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R

P R E ROMANTISMO
E V SEC. XIX (1ª metade)
E
R
I
Í N N REALISMO
O D NATURALISMO
A U
D PARNASIANISMO
TROVADORISMO CLASSICISMO S
O SEC. XII a SEC. XIV S SEC. XVI T SEC. XIX (2ª metade)
S R
I
L C
BARROCO A
SIMBOLISMO
I SEC. XVII L SEC. XIX (final)
I
T HUMANISMO /
E SEC. XV M NEOCLASSICISMO PRÉ-MODERNISMO
SEC.XX (início)
R SEC. XVIII
E F
Á R MODERNISMO
R N A
SEC. XX
I N
T C 1º tempo = 1922 a 1930
O E 2º tempo = 1930 a 1945
S O S 3º tempo = 1945 a ????
A
Manifestação da
individualidade
contra as regras
instituídas.
O Romantismo surgiu na
Europa numa época em
que o ambiente intelectual
era de grande rebeldia.
Na política, caíam os
sistemas de governo
despótico e surgia o
liberalismo político.
No campo social imperava
o inconformismo.
No campo artístico o
repúdio às regras.
Temáticas gerais do Romantismo

Evasão
A insatisfação com o
Nacionalismo
Individualismo mundo leva o romântico Exacerbação do
a fugir: sentimento
Realce dos patriótico.
para a natureza;
sentimentos e
emoções para o passado;
individuais. para o interior de si
mesmo;
para o sobrenatural, o
sonho, a loucura ou a
própria morte.
AUTORES DO ROMANTISMO EM PORTUGAL

ALEXANDRE CAMILO CASTELO


ALMEIDA GARRET HERCULANO BRANCO

JOÃO DE DEUS
JÚLIO DINIS
Séc. XIX
Classicismo
/Barroco ROMANTISMO REALISMO

Almeida Garrett (1799-1854)


Frei Luís de Sousa (1843)
É incumbido pelo governo de Passos Manuel da organização do Teatro Nacional,
dirigindo a Inspeção Geral dos Teatros e o Conservatório de Arte Dramática, intervindo
no projeto do futuro Teatro Nacional de D. Maria II.
Frei Luís de Sousa
MODO LITERÁRIO

Frei Luís de Sousa Elementos constitutivos


(1843)
• Estrutura externa: três atos,
subdivididos em cenas.
• Texto principal: falas/réplicas das
Modo dramático
personagens diálogos, monólogos,
apartes.
• Texto secundário: didascálias (ou
indicações cénicas).
Género literário ?

Frei luís de Sousa

Tragédia
ou
Drama?
TRAGÉDIA DRAMA ROMÂNTICO
Texto em verso • Texto em prosa.
Estruturado em 5 atos • Etruturado em ? atos
Número reduzido de • Tema de influência nacional.
personagens de alta estirpe e
caráter nobre • Atribuição de sentimentos
Respeito pela lei das três violentos às personagens (culto
unidades (tempo, espaço e ação) da honra, patriotismo…
 Presença de um coro, como voz
da consciência. • Características românticas:
Inspiração de sentimentos de crença no sebastianismo,
terror e piedade no público patriotismo e nacionalismo,
 Estrutura tripartida: Exposição / religiosidade, individualismo,
Conflito / Desenlace tema da morte, mito do escritor
Elementos da tragédia romântico.
indícios trágicos
Lei das três unidades do teatro grego

Unidade de tempo Unidade de Lugar


Aristóteles propôs que a ação de uma
Aristóteles argumentava que as peças
se desenvolvesse num curto espaço de
deveriam realizar-se num único
tempo, não cobrindo mais que 24
cenário. Ele acreditava que mover-se
horas. As personagens podiam referir-
de um local para outro poderia
se a eventos fora do espaço de tempo
causar confusão para a audiência e
da peça apenas para estabelecer o
distração da trama.
tom e o contexto da encenação.

