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Agência

Agência Nacional
Nacional de
de Vigilância
Vigilância Sanitária
Sanitária


3º Reunião
Reunião Ordinária
Ordinária dada Câmara
Câmara Setorial
Setorial
de
de Propaganda
Propaganda e e Publicidade
Publicidade de
de
Produtos
Produtos Sujeitos
Sujeitos a
a Vigilância
Vigilância Sanitária.
Sanitária.
4
4 de
de outubro
outubro de
de 2006
2006 –– Brasília
Brasília -- DF
DF

Apresentação de Tema
Danos causados pela distribuição de brindes a
profissionais de saúde

José Ruben de Alcântara Bonfim


médico sanitarista

jrabonfim@sobravime.org.br
Fonte:
Fonte:Graham
GrahamDukes,
Dukes,Masters
MastersProgramme
ProgrammeininInternational
InternationalCommunity
CommunityHealth,
Health,University
UniversityofofOslo
Oslo2003.
2003.In:In:UN
UNMillennium
MillenniumProject.
Project.
2005. Prescription for Healthy Development: Increasing Access to Medicines. Report of the Task Force on HIV/AIDS,
2005. Prescription for Healthy Development: Increasing Access to Medicines. Report of the Task Force on HIV/AIDS,
Earthcscan.p.p.95.
Malaria,
Malaria,TB,
TB,and
andAccess
AccesstotoEssential
EssentialMedicines,
Medicines,Working
WorkingGroup
Groupon
onAccess
AccesstotoEssential
EssentialMedicines.
Medicines.Sterling,
Sterling,Va.:
Va.:Earthcscan. 95.
http://www.unmillenniumproject.org/documents/TF5-medicines-Complete.pdf
http://www.unmillenniumproject.org/documents/TF5-medicines-Complete.pdf
Aspectos a observar na
utilização de fármacos
Seja novo ou antigo, um fármaco deve preencher as melhores
condições de acordo com os seguintes passos (STEPS):

S – safety (segurança)
T – tolerability (tolerância)
E – effectiveness (efetividade)
P – price (preço)
S – simplicity of use (simplicidade de
uso)
Pegler S, Underhill J. Evaluating promotional material from industry: an evidence-based approach. The
Pharmaceutical Journal 5 March 2005; 274: 271-4. Disponível em: www.pjonline.com
AFINAL DE CONTAS, O QUE É UM CONSUMIDOR
DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS?
Acerca da palavra consumidor

A palavra consumidor, em vez de “paciente”, é cada vez mais


empregada em edições médicas. Em verdade, um consumidor
é “uma pessoa que adquire bens e serviços para suas
próprias necessidades” (Dicionário Collin). Assim, a palavra
consumidor é mais que um eufemismo e uma palavra amena
para “paciente”[...].
Uma finalidade desejável é tornar os pacientes e o público
informados, e parceiros fiéis na assistência à saúde. Mas a
palavra consumidor deve ser evitada quando descrever a
relação entre pacientes e remédios. Ela deve ser substituída
por “o público” ou “pacientes”[...].

Extraído de: International Society of Drug Bulletins. Declaração da ISDB sobre o Progresso Terapêutico
com Fármacos. Em: Boletim Sobravime 38/39. Edições 2001-2004. Junho 2004. pág. 16.
Vinte e três anos de cotação de novos produtos
farmacêuticos por La revue Prescrire (a)
Cotação No de especialidades %
farmacêuticas

Bravo 7 0,24
Interessante 77 2,68
Traz algum benefício 217 7,56
Eventualmente útil 455 15,85
Nada de novo 1.913 66,63
Inaceitável 80 2,79
A comissão de redação 122 4,25
não pôde se pronunciar

Total 2.871 (b) 100


(a) De 1981 a 2003, inclusive; (b) Somente novas especialidades ou novas indicações terapêuticas de
produtos registrados.
Adaptado de Política Industrial ou Saúde Pública: O abismo aumenta. Boletim Sobravime nº 40/41, págs.
13-19 .
Uma observação clássica sobre fármacos
• “A ação de escrever uma prescrição de fármaco é um dos
símbolos mais antigos [...] da experiência dos médicos. Significa
a confiança posta neles, não só pelo paciente mas de toda a
sociedade. Até que ponto cada um dos médicos merece esta
confiança, está agora aberto a sério questionamento.
• A maioria dos médicos não parece estar muito interessados
quanto ao envolvimento substante e à influência continuamente
crescente da indústria no treinamento dos estudantes de
medicina e no desenvolvimento dos hábitos de prescrição.
• Numerosos médicos aparentemente não estão preocupados
com o fato de que suas próprias organizações e revistas
estejam ligadas à indústria com laços que, enfim, sejam
considerados indignos.”

