habitação
Rúbricas\ano 2005
345 €
2006
367 €
2007
389 €
2008
372 €
2009 Pesos
339 € 40%
Alimentação 641 € 654 € 663 € 669 € 652 € 21%
Vestuário 245 € 240 € 243 € 247 € 251 € 22%
Transportes 145 € 162 € 178 € 182 € 163 € 17%
Preços 351 € 364 € 379 € 375 € 355 €
IPC 100,00 103,79 107,80 106,67 101,22
178
Preços correntes e constantes
• Em teoria, o índice de preços refere-se a
um instante de tempo
180
Preços correntes e constantes
• Os preços dos bens ou serviços
observados no dia a dia denominam-se de
“preços correntes” (ou “preços nominais”)
e variam ao longo do tempo.
• E.g., há um ano a gasolina custava
deferente do que custa agora.
181
Preços correntes e constantes
• Os preços corrigidos da inflação
denominam-se de “preços constantes” ou
“preços reais”.
182
Preços correntes e constantes
• Para transformar preços correntes em
preços reais utilizamos o índice de preços.
183
Preços correntes e constantes
• PJ T, PTJ
• Teremos os índices de preços dos
períodos na mesma base (e.g., T)
• IP período T no ano base T, IPTT e
• IP período J no ano base T, IPTJ
184
Preços correntes e constantes
• Transformamos PJ PTJ
• multiplicando o preço corrente pelo índice
de preços do período T, IPTT, e dividindo
pelo índice de preços do período J, IPTJ:
IPT T
PT J PJ
IPT J
• Não interessa a base do IP pois dá-se
uma mudança de base.
185
Décima Aula
26 Outubro 2010
186
Preços correntes e constantes
• Ex.1.37. O preço de um frigorífico
diminuiu de 178.50€ em 2006 para
169.90€ em 2010. Com
IP20052006 = 101.61
IP20052010 = 102.86
Quais os preços na base 2005?
Qual o preço de 2005 na base 2010?
Qual foi a variação em termos nominais e
reais do preço?
187
Preços correntes e constantes
• R. em 2005 o IP vale 100 porque é o ano
base
• P20052006 =178.50100/101.61 = 175.67€
• P20052010 =169.90100/102.82 = 165.24€
188
Preços correntes e constantes
• Em termos nominais temos
169.90/178.50 –1 = – 4.77%
(169.90 – 178.50)/178.50 = – 4.77%
190
Preços correntes e constantes
• Ex.1.38. O salário mínimo em 1974 era de
16,46€ e em 2010 é de 475,00€.
• IPC20001974 é 4.003 e
• IPC20002010 é 126,62.
• compare, em termos reais (de 2010), o
poder aquisitivos do SM nesses dois anos
e a taxa de variação anual em termos
nominais e reais.
191
Preços correntes e constantes
• Se quiséssemos comparar em termos
de preços reais do ano 2010 fazemos
• os 16.46€ de 1974 valem a preços de
2010
126,62
• SM20101974= 16.46 = 520,65€
4.003
• Que é maior que os actuais
• SM20102010 = 475€
192
Preços correntes e constantes
• R. Relativamente à taxa de variação, no
espaço de 36 anos, em termos nominais o
SM aumentou
(475/16.46)^(1/36)–1 = 9,79%/ano
193
Preços correntes e constantes
• A taxa de inflação é calculada pelo INE
com base no IPC e tem periodicidade
mensal.
• Taxa de inflação homóloga – compara o
IPC do mês corrente com o IPC do mês
igual do ano anterior.
• Taxa de inflação média – é a média das
12 taxas de inflação homóloga.
•
194
Preços correntes e constantes
• Taxa de inflação acumulada – é a
variação percentual do IPC desde o
princípio do ano.
• A taxa de inflação mensal anualizada –
é a variação percentual entre o IPC no
mês anterior e o IPC no mês actual
anualizada: (1+π)12-1.
• A taxa de inflação em cadeia – é a taxa
de inflação mensal (ou trimestral) sem
anualizar
195
Preços correntes e constantes
• Se, por exemplo, em Março de 2005 o IPC
valia 128.7 e em Março 2006 passou a
valer 131.4,
• então a taxa de inflação homóloga de
Março entre estes dois “instantes” foi de
131.4/128.7 – 1 = 2.1%.
196
Preços correntes e constantes
• Interessará retirar a inflação da análise de
equivalência das somas de valores
dinheiro obtidas em instantes de tempo
diferentes.
• E.g., precisamos saber se a renda de
60mil€ mensais dará ou não para comprar
alguma coisa quando o Figo tiver 85 anos.
