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Direito Financeiro

Lucíola Cristina T. Darge Laske


O Estado
• Poder constituinte -> existência de um poder
estatal.
• Instituição de uma ordem jurídica.
• Constituição: Documento solene e básico que
forma o Estado. Complexo de regras e
princípios.
• Sistema constitucional rígido no ordenamento
brasileiro.
• Supremacia constitucional.
• Estado de Direito.
• Interpretação do ordenamento jurídico e a
garantia do administrado.
• Repartição das funções. Funções típicas e
atípicas.
• Liberdades e poder tributário.
Federalismo Fiscal e Pacto federativo
• Origem da federação – Federação norte-
americana. Explicar processo.
• Confederação
• Estado unitário
• Formas de Estado Federal:
• A) por agregação (centrípeta)
• B) por segregação (centrífuga)
• Federação no Brasil
• Características do Estado federal:
• A) processo de repartição de competências
entre o todo e as partes integrantes (União e
os Estados federados);
• B) Autonomia das partes integrantes; e
• C) participação dos Estados federados nas
decisões da União.
• Cláusula pétrea no ordenamento brasileiro.
Das competências:
• São definidas constitucionalmente:
• Exclusivas ou privativas: impede seu exercício
por outra esfera federativa.
• Concorrentes: enquanto um órgão de exercício
do poder não as exercer, pode exercê-las o
outro.
• Comuns ou paralelas: pode ser exercidas pelas
entidades federativas, sem exclusão.
• Denomina-se pacto federativo a forma pela
qual se forma e se organiza o Estado Federal.
• Federalismo fiscal.
• Repartição das receitas tributárias.
FORMAS DE ATIVIDADE DA
ADMINISTRAÇÃO
• Agigantamento do Estado
• Administração direta
• Administração indireta
• Intervenção na economia.
Necessidades públicas
• Decisões políticas
• Interesses básicos ou constitucionalmente
previstos que não podem deixar de ser
atendidos pela Administração.
• Ex. art 21 da CRFBR
• A definição das entidades públicas é feita pela
Constituição, leis que a complementam e
pelas decisões discricionárias da
Administração Pública.
• Conceito de necessidade pública:
• “tudo aquilo que incumbe ao Estado prover,
em decorrência de uma decisão política,
inserida em norma jurídica, é necessidade
pública”.
Interesses privados, coletivos e
públicos
• Os interesses/necessidades públicas são
anônimas, embora possam alcançar uma parcela
de comunidade.
• Interesses coletivos são aqueles que pertencem
a setores bem definidos da sociedade, uma
associação, moradores de um condomínio.
• Já os interesses privados podem ter cunho
inclusive egoístico, são os pertencentes aos
particulares.
Atividade financeira do Estado
• Na medida em que se tem a necessidade
pública como objetivo a ser satisfeito pelo
Estado, de acordo com as definições
constitucionais e legais, a atividade
financeira, o ente estatal há que obter
recursos, para cumprir os fins do Estado.
• A atividade financeira possui três momentos
distintos:
• A) obtenção de recursos
• B) gestão
• C) Gasto
• Atividade financeira é, pois, aquela marcada
pela arrecadação de receitas, sua gestão e
realização do gasto, a fim de atender às
necessidades públicas.
Direito Financeiro
• É a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado, fulcrada no
estudo das normas e princípios que regem tal atividade.
• Normas gerais de Direito financeiro art. 24 caput da CRFBR.
• Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
• I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico;
• § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
• § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.
• § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.
• § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
• Por muito tempo acreditava-se que o Direito
Financeiro estaria incluso no Direito
Tributário, o que não é verdade. Explicar.
• Também não é ramo do Direito
Administrativo.
• Trata-se de uma disciplina autônoma.
Breve entendimento do Direito
administrativo
• Estado – 1ª vez usada a expressão por
Maquiavel – sec XVI – em sua obra “O
Príncipe”.
• Estado como ente personalizado – capacidade
de contrair direitos e obrigações
• Brasil – Estado Federal Republicano
• Composição: art. 18 da CRFBR
• Art. 18. A organização político-administrativa
da República Federativa do Brasil compreende
a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos
desta Constituição.
• § 2º Os Territórios Federais integram a União,
e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar.
• Entes autônomos e independentes compõe a
República Federativa do Brasil.
• Território forma própria – componente –
autarquia
• Pessoas jurídicas de Direito público interno
• Pessoas jurídicas de Direito público
internacional
Poderes e funções do Estado
• O Estado é composto por Poderes.