Unidade de ação
A unidade de ação refere-se à argumentação de Aristóteles de que a peça deveria conter
apenas uma ação central e um claro início, meio e fim. Considerava que as ações
secundárias desviavam o público do tema central da história.
ESTRUTURA EXTERNA E INTERNA

Exposição Antecedentes
Ato I, Cenas I a IV da ação

Conflito
Desenvolvimento
Ato I, Cena V a
da ação
Ato III, Cena VIII

Desenlace
Desfecho
Ato III,
da ação
Cenas IX a XII
DIMENSÃO TRÁGICA

D. Madalena apaixona-se por D. Manuel


Elementos da quando ainda era casada com D. João de
tragédia Portugal; D. Manuel incendeia o palácio
clássica (desafio/hybris).

Conflito (agon) interior de D. Madalena, que


se intensifica ao longo da ação e de Telmo(
dividido entre o amor por Maria e D.João)

Chegada do Romeiro (clímax) que altera a


ordem familiar com o reconhecimento
(anagnórise) da sua identidade.

Morte de Maria e entrada de D. Madalena e


D. Manuel no convento (catástrofe).
DIMENSÃO TRÁGICA

Indícios
trágicos
(exemplos)

Coincidências temporais; referências à sexta-feira;


simbologia dos números três e sete (mistério e fatalidade).
Presságios/agouros e pressentimentos.
Sebastianismo de Telmo e de Maria.
Doença de Maria (tuberculose).
Perda do retrato de D. Manuel vs. preponderância do retrato de D. João.
Referências à vida conventual (exemplo de D. Joana de Castro) e à morte.
Em conclusão:
o Frei luís de Sousa:

oNa forma – é um drama romântico: tem apenas 3 atos e é escrito


em prosa.

oNo conteúdo – é um drama de caráter trágico porque:

Inspira-se numa
Tem um número reduzido de personagens
história baseada num
de alta estirpe e caráter nobre
tema nacional
(Protagonista como pessoa justa, sem
As personagens
culpa, que cai num estado de infelicidade.)
desafiam leis
estabelecidas ( a moral
Reminiscência do coro na personagem
cristã e social dominam
Telmo (que comenta ou anuncia o
o destino das
desenrolar dos acontecimentos).
personagens –
sociedade VS indivíduo)
Estão presentes elementos da tragédia e
indícios trágicos
ESPAÇO
Câmara antiga, ornada com todo o luxo e
1º ATO caprichosa elegância portuguesa dos princípios
do século dezassete. Porcelanas, jarrões,
sedas, flores, etc. No fundo, duas grandes
janelas rasgadas, dando para um eirado que
olha sobre o Tejo e donde se vê toda Lisboa;
Salão luxuoso de entre as janelas o retrato, em corpo inteiro, de
gosto requintado, um cavaleiro moço, vestido de preto, com a cruz
Luminoso, com branca de noviço de S. João de Jerusalém.
Em frente e para a boca da cena um bufete
vista para o exterior pequeno, coberto de rico pano de veludo verde
(Tejo) franjado de prata; sobre o bufete alguns livros,
obras de tapeçaria meias feitas e um vaso da
China de colo alto, com flores.
Indicia a ideia Algumas cadeiras antigas, tamboretes rasos,
de felicidade, contadores. Da direita do espetador, porta de
comunicação para o interior da casa, outra da
tranquilidade esquerda para o exterior. É no fim da tarde.
e esperança
da família
ESPAÇO
É no palácio que fora de D. João de Portugal, em
2º ATO Almada; salão antigo, de gosto melancólico e
pesado, com grandes retratos de família, muitos de
corpo inteiro, bispos, donas, cavaleiros, monges;
estão em lugar mais conspícuo, no fundo, o d’el-rei
D. Sebastião, o de Camões e o de D. João de
Salão antigo e Portugal. Portas do lado direito para o exterior, do
pesado, cheio de esquerdo para o interior, cobertas de reposteiros
retratos de família. com as armas dos condes de Vimioso. São as
antigas da casa de Bragança, uma aspa vermelha
Reposteiros a impedir sobre campo de prata com cinco escudos do reino,
a luz. um no meio e os quatro nos quatro extremos da
aspa; em cada braço e entre os dois escudos uma
Indicia a cruz floreteada, tudo do modo que trazem
fatalidade: o atualmente os duques de Cadaval; sobre o escudo,
passado a coroa de conde. No fundo um reposteiro muito
maior e com as mesmas armas sobre as portadas
assombrar o da tribuna, que deita sobre a capela da Senhora da
presente, o peso Piedade, na igrejade S. Paulo dos domínicos de
da família / nação Almada.
ESPAÇO
Parte baixa do palácio de D. João de Portugal,
3º ATO comunicando, pela porta à esquerda do espetador,
com a capela da Senhora da Piedade na Igreja de
S. Paulo dos Domínicos d'Almada; é um casarão
vasto sem ornato algum.
Arrumadas às paredes, em diversos pontos,
Parte baixa do escadas, tocheiras, cruzes e outras alfaias e guisa
palácio, tudo remete mentos de igreja de uso conhecido. A um lado, um
para a religião – esquife dos que usam as confrarias: do outro, uma
grande cruz negra de tábua com o letreiro INRI e
ambiente austero / toalha pendente, como se usa nas cerimónias da
escuro Semana Santa.
Mais para a cena uma banca velha com dois ou
três tamboretes: a um lado uma tocheira baixa com
Indicia o tocha acesa e já bastante gasta; sobre a mesa um
fechamento à vida castiçal de chumbo, de credência, baixo e com vela
acesa também, e um hábito completo de religioso
social
domínico, túnica, escapulário, rosário, cinto, etc.
No fundo, porta que dá para as oficinas e
aposentos que ocupam o resto dos baixos do
palácio. É alta noite.
Porcelanas, jarrões, sedas, flores, ATO I ornada com todo o luxo e caprichosa elegância

