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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

LONDRINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS


EM UROLOGIA
•Antonio Fernandes Neto
URGÊNCIAS NÃO
TRAUMÁTICAS EM UROLOGIA

• Retenção urinária
• Parafimose
• Priapismo
• Escroto agudo
• Hematúria
• Gangrena de Fournier
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Retenção urinária
• Divididas as retenções em:
• Completas ou incompletas
• Agudas ou crônicas
• Agudas e completas – paciente apresenta
dor intensa, sudorese, palidez, globo
vesical ao exame físico. Massa
hipogástrica
Retenção Urinária Aguda:
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Retenção Urinária Aguda:

– Etiologia:
• Hematúria com coágulos
• Válvula de uretra posterior
• Estenose de uretra
• Prostatite aguda
• Bexiga neurogênica
• Hiperplasia prostática benigna
• Cálculo uretral
• Pós-operatório
• Herpes
• Medicamentos
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Retenção Urinária Aguda:
• ANAMNESE

– Idade
– Sintomas miccionais prévios (esvaziamento)
– Episódios anteriores
– Instrumentação urológica
– Cirurgia recente
– Medicação
– Incontinência
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Retenção Urinária Aguda:
• EXAME OBJECTIVO

– Dor à palpação suprapúbica


– Globo vesical

• EXAMES AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO

– Função renal e ionograma


– Análise de urina
– Ecografia
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Retenção Urinária Aguda:


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Retenção Urinária Aguda
– Tratamento:
• Sondagem vesical de alívio
– Sonda de Mercier com extremidade em Bequille
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Retenção Urinária Aguda
– Tratamento:
• Sondagem vesical de demora
– Sonda Foley
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Retenção Urinária Aguda


– Tratamento:
• Sondagem vesical de demora
– Sonda Foley
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Retenção Urinária Aguda
– Tratamento:
• Sondagem vesical de demora
– Sonda de Dufour – 3 vias para irrigação
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Retenção Urinária Aguda


– Tratamento:
• Cistostomia: intracath, punção, cirúrgica
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Retenção Urinária Aguda


COMPLICAÇÕES

• DIURESE OSMÓTICA PÓS-OBSTRUTIVA


• HIPOTENSÃO POR RESPOSTA VAGAL
• HEMATÚRIA EX VACUO
Parafimose
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Parafimose:

– Definição
• Passagem da glande por orifício prepucial estreito

– Diagnóstico
• Edema prepucial
• Dor
• Congestão glandar
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

• Parafimose:

– Conduta

• Redução manual
• Incisão dorsal do prepúcio

» Injeção de hialuronidase
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
•Parafimose: Tratamento
Redução manual
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
•Parafimose: Tratamento
Plastia dorsal
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
Parafimose - Redução manual
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
Parafimose - Incisão dorsal do prepúcio
Priapismo
URGÊNCIAS EM UROLOGIA

PRIAPISMO
Se denomina priapismo
uma ereção prolongada
e dolorosa do pênis. Seu
nome deriva de Príapo
(visto nas imagens)

A esquerda fonte priápica romana


A direita pintura ponpeyana (século I)
PRIAPISMO - FISIPOPATOLOGIA
IDIOPÁTICO ETIOLOGIA DO PRIAPISMO 3.
SECUNDARIO MEDICAMENTOS
1. VENOCLUSIVO E DROGAS
ALTERAÇÕES • Injeção
intracavernosa de
HEMATOLÓGICAS 2. fármacos
• Anemia DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS
falciforme. vasoactivos.
• Esclerose múltipla. • Psicofármacos:
• Leucemia. • Tabes dorsal.
• Trombocitopenia. fenotiacinas,
• Hérnia discal. trazodona,
• Trombocitemia. • Mielite transversa.
• Outras (mieloma clorazepam.
• Rotura de aneurisma intracraneal. • Antihipertensivos:
múltiplo, talasemia, • Traumatismo cerebral o medular.
policitemia, anemia prazosina,
• Enfermidade urológicas (fimose, guanetidina,
hemolítica congênita condiloma acuminado, ureterite,
não esferocítica). hidralazina.
prostatite). • Anticoagulantes.
• Anestésicos.