Silverman, Milton; Lee, Philip. Píldoras, ganancias y política. Traducción Carlos Guerrero. Revisión
técnica Marco Antonio López Escalante. México: Siglo XXI Editores; 1983. [Edição original 1974]
A profissão médica e a indústria farmacêutica:
quando abriremos nossos olhos?

Algumas provas disponíveis acerca dos


hábitos de prescrição de médicos

• A maioria dos médicos negam que presentes da indústria


farmacêutica influem em suas prescrições (Wazana A. Physicians
and the pharmaceutical industry. JAMA 2000; 283: 373-380)

• O número de brindes recebidos se relaciona com a crença de que


receber propagandistas não influi sobre a prescrição (Wazana A,
idem)

• 80%-95% dos médicos recebem regularmente a visita de


propagandistas da indústria farmacêutica (Moynihan R. Who pays for
the pizza? Redefining the relationships between doctors and drug
companies. 1: Entanglement. BMJ 2003; 326: 1189-1192)

Fonte: Breen JK. The medical profession and the pharmaceutical industry: when will we open our eyes? MJA
2004 April 19; 180: 409-10.
A profissão médica e a indústria farmacêutica:
quando abriremos nossos olhos?
Algumas provas disponíveis acerca dos
hábitos de prescrição de médicos

• O contato mais frequente com propagandistas está ligado à prescrição


desnecessária e ao uso aumentado de novos fármacos (Wazana A, idem;
Watkins C, Moore L, Harvey I, et al. Characteristics of general practitioners
who frequently see drug industry representatives: national cross sectional
study. BMJ 2003; 326: 1178-1179)

• O comparecimento em conferências patrocinadas está associado com a


prescrição aumentada de produto do patrocinador. Este aumento pode ser
verificado nos 6 meses seguintes (Wazana A, idem)

• Estima-se que a indústria gaste em promoção farmacêutica cerca de 21.000


dólares por ano por médico atuante (Jureidini J, Mansfield P. Does drug
promotion adversely influence doctors’ abilities to make the best decisions for
patients? Australas Psychiatry 2001: 9: 95-99)

Fonte: Breen JK. The medical profession and the pharmaceutical industry: when will we open our
eyes? MJA 2004 April 19; 180: 409-10.
Nos dias de hoje...

Líderes de opinião: custosos, mas


vantajosos para as empresas
farmacêuticas
• Uma agência americana de aconselhamento estratégico para
empresas farmacêuticas realizou um inquérito sobre a
implicação “dos líderes de opinião” nas estratégias de
lançamento comercial dos novos fármacos.
• O inquérito foi conduzido junto de firmas como AstraZeneca,
Aventis, GlaxoSmithKline e Wyeth.
• As despesas das grandes empresas para envolver os líderes
de opinião nas suas estratégias comerciais foram estimadas
em cerca de 38 milhões de dólares em média por novo
produto, ou 31,5 % de seu orçamento mercadológico de
lançamento de novos fármacos

Fonte: La Revue Prescrire nº 266, Novembre 2005, p.777.


O Comércio da Doença
Algumas condições clínicas definidas ou redefinidas pelas
empresas farmacêuticas:

• Disfunção sexual feminina


• Disfunção erétil
• Síndrome das pernas inquietas
• Insônia
• Transtorno bipolar
• Distúrbio de déficit de atenção
• Distúrbio de ansiedade social
• Síndrome do intestino irritável

Aceitando por um momento as alegações da indústria sobre o número de pessoas


que sofrem destas oito doenças, um simples cálculo mostra que 93% de homens
e mulheres adultos nos Estados Unidos sofrem de pelo menos uma delas.
Juntando umas poucas condições como depressão, perda da densidade óssea e
distúrbio disfórico pré-menstrual, os números da indústria fazem com que
virtualmente todo americano tenha uma doença com necessidade de um
tratamento.

Cox S. How de Drug Companies Want Us to Be Sick. AlterNet, May 16, 2006
Uma questão básica
SEM BRINDES DE QUALQUER NATUREZA
(no free lunch)

• As interações do dia-a-dia que os clínicos têm com o


pessoal da indústria representam assim apenas o
substrato básico da maior parte do entrelaçamento da
profissão médica com a indústria farmacêutica.

• Os cientistas sociais há muito compreenderam que


brindes são motivadores potentes do comportamento
humano porque eles impõem forte obrigação social de
reciprocidade.

Fonte: Agrawal S. To Eat or not to Eat: Why dinning on drug company lunches may be unhealthty for
physicians and their patients. University of Toronto Medical Journal May 2004; 81 (3):185-6
Uma questão básica
SEM BRINDES DE QUALQUER NATUREZA
(no free lunch)
• Se brindes são aceitos de uma empresa cujo produto o
médico (a médica) prescreve, os interesses de duas outras
partes rapidamente tornam-se relevantes quanto à decisão
de tratamento.