duas grandes janelas rasgadas, dando


um bufete pequeno, coberto de Sala Luxuosa e para um eirado que olha sobre o Tejo
rico pano de veludo verde arejada / aberta e donde se vê toda Lisboa
franjado de prata

ATO II salão antigo, de gosto melancólico e pesado,

Salão antigo e Portas (…) cobertas de reposteiros


melancólico /
ALMADA fechado No fundo um reposteiro muito maior

retratos de família, (…) de bispos,


( sala dos retratos) donas, cavaleiros, monges

Parte baixa do palácio


ATO III
é um casarão vasto sem ornato algum.
Parte Baixa do
escadas, tocheiras, cruzes e outras
palácio com alfaias e guisamentos de igreja
acesso à capela /
austero vela (…)e um hábito completo de religioso
Concentração do espaço: indício de tragédia
P
ATO I R
E
Palácio de D. Manuel de Sousa Coutinho S
Indicia a ideia de felicidade, tranquilidade e esperança da família E
N
T
E
ATO II
Palácio de D. João de Portugal
Indicia a fatalidade: o passado
a assombrar o presente, o peso P
AFUNILAMENTO da família / nação A
GRADUAL DO S
ESPAÇO S
ACOMPANHA O A
ADENSAR A ATO III
Parte baixa do D
TRAGÉDIA
O
Palácio
Não respeita a Indicia a morte e o
lei das três fechamento à vida
unidades social
TEMPO HISTÓRICO REPRESENTADO
21 ANOS APÓS O DESAPARECIMENTO DE D.
JOÃO DE PORTUGAL |1599| (1578+21)

PAÍS EM CRISE ( PERDA DA INDEPENDÊNCIA /


IDENTIDADE)

ESPERANÇA SEBASTIANISTA
Tempo referido

Casamento de D. Madalena com D. João de Portugal


(sexta-feira)

Paixão de D. Madalena por D. Manuel de Números


Sousa Coutinho (sexta-feira)
7, 14, 21 e 3
Batalha de Alcácer Quibir (sexta-
7 anos feira, 4 de agosto de 1578)
7 – o fim de um ciclo
Casamento de D.
3 – a criação, o círculo
Madalena e D. Manuel
perfeito, a perfeição
(1585 – 7 anos depois)
14 anos 3 X 7 = a fatalidade
Regresso de D. João de Portugal perfeita
(4 de agosto de 1599)
21 ANOS
HOJE
Concentração do tempo

FINAL DE
TARDE

ANOITECER

DE MANHÃ

ALTA NOITE
A ação desenrola-se em pouco mais de 1 semana, contudo, o tempo
representado equivale a apenas um dia:
Respeita as 24horas da lei
das 3 unidades
Início da ação
(6ªfeira/final da tarde) Ato III
No dia seguinte (Alta noite)
semana
não repre-
sentada
Ato II
Uma semana depois
( 6ªfeira / de manhã)
SEBASTIANISMO: HISTÓRIA E FICÇÃO

Dados históricos
• Morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir.
• Anexação de Portugal pela Espanha em 1580 /perda da independência.