6.
• Miscelânea:
4. 5. labetalol,
CAUSAS LOCAIS ENFERMIDADES TRASTORNOS tolbutamida,
• Traumatismos INFECCIOSAS METABÓLICOS andrógenos,
perineal e/ou • Tularemia. • Enfermidade HCG,
• Hidrofobia. de Fabri. corticoides,
peniano.
• Parotidite. • Amiloidosis. álcool
• Neoplasias.
• Diabetes tipo I. marihuana.
• Inflamações • Ricketsiosis.
• Alimentação
urogenitais. parenteral.
IDIOPÁTICO
ETIOLOGIA 30 A 50% DOS CASOS
DO
PRIAPISMO
VENOCLUSIVO FÁRMACOS ICC
20% DOS CASOS

ANEMIA FALCIFORME DIABETES


JUVENIL
10 – 30% casos
5,7% dos casos

OUTRAS CAUSAS
LEUCEMIA
3,6 a 6% casos em adultos
15% em crianças
NEOPLASIAS
DISFUNÇÕES
3 – 8% dos casos
NEUROLÓGICA
3% dos casos
PRIAPISMO – EXAMES

1- HEMOGRAMA
Leucemia, Anemia Falciforme
2- Eletroforese de Hemoglobina
Anemia Falciforme - Hb S presente
Hemoglobina Anômola – B ou C
3- Urina I e Urocultura
Infecção Urinária
4- Glicemia
Diabetes
4- RX de Tórax
Câncer Metastático
5- Eco - Doppler
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO (ECO – DOPPLER)

PRIAPISMO DE ALTO
FLUXO: NOTA-SE À
PALPAÇÃO UMA
TUMESCÊNCIA
MODERADA DOS
CORPOS
CAVERNOSOS

Priapismo Venoclusivo
Eco-doppler sem aumento do fluxo

Priapismo arterial
Eco-doppler com aumento do fluxo
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO
Ereção com >3 – 4 horas

História clínica + Exame Físico

Outras causas ICC de fármacos vasoativos

Tratamento específico Exercício físico por 30 minutos

Não Resolução
Resolução
Resolução
Sedação, analgesia e hidratação
Punção aspiração de 20 a 70 ml com butterfly 19
Colheita de gasometria Não
Resolução
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO

GASOMETRIA
Gasometria normal Gasometria acidótica
pH >7,35, pO2 > 80 mm Hg e pCO2 < 45 mm Hg pH < 7,35, pO2 < 40 mm Hg e pCO2 > 45 mm Hg

Priapismo arterial Priapismo Venoclusivo


Alto Fluxo Baixo fluxo

Pouca dor Ereção dolorosa

O início pode ser demorado Ereção presente por horas a


dias
Ereção incompleta Ereção completa

Sangue vivo na punção Sangue escuro na punção


Com isquemia do tecido erétil
Sem isquemia do tecido erétil
Tratamento de urgência
Tratamento eletivo
CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO
PRIAPISMO DE ALTO FLUXO

Sedação
Analgesia
Resolução Hidratação
Alfa adrenégicos ICC
Aplicação de gelo Cateter na A. hipogastrica
Cateterismo superseletivo da
Hiperfluxo
Pós na A. pudenda
artéria com hiperfluxo
embolização

Arteriografia com
Resolução
embolização seletiva

Não Resolução

Resolução Ligadura arterial


CONDUTA NO PRIAPISMO – PASSO A PASSO
PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO

Hipoxenico Não Hipoxenico


pO2 < 40 mmHg pO2 > 40 mmHg
Sangue escuro Sangue vivo

Alfa adrenégicos ICC Resolução

Não Resolução

Não Resolução Anestesia epidural ou espinhal Resolução

Na presença de anoxia severa o musculo liso não responde a vasoconstritores


CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
Não resolução
Paciente anestesiado

Punção-aspiração bilateral com agulha 19 ou 14


Lavagem com 20-70 ml de soro fisiológico
Aspiração com compressão do pênis Resolução
Se houver detumescencia espera 15-20 minutos

Hipoxenico NÃO Não Hipoxenico


RESOLUÇÃO
pO2 < 40 mmHg pO2 > 40 mmHg

Resolução
Alfa adrenégicos ICC

Tratamento cirúrgico Não Resolução


CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
Tratamento Cirúrgico

Derivação
1-Caverno-esponjosa
TRANSBALÁNICA transbalánica

Técnica de Técnica de Técnica de


Winter Ebbehoj El-Ghorab
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
Tratamento Cirúrgico

