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O cão
Eu vivia naquela quinta.
Quinta com muros, com um tanque
geométrico para qual caía a água de
uma larga torneira.
Eu fugia da quinta lendo, lendo o que
podia.
A meu lado, sentava-se o grande cão
que, durante o ano, estava só, entre
aqueles muros. Era o “Top”. ● Interpretação do texto
Castanho, de olhos mansos e bons.
“Top”, de vez em quando, batia-me 1 – O que queria dizer o “Top” à dona,
quando lhe batia no braço ou no
no braço, no livro. livro ?
- Estou aqui. Lembra-te de que
existo. 1.1 – E o que fazia a dona ?
E a minha mão escorregava-lhe 2 – Com a sua atitude, o que ensinou
pela cabeça sedosa e triste. o “Top” à menina ?
E olhava-o, pedindo-lhe que me
Funcionamento da Língua
desculpasse eu estar desatenta à sua
solidão tão humana.
1 – Na frase seguinte, substitui os
Porque “Top”, assim, ensinou-me
adjectivos sublinhados por outros
a entender melhor a solidão dos
de sentido contrário e escreve-a.
homens. O valor de um pequeno gesto.
“Top” tinha os olhos mansos e
E ensinou-me a liberdade imensa que
bons.
é o olhar preso de um cão.
E a liberdade de tudo o que
2 – Escreve as palavras seguintes e
contém amor.
sublinha em cada uma delas a
Matilde Rosa Araújo, O Sol e o Menino dos Pés Frios, sílaba tónica.
Livros Horizonte
vivia ● geométrico ● muros
Língua Portuguesa
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O Sol
Eu devia ter uma pena de luz para Dias em que gostamos de correr à
contar esta história. E não tenho. Mas os chuva, de dançar mesmo debaixo da
olhos dos meninos são luz e quem me lê chuva.
há-de emprestar luz às minhas palavras. E o menino pensou no Sol.
Chovia muito. Dias seguidos. Às vezes Com saudade. Com encanto.
a chuva cai miudinha como flores. Ou No seu movimento.
dedos leves e frios que nos passem pela Se ele nascia, todas as manhãs, não
cabeça, pelo rosto. Mas agora não. brilhava.
Tinham sido cordas de chuva, grossas. E o menino, por detrás das vidraças,
Longos e grandes navios de chuva. E o olhava a rua húmida e pensava no Sol.
Sol não aparecia. Matilde Rosa Araújo, O Sol e o Menino dos Pés Frios
Livros Horizonte
Chovia muito. Muito. Levantava-se o
dia a chover. A noite subia da terra para 4 – De onde olhava o menino a rua
o céu naqueles navios de água.
húmida ?
Tudo andava triste. Nem folhas, nem
flores, nem aves, nem um dia de Sol. E o
● Funcionamento da Língua
menino andava triste.
Os velhos sentiam-se mais frios, as
crianças menos alegria. Nem apetecia 1 – Muda a posição dos elementos da
estender as mãos e receber a água da frase seguinte, sem lhe modificares
chuva como nos dias bons da Primavera. o sentido, e escreve-a.
● Interpretação do texto Levanta-se o dia a chover.
Relevo
Vou subir ao monte
Salto só num pé
E vou começar
Na base ou sopé.
E de brincadeira
Toda a gente gosta
Vamos a cantar
Ao subir a encosta.
● Interpretação do texto
Ao subir a encosta
Que rico perfume 1 – Por onde se começa quando se quer subir
Lá vamos andando
um monte ?
Até chegar ao cume.
Os movimentos da Terra
- Quando voltas as costas para um candeeiro, a tua cara fica às escuras. Se deres
meia volta, fica iluminada. Com a Terra sucede o mesmo : dá uma volta sobre si
própria em cada 24 horas, ou seja, um dia. Durante 12 horas, metade do globo está
voltada para o Sol : é o dia. Durante as outras doze, essa metade fica do lado
contrário aos raios de sol : é a noite.
