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Cap.

IV – As sociologias
Especiais:
IV – A Sociologia Jurídica
FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber. 2ª ed. Rio de janeiro:
Forense – Universitária. 1975.
17. Tarefas da Sociologia
jurídica e definição do direito
Qual é a ideia dominante da sociologia do
direito de Weber?
“expor as fases e os fatores que contribuíram para a racionalização do
direito moderno no contexto da racionalização peculiar à civilização
ocidental” (p. 178).

Com quais esferas Weber relaciona o estudo


do Direito?
“Weber estuda a ação da política, da religião e da economia sobre a
evolução do direito, sem esquecer o esforço despendido pelos juristas,
os legistas, os advogados e, em geral, todos os profissionais do direito”
(p.178).
Qual a diferença entre a dogmática jurídica e a sociologia
do direito? Ou seja, qual é o objetivo de ambas?
Dogmática jurídica Sociologia do Direito

“tem por objetivo compreender o


“estabelece teoricamente o comportamento significativo dos
membros de um agrupamento
sentido intrínseco visado por quanto às leis em vigor e
uma lei, controlar-lhe a determinar o sentido da crença em
coerência lógica em relação a sua validade ou na ordem que elas
outras leis, ou mesmo em estabelecem. Procura, pois,
relação ao conjunto de um apreender até que ponto as regras
de direito são observadas, e como
código”. os indivíduos orientam de acordo
com elas a sua conduta” (p.178)
Quando uma norma é valida para a dogmática jurídica?
Qual é a diferença da validade para com a sociologia do
direito?
Dogmática jurídica Sociologia do Direito

“para a sociologia trata-se de


“Para a dogmática jurídica uma controlar sua importância no
norma é válida desde que seja curso da atividade social dos
estabelecida ou figure em um indivíduos, pois não é sempre
código”; que uma lei estabelecida é
respeitada” (p.178-179)
O que se deve observar sobre o “ser” e o
“dever ser” do Direito?
Deve-se observar a crítica marxista a qual: “justamente, acentua a
distância entre o caráter formal das legislações e a aplicação real das
disposições que contradiz muitas vezes o sentido visado
teoricamente. O progresso na racionalização do direito não se faz
acompanhar necessariamente de uma submissão crescente dos
comportamentos à sua validade normativa. É este afastamento que o
sociólogo tem por obrigação pôr em evidência” (p. 179, itálico do
original).
O que deve ser entendido por Direito para
Weber?
“quando a validade de uma ordem é garantida exteriormente pela
oportunidade de um constrangimento (físico ou psíquico) que uma
instância, especialmente instituída para esse fim, pode exercer sobre
a atividade dos membros para que seja respeitada ou para punir toda
infração” (WEBER apud FREUND, 1975, p. 180).
18. Quatro distinções
Qual a diferença entre Direito Público e Direito Privado?

DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO

1. “conjunto de normas que regulam a 1. “conjunto das normas que se


atividade relacionada com a
instituição estatal”; referem às atividades não
2. “É a totalidade dos regulamentos compreendidas pelo Estado”;
da administração, isto é, com as
normas que não contêm senão 2. “São todas as questões nas
diretrizes para o uso do governo”; quais as partes estão
3. são todas as questões nas quais as juridicamente em pé de
partes “implicam na relação
hierárquica entre o mando e a igualdade” (p. 182).
obediência, entre o domínio e a
subordinação”.
Qual é a importância que a sociologia compreensiva deve
dar ao investigar o Direito Natural e o Direito Positivo?
Deve se atribuir a mesma importância

DIREITO POSITIVO DIREITO NATURAL

1. A Sociologia deve observar a 1. A Sociologia deve


partir do Direito Positivo como “compreender até que ponto
ele “da origem a instituições as crenças desse gênero
constatáveis e analisáveis influenciaram a vida jurídica”
cientificamente”; (p. 182).
Qual a diferença entre Direito Objetivo e o Direito
Subjetivo?