NA BASE DO PENIS Derivação


2- Na base do pênis

Não Resolução

Derivação
1- Safeno-cavernosa (Grayhack)

2- Veia dorsal superficial


Em casos de disfunção erétil a colocação de prótese peniana deve ser
feita antes de 3 meses e de preferência no primeiro mês devido a intensa
fibrose após este período.
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
ANEMIA FALCIFORME
 Analgesia, Oxigenação, Hidratação
 Transfusões de sangue
(diminuir Hg S a 30 – 40%)
 Medicamentos
1-) Vasodilatodores – Pentoxifilina Resolução
(Trental)
2-) Imipramina - (Anafranil)
3-) Ácido acetil salicílico

Derivação Não Resolução Alfa adrenégicos ICC


Caverno-esponjosa
(Após 24 a 48 horas)

Resolução
Não Resolução Resolução
Finasterida 5 mg de 12/12
horas para manutenção ?
Derivação Safeno-cavernosa
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
ANEMIA FALCIFORME
 Analgesia, Oxigenação, Hidratação (diluir sangue) e alcalinização para
diminuir a acidose
 Transfusões de sangue
(diminuir Hg S a 30 – 40%)
 Medicamentos
1-) Vasodilatodores – Pentoxifilina
(Trental)
2-) Imipramina - (Anafranil)
3-) Ácido acetil salicílico
Resolução
4-) Em quadros agudos pode ser usado o dietilestibestrol
(destilbenol) dietilestilbestrol por via oral iniciando com 5 mg/dia por 5 dias
seguido de 2,5 mg/dia por mais 7 a 10 dias ou até o
desaparecimento das crises.

Derivação Não Resolução Alfa adrenégicos ICC


Caverno-esponjosa
(Após 24 a 48 horas)

Resolução
Não Resolução Resolução

Finasterida 5 mg de 12/12
horas para manutenção ?
Derivação Safeno-cavernosa
Atualmente sidenafil 50 mg/dia
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
ANEMIA FALCIFORME
 Analgesia, Oxigenação, Hidratação (diluir sangue) e alcalinização
para diminuir a acidose
 Transfusões de sangue
(diminuir Hg S a 30 – 40%)
 Medicamentos
1-) Vasodilatodores – Pentoxifilina
(Trental)
2-) Imipramina - (Anafranil)
3-) Ácido acetil salicílico
4-) Em quadros agudos pode ser usado o dietilestibestrol
(destilbenol) dietilestilbestrol por via oral iniciando com 5 mg/dia por 5
dias seguido de 2,5 mg/dia por mais 7 a 10 dias ou até o
desaparecimento das crises.

TRANSFUSÂO
A transfusão de hemácias e, particularmente, a eritrocitaférese possibilita diminuir
a concentração da hemoglobina S e manter valores da hemoglobina e do
hematócrito mais elevados (cerca de 10 g/dl e 30%, respectivamente). Esse tipo
de tratamento está indicado nos quadros mais graves e prolongados que não
obtiveram resposta satisfatória às medidas iniciais.

Eritrocitaférese. A eritrocitaférese pode ser definida como a remoção dos


eritrócitos (hemácias) qualitativamente ou quantitativamente anormais de um
paciente, com concomitante substituição por concentrado de hemácias
homólogas ou por solução salina. Algumas indicações estão listadas abaixo:
Eritrocitaférese. A eritrocitaférese pode ser definida como a remoção dos
eritrócitos (hemácias) qualitativamente ou quantitativamente anormais de um
paciente, com concomitante substituição por concentrado de hemácias
homólogas ou por solução salina. Algumas indicações estão listadas abaixo:
CONDUTA NO PRIAPISMO DE BAIXO FLUXO – PASSO A PASSO
ANEMIA FALCIFORME

A vasodilatação promovida pelo sidenafil (VIAGRA) pode melhorar a


hipoxia das hemácias e assim fazer regredir os episódios de priapismo
PRIAPISMO RECORRENTE
IDIOPÁTICO
1-) Injeção intracavernosas de agonistas adrenérgicos.