- É como um frango às voltas no espeto, não é ? – diz a Tá.
- Exactamente ! Compreendeste logo !
- E porque é que existem diferenças de temperatura durante o ano, tio Tomás ?
- Porque a Terra dá uma volta completa em volta do Sol em 365 dias (um ano).
Durante seis meses volta para ele a sua metade superior (o hemisfério norte); nessa
altura é Verão em metade da Terra. Depois, durante os outros seis meses, a Terra
volta para o Sol a outra metade (o hemisfério sul); é então Inverno na metade
superior (norte) que fica afastada dos raios solares. Isso explica as diferenças de
temperatura na mesma região durante o ano.
Maria Manuela Couto Viana e Alain Grée, O Livro do Tó, Verbo
1 – Quanto tempo demora a Terra a dar 1 – Constrói uma frase com as palavras
uma volta sobre si própria. seguintes :
sessenta ● um ● dias ● e
2 – Quantos dias demora a Terra a dar cinco ● e ● tem ● ano ● trezentos
uma volta completa ao Sol ?
2 – Coloca a pontuação correcta nas
2.1 – Que nome se dá a esse período frases e escreve-as.
de tempo ? Maria, já viste o Sol a pôr-se
Que espectáculo maravilhoso
Língua Portuguesa
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Surge Lisboa
Surge Lisboa, branca, ao pé do Tejo azul;
A Lisboa das naus,
Construída em marfim, sobre colinas de oiro.
Vede o imenso estuário… (é sonho ou
realidade?)
Sob um azul divino a desfolhar-se em asas!
São gaivotas voando em multidão, pairando
E pousando nas ondas, em que o céu
E o doirado do Sol e as águas se misturam
Em tintas de quimera! ● Funcionamento da Língua
E, na Outra Banda, outeiros nus de argila;
Almada e o seu castelo, 1 – Copia do poema dois nomes
Muros brancos de cal, pomares, arvoredos, próprios, dois comuns e dois
E ao fundo, em mancha azul, a Arrábida colectivos.
saudosa.
Teixeira de Pascoaes, Obras Completas, vol. VI, Bertrand Editora, 2 – Copia a frase que tem o mesmo
sentido de :
● Interpretação do texto «Surge Lisboa, branca, ao pé do Tejo.»
Dinossauros no jardim
Levantei-me, afastei
a cortina, um pouco. Espreitei. ● Interpretação do texto
Nem queria crer em mim:
três dinossauros no jardim. 1 – Quando o autor acordou, o que pensou ?
Açores Ilustra
Nove ilhas formam o arquipélago :
Santa Maria, S. Miguel, Terceira, Graciosa,
S. Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo.
As ilhas Graciosa e Pico são de menor
interesse turístico. Predominam os
miradouros donde a vista abarca belos e
encantadores horizontes. Todavia a
Graciosa apresenta duas manifestações
curiosas de vulcanismo : a Furna da
Caldeira, no fundo da qual há um lago de
água sulfurosa, e as Termas do Carapacho com águas minerais próprias para o
tratamento de certas doenças, sobretudo Reumatismo. Em S. Jorge, a Caldeira do
Santo Cristo é um centro produtivo de amêijoas – único nos Açores. Bastante
emocionante é a ascensão, a pé, do Pico, na ilha do mesmo nome, até se alcançar
a parte mais elevada, donde o espectáculo é surpreendente.
José Augusto B. Coelho, Os Açores, Colecção Educativa,
Série E – n.º 9
● Interpretação do texto
2 – Dessas ilhas, quais são as que têm menor interesse turístico, segundo a opinião
do autor ?
2.1 – Não achas que o autor se contradiz quando depois volta a referi-las ? Porquê ?
3 – Onde é que o espectáculo é surpreendente ?
● Funcionamento da Língua
belo ►
doença ►
O Carnaval
Em Lisboa
Enfim, para a frente é que é Lisboa.
O viajante vem para a rua, é um viajante ● Interpretação do texto
perdido. Aonde irá ? Que lugares irá visitar ?