197
Taxa de inflação
• Como a taxa de inflação é calculada com
o índice de preços, podemos utilizá-la na
transformação de preços correntes em
preços reais
• Ou mesmo refazer o IPC
1 T 1 T 1 ... 1 T n1
T n T 1 1 1 1
p T p
198
Taxa de inflação
• Sendo IPT e, IPT+1
os índice de preços no período T e T+1,
respectivamente
• Também calculamos a taxa de inflação
durante o período T+1, T+1 , por:
131.4/128.7 – 1 = 2.1%.
200
Décima primeira
Aula
28 Outubro 2010
201
Preços correntes e constantes
• Se o preço corrente de um bem em 2006
foi de 150€, podemos saber a quanto
correspondia em 2005 em termos reais
(constantes) descontando este preço com
a taxa de inflação
• O preço do bem, a preços de 2005, seria
202
Preços correntes e constantes
• O preço de um bem era p2005 = 1.25€ e
passou para p2006 = 1.30€.
Sendo que em 2005 a inflação foi de
2.1%, em termos reais, será que o preço
deste bem aumentou (em termos reais)?
203
Preços correntes e constantes
• O preço, em termos reais, aumentou
1.86%:
204
Preços correntes e constantes
• Para transformar preços correntes do
período T+n em preços constantes em
referência ao período T, sabida a taxa de
inflação para cada um dos n–1 períodos,
temos:
pT (T n) p(T n) 1 T 1 ... 1 T n
1 1
205
Preços correntes e constantes
• Como a taxa de inflação é calculada “em
cadeia”, a partir do Índice de Preços:
IPT
p J
T p
J
IPJ
206
Salário Mínimo Nacional
A preços correntes e constantes
207
Salário Mínimo Nacional
A preços correntes e constantes
E3: =C4*$B$4/B4;
F3: =D4*$B$36/B4
E copiava ambas as expressões em coluna
208
Preços correntes e constantes
• Ex.1.42. No exercício 1.31, vimos que o
planeamento da reforma do Figo se traduz
numa prestação mensal a preços
correntes de 44665€ até aos 85 anos.
• Prevendo-se uma taxa de inflação de 2%
ano,
• i) Determine a preços constantes de
agora, qual será o valor desse prestação
(faltam 50 anos).
209
Preços correntes e constantes
• Vamos descontar 44665€ ao presente
com a taxa de inflação de 2%/ano como
taxa de desconto:
50
R 44665 (1 2%) 16594€
• Em termos reais, corresponde a apenas
37% do valor nominal.
210
Preços correntes e constantes
• Ex.1.42.ii) Supondo as mesmas entregas,
determine um plano de reforma que
mantenha o poder aquisitivo (igual em
termos reais).
211
Preços correntes e constantes
• Posso fazer a análise
212
Preços correntes e constantes
• Fazemos a análise a preços reais
retirando a taxa de inflação da taxa de juro
nominal. A taxa de juro real mensal é
0.0813%= ((1+3%)/(1+2%))^(1/12)-1.
x 600
(1 1.000813 ) 13945
0.0008135
13945 0.000813
x 600
x 29453,05€
1 1.000813
213
Preços correntes e constantes
• A “preços correntes”, uso o Excel:
214
Preços correntes e constantes
• B3: =$E$1*(1+$E$4)^A3;
• C3: =B3*(1+$E$5)^-A3 e depois copiamos
em coluna;
• C603: =Soma(C2:C602) e usamos a
ferramenta “Atingir objectivo”, definir a
célula C603 para o valor 0 por alteração
da célula E1
215
Preços correntes e constantes
• Eu ter retirado a taxa de inflação à taxa de
juro nominal (“preços constantes”) e deu o
mesmo resultado
216
Compatibilização de tramos da
série com diferentes bases
• Com o acesso a fontes diferentes de
informação e com o decorrer do tempo, as
séries de preços mudam de base.
• Nessa alturas, o índice sofre uma quebra
porque salta do valor do antigo tramo da
série para 100 e são alterados os pesos
relativos dos grupos agregados no índice
(a representatividade de cada grupo no
índice).
217
Compatibilização de tramos da
série com diferentes bases
• Quando é preciso utilizar o número índice ao
longo de todos os períodos, torna-se necessário
compatibilizar os vários tramos da série à
mesma base.
• A redução não é uma mudança para a mesma
base porque não se tem em consideração que
existem alterações dos ponderadores mas
permite fazer uma transição suave entre os
vários tramos da série.
218
Compatibilização de tramos da
série com diferentes bases
• No sentido de tornar possível a
compatibilização dos tramos, estes
sobrepõem-se (pelo menos) durante um
período.
• Temos que usar os períodos de
sobreposição para calcular o valor do
“salto” em termos relativo entre as séries e
reduzi-lo a zero. Vejamos um exemplo de
uma mudança de base.