2-) Análogos da LH - Releasing Hormone


Terbutalina 1 a 2 cp de 2,5 mg/3x por dia (Bricanyl)
Digoxina oral (0,25-0,5 mg/dia de digoxina diminui a
frequência e a rigidez das erecções
nocturnas, sem efeitos adversos
assinaláveis)
Digoxina
Inibe a bomba Na+-K+-ATPase da membrana celular do músculo liso, prevenindo o

efluxo do cálcio intracelular. Os níveis elevados de cálcio intracelular promovem a


contracção da célula muscular, facilitando desta forma a detumescência peniana .
PRIAPISMO RECORRENTE
IDIOPÁTICO ou DA ANEMIA FALCIFORME
Long Term oral phosphodiesterase 5 inhibidor therapy alliviates recurrent priapism.
Este não é um tratamento intuitivo. Dar 50 mmg/dia.
Priapismo recorrente causa: efeitos isquemicos, fibrose e disfunção sexual.

Causas de priapismo: Antigamente.


Viscosidade e veno oclusão.

Causas de priapismo: Atualmente.


Disturbio dos mediadores da ereção. Falta de PDS 5 (fosfodiasterase) e excesso
de cGMP.
Ao ser dado os inibidores da PDS 5 (viagra) restaura a expressão normal da PDS
5.
Este tratamento também póde ser usado em paciente com anemia falciforme.
PRIAPISMO COMPLICAÇÕES
 Venoclusivo prolongado - Fibrose e Impotência

 Início do tratamento não deve ultrapassar 4 horas

 Após 24 horas
A possibilidade de reverter diminui pela necrose

 Após 48 horas
- Perda do endotélio, coagulos intracavernosos, necrose
dos vasos nervos e musculatura lisa.
- Possibilidade de manter uma boa ereção nos casos mais
satisfatórios é < 50%
ALFA-ADRENÉGICO INTRACAVERNOSO
DISPONÍVEL NO BRASIL

1) Adrenalina .................................Ampola de 1 ml (1mg)


Dissolver 1 ampola em 100 ml de SF e aplicar 1 -2 ml (10 - 20 mcg)
Repetir após 5 min se não surtir efeito
Dose máxima de 100 mcg de adrenalina
Nome comercial = Adrenalina Geyer ou Ariston adrenalina

2) Metaraminol Bitartarato.........Ampola de 1 ml (10 mg)


Dissolver 1 ampola em 10 ml de SF e aplicar 2 - 4 ml (2 - 4 mg)
Repetir após 5 min se não surtir efeito
Dose máxima de 10 mg
Nome comercial = Aramin (Cristália)

Monitorar freqüência cardíaca e pressão arterial (Hipertenão,


bradicardia reflexa e midríase)
Se ocorrer hipertesão nifedipina 10 mg sublingual
ALFA-ADRENÉGICO INTRACAVERNOSO
NÃO DISPONÍVEL NO BRASIL
1-)Metoxamina
Ampola com 20 mg
Diluir em 5 ml soro fisiológico
Injeta 1-2 ml (4-8 mg de metoxamina).
A dose total não deve ultrapassar 30 mg

2-) Fenilefrina (agonsita puro dos receptores alfa – 1,


ação rápida, semi-vida curta, não age nos receptores beta, pelo
que seus efeitos cardiovasculares são mínimos.
1mg de fenilefrina para cada ml de soro fisiológico
0,2-03 ml (200-300 mcg) por aplicação
Pode ser repetida varia vezes de 5/5 minutos
Não exeder a dose de 1-1,5 mg

3-) Fenilefrina para irrigação


10 mg de finelefrina em 1 litro de soro fisiológico (10 mcg por ml)
20- 30 ml (200-300 mcg)
CRISE ALFA-ADRENÉRGICA
 Hipertensao
 Bradicardia (reflexa)
 Midríase
 Cefaléia
 Hemorragia intracraniana
 Arritmias ventriculares
 Convulsões
 Infarto do miocárdio

Casos leves e assintomáticos

Apenas observaçao clínica


Monitorizaçao de sinais vitais é suficiente
CRISE ALFA-ADRENÉRGICA
Quando a pressao diastólica permanece acima de 120 mmHg.
Diminuir cuidadosamente a pressao diastólica para 100 mmHg.
• Nitroprussiato de Sódio
Vasodilator direto generalizado.
Dose: Inicie infusao EV contínua com 0.5 µg/kg/min.
Aumentar gotejamento progressivamente até a dose máxima de 10
µg/kg/min, conforme pressao arterial.
Administrar mediante observaçao rigorosa, de preferência com
monitorizacao contínua da pressao arterial.
Soluçao e equipo devem estar cobertos para evitar a
fotodegradaçao.