DIREITO OBJETIVO DIREITO SUBJETIVO

1. “Trata-se da possibilidade para um


indivíduo de recorrer ao aparelho
1. “Conjunto dos regulamentos de coerção com vista a garantir os
seus interesses materiais e
que valem indistintamente espirituais. Em outras palavras, os
para todos os membros de um direitos subjetivos proporcionam a
segurança a pessoas que
agrupamento, no sentido que disponham de um poder sobre
este último faz parte da ordem outros indivíduos ou sobre coisas
(propriedade, por exemplo); eles os
jurídica geral”; autorizam a impor, proibir ou
permitir aos outros uma conduta
determinada” (p. 183).
Por que Weber põe em destaque o Direito
Subjetivo?
“os direitos subjetivos constituem aspecto fundamental desta
civilização, por terem desempenhado papel determinante nas
transações privadas que contribuíram para a formação do capitalismo
moderno”.

Qual é o tipo de Direito e o tipo de dispositivo


que pertencem ao Direito Subjetivo?
“os direitos à liberdade, isto é, os dispositivos que garantem a segurança do
indivíduo contra a intervenção de terceiros, inclusive o Estado (por exemplo, a
liberdade de consciência ou a de dispor de sua propriedade) e, de outro lado, os
dispositivos que deixam ao arbítrio dos indivíduos o direito de regular livremente
e com toda a autonomia suas relações jurídicas (liberdade contratual) (p. 183)”.
A liberdade contratual é ilimitada? De quem
decorre tal liberdade?
“a liberdade contratual não é ilimitada, uma vez que garante menos a
liberdade dos indivíduos como tais, do que os contratos que eles
estabelecem entre si, e ainda em certas condições definidas. Por
conseguinte, ela não decorre do direito, mas sim do poder político,
pois é provável que um regime socialista a restrinja singularmente,
quer limitado o jogo do intercâmbio econômico, quer impondo
restrições à liberdade dos operários no mercado de trabalho” (p. 183-
184).
Como pode ser a racionalidade do Direito?
“A racionalidade do direito pode, consequentemente, ser também
formal ou material, o que quer dizer que não será nunca perfeita, pois
todos os conflitos jurídicos nascem do antagonismo insuperável entre
essas duas espécies de direitos” (p. 184).
Qual a diferença entre Direito Formal e o Direito
Material?

DIREITO FORMAL DIREITO MATERIAL


Tende a sistematizar a norma
jurídica; É empírico, casuístico;
Racionaliza-se pela lógica.
“disposição jurídica que se deixa
Racionaliza-se pela utilidade.
deduzir logicamente apenas dos São “os elementos extrajurídicos
pressupostos de um sistema
determinado do direito. [...] é, e se refere no curso do seus
pois, o conjunto do sistema do julgamentos aos valores
direito puro do qual todas as políticos, éticos, econômicos ou
normas obedecem unicamente à
lógica jurídica, sem intervenção de religiosos” (p. 184).
considerações externas ao direito”;
O que há de irracional no direito Formal e no
Direito Material?
O juramento e o júri.
“o júri como, como instituição penal, é o sinal mais patente da
irracionalidade, como o provam os ataques de que é alvo. Uns vêem
nele um instrumento das lutas de classes, outros uma ocasião para os
jurados darem livre curso a seus ressentimento, a seus instintos ou a
seus complexos, outros o consideram como um anacronismo que
desafia o progresso entendido como uma racionalização da esfera
jurídica. Em suma, passa por uma espécie de oráculo irracional nas
mãos de profanos, inimigos de classe ou ‘perversos’” (p.185).
OBS: psiquiatria forense como subespecialidade da psiquiatria.
O que pode colocar em cheque a
racionalidade do Direito?
“Pouco importa o vocabulário que se empregue para substituir os
conceitos de direito formal e de direito material, por exemplo, a
posição entre a crença subjetiva e a situação objetiva , não chegará a
vencer o antagonismo entre a legalidade e a equidade. Com efeito,
quando se acredita haver superado a influência dos elementos
religiosos, são fatores econômicos que põem em cheque a
racionalidade pura. Mal se mediu a sua ação, fatores políticos ou
ideológicos vêm perturbar a serenidade das normas. Uma vez por
todas, não existe concordância absoluta entre a pura técnica jurídica
e a justiça ética, quando mais não fosse, porque esta última está
sempre às voltas com conflitos inevitáveis entre a política, a arte, a
economia, a religião e a ciência” (p. 185-186).
Quais são as duas maneiras de se conceber a
justiça para Weber?
1. “uma se atém exclusivamente 2. “a outra leva em conta a
às regras da ordem jurídica; é situação, as intenções dos
justo o que é estabelecido e indivíduos e as condições
conforme à letra ou à lógica do gerais de sua existência” (p.
sistema!; 184).
Quais são os quatro tipos ideais do direito
apresentado pelos comentaristas de Weber?
1. Direito irracional e material;
2. Direito irracional e formal;
3. Direito racional e material;
4. Direito racional e formal
1. DIREITO IRRACIONAL E MATERIAL 2. DIREITO IRRACIONAL E FORMAL