Que outros deixará de lado, por sua 1 – O viajante do texto está perdido.
deliberação ou impossibilidade de ver tudo e Porquê ?
falar de tudo ? E que é ver tudo ? Tão
legítimo seria atravessar o jardim e ir ver os 2 – Completa a frase de acordo com o
barcos no rio como entrar no Mosteiro dos texto.
Jerónimos. Ou então, nada disto, ficar
Barco parado ___________________
apenas sentado num banco ou sobre a relva,
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a gozar o esplêndido e luminoso sol. Diz-se
que barco parado não faz viagem. Pois não, 3 – Para onde se dirigiu, por fim, o
mas prepara-se para ela. O viajante enche viajante ?
de bom ar o peito, como quem levanta as
velas para apanhar o vento do largo, e ruma ● Funcionamento da Língua
para os Jerónimos.
Bem fez em ter linguagem 1 – Escreve a primeira frase do texto
usado
marinheira. Aqui mesmo à entrada está, à com sentido contrário.
mão esquerda, Vasco da Gama, que
descobriu o caminho para chegar à Índia, e, 2 – Classifica, quanto ao género,
à direita, a jacente estátua de Luís de número e grau, os seguintes nomes:
Camões, que descobriu o caminho para rua, lugares, barquinho e
chegar a Portugal. Deste não estão os homenzarrão.
ossos, nem se sabe onde param; de Vasco
da Gama, estarão ou não. 3 – Copia do texto três nomes próprios
José Saramago, Viagem a Portugal e três nomes comuns.
Círculo de Leitores
Língua Portuguesa
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Data : _______________________________________
o verbo na frase :
João Pequeno não gostou do nome.
Língua Portuguesa
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Data : _______________________________________
Lara no Universo
Um dia, Lara descobriu que estava cansada de brincar sempre no seu planeta
azul, com terra, com mares e oceanos e decidiu que ia viajar para o espaço. Tinha
lá em casa o caixote onde veio a televisão nova que os pais tinham comprado, que
estava guardado no fundo do armário e ninguém mexia nele. Então foi lá buscá-lo,
porque era leve e grande como uma nave espacial. Pintou-o, forrou-o, colou papéis
e tecidos, coseu botões azuis e encarnados para ter botões de comando, colou no
fundo o mapa do universo e meteu lá a Clarisse, a inseparável boneca de pano.
O pai disse-lhe um dia que o universo tinha planetas, estrelas, buracos negros e
que era sempre, sempre infinito. A Lara não conseguiu perceber o que era um
universo infinito, uma coisa que nunca acaba e que parece crescer cada vez mais,
sempre que procuramos o fim. Mas percebeu que, sendo assim, devia ter imensos
sítios por onde brincar. Ora, se era assim, se tinha lá tudo, então também teria o
Planeta Muitas Cores. Quem lhe falou deste planeta foi a Joana, que já tinha viajado
muito.
No planeta Muitas Cores, a Lara viu logo uma gruta cheia de piratas gigantes.
(…)
E ela, pequenina, lá estava à volta de todos, com uma bandeira numa mão e um
sabre na outra.
Era a Senhora do Mar dos Cristais e comandava um barco tão grande que todos
se afastavam para o barco passar. Quando tentavam parar o barco, a Lara rangia
os dentes, levantava o sabre e dizia: “Saiam da frente, que o barco azul vai passar!”.
E apareciam os piratas todos para fazer mais força. E depois desatavam a rir-se dos
olhares assustados dos capitães, que desapareciam em fuga.
No Planeta Muitas Cores, a Lara aventureira navegava livre sobre os sete mares.
● Funcionamento da Língua
Sempre gostei de brincar com as palavras. 1 – Qual é o título da poesia que a autora
a mais antiga brincadeira de palavras que escreveu aos 8 anos de idade ?
conservo são uns versinhos “A Uma
2 – Escreve, lado a lado, as palavra que
Borboleta Branca” que escrevi aos oito
rimam entre si nas duas quadras do
anos no quintal da minha velha
poemas.
casa e que começavam assim :
3 – Em que local escreveu a poetisa o
O borboleta poema que leste ?