• Inúmeras são as formas como é utilizada a
expressão poder na CRBF.
• Art. 2º São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
• A cada poder foram atribuídas funções
próprias e impróprias (típicas ou atípicas).
• Funções próprias:
• Legislativo – fiscalizar e inovar a ordem
jurídica
• Executivo – administrar
• Judiciário – julgar definitivamente “res
iudicata”
Função administrativa
• Conceito: “A função administrativa é aquela
exercida pelo Estado ou por seus delegados,
subjacentemente à ordem constitucional e
legal, sob regime de direito público, com
vistas a alcançar os fins colimados pela ordem
jurídica”. Amaral dos Santos
Regime jurídico administrativo –
princípios
• O que é interesse público?
• - primário: é a vontade ou interesse da
coletividade.
• - secundário: é o interesse do Estado, pessoa
jurídica.
Quais são as pedras de toque do
direito administrativo?
• Celso Antonio Bandeira de Melo
• Supremacia do interesse público e a
indisponibilidade do interesse.
• São princípios implícitos!
- supremacia do interesse público:
• é o pressuposto para a existência, para um
convívio social.
• É a superioridade do interesse público, que
significa supremacia interesse coletivo em face do
interesse particular.
• O que é diferente da vontade do agente e do
Estado.
• A administração pode quase tudo, mas não pode
abrir mão desse interesse, daí vem o próximo
princípio.
- princípio da indisponibilidade do
interesse público:
• função pública é exercer a atividade em nome
e interesse de outrem.
• Se o administrador não licita, ele viola o
princípio da indisponibilidade do interesse
publico?
• Se eu tinha que licitar e não licito, eu abro
mão de achar a melhor proposta, e aí eu violo
a indisponibilidade do interesse publico.
Princípios constitucionais do direito
administrativo
• Art. 37 da CRFBR. A administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (...)
Princípio da legalidade:
• é a condição para a existência de um Estado
de Direito.
• Toda e qualquer atividade administrativa deve
ser autorizada por lei.
• Legalidade para o direito público: o
administrador só pode fazer o que a lei
autoriza e determina.
• Administrar é aplicar a lei de ofício.
• É o chamado critério de subordinação a lei.
• Legalidade para o direito privado: o particular
pode tudo o que a lei não veda. Critério de
não contradição a lei.
• É sinônimo de reserva de lei?
• Não. A reserva legal é reservar uma matéria a
uma determinada espécie normativa.
Princípio da impessoalidade
• Há dois enfoques diferentes.
• O administrador não pode buscar interesses
pessoais ou próprios, mas sim interesses
coletivos, interesses públicos.
• É ausência de subjetividade.
• Mas também é preciso lembrar que os atos
praticados pelo agente público também
devem ser impessoais, os atos devem não
conter subjetividade.
• O ato pertence a entidade, e não ao agente.
• A administração tem que tratar todos os
administrados igualmente, sem gerar
discriminação benéficas ou detrimentosas,
simpatias e animosidades não podem
interferir na atividade administrativa.
• Nada pode interferir na atividade
administrativa.
• Conceito de impessoalidade de Celso Antônio
Bandeira de Mello, aproxima a impessoalidade
com isonomia.
• MP-MG = o princípio da isonomia relaciona-se
com o princípio da igualdade e o da
moralidade com lealdade e boa-fé.
• Enunciado está CORRETO!!!
• Exemplos do exercício do princípio da
impessoalidade: concurso público, licitação.
• Nepotismo no Brasil. quais os princípios
presentes na proibição do nepotismo?
• Conselho nacional de justiça e conselho
nacional do MP (emenda 45): acabaram
exercendo o controle do Judiciário.
• Da resolução do conselho há a aplicação do
princípio da impessoalidade como a proibição
do nepotismo.
• Resolução do CNJ 7 alterada pela 9 e 21. No
CNMP 1 e 7.
• O parente não pode ocupar cargo em comissão e
contratação de empresa que tem o parente na
direção com dispensa ou inexigibilidade de
licitação e contratação temporária.
• Sendo também proibido o nepotismo cruzado.
• Cônjuge, companheiro e parente até 3º grau, é
vedado ocupar cargo em comissão, ser
contratado temporariamente, nem ser contrato
com inexigibilidade de licitação.
- princípio da finalidade:
• a doutrina tradicional, Hely, reza que a finalidade
é igual impessoalidade e imparcialidade.
• O administrador vem buscar o interesse público e
por isso não pode buscar interesses pessoais.
