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CURSO DE DIREITO

Teoria Geral do Processo


Prof. MsC. UBIRATAN RODRIGUES DA SILVA

Plano de Ensino: Unidade VlII. VÍCIOS DO ATO


PROCESSUAL
(Plano de Aula nº 8)

OBJETO: Analisar os vícios do ato processual.

OBJETIVO: Identificar a inexistência jurídica e a sua


convalidação.
VÍCIOS DO ATO PROCESSUAL
inobservância da forma ► a eficácia dos atos do processo depende,
em princípio, de sua celebração segundo os cânones da lei (sistema da
legalidade formal). A consequência natural da inobservância da forma
estabelecida é que o ato fique privado dos efeitos que ordinariamente
haveria de ter.
Ordens de a) Medidas preventivas;
imposição do
Estado para a b) Sanções de caráter repressivo, penal ou não;
observância dos
preceitos jurídicos c) Negação de eficácia jurídica.
a) irregularidades sem consequência;
irregularidades de b) irregularidades que acarretam sanções
que podem estar extraprocessuais;
inquinados os c) irregularidades que acarretam nulidade
atos processuais (absoluta ou relativa);
d) irregularidades que acarretam inexistência
jurídica.
As irregularidades sem consequência indicam-se: uso de
abreviaturas nos termos processuais (CPC, art. 169, par. ún.), termo
lavrado com tinta clara ou lápis (CPC, art. 169), denúncia oferecida além
do prazo de quinze dias (CPC, art. 46).

Os reflexos unicamente extraprocessuais tem, por exemplo, o


retardamento de ato da parte do juiz (CPC, art. 133, inc. II) ou dos
serventuários (CPC, art. 144, inc. I), a maliciosa omissão de defesa pelo
réu (CPC, art. 22), etc.

OBS: Em ambas essas categorias de irregularidades permanece integra


a eficácia do ato.

Nulidade é a reação do ordenamento jurídico à imperfeição do ato


processual, destinando-lhe a ausência de eficácia.
OBS: Mesmo quando eivado de vício que determina a sua nulidade,
porém, o ato processual considera-se válido e eficaz, deixando de
sê-lo apenas quando um pronunciamento judicial decrete a
nulidade: a ineficácia do ato decorre sempre do pronunciamento
judicial que lhe reconhece a irregularidade.
A sanção da nulidade a) todo e qualquer defeito do ato jurídico
leva à sua nulidade;
pode ser imposta, em
b) nulo só será o ato se a lei assim
determinado expressamente o declarar;
ordenamento jurídico, c) um sistema misto, distinguindo-se as
segundo três irregularidades conforme a sua
sistemas diferentes gravidade.