De asas de neve
Aonde vais
● Funcionamento da Língua
Tão branca e leve ?
1 – Escreve em que tempo está o
verbo do título do texto.
Linda borboleta
Da cor do jasmim,
2 – Dos adjectivos seguintes, escreve
Leva-me contigo
somente os que na poesia
Tem pena de mim! qualificam a borboleta.
● A borboleta é leve.
● A borboleta é muito leve.
● A borboleta é a mais leve.
Língua Portuguesa
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Primavera Ilustra
Batem à porta do tempo, com mãozinha
de veludo.
- Quem será ? – pergunto eu.
- E eu sei lá ! – respondes tu.
Vamos ver, pé ante pé, em silêncio, com
cautela. Quem será ? Afastamos a cortina
da janela e que espanto, quase susto ! Do
outro lado do vidro, um espectáculo
colossal : é o Sol, o brilho e o céu; são as
flores e as ervas verdes; é um bando de
andorinhas que esvoaçam como loucas.
- Meu Deus, mas o que é isto ?! – dizes tu, toda confusa.
- É a Primavera que já veio. – digo, toda contente.
- A prima quê ?! – não sabias de tal prima.
- Não é prima, é Primavera !
Abrimos a porta ao tempo novo que voltou. Mais um ano que renasce. Primavera…
Primavera… Primavera…
Conceição Marques (não publicado)
● Interpretação do texto
● Funcionamento da Língua
tempo -
silêncio -
será -
2 – Copia do quadro :
um nome colectivo -
bando
um nome próprio - será
um verbo no tempo futuro - novo
Primavera
um adjectivo -
de superioridade -
relativo
de inferioridade -
Grau
superlativo
analítico -
absoluto
sintético -
Língua Portuguesa
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Data : _______________________________________
A Sala de Aula
Tinham começado as aulas há uma semana.
pelas janelas da escola entrava uma luz de
Outono que pintava tudo como se fosse um
pincel de ouro. Eram as paredes velhas, as
carteiras, a mesa da professora, o quadro
preto já tão cinzento, o mapa grande que
mostrava o mundo num tom azul. Mundo
velho, também…
Os meninos, esses, eram novos. Vinte e cinco meninos e meninas, uns mais
escuros, outros mais claros, mas todos cheios dessa luz clara que se chama
infância.
E a professora ? Tinha já uma idade longe da juventude, talvez já bem longe. Mas
sorria para os meninos todos com ternura tanta que parecia ter infância também.
Matilde Rosa Araújo, A Escola do Rio Verde
● Interpretação do texto
prosa
verso
velho luz
começado ►
começado novas
idade ►
velhas claros longe ►
escuros terminado ternura ►
11 – Procura no texto :
O amola-tesouras
João, Gonçalo e Hugo já tinham chegado. Preparavam o chão para mais uma
partida, embora durante o tempo de jogo do berlinde todos os grupos tivessem as
suas próprias covas : fundas, limpas, modeladas como um ninho. O chão ali à
volta até parecia varrido para não se fazer batota ao medir os palmos.
Estavam eles já na primeira partida quando se ouviu a música do amola-tesouras.
Abrindo muito a mão para que o palmo parecesse maior e conseguisse recuperar
O abafador, Diogo disse :
– Quando se ouve o amola-tesouras é porque vai chover.
– Isso é que era bom ! Com este sol ?
– Tu estás com chuva nos olhos. E é por isso que passas para cá mais um
berlindezinho verde para aprenderes.
Contrariado, Diogo deu o berlinde. E também não percebia porque lhe viera à
cabeça a vontade de dizer aquela patetice em que ele também não acreditava.