Sebastianismo em Frei Luís de Sousa (ficção)


• Tema decorrente do contexto histórico da ação
(ocupação espanhola).
• Com implicações na intriga (regresso de D.
Sebastião ↔ regresso de D. João).
INTENÇÃO CRÍTICA DA OBRA

Mito do sebastianismo Anti-sebastianismo


• Maria e Telmo. • Madalena e Manuel Coutinho.
crença exagerada no mito Temem o regresso de D.
sebastianista João de Portugal pelas suas
consequências funestas
Este apego ao passado representa
estagnação e não é favorável para Capaz de tudo por amor à
o avanço de uma civilização pátria e à liberdade
incêndio do palácio como forma de
Simboliza a destruição da família mas resistência aos governadores de Lisboa/à
também de Portugal que fica à espera ocupação espanhola.): coragem e a honra
do regresso de D. Sebastião em vez de / patriotismo e nacionalismo.
agir para retomar a rédea do Reino

APELO À AÇÃO
• Em Frei Luís de Sousa é explorada a similitude entre duas
épocas históricas: o moderno autoritarismo cabralista, sob a
aparência de um regime liberalista, assemelha-se à despótica
ocupação castelhana. Neste sentido, a obra de Garrett não
deixa de ser uma crítica mais ou menos velada à política
vigente, ressaltando a revolta e sublevação de um homem
(Manuel de Sousa) contra a tirania de um regime imposto, e
em prol do elevado valor da liberdade e da independência
ideológica. Imagem ficcional do empenhamento político-
ideológico do próprio Garrett, o heroísmo de Manuel de
Sousa deve ser interpretado como um significativo ato de
vontade, por parte de um homem que preza a liberdade
contra todas as formas de tirania. (…)
D. João de Portugal: símbolo da Pátria humilhada e cativa que perdeu a sua
identidade MAS NÃO ABDICA DA SUA INTEGRIDADE

Simboliza o que um regresso ao passado (NA ÉPOCA DE GARRETT)


poderia significar para Portugal

PERDA DOS VALORES DO PRESENTE ( LIBERALISMO)


MARIA
Apesar da sua crença Sebastianista, apoia o pai
no combate à tirania dos governantes.

Desejo que as novas gerações valorizem o


passado mas não fiquem estagnadas / de
braços cruzados

ÚLTIMA FALA DE MARIA

Exprime-se de forma violenta, mostrando uma profunda revolta contra o mundo,


contra Deus, contra a sociedade hipócrita que não permite a dissolução do
casamento, transformando assim, em filhos ilegítimos aqueles que são apenas
vítimas de atos que lhe são alheios.

APOLOGIA DA PARA PERMITIR O RECONHECIMENTO


DISSOLUÇÃO DO DOS FILHOS DE UMA 2ª RELAÇÃO
CASAMENTO
Valor simbólico dos retratos

REGRESSO AO PASSADO QUE APESAR


DESTRUIÇÃO DO DO SEU VALOR PODERÁ SER
PRESENTE ANIQUILADOR

Nova ordem / Compromete a nova ordem /


liberdade liberdade conquistadas
PERSONAGENS
O romantismo nas personagens de Frei Luís de Sousa

Características românticas Personagens


Desejo de liberdade ansiando quebrar todas as Madalena, Maria,
correntes que prendem a liberdade do eu. Manuel de Sousa Coutinho
Pessimismo, melancolia, desespero, terror,
angústia de existir, superstição, sentimentos D. Madalena
obsessivos e de culpa, premonições.
Evasão ou fuga para mundos imaginários, Madalena, Maria, Telmo
sonho, devaneio.
Nacionalismo, culto da ideologia patriótica, Manuel de Sousa Coutinho
coragem.
Defesa da Pátria e da justiça.
Irreverência humana. Maria

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