“quando o legislador e o juiz se “O legislador e o juiz se deixam


fundamentam em puros valores guiar por normas que escapam à
emocionais, fora de qualquer razão, porque se pronunciam
referência a uma norma, para com base em uma revelação ou
consultarem apenas a seus em um oráculo (ordálios) (p.
próprios sentimentos”; 184-185);
Exs: déspotas, cádi, juiz
muçulmano.
3. DIREITO RACIONAL E MATERIAL 4. DIREITO RACIONAL E FORMAL

“A legislação ou o julgamento se “a lei e o julgamento são


referem a um livro sagrado (por estabelecidos unicamente com
exemplo, o Corão)”; base em conceitos abstratos,
criados pelo pensamento
jurídico” (p. 184-185).
19. Do direito irracional ao
direito racional
Qual é a tarefa da sociologia do direito no
curso da racionalização do direito?
“Sua tarefa é compreender o movimento de racionalização, sem fazer
um julgamento de valor” (p.186).

Como foi que nasceu o Direito?


“Parece provável que o direito não nasceu de si mesmo, mas sim que foi
uma resposta a preocupações políticas ou econômicas (não exclusivamente
como alguns acreditaram) e principalmente religiosas. Todo agrupamento
humano, qualquer que seja ele, exige para substituir que seus membros se
submetam a regras comuns, capazes de o compelir se assim for preciso.
Foram esses usos de caráter coercitivo e proveitosos para a atividade
comum dos interessados, que formaram o direito e são eles que continuam
a torna-lo indispensável” (p. 186).
O que é a lei?
“A lei é o meio técnico recente de um modo de fazer mais antigo”
(p.186).

O que é falso dizer sobre a evolução do


direito?
“É falso, pois, dizer que o direito emanou, por uma lenta evolução, de
costumes inveterados. O costume era direito, como a lei o é em
nossos dias, já que encerrava os dois elementos fundamentais de
todo direito: a atividade comum dos interessados e o
constrangimento” (p. 186).
Como weber concebe a evolução do Direito?
“Dividida em estágios teóricos do desenvolvimento, a evolução do direito e da
prática leva da revelação carismática do direito, por ‘profetas do direito’, a uma
criação e a uma descoberta empírica do direito dos notáveis da toga (criação do
direito pela jurisprudência de cautela e os antecedentes judiciários), daí à outorga
do direito pelo imperium leigo e os poderes teocráticos e, enfim, a uma elaboração
sistemática e especializada do direito com base em uma jurisdição que se
desenvolve graças a uma formação literária e formalmente lógica como obra de
sábios (os juristas profissionais). As qualidades formais do direito evoluíram, assim,
no quadro da prática primitiva, a partir de uma combinação de um formalismo
condicionado pela magia e de uma irracionalidade condicionada pela revelação,
passando eventualmente pela curva de uma racionalidade por finalidade de ordem
material e não-formal, condicionada por elementos teocráticos e patrimoniais,
para chegar a uma racionalização e a uma sistematização lógica crescentes graças à
especialização jurídica e daí – se considerarmos as coisas de fora – para chegar a
uma sublimação lógica e a um rigor dedutivo crescente do direito, e enfim a uma
técnica racional crescente prática” (WEBER apud FREUND, 1975, p. 186-187).
Quais são os quatro estágios de
desenvolvimento (racionalização) do Direito?
1. O surgimento dos anunciantes ou profetas do direito: (direito
irracional, formal e carismático);
2. O surgimento dos profissionais, especialistas do direito:
jurisconsultos (notáveis do direito),(direito irracional, formal e
carismático);
3. O surgimento das questões materiais coletivas: (direito formal,
lógico proveniente de uma justiça material, empírica);
4. O conciliamento entre a lógica jurídica e as questões materiais
coletivas: (liberdades individuais e os imperativos coletivos).

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