Não acreditava? Claro ! Se acreditasse em tudo o que a Mãe lhe impingia como se
ainda fosse bebé… Mas, mesmo assim, teimou:
– Não acreditas, pois não ? Mas olha que é verdade. Verdade, verdadinha…
– Apanhaste sol, foi o que foi…
Nesse preciso momento o amola-tesouras atravessou o jardim. Empurrava o seu
pequeno carro donde pendiam guarda-chuvas sem varetas, tachos velhos, coisas
pequeninas já sem cor, coisas tristes de gente pobre para quem o dinheiro para
comprar novas quase nunca chegava.
Ouviu-se novamente aquela música que tinha cor lá dentro, ondulava nas árvores,
era como um som antigo de campainhas de portas misteriosas e vidros partidos.
O amola-tesouras parou junto deles. A ver jogar o berlinde.
Maria Rosa Colaço, Aventura com Asas, Porto Editora
● Interpretação do texto
1 – Indica :
• como jogavam :
● Funcionamento da Língua
5.1 – Escrevo, junto de cada frase, o número que indica a intensidade do grau.
SUPERLATIVO SUPERLATIVO
NORMAL
ABSOLUTO ANALÍTICO ABSOLUTO SINTÉTICO
novas muito novas novíssimas
muito velhos
feliz
amigos
contente
preto
Língua Portuguesa
Nome : ______________________________________
Data : _______________________________________
● Funcionamento da Língua
• O grupo do nome indica quem praticou a acção. O grupo do nome tem a função de sujeito.
• O grupo do verbo indica a acção praticada pelo sujeito. O grupo do verbo tem a função de predicado.
Os pintassilgos
Língua Portuguesa
Nome : ______________________________________
Data : _______________________________________
O regresso da D. Andorinha
7 – Quais são os locais preferidos pelas andorinhas para fazerem os seus ninhos ?
● Funcionamento da Língua
• Norte de África.
• Vida agitada.
9 – Imagina e escreve três frases que mostrem a existência dos graus da palavra
“mala” :
• Grau normal
• Grau aumentativo
• Grau diminutivo
GN GV GM
10.1 – Completa :
• O GN tem a função de
• O GV tem a função de
• Frase exclamativa.
Um peixinho encarnado
O mar entrou na escola com um
peixinho vermelho e água a
cheirar a algas!
7 – Completa.
Era muito cedo quando o Diogo se levantou. No tempo das flores nem apetecia ficar
na cama. O sol, lá fora, um desafio para quem tinha que passar a manhã inteira
metido na escola. Quem teria inventado este castigo para as crianças ? Parece que
pais e professores nunca foram pequenos ou, então, se foram, de certeza que no seu
tempo não havia Primavera, andorinhas-a-irem-e-a-virem, para cá-e-para-lá, a
prepararem o ninho, e o sol – tão morno ! – a saber bem na pele depois de um Inverno
tão comprido.
Enquanto colava esta banda desenhada cheia de balões de protesto dentro da
cabeça, Diogo tomou o leite, comeu o pão. – “Come a fruta, Diogo!” – Ah! Pois! Ainda
faltava a fruta ! Que maçada esta de ter que comer fruta logo de manhã ! Muitas
vitaminas tem uma pobre criança que engolir para ficar grande !...
Depois de comer, pegou na pasta
dos livros, deu à Mãe um beijinho de
fugida e até logo que se faz tarde !
– Leva o guarda-chuva, Diogo !
– Com este sol ?
– Há sol mas logo vai chover.
– Como sabe ?
– Sei. Já ouvi o amola-tesouras.
Diogo olhou para a Mãe. Ela
acreditaria mesmo naquilo ?
– Não acreditas, pois não ?
– Nunca se sabe. Toda a vida ouvi a minha avó dizer que, quando passa o
amola-tesouras, chove. Por isso, leva o guarda-chuva, que os antigos é que sabem
destas coisas e o seguro morreu de velho.
