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1) O documento descreve as principais fontes do direito tributário no Brasil.
2) As fontes incluem a Constituição Federal, leis complementares, leis ordinárias e a jurisprudência.
3) A competência tributária é estabelecida pela Constituição Federal e caracterizada por ser indelegável, inalterável, irrenunciável e incaducável.
1) O documento descreve as principais fontes do direito tributário no Brasil.
2) As fontes incluem a Constituição Federal, leis complementares, leis ordinárias e a jurisprudência.
3) A competência tributária é estabelecida pela Constituição Federal e caracterizada por ser indelegável, inalterável, irrenunciável e incaducável.
1) O documento descreve as principais fontes do direito tributário no Brasil.
2) As fontes incluem a Constituição Federal, leis complementares, leis ordinárias e a jurisprudência.
3) A competência tributária é estabelecida pela Constituição Federal e caracterizada por ser indelegável, inalterável, irrenunciável e incaducável.
O QUE FONTE DO DIREITO TRIBUTRIO ? Paulo de Barros
Carvalho Focos ejetores de regras jurdicas, isto , os rgos habilitados pelo sistema para produzirem normas, numa organizao escalonada, bem como a prpria atividade desenvolvida por essas entidades, tendo em vista a criao de normas. Luciano Amaro Fontes so os modos de expresso do direito. Nos sistemas de direito escrito, como o nosso, a fonte bsica do direito a lei, em sentido lato. ... a doutrina e jurisprudncia exercem tambm, o trabalho construtivo do direito. ... os costumes, que como prtica reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas, compem as normas complementares das leis tributrias.
1 Fontes do direito tributrio PORQUE O ESTUDO DAS FONTES? O estudo das fontes nos remete obrigatoriamente a pergunta: como constitudo, de onde vem o mundo jurdico? Doutrina, Jurisprudncia, Costumes ou at mesmo a Lei. So fontes do direito ? Tal posicionamento nos permitir operar com as fontes como algo diferente do direito posto, evitando a noo corriqueira de fonte como sendo o prprio direito por ele mesmo criado. PBC
2 Conceitos Importantes O que d validade ao ato de criao? Legitimidade do rgo que a expediu Procedimento vlido Ento, a hierarquia superior ou inferior de uma norma jurdica depender de quem a criou.
Validade, VIGNCIA , EFICCIA
3 VECULOS INTRODUTORES DE NORMAS FONTE A CONSTITUIO FEDERAL veculo introdutor de norma jurdica de cunho constitucional. Matria efetivamente constitucional: Organizao do poderes do estados e direitos e garantias fundamentais Formalmente constitucional: o Brasil adotou o conceito formal, ou seja, s constitucional o que estiver inserido na C.F C.F/88 escrita, rgida, promulgada, consolidada, analtica.
4 VECULOS INTRODUTORES DE NORMAS FONTE A CONSTITUIO FEDERAL: o poder constituinte e as constituies anteriores O poder constituinte pode ser: Originrio (inicial, incondicional e autnomo) Derivado (subordinado, condicional) Decorrente (Constituies dos estados) As constituies anteriores: A nova constituio faz desaparecer totalmente a constituio antiga e as leis incompatveis. Represtinao se admite no Brasil ? 5 VECULOS INTRODUTORES DE NORMAS FONTE A CONSTITUIO FEDERAL: e o direito tributrio. Fixa competncia tributria; Fixa princpios bsicos da tributao e normas nucleares pertinentes aos tributos; Trata de imunidade tributria; Delimita repartio de receitas; Entre outros assuntos....... O PONTO DE PARTIDA DO SUBSISTEMA JURDICO TRIBUTRIO
6 Competncia: PRODUTORES DE NORMAS - FONTE Classificao: - Privativa : Aquela autorizao dada a um ente e, somente este ente, pode tributar. Art. 153, CF - impostos da Unio. H proibio da tributao: internacional: dois pases tributam o fato; interna: ocorre s em federao e h bitributao. O Direito Tributrio Brasileiro dificilmente possibilita a bitributao em que, dois entes polticos tributam o mesmo fato.