• Para a doutrina moderna, Celso, são princípios
autônomos e não se confundem.
• Princípio da finalidade visa a buscar a vontade, o
espírito da lei! No exercício da finalidade o
administrador deve buscar a finalidade. Decorre
do princípio da legalidade.
- princípio moralidade:
• Lealdade, boa-fé, princípios éticos, correção de atitude,
boa conduta. Tem sempre uma ligação com o princípio
da probidade, tudo está ligado a idéia de honestidade.
• Não há uma definição determinada.
• O judiciário tem dificuldades em aplicar este princípio.
Então para superar esta dificuldade ele sempre aplica o
princípio da moralidade com outro princípio,
principalmente com o princípio da legalidade. Pois,
violar a moralidade, viola-se também o ordenamento
jurídico e, conseqüentemente, viola-se a lei em sentido
amplo.
• Moralidade administrativa é sinônima de moralidade
comum?
• NÃO, moralidade administrativa além de fazer o certo
tem que tomar a melhor providencia possível.
• Não basta a correção de atitudes, tenho que ter 2
elementos: correção (sujeito correto) e boa
administração.
• Ele é mais do que a moralidade comum do certo e
errado... a moralidade administrativa também prevê a
boa administração.
• Dentro da atuação administrativa o administrador tem
que ser o melhor possível.
• Moralidade é sinônimo de improbidade? Não
são sinônimos não! Hoje o rol da improbidade
é muito mais extenso do que o rol da
imoralidade.
• Se eu violo qualquer princípio eu violo a
improbidade. Mas a moralidade é um único
princípio.
- publicidade:
• Magistratura SP: como se dá essa publicidade?
• O poder emana do povo, seria justo que ele teria
conhecimento do que está acontecendo com
seus interesses. Ciência ao titular do direito o
povo! Divulgação!
• A publicidade também faz com que os atos
administrativos produzam efeitos. Ela é condição
de eficácia.
• Contrato válido não publicado não produz efeitos.
• A publicidade também significa início de
contagem de prazo.
• Controle por parte do administrado. Se eu tenho
conhecimento, tenho a possibilidade de controle.
• Art. 31 da CRFBR. As contas municipais devem ficar a
disposição da população durante 60 dias por ano.
• Se público estou cumprindo a publicidade? –
Magistratura de SP!
• Tenho que fazer a publicidade conforme a previsão
legal.
• Na modalidade convite não tem publicação, mas tem
publicidade.
• É possível publicidade sem publicação.
• Tenho que fazer a publicidade conforme a
previsão legal.
• Se vou ao órgão público e ele me nega
informações do meu interesse, como por
exemplo, de uma empresa que quero comprar. O
remédio constitucional é ?
• o mandado de segurança.
• Há 3 vedações, exceções, ao princípio da
publicidade, sendo invioláveis, a honra,
intimidade, a vida privada e a imagem da pessoa.
• Todos têm direito a informação, salvo quando ela
por em risco a segurança da sociedade e
nacional.
• Art 5º XXXIII. E art 5º LX
• Os atos processuais também podem ser em
âmbito administrativo, como um processo ético.
• Se o administrador não publica e engaveta seu
atos seria possível puni-lo por meio de infração
funcional e improbidade administrativa. Art. 11
da lei 8429/92.
• O administrador não pode fazer promoção
pessoal. CF Art 37 § 1º - publicidade informativa e
social, não podendo fazer constar nome, símbolo,
imagem que demonstrem promoção pessoal.
• STJ – não pode constar nada disso, sendo isso
improbidade administrativa, mas é preciso
analisar cada caso concreto.
• O simples fato de haver o nome não é promoção
pessoal, cada caso é um caso.
• Reclamação 2138 do STF
• Publicação é condição para a probidade do
administrador.
- princípio da eficiência
• Emenda constitucional 19 de 1998
• A Administração sempre teve que ser eficiente
mas ela ganhou uma força maior com esta
emenda.
• Exemplo como questão!
• Eficiência significa uma produtividade e
economia. Produtividade e economia pois o
serviço deve ser prestado da melhor maneira
possível, gerando assim, ausência de desperdício
de dinheiro público.
• A eficiência é quanto aos meios e quanto aos
resultados.
• A estabilidade do servidor público foi
balançada pela eficiência. Só terá eficiência se
for eficiente. Art. 41, não basta passar num
concurso, tem que ser aprovado a avaliação
de desempenho.