• Fentolamina
Bloqueador competitivo de alfa-adrenoreceptor.
Dose: 2.5 - 5 mg (0.05 - 0.1 mg/kg) EV a cada 5 minutos até
obtençao do efeito desejado, seguido de infusao contínua de 25 a
100 mg/12 horas com monitorizaçao da pressao arterial.
• Atençao: Atropina e beta bloqueadores sao contra-indicados.
Escroto agudo
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Escroto agudo:
– Diagnóstico diferencial:
• Torção do cordão
• Torção de apêndices testiculares
• Orquite
• Orquiepididimite
• Trauma
• Hérnia inguinal indireta
• Hidrocele
• Tumor testícular
• Lesões dermatólógicas
• Vasculite inflamatória
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
CONSIDERAÇÕES ANATÓMICAS

Anatomia normal Deformidade em


Badalo de Sino

Testículo aderente ao escroto través Inserção deficiente do gubernaculum,


do gubernaculum e do mesotestículo condicionando uma reflexão alta da
vaginal no cordão espermático
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
CONSIDERAÇÕES ANATÓMICAS
• No período perinatal, a inserção do
gubernaculum está pobremente desenvolvida,
permitindo a rotação de todo o cordão
espermático e da sua túnica vaginal

• Tipos de torção do cordão espermático]


Extravaginal
Intravaginal
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
Extravaginal:
- no período neonatal, habitualmente pré-natal
- torção do cordão espermático acima da
reflexão da túnica vaginal
- imaturidade do gubernaculum, permitindo a
rotação de todo o cordão espermático e da
túnica vaginal
- 5% de todas as torções
- pode ser bilateral (20% dos casos de t. e.v. são
síncronos e 3% são assíncronos)
- recém-nascidos de elevado peso
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

Intravaginal: - na infância,na adolescência, raramente


no adulto jovem
- torção do cordão espermático abaixo
da reflexão da túnica vaginal
- anomalia na suspensão testicular
(testículo em badalo de sino), facilitando
a rotação do cordão espermático dentro
da túnica vaginal
- mais frequente à esquerda
- bilateral em 2% dos casos
- pico de incidência aos 13 anos
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
• TIPOS DE TORÇÃO
– Intravaginal
– Extravaginal
– Intermitente
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
• ETIOPATOGENIA
– Inserção alta da vaginal no cordão
espermático
– Aumento da mobilidade testicular

– Torção geralmente espontânea


(contracção do cremaster)

– Exercício físico
– Traumatismo
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
Torção do Cordão Espermático

Grau de torção  180 – 720º

Interrupção(variável) do fluxo
sanguíneo do testículo/epidídimo

O aumento da congestão da gônada


promove a progressão da torção
(colapso venoso  obstrução arterial)
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
Torção do Cordão Espermático

A extensão e duração da torção


condicionam o prognóstico

Ao fim de 4-6 horas de isquémia podem surgir lesões


irreversíveis
(>6h  alt. espermatogénese; >24h  alt. hormonais)

A partir das 24 horas de isquémia a


Até 6-8 horas de isquémia NECROSE TESTICULAR desenvolve-se na
pode-se salvar o testículo maioria dos pacientes
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

• APRESENTAÇÃO CLÍNICA
– Dor escrotal aguda, intensa
– Irradiação da dor para região abdominal inferior
– Aumento do volume escrotal
– Náuseas e vómitos
• EXAME OBJECTIVO
– Testículo alto, transversal
– Ausência de reflexo cremastérico
– Dor aumenta com elevação do testículo – sinal de
Prehn
– Palpação do epidídimo
– Palpação dos apêndices
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

CLÍNICA

Torção Extravaginal - Pré-Natal

• massa escrotal tensa e dura, sem trans-iluminação


• pele escrotal aderente à gónada necrosada
• pode existir hidrocelo reaccional
• recém-nascidos habitualmente assintomáticos
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
CLÍNICA

Torção Extravaginal - Pós-Natal

Quando um recém-nascido, previamente normal, surge


subitamente com tumefacção escrotal e testículo duro
suspeitar de torção testicular!

