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Investigar espaços públicos

reconstituindo o objeto

Luiz Guilherme Rivera de Castro

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo


Universidade Presbiteriana Mackenzie
Fundo Mackenzie de Pesquisa - Mackpesquisa
pressupostos

espaço público = objeto complexo

imbricação entre processos sociais e formas espaciais:


- os processos sociais sempre encontram expressão espacial
- a toda forma espacial correspondem processos sociais

no interior do campo de conhecimento e práticas em A & U


orientação em direção ao projeto como atividade articulada
à produção, modificação ou transformação de espaços físicos

a perspectiva projetual está implícita na colocação das indagações


ou viés
argumentação

reconstituição do objeto espaços públicos


em uma perspectiva de articulação entre
posicionalidades e territorialidades
que envolvem múltiplos atores

- pesquisa* (breve relato)

- grades conceituais

- atores, posicionalidades, territorialidades

- estratégias

* pesquisa Espaços públicos e urbanismo contemporâneo: processos sociais, formas


( )

espaciais, fev. 2009 a fev. 2010, Fundo Mackenzie de Pesquisa – MACKPESQUISA.


Resumo em http://www.mackenzie.br/17157.html
pesquisa

motivação
em alguns espaços públicos concretos encontram-se elementos e
processos que contradizem avaliações negativas que apontam para
a generalização de seu esvaziamento, decadência, degradação,
privatização, declínio, etc.

objetivos iniciais da pesquisa:


- compreensão das transformações recentes nos espaços públicos
- identificar elementos e componentes de espaços públicos para
informar práticas projetuais e políticas públicas

método
- procurar reconstituir a complexidade dos espaços públicos
examinando-os a partir de diferentes perspectivas:
FORMA URBANA E ARQUITETURA, FORMAÇÃO (HISTÓRIA),
SENTIDOS E SIGNIFICADOS (IDENTIDADE), MOBILIDADE, FUNÇÕES,
AMBIENTE, NORMAS E REGRAS.
temas efetivamente desenvolvidos

Santa Cecília – formação e transformação - Denise Antonucci


Revalorização do espaço público comercial - Gilda Collet Bruna et al
 

Intervenções da mobilidade no espaço público - Silvana Zioni et al


 

Analise dos aspectos ambientais - Pérola Felipette Brocaneli et al


 

O largo de Santa Cecília: registros e contemporaneidade - Ricardo


Hernan Medrano

Projeto na cidade contemporânea - Largo Santa Cecília e Centro São


Paulo – novas relações - José Paulo de Bem

Espaços públicos como híbridos: qual situação, qual posição? - Luiz


Guilherme Rivera de Castro
pesquisa
o empírico
Largo de Santa Cecília, em São Paulo
localização
o largo e seu entorno
área de estudo
área de estudo
o largo
o largo, a praça, o elevado
pesquisa

resultados ainda parciais

não apenas
maior complexidade do “objeto” – em virtude dos componentes e
processos que ali se encontram (i. e. em um espaço [lugar] público
determinado)

mas também
complexidade que emerge do conjunto das abordagens detectadas na literatura,
em função das diferentes grades conceituais adotadas pelos autores que
investigam espaços públicos

e ainda

diferentes abordagens projetuais em relação a espaços


públicos
grades conceituais

aparato de conceitos, teorias e redes de significado,


objetos e métodos historicamente construídos

DISCIPLINAS
organização disciplinar do conhecimento que tende a operar segundo grades
conceituais, estabelecendo horizontes e domínios de validade próprios
grades conceituais
e disciplinas em relação a espaços públicos

Hanna Arendt - A condição humana (1958)


Jurgen Habermas - Mudança estrutural da esfera pública (1962)
(filosofia política)

ciência política
psicologia social
psicologia ambiental
sociologia (microsociologia, sociologia do cotidiano)
antropologia
geografia
história

arquitetura e urbanismo fundamentos para o projeto / plano


métodos e/ou princípios (doutrinas)
sintaxe espacial
engenharias
.....
grades conceituais
e disciplinas em relação a espaços públicos