Breve histórico da atividade financeira
do Estado
• Sempre que se traçam os fins do Estado, é
imprescindível a captação de recursos para
concretizá-los.
• Rui Barbosa “quem dá os fins, dá os meios”.
• Tributo na Bíblia “dai a Cesar o que é de
Cesar” e em diversas passagens Mateus relata
que Jesus não pagava seus tributos.
• Grécia antiga: havia um Fisco organizado e um
tributo básico chamado Eisphora para gastos em
guerra.
• Roma: a contribuição (tributus) não era
propriamente um imposto, mas um desembolso
forçado em caso de necessidade.
• Fiscum é o nome do cesto de vime que o coletor
de impostos ia colocando do dinheiro que
recolhia.
• Já havia progressividade tributária em relação ao
patrimônio. Tributum civium.
• Império Macedônico: os povos conquistados
eram obrigados ao pagamento de riquezas.
• Idade média: relacionamento Rei vs Povo
exigências absurdas.
• Magna Charta: cláusulas que restringiam o
excesso no exercício do poder de tributar.
LEI No 4.320

• Recepcionada pela CF de 88
• Traz as diretrizes básicas de Direito financeiro
ENTRADAS E RECEITAS
Entradas
• Considera-se entrada todo e qualquer dinheiro
que ingressa nos cofres públicos, seja a que título
for.
• Não apenas tributo, que seria a exigência de
dinheiro sobre o patrimônio particular. Explicar
brevemente o que é tributo.
• A renda auferida dos recursos mineirais,
petrolíferos e energéticos.
• As entradas podem ser provisórias ou não.
• Entradas: - provisórias
- definitivas
Movimento de caixa
• Há entradas que não constituem receitas.
• A estas entradas provisórias damos a
denominação de movimento de caixa.
• Ex. se o poder público obtém empréstimo por
antecipação da receita, terá que devolvê-la à
entidade financeira.
• Vemos aí dois momentos, a entrada e o retorno
do capital.
• Da mesma forma ocorre com o depósito judicial,
caução, fiança.
Receitas
• As receitas são as entradas que se destinam a
permanecer nos cofres públicos, isto é, receita
é a entrada definitiva de dinheiro e bens nos
cofres públicos.
• As receitas serão geridas para que num
momento posterior tenham o seu gasto
determinado em lei orçamentária.
O que é receita e o que é Movimento
de caixa?
• Fiança judiciária ou fiança para fins de
licitação.
• Pagamento de IPTU.
• Empréstimos compulsórios (espécie tributária)
• Empréstimo do Brasil perante o FMI.
• Taxa de água.
Classificação das receitas
• Sob o ângulo da periodicidade:
• Ordinárias: são as receitas havidas com
regularidade, desenvolvimento das atividades
normais do Estado.
• Extraordinárias: são o ingresso excepcional de
dinheiro para atender uma situação de
anormalidade.
• Ex. IEG. Art. 154, II da CRFBR
Quanto a origem
• Receita originária: decorre da exploração, pelo
Estado, de seus próprios bens.
• Receita derivada: decorre do constrangimento
sobre o patrimônio particular. É a tributação.
• As sanções e o perdimento decorrente de
contrabando e apreensão de armas também
são considerados receitas derivadas.
Receitas correntes e de capital
• São Receitas Correntes as receitas tributárias,
de contribuições, patrimonial, agropecuária,
industrial, de serviços e outras e, ainda, as
provenientes de recursos financeiros
recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, quando destinadas a atender
despesas classificáveis em Despesas
Correntes.
• São Receitas de Capital as provenientes da
realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão em
espécie, de bens e direitos; os recursos
recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado destinados a atender despesas
classificáveis em Despesas de Capital e, ainda,
o superávit do Orçamento Corrente.
• Receitas transferidas: são aqueles que,
embora provenham de patrimônio particular,
não são arrecadadas pela entidade pública
que vai utiliza-las.
• Art. 159, II
Podemos concluir pelo visto que:

Originárias

Receitas
Derivadas
Entradas Transferidas

Movimento de Entrada com


caixa destino de saída
• Caso concreto: suponha que alguém tenha um
terreno e não o limpe adequadamente, conforme
a determinação legal. Em face do
descumprimento do preceito legal a prefeitura
pode fazê-lo e cobrar o montante do responsável.
• Aqui teríamos receita ou movimento de caixa.
• É exatamente o que ocorre quando alguém colide
com um poste público e paga uma “indenização”.