Excluir: hidocelo, tumor, hérnia inguinal


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

CLÍNICA

Torção Intravaginal

• crise aguda de dor escrotal intensa seguida de


tumefacção escrotal e/ou inguinal
• o evoluir da necrose pode aliviar a dor
• 1/3 dos casos acompanha-se por náuseas e vómitos
• ausência de queixas urinárias
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
CLÍNICA

Torção Intravaginal
Exame Físico:

• testículo tumefacto, tenso, em posição alta


• orientação transversal (horizontal)
• ausência de reflexo cremastérico
• a elevação do escroto não alivia a dor (sinal de Prehn)
• com o tempo podem surgir: hidrocele reacional, eritema
da parede escrotal e equimoses
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO

Quando, clinicamente, o doente não evidencia


torção do cordão espermático, o pedido de
Sumária de Urina e Urocultura pode ser útil para
averiguar ITU, ou orqui-epididimite.
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO

Só em casos de incerteza diagnóstica!

Eco-doppler escrotal
• avaliação do fluxo sanguíneo testicular
• avaliação das características morfológicas
epididimo-testiculares

Cintigrama testicular
• avaliação do fluxo sanguíneo testicular
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
• EXAMES AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO
– Leucocitose (após algumas horas)
– Ausência de piúria

– Eco-doppler escrotal
• Anatomia
• Fluxo testicular

– Cintigrafia com 99mTc – o mais sensível


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Torção do apêndice testicular ou epididimário


Epididimite, orquite, ou orqui-epididimite
Hidrocele
Tumor do testículo
Edema escrotal idiopático
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Torção do apêndice testicular ou epididimário
• geralmente entre os 7 e os 12 anos
• sintomas sistêmicos são raros
• sensibilidade localizada ao pólo superior do testículo
• ocasionalmente, pequena marca azul (trans-iluminação)
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Torção do apêndice testicular ou epididimário
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Epididimite, orquite, ou orqui-epididimite


• geralmente por refluxo de urina infectada ou por DST
(gonococcus, chlamydia)
• ocasionalmente, após refluxo por excessivo esforço
miccional (epididimite química)
• pode ser secundária a anomalias urológicas (congénitas,
adquiridas, estruturais), frequentemente com sinais ou
sintomas sistémicos de ITU
• pode acompanhar-se de piúria, bacteriúria, ou
leucocitose
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Epididimite, orquite, ou orqui-epididimite


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Hidrocele
• tumefacção não dolorosa
• prova de trans-iluminação positiva
• excluir hérnias encarceradas (examinar o canal inguinal)
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Tumor do testículo
• aumento do volume escrotal, habitualmente indolor
• testículo palpável e duro (ou com nódulo duro)
• raramente tem uma apresentação aguda
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Edema escrotal idiopático


• pele escrotal espessa, edematosa e, frequentemente,
inflamada
• o testículo apresenta-se normal
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

Em caso de suspeita, ou de dúvida, ENVIO


URGENTE para hospital diferenciado
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

TRATAMENTO

Perante a suspeita de torção do cordão espermático...

EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
• TRATAMENTO

– Destorção manual
Não substitui a cirurgia

– Exploração cirúrgica
• Destorção
• Revitalização
• Avaliação da viabilidade
• Fixação testicular bilateral

– Orquidectomia – se inviabilidade testicular


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

TESTÍCULO TORCIDO VIÁVEL


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

TESTÍCULO TORCIDO INVIÁVEL


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão

COMPLICAÇÕES

Infertilidade/Esterilidade (>6h)

Hipogonadismo (>24h, testículo contra-lateral anormal)

tratamento hormonal de substituição


URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Torção de cordão
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Orquite
• Raras
• Orquite por caxumba
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Epididimite

• Trauma
• Invasão bacteriana:
• Infecção ou doença
sexualmente
transmissíveis
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Orquiepididimite

• ETIOLOGIA
– Crianças: E. coli

– < 35 anos, sexualmente activo:


• N. gonorrhoeae
• C. thracomatis

– >35 anos: Enterobacteriaceae

– Outros:
• Tuberculose
• Brucelose
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Orquiepididimite
• DIAGNÓSTICO

– Aumento doloroso do volume do epidídimo /


testículo
– Diminuição da dor com a elevação escrotal
– Queixas urinárias baixas

– Piúria

– Ecografia escrotal com doppler


- hipervascularização
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
• Orquiepididimite

