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Universidade Federal do Ceará

Faculdade
 de Medicina

 Métodos de Proteção
Miocárdica com o
Coração Parado

 Liga de Cirurgia Cardiovascular


 Danilo de Andrade Lima
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
 OBJETIVOS
 Permitir correção de defeitos
cardiovasculares, eliminando ou
minimizando a lesão miocárdica.
 Proporcionar condições ideais de trabalho:
coração parado, sem sangue, sem
isquemia miocárdica.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
 PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS DE PROTEÇÃO
MIOCÁRDICA

 Impedir desbalanço entre oferta, demanda

e consumo

 Déficit energético - lesão por isquemia

 Impedir lesão por reperfusão



PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
Isquemia Miocárdica

Fluxo Sanguíneo Frequência


Coronário Cardíaca

Oferta
Oferta Consumo
Consumo Contratilidade

Capacidade de Déficit Tensão Sistólica


Transporte de O2 Energéti Parietal
co
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO MIOCÁRDICO AERÓBICO

 Substratos (Ac. Graxos livres) > piruvato >


ciclo de Krebs > cadeia fosforilativa > água
e gás carbônico (com consumo de
oxigênio).
 Produção de ATP com alto rendimento.
 Por cada mol de glicose metabolizada: 38
moles de ATP.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO MIOCÁRDICO ANAERÓBICO

Interrupção do fluxo coronariano > fim da


oferta de oxigênio e substratos >
permanência do consumo de ATP.
Substrato ( glicose) > glicólise > lactato.
Baixo rendimento. Por cada mol de glicose:
2 moles de ATP.
Acidose - déficit de energia.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO DO MIOCÁRDIO ISQUÊMICO

Acidose - déficit energético > prejuízo da


função contrátil e dificuldade na manutenção
da viabilidade celular > edema celular >
diminuição da glicólise anaeróbica >
ausência de energia para a manutenção das
funções vitais > autólise.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
METABOLISMO DO MIOCÁRDIO NA
REPERFUSÃO

Reperfusão > influxo de cálcio no miócito com liberação


de quimiotáticos e ativação do complemento > lesão
celular.
Dependendo do momento da reperfusão:
–reestabelecimento completo
–“stunning”
–necrose
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CONSUMO DE O2 - CEC

Coração batendo
6.0 Fibrilação
Parado
ml/100 g/min

4.0

2.0

0
37o C 32o C 28o C 22o C
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA

Reações celulares x temperatura > diminuição da


velocidade enzimática.
Hipotermia x consumo de oxigênio
Resposta heterogênea das reações celulares a
hipotermia:
–Reações em que há consumo de energia
podem se alterar em velocidades diferentes
daquelas em que há produção de energia.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA

Técnicas de uso:
Tópica: gelo ou solução salina no saco
pericárdico.
Sistêmica: resfriamento sistêmico através do
trocador de calor do sistema de CEC.
Infusão coronariana: solução gelada por via
anterógrada (artérias coronárias) ou
retrógrada (seio coronário).
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CONSUMO


CORAÇÃO PARADO:

• 1 ml O2 / 100 g / min – 37 º C
• 0,3 ml O2 / 100 g / min – 22 º C

 CORAÇÃO BATENDO / FIBRILANDO:


• 6 ml O2 / 100 g / min – 37 º C
• 2 ml O2 / 100 g / min – 22 º C
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

CARDIOPLEGIA

• Indução da assistolia > diminuição de 90% do


consumo de O2 do miocárdio.
 9 ml de O2/100g/min > 1 ml de
O2/100g/min
• Indução da assistolia > economia de energia
> manutenção da viabilidade do miócito por
tempo prolongado.
• Estado de diástole sustentado.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA INDUZIDA
Princípios químicos para indução da
assistolia:
–depleção miocárdica de cálcio
–depleção miocárdica de sódio
–elevação do magnésio extra-celular
–infusão de anestésicos locais
–uso de bloqueadores do canal de cálcio
–elevação do potássio extra-celular
PROTEÇÃO
MIOCÁRDICA
• Proteção do miócito.
CARDIOPLEGIA - PROPRIEDADES

• Necessidade de perfusão miocárdica pela


solução cardioplégica em quantidade
suficiente para o efeito desejado.
• Efeito prolongado.
• O princípio químico para a indução da
assistolia deve agir de maneira homogênea
em todo o coração.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
MÉTODOS DE PROTEÇÃO MIOCÁRDICA EM
USO NA PRÁTICA CLÍNICA

•H ip o te rm ia a sso cia d a a F ib rila çã o


V e n tricu la r.
•H ip o te rm ia a sso cia d a a Isq u e m ia
M io cá rd ica G lo b a l In te rm ite n te .
•C a rd io p le g ia C rista ló id e F ria .
•C a rd io p le g ia S a n g u ín e a F ria In te rm ite n te .
•C a rd io p le g ia S a n g u ín e a N o rm o té rm ica
C o n tín u a .
•C a rd io p le g ia S a n g u ín e a N o rm o té rm ica
In te rm ite n te .
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

Técnica:
Hipotermia: diminuição da temperatura
sistêmica a 28 º C - troca de calor da CEC.
Fibrilação ventricular: espontânea ou induzida
por estímulo elétrico.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

Fundamentos:
Hipotermia: diminuição do metabolismo celular com
diminuição do consumo de energia.
Fibrilação ventricular: diminuição do consumo de
energia - 9 ml de O2/ 100g/min para 5 ml de
O2/100g/min.
Comprometimento do fluxo sanguíneo na região
subendocárdica.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO
VENTRICULAR