Outras formas de ingresso de valores
nos caixas estatais
• Doação:
• Sucessão legítima ou testamentária e
herança vacante
Receitas Tributárias
• A Constituição institui a competência tributária
de cada um dos Entes da Federação, porém há
uma concentração mais elevada de tributos na
esfera federal.
• Receita tributária é toda fonte de renda que
deriva da arrecadação estatal de tributos, dos
quais são espécies os Impostos, as Taxas, as
Contribuições de Melhoria, os Empréstimos
Compulsórios e as Contribuições Especiais, todos
prefixadas em lei em caráter permanente.
Impostos
• Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
• I - importação de produtos estrangeiros;
• II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais
ou nacionalizados;
• III - renda e proventos de qualquer natureza;
• IV - produtos industrializados;
• V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas
a títulos ou valores mobiliários;
• VI - propriedade territorial rural;
• VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
• Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito
Federal instituir impostos sobre:
• I - transmissão causa mortis e doação, de
quaisquer bens ou direitos;
• II - operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior;
• III - propriedade de veículos automotores.
• Art. 156. Compete aos Municípios instituir
impostos sobre:
• I - propriedade predial e territorial urbana;
• II - transmissão inter vivos , a qualquer título, por
ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
• III - serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar.
• Atento a esta discrepância, o legislador
constituinte originário determinou que
algumas das receitas tributárias deveriam ser
repartidas com outros Entes da Federação.
Repartição constitucional de receitas
tributárias (receitas transferidas)
• Arts. 157 a 162 da CRFBR
• Ao Distrito Federal e Estados-membros pertencem o IR
arrecadado na fonte e 20% do que forem instituídos
• Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
• I - o produto da arrecadação do imposto da União
sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a
qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem;
• II - vinte por cento do produto da arrecadação do
imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
• I - o produto da arrecadação do imposto da
União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte sobre rendimentos
pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias
e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
• II - cinqüenta por cento do produto da
arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos
imóveis neles situados, cabendo a totalidade na
hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º,
III;
• III - cinqüenta por cento do produto da
arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados
em seus territórios;
• IV - vinte e cinco por cento do produto da
arrecadação do imposto do Estado sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Art. 159. A União entregará:
• I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e
proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma:
• a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de
Participação dos Estados e do Distrito Federal;
• b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de
Participação dos Municípios;
• c) três por cento, para aplicação em programas de
financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter
regional, de acordo com os planos regionais de
desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste
a metade dos recursos destinados à região, na forma que a lei
estabelecer;
• d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que
será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de
• II - do produto da arrecadação do imposto
sobre produtos industrializados, dez por
cento aos Estados e ao Distrito Federal,
proporcionalmente ao valor das respectivas
exportações de produtos industrializados;
Taxas
• Taxa é a exigência financeira a pessoa privada ou
jurídica para usar certos serviços fundamentais,
ou pelo exercício do poder de polícia, imposta
pelo governo ou alguma organização política ou
governamental.
• Ou seja, é uma quantia obrigatória em dinheiro
paga em troca de algum serviço público
fundamental, oferecido diretamente pelo Estado
• É uma das formas de tributo.
Contribuição de melhoria
• Contribuição de melhoria pela legislação
brasileira é o "tributo cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação que representa um
benefício especial auferido pelo contribuinte.
Seu fim se destina às necessidades do serviço
ou à atividade estatal", previsto no art. 145,
III, da Constituição Federal.
• É exigida a valorização imobiliária, melhoria,
para que seja exigida.
Empréstimo compulsório
• Empréstimo compulsório é considerado um
tributo, e consiste na tomada compulsória de
certa quantidade em dinheiro do contribuinte
a título de "empréstimo", para que este o
resgate em certo prazo, conforme as
determinações estabelecidas por lei.
Contribuições especiais
• Contribuição especial é um tributo cujo
resultado da arrecadação é destinado ao
financiamento da seguridade social
(assistência social, previdência social e
saúde), de programas que impliquem
intervenção no domínio econômico, ou ao
atendimento de interesses de classes
profissionais ou categorias de pessoas,
servindo-os de benefícios econômicos ou
assistenciais.
Algumas das principais contribuições
(lista parcial)
• INSS (contribuição)
• PIS/PASEP (contribuição)
• COFINS
• CSLL
• CPMF
• CIDE
• CONDECINE
• Contribuições ao "Sistema S" (Senai, Sesi, Sebrae, Sesc,
Sest, etc)
• Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional
(OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, CRQ, etc)

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