• TRATAMENTO
– Repouso
– Analgesia
– Suspensão escrotal

– Quinolonas
• Ofloxacina
• Levofloxacina
– Doxiciclina
– Ceftriaxone
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
HEMATÚRIA
DEFINIÇÃO
Sangue na urina em quantidades superiores ao
normal
HEMATÚRIA / URETRORRAGIA
FALSA HEMATÚRIA
Contaminação por sangue menstrual
Desidratação
Exercício físico
Soluções anti-sépticas com iodo-povidona
Ingestão de ácido ascórbico ou outros anti-
oxidantes
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
HEMATÚRIA

• HEMATÚRIA
MACROSCÓPICA/MICROSCÓPICA

• HEMATÚRIA
NEFROLÓGICA/UROLÓGICA
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
HEMATÚRIA
• ETIOLOGIA
– Localização:
• Inicial – uretra
• Total – bexiga, ureter, rim
• Terminal – colo vesical, próstata
– Coágulos – extra-glomerular
– Queixas urinárias irritativas ou febre – ITU
– Queixas urinárias obstrutivas – HBP/estenose
uretra
– Dor lombar – litíase renal, PNA, necrose papilar
– Febre crónica e baixa – CCR, tuberculose
– História familiar
– Cilindros, eritrócitos dismórficos - glomerular
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
HEMATÚRIA
EXAMES AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO

• Hemograma • Rx renovesical

• VS • Ecografia reno-vesical

• Sedimento urinário • TC abdomino-pélvica

• Urocultura • UGE

• Estudo da coagulação • RMN

• Uretrocistoscopia
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
HEMATÚRIA
• TRATAMENTO

– Reposição da volémia / transfusão

– Drenagem vesical com ou sem


lavagem

– Cobertura antibiótica
GANGRENA DE FOURNIER
Fasceíte necrotizante do períneo
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
GANGRENA DE FOURNIER

• Infecção grave, geralmente de início agudo


e progressão rápida, com destruição
gangrenosa perineal, do pênis e bolsa
escrotal.

• Origem:
– Pele
– Uretra
– Região ano-rectal
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
GANGRENA DE FOURNIER

• FACTORES PREDISPONENTES

– Diabetes mellitus
– Traumatismo local
– Parafimose, balanites crónicas
– Extravazamento peri-uretral de urina (estenose
uretral)
– Instrumentação uretral
– Infecção peri-anais/peri-rectais
– Hidradenite supurativa escrotal
– Cirurgias
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
GANGRENA DE FOURNIER

• ETIOPATOGENIA

– Flora microbiana múltipla


• E.coli
• Klebsiella
• Enterococci
• Anaeróbios:
– Baceroides
– Fusobacterium
– Clostridium
– Streptococci microaerofílicos
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
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• APRESENTAÇÃO CLÍNICA
– Celulite próximo do local de entrada
– Edema, eritema, dor – envolvimento fáscia
profunda
– Gangrena – escroto, pénis, períneo, parede
abdominal
• Deterioração estado geral
• Taquicardia, taquipneia
• Febre SÉPSIS
• Crepitação à palpação local
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
GANGRENA DE FOURNIER

• EXAMES AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO

– Leucocitose → leucopenia
– Alteração função renal e ionograma
– Rx abdominal simples
– Ecografia escrotal
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
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TRATAMENTO – RÁPIDO E EFICAZ

Tratamento:

Antibioticos:
Cefepime 2 gramas de 12/12horas.
Amicacina 500 mg de 12/12 horas.
Vancomicina 500 mg 8/8 horas.
Metronidazol 500 mg 8/8 horas.

Cefepime: Maxcef.
Amicacina: Novamin.
Vancomicina : Vancocina.
Metronidazol : Flagyl.
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
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TRATAMENTO – RÁPIDO E EFICAZ


DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO
– Não fechar a ferida
– Desbridamentos subsequentes se
necessário
– Derivação urinária – cistostomia
suprapúbica se necessário
– Derivação intestinal – colostomia se
necessário
– Reconstrução posteriormente – retalhos
miocutâneos
URGÊNCIAS EM UROLOGIA
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• PROGNÓSTICO

– Mortalidade – até 20%

– Pior prognóstico:
• Diabetes mellitus
• Alcoolismo
• Fonte colo-rectal

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