7 Competncia: PRODUTORES DE NORMAS - FONTE Classificao das competncias: - Comum : aquela que no sofre diviso na CF. o caso da taxa e da contribuio de melhoria, art.145, CF. S pode cobrar taxa aquele ente que prestou servio. A Unio, Estados, Municpios, s podem tributar se tiverem competncia para prestar servio . H diviso de servios na CF que podem ser tributados. 8 Competncia: PRODUTORES DE NORMAS - FONTE Classificao das Competncias:
- Residual : a Unio a nica que a detm. Art.154, CF, I Art. 194, 4, CF. - Extraordinria : a Unio tem competncia para tributar em casos extraordinrios, art. 154, II, CF. Esta situao momentnea.
9 Competncia: PRODUTORES DE NORMAS - FONTE Caractersticas ( Carraza ) - Indelegvel : A CF estabelece a competncia da Unio. A Unio no pode delegar competncia. Somente o ente contemplado pela Cf pode exercer a competncia tributria: competncia tributria - competncia para instituir; capacidade - competncia para cobrar.
10 Competncia: PRODUTORES DE NORMAS - FONTE Caractersticas: Parafiscalidade: a situao em que se delega a capacidade tributria ativa e se autoriza a permanncia do que for arrecadado nos cofres da pessoa que arrecadou. Ex: anuidade da OAB. - Inaltervel : No podem ser alteradas as condies estabelecidas pela CF em matria tributria.
11 Competncia: PRODUTORES DE NORMAS - FONTE Caractersticas - Facultativa : O ente investido de competncia no tem obrigao de instituir e/ou cobrar tributos. Ex: imposto sobre grandes fortunas. Exceo: ICMS - imposto de competncia dos Estados e que gera guerra fiscal. Os benefcios em matria de ICMS tm que ser autorizados em conjunto com os Estados. Neste caso do ICMS, o nico caso em que deve obrigatoriamente, ser institudo o tributo.
12 Competncia: PRODUTORES DE NORMAS - FONTE Caractersticas - Irrenuncivel : A competncia no pode ser renunciada. Se est na CF, no h como abrir mo. - Incaducvel : A pessoa no obrigada a instituir e tambm, no h prazo. Legalidade : No a CF que vai criar tributo. Quem institui os tributos a lei. (art.150, I, CF). No Direito Tributrio deve haver o estrito respeito ao princpio da legalidade. A fonte do direito tributrio a lei e to somente, a lei. 13 PROCESSO LEGISLATIVO: EMENDAS CONSTITUIO FEDERAL o veculo introdutor de norma jurdica constitucional, modificativa Poder constitucional derivado (subordinado e condicionado) LIMITAES : Limitao formal: processo legislativo dois turnos em cada Casa do Congresso com 3/5 dos votos favorveis (art. 602) Limitao circunstancial: interveno federal, estado de defesa ou de stio (art. 601) Limitao material: refere-se a matria Clusulas ptreas (art. 604) Limitao temporal: art. 3 ADCT Exemplos: EC 29/00 IPTU progressivo, EC 33/01 CIDE combustvel, EC 32/02 CIP... 14 PROCESSO LEGISLATIVO: PROCESSO LEGISLATIVO: Lei complementar e Ordinria Fases: Fase da Iniciativa quem apresenta a lei: membros do congresso nacional, STF, Tribunais Superiores, Procurador geral da repblica, e o Presidente da Repblica. E ainda, os cidados.
15 PROCESSO LEGISLATIVO: Fase constitutiva uma vez apresentada o projeto, haver ampla discusso e votao sobre a matrias nas duas casas Deliberao parlamentar comisses, votao Quorum : maioria simples art 47cf, maioria qualificada -absoluta, 3/5 e 2/3. Deliberao Executiva sano (expresso ou tcito; total ou parcial) ou veto. 16 PROCESSO LEGISLATIVO: PROCESSO LEGISLATIVO: Fase complementar promulgao (declarao que a lei existe e deve ser cumprida) * sobre lei acabada. Publicao (notoriedade)
QUORUM (maioria simples, absoluta)
17 PROCESSO LEGISLATIVO: Normas gerais do direito tributrio: - Dicotmica (Paulo Carvalho) : lim. ao poder trib. / conflitos comp. - Tricotmica ( Ives Gandra) : lim. ao poder trib. / cof. comp. / estabelecer normas gerais. Essa polmica sobre emisso de lei complementar, ainda persiste. Com a CF 88, a problemtica foi tratada no art. 146, CF e em incisos separados e, por isso, dizia-se que a posio tricotmica prevaleceu.