Olhou outra vez para a Mãe. “Que conversa mais esquisita!” Com tudo isto, sempre
o mesmo : lavar, pentear, tomar o pequeno-almoço – grande almoço é que era ! –, lavar
os dentes, despedir, já perdera mais de meia hora. Tinha combinado uma partida de
berlinde antes das aulas. Até porque, na véspera, perdera um abafador e, enquanto não
o recuperasse, não descansava.
Correu pelo caminho de malmequeres e erva azeda que levava até à escola.
Era um tempo mesmo giro, este ! Num dia, o chão todo castanho de terra dura; na
manhã seguinte, milhares de pequenos malmequeres cobriam tudo. Apetecia ser
cavalinho e rebolar na erva, rebolar, sentir perto do nariz o cheiro de terra húmida do
orvalho da noite, comer erva fresquinha. Maria Rosa Colaço, Aventura com Asas, Porto Editora
● Interpretação do texto
1 – Lê e indica :
estava a chover.
o céu estava cheio de nuvens escuras.
tinha ouvido o amola-tesouras.
● Funcionamento da Língua
4 – Lê e circunda os verbos das frases indicadas. Escreve o nome dos verbos que
circundaste – o infinitivo.
Infinitivo
5 – Lê e completa.
• Complemento Directo
“O Diogo deu um beijinho à Mãe.” (o quê ?)
Qual é a sua função sintáctica ? • Sujeito
(quem ?)
● O Diogo
• Complemento Indirecto
● um beijinho (a quem ?)
● deu
• Predicado
● à Mãe (acção/verbo)
abafador seguinte
Conto da Chuva
Este é o conto que a chuva contou a uma menina amiga. Este é o conto que a
chuva contou e cantou batendo ritmada na vidraça :
«Num dia de ventania, junto ao rio, quando entrei num casebre arruinado,
ensopado, transido, vi lá dentro um menino ajoelhado, a segurar nas duas mãos
erguidas um guarda-chuva aberto. As gotas que tombavam do telhado já o tinham
molhado, o cabelo pingava, mas ele não tugia nem mugia e não largava o cabo do
chapéu de pano preto. É que por baixo desse pobre tecto improvisado, de varetas
e pano, dormia num bercinho, aconchegado, o irmão pequenino. E o mais velho,
encharcado, sem se importar com a chuva que o molhava, continuava, ajoelhado,
a tapar o menino.
Então… não sei como isso foi. As minhas gotas que caíam em bica ficaram
paradas no ar. As nuvens afastaram-se no céu para deixar passar um fiozinho de
Sol. E o Sol entrou pelos mil buracos do telhado e, ao dar nas gotas que tinham
ficado suspensas no ar como cristais, pôs-se a mudar de cor – encarnado,
amarelo, verde, azul, violeta…» Ester de Lemos (adaptado)
● Interpretação do texto
8 – Substitui a expressão «não tugia nem mugia» por outra de sentido equivalente.
casebre mãos
menino tecto
10 – Completa o quadro :
Adjectivos Graus
amiga
tão ensopado como
mais velho que
molhadíssimo
Bicho da Maçã
Dentro de uma linda e brilhante maçã. Vivia fechado, triste e prisioneiro um bicho
da maçã – o Filipinho.
Mas Filipinho sabia que fora da maçã havia sol e o céu, as nuvens e as flores, os
pássaros e outros bichos. Então, começou a escavar um túnel que o levasse para
o exterior da maçã…
Em breve, o Filipinho rompeu uma janelinha na casca lisa da maçã. E chegou à
luz !
O mundo era belo, azul e verde, amarelo e vermelho…
Filipinho descobriu que morava numa maçã, que fazia parte de um grupo de
muitas outras maçãs, penduradas numa macieira, que fazia parte de um grande
pomar.
José Sacramento
● Interpretação do texto
1 – Quem é o Filipinho ?
brilhante áspera
lisa feio
belo luzidia
G.N.:
G.V.:
G.M.:
Hoje
Amanhã
14 – Transcreve do texto :
Coração de robô
Andava triste o robô “Zé Vírgula Quatro” por não ter ninguém com quem brincar.
