0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
71 visualizzazioni22 pagine
O documento discute as principais questões abordadas pelo behaviorismo radical de Skinner em contraposição às outras propostas da psicologia da época, notadamente o mentalismo. O behaviorismo radical defendia que todos os fenômenos humanos, incluindo os mentais, deveriam ser estudados como fenômenos físicos e comportamentais, sem a necessidade de postular estados mentais internos.
O documento discute as principais questões abordadas pelo behaviorismo radical de Skinner em contraposição às outras propostas da psicologia da época, notadamente o mentalismo. O behaviorismo radical defendia que todos os fenômenos humanos, incluindo os mentais, deveriam ser estudados como fenômenos físicos e comportamentais, sem a necessidade de postular estados mentais internos.
O documento discute as principais questões abordadas pelo behaviorismo radical de Skinner em contraposição às outras propostas da psicologia da época, notadamente o mentalismo. O behaviorismo radical defendia que todos os fenômenos humanos, incluindo os mentais, deveriam ser estudados como fenômenos físicos e comportamentais, sem a necessidade de postular estados mentais internos.
O BEHAVIORISMO FRENTE A CLSSICAS QUESTES DA PSICOLOGIA Quando Skinner inicia seus estudos em psicologia, outras propostas de entendimento desta rea j estavam em discusso e a apresentao dos aspectos que caracterizavam seu entendimento da psicologia (aspectos que passariam a caracterizar o behaviorismo radical) foi feita, frequentemente, a partir da contraposio com essas outras propostas ento em vigor. De uma forma geral, essa contraposio com as demais propostas guiada por questes relacionadas ao objeto e aos mtodos da psicologia e ao modelo de causalidade que deveria orientar a construo de explicaes das aes humanas.
Behaviorismo, com nfase no ismo, no o
estudo cientfico do comportamento, mas uma filosofia da cincia preocupada com o objeto e mtodos da psicologia. Se a psicologia uma cincia da vida mental - da mente, da experincia consciente - ento ela deve desenvolver e defender uma metodologia especial, o que ainda no foi feito com sucesso. Se, por outro lado, ela uma cincia do comportamento dos organismos, humanos ou outros, ento ela parte da biologia, uma cincia natural para a qual mtodos testados e muito bem sucedidos esto disponveis. A questo bsica no sobre a natureza do material do qual o mundo feito ou se ele feito de um ou de dois materiais, mas sim as dimenses das coisas estudadas pela psicologia e os mtodos pertinentes a elas. (Skinner, 1963/1969) Mentalismo X Behaviorismo Embora no seja plausvel falar de um conceito completamente consensual de mentalismo, define-se na literatura behaviorista radical como mentalista qualquer enfoque psicolgico (e, mesmo, antropolgico, sociolgico e biolgico) que considere o comportamento como resultado de processos e/ou agentes internos e/ou de outra natureza ou substncia distinta daquela da conduta a ser explicada.(Zilio e Carrara, 2008) http://www.revistas.unam.mx/index.php/acom/article/viewFile/18121/17242 O fato da privacidade no pode, claro, ser questionado. Cada pessoa est em contato especial com uma pequena parte do universo contida dentro de sua prpria pele. Para tomar um exemplo que no acarreta controvrsias, cada pessoa est singularmente sujeita a certos tipos de estimulao proprioceptiva e interoceptiva. Embora, em um certo sentido, possamos dizer que duas pessoas podem ver a mesma luz ou ouvir o mesmo som, elas no podem sentir a mesma distenso do ducto biliar ou o mesmo msculo contundido. (Quando a privacidade invadida com instrumentos cientficos, a forma de estimulao mudada; as escalas lidas pelos cientistas no so os prprios eventos privados.). Psiclogos mentalistas insistem que h outros tipos de eventos que so unicamente acessveis ao proprietrio da pele dentro da qual eles ocorrem, mas que faltam a eles as dimenses fsicas de estmulos proprioceptivos ou interoceptivos. (...) A importncia atribuda a este tipo de mundo varia. Para alguns, ele o nico mundo que existe. Para outros, ele a nica parte do mundo que pode ser diretamente conhecida. Para outros ainda, ele uma parte especial daquilo que pode ser conhecido. Em qualquer caso, o problema de como algum conhece o mundo subjetivo de outro deve ser enfrentado. Ao lado da questo do que significa conhecer, o problema o da acessibilidade. (pp. 225-226) O que, de fato, diferencia as duas alternativas (a mentalista e a behaviorista) a natureza que cada uma delas atribui aos fenmenos envolvidos na privacidade; em uma viso behaviorista, esses fenmenos tm a mesma natureza que os demais fenmenos que constituem o homem: so fenmenos fsicos, materiais; em uma viso mentalista, ao contrrio, esses fenmenos so de natureza diferente da natureza dos demais fenmenos que constituem o homem: no so de natureza fsica, so de natureza mental ou psquica e seria isso que os distinguiria como objeto de estudo parte. A contraposio com outras propostas para a psicologia feita em termos quase estritamente metodolgicos. Skinner apresenta sua posio com relao a uma proposta bastante especfica sobre como os psiclogos deveriam proceder ao abordar seu objeto de estudo: o operacionismo (apresenta-se como um procedimento para garantir que os cientistas fundamentem todo o conhecimento produzido em fenmenos diretamente mensurveis, de forma a evitar problemas ocasionados pela incluso, nas descries e explicaes cientficas, de conceitos que envolvem elementos no fundamentados em observaes, conceitos que no tm base emprica. Skinner em 1945, afirma que o operacionismo no trouxe nenhuma nova contribuio para a prtica dos cientistas e, de certa forma, no poderia mesmo faz-lo devido aos limites presentes no conhecimento disponvel na poca.