DIÁLOGOS
RELAÇÕES
ENTRE INTERFACES
DISCIPLINAS
CONCEITOS, MODELOS
E MÉTODOS
COMPARTILHADOS (OU NÃO)

mais rara é a ARTICULAÇÃO entre disciplinas ou


campos disciplinares
grades conceituais
e disciplinas em relação a espaços públicos

um exemplo:

as idéias de patrimônio e de preservação referidas a um espaço


[lugar] público definido em relação com a investigação histórica

colocam-se dois conjuntos de questões

segundo quais critérios [presumivelmente estabelecidos pela


investigação histórica] define-se o que será demolido/modificado e o
que será recuperado/preservado?

como, por quem e para benefício do quê e de quem será realizada a


ação decidida?
atores, posicionalidades, territorialidades
encontramo-nos desse modo em um CAMPO DE DISPUTA
que implica o questionamento e a negação da validade de
conceitos, teorias e práticas disciplinares
atores em primeiro lugar, o próprio investigador
que identifica/constrói objetos,
atores (sujeitos) e processos segundo sua própria grade
conceitual
para as ciências sociais, uma dupla hermenêutica
(Giddens), pois os dados já se encontram construídos como
significativos –

os investigados
são sujeitos (indivíduos, classes, grupos), suas ações, as
formas de organização (instituições) e os processos em que se
encontram envolvidos

e são também capazes de ações reflexivas e transformadoras


atores, posicionalidades, territorialidades

Para David Harvey, a questão das


posicionalidades
“é fundamental para todos os debates sobre como criar infraestruturas e
ambientes urbanos para viver e trabalhar no século XXI” (HARVEY, 2002, p.19)*

entretanto, sobre espaços públicos e sobre a produção do espaço urbano


em geral, há
uma miríade de diferentes posicionalidades
resultante de inúmeras combinações possíveis de atores, forças e
interesses

Para Harvey, a questão mais importante é

qual a concepção de PÚBLICO incorporada na construção do espaço


público?

* A afirmação está no texto Social justice, postmodernism and the city, publicado em 1993 no
International Journal of Urban and Regional Research
atores, posicionalidades, territorialidades

a questão acima é a mais importante pois engloba as seguintes:

quais as finalidades desses espaços?

para que e para quem são destinados?

por quem são geridos?

como são geridos?

as diferentes conceptualizações de público não se resolvem no nível


das narrativas/discursos/argumentos, mas no âmbito das práticas
sociais efetivas
assim como

há posicionalidades que são excludentes em relação a outras


atores, posicionalidades, territorialidades

desse modo, para cada situação concreta, os significados, sentidos e usos


desses espaços [lugares] são definidos por processos de disputa (ou
cooperação) entre diferentes classes/grupos/sujeitos sociais, articulados a
processos mais amplos

trata-se portanto de compreender como essas diferentes posicionalidades


são produzidas e como encontram-se articuladas à produção de territórios
atores, posicionalidades, territorialidades
produção de territórios
produção de traçados, limites e fronteiras materiais e simbólicos
articulada à apropriação de uma porção do espaço e sua
utilização para determinadas finalidades (Kärrholm, 2007)
territorialidade
um modo específico de poder que se expressa espacialmente como um
território − uma territorialização de poderes
estratégias de abordagem analítica e projetual

reconstituir o objeto espaços públicos


− identificando conjuntos de atores, posicionalidades e territorialidades
em casos concretos;

− identificando ao mesmo tempo as diferentes grades conceituais


utilizadas para a abordagem desses espaços como objeto de
invetigação

este parece ser um passo necessário para criação de um campo de


interlocução entre investigação, saberes e práticas no campo dos
estudos urbanos, e em particular no campo da arquitetura e do
urbanismo, no sentido de potencializar a dimensão pública, coletiva e
democrática dos espaços públicos

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