Aplicação Clínica:
Tecnicamente simples.
Campo cirúrgico desfavorável (sangue).
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

1987 - Akins
Hipotermia com Fibrilação Ventricular:
Casuística 1000 pacientes
IAM peri-operatório 1,8%
Sobrevida em 5 anos 91,6%
Fibrilação atrial 23,6%
Mortalidade 4%
Ann thorac Surg 1987;43:628-33
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA
MIOCÁRDICA INTERMITENTE

Técnica:
Diminuição da temperatura sistêmica (28 a 32
graus) com o trocador de calor da CEC.
Pinçamento da aorta ascendente por períodos
de 10 a 15 min.
Reperfusão por 3 a 5 min.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA
MIOCÁRDICA INTERMITENTE
Fundamentos:
Hipotermia - diminuição do metabolismo miocárdico
com diminuição do consumo de oxigênio.
Ciclos de isquemia e reperfusão:
-possibilidade de lesão por isquemia
-possibilidade de lesão por reperfusão
-pré condicionamento isquêmico: curtos períodos de
isquemia > reperfusão > maior resistência à lesão por
períodos prolongados de isquemia
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Técnica:
Infusão de solução cristalóide filtrada, com
componente que induz a assistolia com temperatura
de 4 º C com pressão de 80 a 100 mmHg
anterógrada e 25 a 50 mmHg retrógrada, após o
pinçamento da aorta ascendente.
Hipotermia tópica (pode ser associada).
Repetição da dose a cada 20 a 25 min.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Fundamentos:
–Hipotermia e assistolia > diminuição de 97% do
consumo de O2 do miocárdico.
–Indução da assistolia: solução hipercalêmica >
despolarização do sarcolema > impede a fase
zero do potencial de ação > não se inicia o
estímulo.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA
Fundamentos:
Substâncias usadas em associação ao
agente indutor da assistolia:
–agente tampão: bicarbonato
–anestésicos locais (procaína e xilocaína)
–magnésio
–bloqueadores do canal de cálcio
–betabloqueadores
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA

Aplicação Clínica:
–Simplicidade no preparo e uso.
–Resultados clínicos satisfatórios.
–Campo cirúrgico ideal: imóvel e sem
sangue.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA

Solução Saint Thomas:

Ringer Lactato
Cloreto de magnésio 1,6g
Cloreto de procaína 136mg
Cloreto de potássio 596mg
Temperatura a 4 º C
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA FRIA
INTERMITENTE

Técnica:
Modo de infusão e constituintes
semelhantes à cristalóide
Veículo é o sangue
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA
INTERMITENTE
Fundamentos:
Indução da assistolia e constituintes semelhantes à
cristalóide.
Uso do sangue como veículo:
pressão oncótica
poder tampão
inativação de radicais livres
diminuição da hemodiluição
fornecimento de oxigênio
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA INTERMITENTE

Aplicação clínica:
Ampla fundamentação fisiopatológica.
Campo cirúrgico ideal.
Método mais usado atualmente nos EUA
(72,2%).
CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA FRIA
INTERMITENTE

Follette e Buckberg, em 1978,


demonstraram que para 2h de isquemia
com intervalos de 20 minutos e
temperatura miocárdica de 20oC, a
função sistólica é melhor após o uso da
cardioplegia com sangue, quando
comparada com a proteção cristalóide.

Cardiovasc Surg. 1978;58:1-200


PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA
CONTÍNUA

Técnica:
Infusão de sangue oxigenado normotérmico,
acrescido de substância que induz a assistolia.
Indução por via anterógrada e manutenção
contínua por via retrógrada ( com ou sem
doses adicionais por via anterógrada).
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA
CONTÍNUA

Fundamentos: Assistolia
Normotermia:
hipotermia > diminuição de 7% do
consumo do miocárdio em assistolia
funcionamento enzimático perfeito
concentração ideal de hemoglobina >
oxigenação ideal
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA
CONTÍNUA

Aplicação Clínica:
Campo operatório não ideal (sangue).
Tecnicamente mais complexa.
Resultados clínicos e experimentais
satisfatórios.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGÜÍNEA CONTÍNUA
Fria Quente
Pacientes 133 121
IAM 6,8% 1,7%*
Baixo débito 13,5% 3,3%*
BIA 9,0% 0,9%

Lichtenstein J Thorac Cardiovasc Surg


1991;101:269-74
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA
INTERMITENTE

Técnica:
Infusão de solução semelhante à da
cardioplegia sangínea quente contínua,
de maneira intermitente.
Repetida a cada 10 a 15 min (máximo).
Em geral, anterógrada.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA SANGUÍNEA NORMOTÉRMICA
INTERMITENTE

Aplicação clínica:
Campo operatório ideal.
Apesar de recente, existem estudos
clínicos com bons resultados.
Uso relativamente simples.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA

Calafiore: Cardioplegia sanguínea


normotérmica intermitente vs. fria: a
normotérmica tem menos morbimortalidade e
tem menor liberação de CKMB.

Ali: A cardioplegia normotérmica é melhor até 90
minutos de pinçamento aórtico.
PROTEÇÃO MIOCÁRDICA
CARDIOPLEGIA

Fremese Iverson: A cardioplegia sanguínea fria


intermitente vs. cristalóide: a sanguínea tem melhor
função sistólica e menor liberação de CKMB.

Khuri: Incidência de IAM e elevação de CKMB iguais
nos dois grupos.

Codd: A cardioplegia sanguínea tem menor elevação de
CKMB.

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