Segundo Skinner, as teorias de linguagem
existentes na poca no estavam ainda preparadas para tal empreendimento porque, entre outras coisas, ainda no se tinha completado o desenvolvimento de uma concepo objetiva do comportamento humano. Skinner passa a apresentar sua proposta que, neste caso, envolve diretamente uma nova abordagem do comportamento verbal (expresso proposta por Skinner (1957) para tratar de fenmenos tradicionalmente chamados de 'linguagem'). Uma vantagem considervel ganha ao lidarmos com termos, conceitos, constructos, etc bem abertamente na forma em que eles so observados - isto , como respostas verbais. No h, ento, perigo em incluir no conceito aquele aspecto ou parte da natureza que ele destaca. (...) Significados, contedos e referentes devem ser encontrados entre os determinantes, no entre as propriedades, da resposta. (p.418) Tratar conceitos como respostas verbais seria o grande passo a ser dado para que pudssemos superar os obstculos criados pela ausncia de uma teoria no dualista sobre comportamento verbal (de uma forma bem geral e simplificada, uma teoria dualista distinguiria como sendo de dimenses diferentes a palavra - dimenso fsica - e o significado - dimenso no fsica - na anlise dos fenmenos lingusticos). Skinner indica toda radicalidade de seu behaviorismo: nenhum fenmeno humano retirado do mbito de estudo da psicologia, ou seja, cabe psicologia estudar os fenmenos humanos em sua totalidade e complexidade e, para isso, no necessrio supor a existncia de uma dimenso especial do mundo diferente da dimenso material. A origem primitiva da pergunta sobre as causas faz com que o estudioso do comportamento procure suas causas naquilo que acontece imediatamente antes do comportamento, comprometendo-se, assim, com uma noo de causalidade genericamente chamada de mecanicista. Diferentemente do que acontece com outros objetos de estudo, ao estudar o comportamento, o estudioso pode tomar a si mesmo como ponto de partida. Fazendo isso, e continuando a tradio de buscar as causas nas condies antecedentes imediatas, este estudioso procurar as causas naquilo que ele mais facilmente observa como acontecendo imediatamente antes de suas aes e a primeira coisa que ele encontra o que ele observa estar acontecendo em seu prprio corpo. Esto a as bases do modelo explanatrio mais difundido em psicologia: a) os estados internos sentidos esto 'no lugar certo' das causas, dentro da tradio de buscar as causas nas condies antecedentes imediatas e b) supomos que as outras pessoas sentem o que ns sentimos quando as vemos fazer as coisas que ns fazemos; esta ltima suposio que permite a seguinte prtica bastante difundida: observamos as respostas de uma pessoa e, tendo como nico fundamento essa observao, supomos a presena de um determinado 'estado interno' que, ento, visto como a causa da resposta que observamos; ou seja, a resposta o nico indicador de sua causa A resposta tradicional que eles esto localizados em um mundo de dimenses no- fsicas chamado mente e que eles so mentais. Mas, ento, outra questo se coloca: como pode um evento mental causar ou ser causado por um evento fsico? (Skinner, 1974, p.10) O problema mentalista pode ser evitado indo diretamente s causas fsicas antecedentes ao mesmo tempo em que se desvia dos sentimentos ou estados da mente intermedirios. A maneira mais rpida de fazer isso (...) considerar apenas aqueles fatos que podem ser objetivamente observados no comportamento de uma pessoa em sua relao com sua histria ambiental anterior. Se a cadeia toda sujeita a leis, nada perdido ao desconsiderar um suposto elo no-fsico. (Skinner, 1974) Ele [o behaviorismo radical] no insiste na verdade por acordo e pode, portanto, considerar eventos que ocorrem no mundo privado dentro da pele. Ele no qualifica esses eventos como inobservveis e no os rejeita como subjetivos. Simplesmente questiona a natureza do objeto observado e a confiabilidade das observaes. (Skinner, 1974) Referncias Bibliogrficas Srio, Tereza M. de A. P. O Behaviorismo radical e a psicologia como cincia. Rev.Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 2005, vol.II, n 2, 247- 261.