18 Correntes dicotmica na aplicao das normas gerais de direito tributrio A chamada de dicotmica, pauta-se numa compreenso sistemtica, dizia que o dispositivo em anlise teria apenas uma finalidade: as leis complementares serviriam para veicular unicamente normas gerais de direito tributrio, que exerceriam duas funes: a) dispor sobre conflitos de competncia entre as entidades tributantes, e b) regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar. 19 PROCESSO LEGISLATIVO: Os defensores da teoria dicotmica afirmam que , se a Unio dispuser sobre normas gerais, poder ser ferido o princpio federativo, podendo fazer a Unio, o que quiser em matria tributria. Ento, viu-se que a viso dicotmica ganhou fora na doutrina mais acautelada, pois o Estado no precisa esperar manifestao legislativa da Unio para poder tributar ( princpio da autonomia ).
20 PROCESSO LEGISLATIVO: LEIS COMPLEMENTARES So veculos introdutores de normas jurdicas que tem o condo de complementar ou integrar a Constituio Federal. Apenas quando a C.F exige expressamente. Quorum qualificado : maioria absoluta a exceo no direito tributrio
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2) NORMA JURDICA TRIBUTRIA Constitucionalizao do Direito Tributrio tradio no Direito Tributrio Brasileiro. Desde a CF de 1851 h previso sobre direito tributrio. H o reflexo da preocupao do constituinte e legislador no sentido de limitar o poder de tributar. A previso constitucional reflexo da preocupao em frear a atividade do legislador.
22 PROCESSO LEGISLATIVO: LEIS COMPLEMENTARES: direito tributrio Lei complementar federal e direito tributrio, alguns casos : Emprstimo compulsrio art. 148, I e II Imposto sobre herana e doaes art. 155, I Definio de servio de qualquer natureza art. 156, III
23 PROCESSO LEGISLATIVO: LEIS COMPLEMENTARES: Fixas alquota mxima e mnima do ISS art. 156, 3, I e II Imposto sobre grandes fortunas , definio do que seja grande fortuna art. 153, VII Outras contribuies sociais alm das previstas art. 195 art. 195 4 Lei complementar Nacional e direito tributrio: Fixas normas gerais art. 146
24 PROCESSO LEGISLATIVO: O art. 146 CF Art. 146. Cabe lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; I II - regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente sobre: a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes; b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios 25 PROCESSO LEGISLATIVO: c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuies previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuio a que se refere o art. 239. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003) Pargrafo nico. 26 PROCESSO LEGISLATIVO: A lei complementar de que trata o inciso III, d, tambm poder instituir um regime nico de arrecadao dos impostos e contribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, observado que: (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003) ( LC 123/06)
27 PROCESSO LEGISLATIVO: LEI ORDINRIA So as leis comuns, o veculo mais apto a trazer RMIT (norma jurdica de incidncia tributria criao do tributo) o instrumento por excelncia da imposio tributria. Carrazza Quorum: maioria simples Assim, quando a CF utiliza o termo LEI, pura e simplesmente, sem qualquer adjetivao refere- se a LEI ORDINRIA
28 PROCESSO LEGISLATIVO: LEI ORDINRIA LEI COMPLEMENTAR Diferenas: Material somente pode ser objeto de lei complementar aquele assunto previsto na CF, enquanto todas as demais devem ser veiculadas por lei ordinria Formal L. C maioria absoluta (art. 69), L.O maioria simples (art45) Existe hierarquia entre lei ordinria e lei complementar? 1 corrente: Sim, em virtude do quorum - Alexandre de moraes e Paulo de Barros Carvalho 2 corrente: No, o que tem competncias diferentes Jos Arthur de lima e Marcelo Neves.
29 NATUREZA JURDICA DO CTN O Cdigo tributrio Nacional (Lei 5.172/66) foi criado como Lei Ordinria. A CF de 67 elevou o CTN ao patamar de LEI COMPLEMENTAR ( recepo). A CF/ 88 tambm recepcionou o CTN como LEI COMPLEMENTAR. Assim, O CTN tem natureza de LEI COMPLEMENTAR
30 MEDIDA PROVISRIA So veculos introdutores de normas, que deveriam vir por lei ordinria. Porm, no o so porque so introduzidas pelo Presidente da Repblica, em caso de relevncia e urgncia. Valem por 60 dias, prorrogada por mais 60 dias, uma nica vez. Se no votada perde sua eficcia desde a edio e nesse caso o Congresso disciplina por decreto legislativo (ex tunc ou ex nunc). Certas matrias no podem ser veiculadas por MP ex. L.C
31 MEDIDA PROVISRIA: direito tributrio Embora a doutrina se mostre ao contrrio a jurisprudncia, STF, vem admitindo o uso de M.P em matria tributria, inclusive para instituio de Impostos. (Agra. 236. 976, RE 138. 284) Deve ser convertido em lei ordinria e obedecido os princpios da anterioridade.
