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Árido movie: Representações do

sertão por um olhar exterior


Eloísa França
Fernanda Eggers
Realidade Regional – Profª Glória Rabay
Trailer de Árido Movie
Ficha Técnica
 Gênero: Drama
 Duração: 115 min.
 Lançamento: 2006
 Direção: Lírio Ferreira
 Roteiro: Lírio Ferreira, Hilton
Lacerda, Sérgio Oliveira e
Eduardo Nunes
 Produção: Murilo Salles e Lírio
Ferreira
 Co-produção: Cinema Brasil
Digital
 Fotografia: Murilo Salles
 Direção de arte: Renata Pinheiro

Elenco
 Guilherme Weber (Jonas)  Luiz Carlos Vasconcelos
(Jurandir)

 Giulia Gam (Soledad)


 Aramis Trindade (Márcio
Greyck)
 Gustavo Falcão (Falcão)
 Matheus Nachtergaele
 Selton Mello (Bob) (Salustiano)

 Mariana Lima (Vera)  Maria de Jesus Bacarelli (D.


Carmo)
 José Dumont (Zé Elétrico)
 Renata Sorrah (Stela)
 Suyane Moreira (Wedja)
 Paulo César Pereio (Lázaro)
Road movie
 Conceito de Nestingen e Elkington: “imagens
do carro, planos de diálogos no interior do
automóvel, contrastes entre espaços
urbanos e rurais, panoramas com rápidos
planos pan em movimento, filmagem locais.
Sintaticamente, o gênero também poderia
ser definido como uma série de conflitos
entre fixidez e mobilidade, pertencer e
marginalidade, fixação e emancipação.”

Movimentos de Câmera
A câmera está quase sempre em
movimento, mesmo em ambientes
fechados ou quando os personagens
estão parados;
 Evidencia o trânsito constante de Jonas;

 Mostra também o efeito das drogas,


utilizadas por grande parte dos
personagens.
Trilha Sonora

 Em Vale do Rocha, as músicas tocadas


são dos anos 60 (diegética e
extradiegeticamente), mantendo a
impressão de “túnel do tempo”.

Jonas
 Deslocamento do personagem Jonas do espaço
urbano para o sertão pernambucano;
 Conflito de realidades: Jonas não se sente
pertencente a nenhuma das situações nas
quais ele é colocado desde que chega à
Recife. Sua urbanização entra em conflito
com a cultura coronelista que faz parte de
sua família residente no sertão;
 Não quer participar do modo de vida da família
nem vingar a morte do pai;
 Personagem de amarração: elo entre todas as
histórias, ainda que não seja o motivo pelo
qual todas elas acontecem;
 Descobre o que é pelo que não é.
Família de jonas
Recife:
 Mãe – facilitadora do estranhamento:
afastou Jonas do interior ainda novo,
possui mentalidade diferente
Vale do Rocha (cidade fictícia):

 Família matriarcal;
 Honra a ser lavada com sangue;
 Controle político;
 Patrocínio ao banditismo;
 Contribui para a cidade parada no tempo
(manutenção de valores antigos).
Clichês culturais
Alguns clichês culturais são utilizados:

 Vingança, justiça com as próprias mãos;

 Paisagem seca e pobre (lagarto);

 A figura do messiânico;

 Feira: aglomeração de pessoas e


misticismo;
 Figuras folclóricas: vidente, procurador de
água;
 Índios marginalizados;

 Relacionamento de Wedja com Lázaro;


Soledad
 Aparentemente, Jonas se sente confortável
apenas ao lado da personagem Soledad, que
lhe dá carona até Vale do Rocha, quando se
encontram na estrada.
 Parece ser a única que divide o mesmo tipo de
visão de mundo, apesar de ela estar entrando
no sertão por motivo diferente: fazer um
documentário sobre a água e seu uso.
 Apesar de ser a personagem mais próxima de
Jonas, é a única cujo motivo da viagem
independe dele;
 É apresentada aos amigos de Jonas por acaso,
mas se mantém fora desse universo. O próprio
Jonas parece não querer uma ligação;
O documentário de soledad
- Fastfoward (dúvida, inevitável, falta de futuro)
 Vidente:
- No documentário, representa uma manifestação
 mística que pode ser encontrada em uma feira do
 Procurador interior
de água: simboliza o que
todos estão procurando, alega possuir
um dom.
 Meu Velho: líder espiritual, figura
messiânica, representação de um
movimento que sempre existiu no
sertão nordestino.
Bob ensinando a fazer um baseado
Trio da maconha
 Amigos de Jonas, moradores de Recife;
 Bob: alívio cômico do filme;

 Vera: amor antigo de Jonas;

 Todos vivem num mundo paralelo, sempre


bebendo e fumando;
 Acham que Jonas precisa de apoio e viajam
para V. do Rocha, aonde mal tem contato
com o amigo e adotam Zé Elétrico como
guia espiritual;
 Passam a idéia de que a maconha é
libertadora;
Zé elétrico
 Ponto não-emocional, crítico da história,
que vê diversas questões de um modo
diferente e os mostra para Jonas:
 A vingança da família;

 A exploração da terra e desapropriação


dos índios;
 Relação dos índios com a água e a terra.
A plantação de maconha
 Único lugar verde em V. do Rocha;
 Uso indevido da água;

 Jogo político, envolvendo a plantação, a


água e Meu Velho.
Conclusão
 Para o cinema nacional, o Nordeste
ainda se mostra como um lugar aonde
predomina o passado, onde aquele
que volta para sua terra se sente
deslocado, como se não fizesse mais
parte daquela realidade.
 Temos Jonas como um exemplo disso e
como um contraponto entre o interior
e a capital e, principalmente, entre o
Sudeste e o Nordeste, pois mesmo em
Recife ele não se sente em casa.

Referências Bibliográficas
 HILUEY, Amin Stepple. Um belo artigo sobre “Árido
Movie”: o filme “cult”da temporada “desbrava o
sertão deste início do século com olhos livres”.
Fonte: http://www.geneton.com.br 2006
 FECHINE, Yvana. MANSUR, Amanda. O road movie nas
rotas de fuga do árido cinema de Pernambuco. XI
Congresso Internacional da ABRALIC - Tessituras,
Interações, Convergências. USP, São Paulo. 2008.
 SILVEIRA, Manoela Falcón. A imagem do sujeito
distorcido em “Árido Movie”e “Essa Terra”. XI
Congresso Internacional da ABRALIC - Tessituras,
Interações, Convergências. USP, São Paulo. 2008.
Vídeos
 Fonte: YouTube (www.youtube.com)
 Trailer do filme “Árido Movie”.

 Trecho do filme “Bob ensina a fazer um


baseado”.

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