À noite, depois de ter feito todas as contas, cálculos e outras operações matemáticas, e
de ter transportado minérios raros de uns sítios tinha por companhia tubos de ensaios,
provetas, porcas, parafusos, ecrãs e outros aparelhos esquisitos que ele nem sequer
sabia para que serviam.
Na manhã seguinte davam-lhe instruções rigorosas sobre o que tinha que fazer. As
suas tarefas eram sempre muito complicadas e ele não podia falhar.
Um dia, cansado de fazer sempre a mesma coisa e já farto de números, de equações
e de cálculos difíceis, ficou ainda mais triste e sentiu que pela sua carapaça de lata
escorriam gotas de água. Os técnicos analisaram as gotas durante alguns dias e, por
fim, chegaram a uma conclusão : “São lágrimas!” O robô “Zé Vírgula Quatro” estava a
chorar e para os seus inventores e para os donos da fábrica onde ele trabalhava um
robô que chora é um robô que não presta.
Imobilizado num canto do grande armazém onde costumavam guardá-lo à noite, “Zé
Vírgula Quatro” ouviu a sentença final :
– Deixou de prestar. Temos de o vender como sucata !
“Zé Vírgula Quatro” sentiu o que nunca tinha sentido : dentro do peito feito de metal e
de fios emaranhados havia agora um coração que batia a galope.
As crianças que viviam na vizinhança da fábrica juntaram-se e pediram que, em vez
de o deitarem para a sucata, o colocassem no meio do jardim onde costumavam
brincar. O pedido foi atendido. Hoje, “Zé Vírgula Quatro”, rodeado de crianças e
pássaros, já não chora e o seu coração sempre que bate é de alegria.
José Jorge Letria, Histórias do Sono e do Sonho, Desabrochar
● Interpretação do texto
2 – Completo.
À noite… De manhã…
5 – Consulta o dicionário e escreve o significado de cada uma das oito palavras que
copiaste do texto.
Primavera
Acaba o Inverno
Entra a Primavera
Bela, esfuziante…
Vestem-se os troncos
De verdes gominhos
De folhas verdinhas
Vitoriosas.
Cantam as sementes
Enchem-se os campos
O seu despertar
de flores e perfumes
Exuberante
E a gentinha alada,
Em mil vidas
Ao pares, apressada,
Maravilhadas
Palhinha a palhinha,
E inocentes
Tecendo a casinha
A sua casinha.
Patrícia Joyce
● Interpretação do texto
1 – O poema fala da chegada duma estação do ano. Qual ?
esfuziante ► inocente ►
gominhos ► exuberante ►
7 – Transcreve do texto :
dois adjectivos ►
dois verbos ►
um numeral cardinal ►
8 – Reduz a frase :
G.N. ► G.V. ►
negativa ►
interrogativa ►
Língua Portuguesa
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Data : _______________________________________
O Gato e o Melro
Certo dia um gato, pé ante pé, apanhou um melro que descansava numa figueira.
Preparava-se para o comer, quando o melro lhe disse :
– Um gatinho bem educado não come sem primeiro lavar as mãos.
– Tens razão ! Vou fazer-te a vontade ! – respondeu o bichano.
Enquanto o gato lambia as patas, o melro saltou para outro ramo e riu-se do
palerma do gato.
O felino zangado, disse :
– Para outra vez, comerei primeiro e lavar-me-ei depois…
Tradicional
● Interpretação do texto
um grande susto.
14 – Completa o quadro :
educado
tão zangado como
Dia Feriado
à hora de ponta –
para não dar nas vistas –
regressou a Lisboa –
um lugar vazio –
muito contente –
9 – Transcreve do texto as palavras que rimam com :
trabalhar – apressada –
turistas – gente –
10 – Considera a frase.
Naquele dia, o eléctrico estava mais contente do que no dia anterior
Texto Escrito
Conta uma aventura, boa ou má, vivida por ti.
(título)
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