32 LEIS DELEGADAS Veculos introdutores de normas jurdicas quando h formal pedido do Presidente da Repblica ao Congresso nacional e concesso por resoluo, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio. No Direito tributrio utiliza-se mais para tratar de prazos, formalidades, processos de infrao, etc..
33 DECRETO LEGISLATICO Situa-se no mesmo patamar das Leis ordinrias. Quorum: maioria simples No tem sano ou veto No direito tributrio sua funo primordial aprovar tratados e convenes internacionais. Assim, s produziro efeitos a partir da data da publicao do decreto legislativo
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RESOLUO De competncia privativa do SENADO FEDERAL e da CMARA DOS DEPUTADOS. No submetido a Sano em veto. Somente o SENADO tem competncia de editar resoluo em matria tributria: Ex. Fixao de alquota (e no criao) de alquota mxima e ou mnima de tributos ICMS
35 Tratados e convenes internacionais O Cdigo Tributrio Nacional estabelece que os tratados e convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna e sero observados pela que lhes sobrevenha (art. 98). H evidentemente impropriedade terminolgica na disposio legal.`
36 Tratados e convenes internacionais O que ela pretende dizer que os tratados e convenes internacionais prevalecem sobre a legislao interna, seja anterior ou mesmo posterior. O Plenrio do Supremo Tribunal Federal j decidiu, por maioria de votos pela prevalncia de lei ordinria posterior ao tratado (RTJ 83/809). 37 Tratados e convenes internacionais Se o tratado garantia uma iseno, que foi excluda pela lei interna, ter direito a uma indenizao, que se tiver o seu valor bem fixado corresponder, pelo menos, ao valor da iseno que deixou de ter assegurada.
38 Tratados e convenes internacionais Constituem os tratados internacionais valioso instrumento para a disciplina das relaes tributrias com implicaes no mbito internacional. A propsito de renda, por exemplo, o Brasil j celebrou diversos tratados visando a evitar a evaso de tributo e a bitributao internacional. Tambm no que se refere ao imposto de importao tem o Brasil participado de alguns tratados internacionais, como o da ALALC e do GATT. Os tratados internacionais, como as leis, so interpretados, aplican-do-se-lhes as regras e princpios do Direito Internacional, alm das regras comuns de hermenutica.
39 Decretos e regulamentos O contedo e o alcance dos decretos, segundo disposio expressa do CTN, restringem-se aos das leis em funo das quais sejam expedidos, determinados, o contedo e o alcance, de acordo com as regras de interpretao que estabelece (art. 99).
40 Decretos e regulamentos No mbito de nossa disciplina as palavras decreto e regulamento podem ser tomadas como sinnimas. O decreto ato do Chefe do Poder Executivo, enquanto o regulamento ato a este encaminhado pelo Ministro de Estado da rea respectiva, no caso de tributao pelo Ministro da Fazenda, e aprovado por decreto. Na prtica a diferena apenas de forma.
41 Decretos e regulamentos Em matria tributria o regulamento tem grande importncia. Ele se presta para a consolidao, em texto nico, de diversas leis sobre um tributo, alm de estabelecer regras relativas a obrigaes acessrias. Como em matria tributria no existe espao para o regulamento autnomo, qualquer regra de decreto, ou de regulamento, que no seja mera explicitao do que determina a lei, nem se limite a fixar os meios e formas de execuo desta, invlida.
42 Normas complementares As normas complementares so, formalmente, atos administrativos, mas materialmente so leis. Assim se pode dizer que so leis em sentido
43 Normas complementares a) Os atos normativos das autoridades administrativas, vale dizer, as portarias, ordens de servio, instrues normativas, e outros semelhantes.
44 Normas complementares b) As decises administrativas a que a lei atribua eficcia normativa, vale dizer, as decises proferidas por rgos singulares ou coletivos incumbidos de julgar administrativamente as pendncias entre o fisco e os contribuintes, desde que a lei atribua a essas decises valor de norma. Destacam-se atualmente, nessa categoria, os denominados pareceres normativos emitidos pela Coordenao do Sistema de Tributao do Ministrio da Fazenda, rgo incumbido de unificar a interpretao da legislao tributria, mediante soluo de consultas.