219
Compatibilização de tramos da
série com diferentes bases
220
Compatibilização de tramos da
série com diferentes bases
• Ex.1.46. A série do IPC do banco mundial
WB2008 (base o ano 2000) vale 4.00 para
1974 e vale 108.10 para 2002, e
• a série do INE (base o ano 2002) vale
116.187 para 2009 (media até abril),
compare, em termos reais, o salário
mínimo de 1974 (16.46€/mês) com o SM
actual (450.00€/mês).
221
Compatibilização de tramos da
série com diferentes bases
• R. Há uma salto em 2002 entre as séries
pelo que o valor da série do INE
compatibilizado ao da série do Banco
Mundial será 116.19108.10/100 =
125.60. O valor a preços de 2009 dos
16.46€/mês será 16.46125.60/4.00 =
516.84€/mês.
222
Décima segunda
Aula
223
Análise de investimentos
224
Análise de investimentos
• um investimento é uma entrega de
recursos em períodos mais próximos do
presente que permite ter recebimentos
mais afastados para o futuro
225
Análise de investimentos
• Teremos uma contabilização das entregas
e dos recebimentos
• com referência a um mesmo instante de
tempo.
• Será necessário capitalizar uns valores e
descontar outros
226
Análise de investimentos
• Sendo que a análise é financeira,
interessa saber as entregas e os
recebimentos em dinheiro (i.e., saber o
cash flow)
227
Valor actual líquido
• No Valor Actual
228
Valor actual líquido
• Apesar de não haver um horizonte
temporal de encerramento
• O risco aconselha a usarmos um
horizonte temporal limitado.
– 5 anos
– 10 anos
– 25 anos
– 50 anos
229
Valor actual líquido
• Ex.1.50. Num investimento são previstas
entregas e recebimentos (k€):
230
Valor actual líquido
• O saldo seria de 175 mil€
231
Valor actual líquido
• O VAL será de 2921€
232
Valor actual líquido
• A taxa de juro usada é elevada porque
– os recebimentos são incertos
– as entregas são certas
• A taxa de juro contém o risco do negócio
– o VAL do investimento é comparável a um
activo sem risco (e.g., depósito a prazo).
• Para investimentos diferente, a taxa de
juro será diferente.
233
Taxa interna de rentabilidade
• Quantifica a taxa que torna o VAL igual a
zero.
234
Taxa interna de rentabilidade
235
Q de Tobin
• O q de Tobin é uma medida relativa que
incorpora o risco de cada investimento
– Uma mistura de VAL com TIR
236
Q de Tobin
238
Exercício -1
• Suponha que empresto 1000€.
– A inflação (prevista) é de 2.5% / ano
– O juro real (acordado) é de 2.0% / ano
– O risco de não cobrança é de 7.0% / ano
• i) Quanto devo pedir de taxa de juro?
239
Exercício -1
A taxa de juro seria de10.41%:
i = (1+ 0.025) x (1 + 0.02) / (1 – 0.07)
i =11.869%
240
Exercício -1
A renda é antecipada
P
i
N
. 1 (1 i ) .(1 i )
P
i
N
. 1 (1 i ) .(1 i ).(1 i ) 8
P 121.11€
242
Exercício -1
243
Exercício -2
• Emprestando 25M€, a 5 anos à taxa de
4% / ano. A meio do prazo, recebo 5 M€.
244
Exercício -2
• O capital final a receber será de
25000.(1 + 4%)5 - 5000 .(1 + 4%)2.5 =
= 24901,22€.
245
Exercício -3
• Vou receber 1000€ daqui a 10 anos. Para
uma taxa de juro de 4€/ano, qual o valor
actual dessa soma?
246
Exercício -3
• R. O valor dos 1000€ no presente resolve:
10
1000 (1 4%) 675.56€
247
Exercício -4
Um indivíduo deposita, durante 40 anos,
100€/mês para receber uma reforma
mensal durante 15 anos.
248
Exercício -4
Vou somar quatro rendas perpétuas ou
duas de duração limitada:
100
i
. 1 (1 i )
480 R
. 1 (1 i )
i
180
(1 i ) 480
0
R 100.
1 (1 i) 480
1 (1 i) (1 i)
180 480
249
Exercício -4
A preços correntes, i = 0,374%/mês
R = 854.67€ /mês
R = 277.90€/mês
250
Exercício -5
• Num investimento de 1000€ prevê-se que
as vendas aumentem 25% ao ano e que o
custo das vendas sejam 60%.
• As amortizações são constantes a 5 anos
• Calcule o VAL e a TIR
251
Exercício -5
252
Exercício -5
253
Exercício -5
D6: =C6*(1+$B$1)
C7: =C6*$B$2
C8: =C6-C7
C9: =$B$3/5
C10: =C8-C9
C11: =C10*25%
C12: =C10-C11
C13: =C12+C9
C14: =C13*(1+$B$4)^(-C5)
B15: =SOMA(B14:G14)
254
Exercício -5
• Aplico agora o modelo para determinar a
TIR
255