OBS: No direito brasileiro nota-se profunda disparidade entre os


sistemas adotados no Código de Processo Penal e no de Processo Civil.
O Código de Processo Civil, segundo o caminho das
melhores codificações modernas (v. tb. CPC-39, arts. 273-
279). abstrai-se de compor um elenco pretensamente
completo dos casos de nulidade; nulo será o ato se houver
cominação expressa e também quando, na comparação com
o modelo legal, se verificar que não foi celebrado com
fidelidade a este (e é muito pequeno o número das utilidades
cominadas frente às nâo-cominadas, que são praticamente
imprevisíveis e portanto arredias ao enquadramento em um
rol).
O sistema do Código de Processo Penal vem do direito
francês: "aucun exploit ou acte de procédure ne será declare
nul, si la nullité n'est pás formellement pronnonncée par la
loi" (côde de procédure civile, art. 1.030). Nosso Código
introduz alguma racionalização (art. 563), mas, tanto quanto o
dispositivo francês citado, expõe-se ao risco de omitir
irregularidades gravíssimas, que não podem deixar de
condenar à nulidade o ato ou mesmo o processo. Por isso
mesmo, alias, a doutrina e a jurisprudência modernas
remontam frequentemente às garantias constitucionais da
ampla defesa e do contraditório para a identificação das
nulidades não expressamente cominadas.
a) da causalidade impõe que a nulidade de um ato do
procedimento contamine os posteriores que dele
sejam dependentes, com a consequência de dever-se
anular todo o processo, a partir do ato celebrado com
imperfeição (CPC, art. 248).
b) instrumentalidade das formas quer que só sejam
anulados os atos imperfeitos se o objetivo não tiver
sido atingido (o que interessa, afinal, é o objetivo do
ato, não o ato em si mesmo).
decretação da
c) do interesse diz que a própria parte que tiver dado
nulidade causa à irregularidade não será legitimada a pleitear a
(série de regras, anulação do ato (CPC, art. 243, e CPP, art. 565). Essa
contidas na lei ou restrição, contudo, só tem aplicação nas hipóteses de
impostas pelos nulidade relativa, quando a exigência de determinada
princípios gerais) forma é instituída no interesse das partes e não da
ordem pública.
d) da economia processual (que, de resto, informa todo o
direito processual) tem diversas aplicações na teoria
da nulidade.; presente está também no
aproveitamento dos atos do processo inadequados à
ação exercida (CPC, art. 250), ou dos atos nao-
decisórios do processo celebrado perante autoridade
absolutamente incompetente (CPC, art. 113, § 2°; CPP,
art. 567).
Absoluta → pode e deve ser decretada de-ofício,
independentemente de provocação da parte
interessada.
OBS; No direito processual civil brasileiro, alguns dos
casos de nulidade absoluta estão expressamente
indicados na lei ("nulidades cominadas"): v.g., arts. 84;
113, § 2º; 214; 485, incs. I-IV, VI e VIII. Tais não são, no
entanto, os únicos casos de nulidade absoluta; é
preciso, caso por caso. verificar se a exigência formal
foi instituída no interesse da ordem pública e então,
ainda que inexista cominação expressa, a nulidade será
nulidade absoluta (p. cx., a falta de indicação da causa de pedir
na petição inicial, ou a omissão, pelo juiz, do
saneamento do processo). Assim também está no
Projeto do Código de Processo Penal (arts. 193-200).
Relativa → só pode ser decretada mediante provocação da
parte prejudicada (CPC, art. 251; CPP, art. 565); a parte tem,
ademais, o ônus de fazer a alegação na primeira oportunidade
em que falar nos autos, sob pena de ficar convalescido o ato
imperfeito (CPC, art 245, caput). No processo penal dirá sempre
com a ordem pública a formalidade concernente à defesa do
acusado.
inexistência jurídica do ato processual
Outras vezes, ao ato jurídico processual faltam elementos essenciais à
sua constituição, a ponto de ser ele inexistente perante o direito. É que, à
falta desses elementos, o próprio ato, intrinsecamente, não reúne
condições para ser eficaz; fala a doutrina, nesses casos, em não-atos.
Exemplos de atos inexistentes são a sentença que não contenha a parte
dispositiva (CPC, art. 458, inc. III; CPP, art. 381, inc. V) ou que condene o
réu a uma prestação impossível, ou ainda qualquer ato do processo não
assinado pelo seu autor.
Parte da doutrina nega que haja essa categoria de atos inexistentes,
falando, antes, em nulidade absoluta. Falam alguns autores em atos
anuláveis (para o que chamamos de nulidade relativa), atos relalivamente
nulos (para o que chamamos de nulidade absoluta) e atos absolutamente
nulos (para o que chamamos de inexistência jurídica). A divergência,
como se vê, é porém mais terminológica que real. Mas como se poderia
chamar de nulidade relativa aquela que o juiz decreta de-ofício e que
muitas vezes sobrevive à própria coisa julgada?
convalidação do ato processual
Nem sempre a imperfeição do ato processual chega a conduzir
efetivamente à decretação de sua nulidade. É o que podem suceder fatos
que façam convalescer o ato, o qual então se revigora e sai da mira da
sanção de ineficácia.
No tocante aos atos inquinados de vicio causador de nulidade relativa, a
não-arguição da irregularidade pela parte interessada, quando esta pela
primeira vez se manifesta nos autos, convalida o ato: ocorre a preclusão
da faculdade de alegar (CPC, art. 245; CPP, art. 572, inc. I).
Segundo dispõe o Código de Processo Civil não ocorre essa preclusão
se tiver havido justo impedimento para a omissão da parte interessada
em alegar a nulidade (art. 245. par., 2ª parte).

DICA DE ESTUDO
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini;
DINAMARCO, Cândido Rangel;. TEORIA GERAL DO PROCESSO, 25º
edição. São Paulo: Malheiros Editora, 2009, p. 365-372.

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