45 Normas complementares c) As prticas reiteradas das autoridades administrativas. Elas representam uma posio sedimentada do fisco na aplicao da legislao tributria e devem ser acatadas como boa interpretao da lei. Se as autoridades fiscais interpretam a lei em determinado sentido, e assim a aplicam reiteradamente, essa prtica constitui norma complementar da lei. De certo modo isto representa a aceitao do costume como fonte do Direito. O CTN no estabelece qualquer critrio para se determinar quando uma prtica deve ser considerada como adotada reiteradamente pela autoridade administrativa, devendo-se, todavia, entender como tal uma prtica repetida, renovada. Basta que tenha sido adotada duas vezes, pelo menos, para que se considere reiterada.
46 Normas complementares d) Os convnios que entre si celebrem a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Esses convnios estabelecem normas que, em princpio, s vinculam as partes convenentes. Para cumprir a obrigao assumida, estas devem legislar, se for o caso. De qualquer modo, valem desde logo as disposies dos convnios como normas complementares, que em certos casos podem ser de grande valia na interpretao das leis pertinentes matria nos mesmos tratada. Os arts. 199, 213 e 214 do CTN cogitam desses convnios.
47 Normas complementares certo que muitas vezes a Administrao Tributria diz, em norma infralegal, coisa que contraria a lei. Neste caso, o interessado poder ar-gir a ilegalidade da norma complementar, em ao judicial, sem prejuzo da competncia que tem o Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, prevista no art. 49, inciso V, da Constituio Federal. 48 Wittgenstein: Os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo. A linguagem do direito diferenciada. O objeto real nunca captado na sua integridade. Paulo Barros Carvalho: Cada objeto identificado segundo o conhecimento do agente. A lei a mesma, o que ir diferenciar o conhecimento do mundo jurdico. 49 A funo do cientista jurdico no apenas descrever a realidade, mas tambm, constru-la. H vrias vises do direito e, por isso, no h verdades plenas no direito.
50 Sistema Jurdico a) Sistema de Direito Positivo x Sistema de Cincia do Direito: No so os mesmos sistemas. A cincia do direito constri o sistema jurdico. b) Texto de lei e Norma Jurdica: Norma jurdica o juzo extrado da leitura do texto de lei. Texto de lei e norma jurdica no so a mesma estrutura. c) Normas, Regras e Princpios: Normas no so apenas regras de estruturao. As normas hoje se dividem: normas-regras; normas-princpios
51 NORMA JURDICA TRIBUTRIA 1) Norma e Sistema Norma enquanto Imperativo Categrico Posio Inicial de Kelsen Com isso, Kelsen construi uma posio em que o elemento mais importante para o Direito a sano. O direito existe para sancionar condutas. Entretanto, Kelsen foi criticado por se preocupar apenas com o ilcito.
52 NORMA JURDICA TRIBUTRIA Teoria Egolgica (Carlos Cossio) O direito se preocupa com a conduta, em todas as suas possibilidades. Dado fato - resultado conduta; se lcita ou no, ficar para anlise posterior com a sano.
53 Posio Posterior de Kelsen Mantm a postura que erige a sano, a conduta ilcita como juzo hipottico. No entanto, afirma Kelsen, que a norma jurdica , em si, um imperativo. O que seria o juzo sobre a norma a proposio jurdica (juzo hipottico) , ou seja, juzo da cincia do direito ao ler a norma. Para Kelsen, norma era o atual texto d lei e as normas atuais eram as proposies jurdicas.
54 Tipos de Normas Norma secundria estabelece o que no deve fazer (conduta), enquanto que a norma primria, a sano para o no cumprimento da conduta exigida. A norma primria auxiliada pela secundria. Essa teoria vista por Cossio, como: - endonorma prescreve conduta devida; - perinorma estabelece sano pelo no cumprimento da conduta.
55 Normas Tributrias De conduta : So aquelas que estabelecem como devem ser realizadas as condutas; prescrevem comportamentos. De estrutura : so aquelas que existem para regular a produo de normas. A se encaixam os princpios jurdicos. No caso do Direito Tributrio h outra terminologia. 56 Normas tributrias: Sentido amplo : so as normas de estrutura, de organizao. Princpios tributrios, normas de fiscalizao e arrecadao. Sentido restrito : so as normas de conduta; normas que estabelecem pagamento de tributo.