• O ponto chave aqui, frequentemente esquecido, é que


aceitar um brinde cria conflito de interesse, queira o
médico, ou não, ter a intenção, na ocasião, de pôr em
primeiro plano os interesses dele ou de uma terceira parte
– na verdade, mesmo que pretenda, ou não, o médico
relembra a empresa ou brinde quando a prescrição é feita.

Fonte: Agrawal, 2004


Uma questão básica
SEM BRINDES DE QUALQUER NATUREZA
(no free lunch)

• Mostra-se que a mercadologia influi prescritores em


direção aos novos, mais caros e frequentemente
bem menos estudados tratamentos farmacológicos.

• Médicos e estudantes de medicina necessitam


manter em relevo suas responsabilidades com os
pacientes por meio de uma escolha ativa, evitando
a influência da indústria, ao dizer NÃO aos brindes
de qualquer natureza.

Fonte: Agrawal, 2004


Aspectos éticos da prescrição

• RESOLUÇÃO CFM Nº 1.595, DE 18 DE MAIO DE 2000.


• Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, n. 97, 25 mai. 2000,
Seção 1, p. 18
• Proíbe a vinculação da prescrição médica ao recebimento de vantagens
materiais oferecidas por agentes econômicos interessados na produção ou
comercialização de produtos farmacêuticos ou equipamentos de uso na área
médica.
• CONSIDERANDO que é vedado ao médico exercer a profissão com interação
ou dependência de farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer
organização destinada à fabricação, manipulação ou comercialização de
produtos de prescrição médica de qualquer natureza;
CONSIDERANDO que é vedado ao médico obter vantagens pessoais, ter
qualquer interesse comercial ou renunciar à sua independência no exercício
da profissão;
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a propaganda de equipamento
e produtos farmacêuticos junto à categoria médica
• RESOLVE:
Artigo 1º - Proibir a vinculação da prescrição médica ao recebimento de
vantagens materiais oferecidas por agentes econômicos interessados na
produção ou comercialização de produtos farmacêuticos ou equipamentos de
uso na área médica.
Aspectos éticos da prescrição

• RESOLUÇÃO CFM Nº 1.701, DE 25 DE SETEMBRO DE


2003
• Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, n. 187,
26 set. 2003. Seção 1, p. 171-2.
• Estabelece os critérios norteadores da propaganda em
Medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de
assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as
proibições referentes à matéria.
• [...]
• Art. 3º - É vedado ao médico:
• [...]
i) oferecer seus serviços através de consórcio ou similares.
• [...]
O médico pode vincular sua prescrição médica ao recebimento de
vantagens materiais oferecidas por agentes econômicos
interessados na produção ou comercialização de produtos
farmacêuticos ou equipamentos de uso na área médica? E quanto
às pesquisas?

Não. O médico não pode vincular-se a laboratório farmacêutico,


no sentido
de promover a comercialização de medicamentos.
Nesse sentido, a Resolução CFM nº 1.595/00 proíbe ao médico tal
vinculação, determinando também que os médicos, ao proferirem
palestras ou escreverem artigos divulgando ou promovendo produtos
farmacêuticos ou equipamentos para uso na Medicina, declarem os
agentes financeiros que patrocinam suas pesquisas e/ou apresentações;
cabendo-lhes ainda indicar a metodologia empregada nessas pesquisas –
quando for o caso – e a literatura e bibliografia que serviram de base à
apresentação, quando essa tiver por natureza a transmissão de
conhecimento proveniente de fontes alheias.
Os editores médicos de periódicos, os responsáveis pelos eventos
científicos
em que artigos, mensagens e matérias promocionais forem apresentadas,
são co-responsáveis pelo cumprimento das formalidades prescritas no
caput deste artigo.
É permitido ao médico receber de laboratórios farmacêuticos
amostras
grátis, distribuindo-as aos pacientes?
A prática de fornecimento de amostras grátis é corriqueira e se
constitui em manobra de divulgar produtos e “marketing” por parte dos
laboratórios farmacêuticos, indistintamente. Lança-se mão desse recurso
para apresentar à classe médica determinado produto, ou evocar-lhe a
lembrança. Desse modo, novos lançamentos e medicamentos que se
queiram alavancar as vendas são generosamente fornecidos aos médicos.
Nessa prática, o médico não aufere nenhum benefício financeiro,
simplesmente
recebe graciosamente os medicamentos que se acumulam nos consultórios,
ocupando importante espaço físico. O médico, conhecedor dos problemas e
da situação financeira dos pacientes, procura, de alguma forma, minorar
essas dificuldades, dando-lhes graciosamente tais medicamentos, atendendo
ao disposto no Art. 2º do Código de Ética Médica. Naturalmente, o
fornecimento dessas amostras grátis não tem cunho de concorrência desleal
ou objetivo de arregimentar clientes, pois praticamente todos os profissionais
médicos são visitados por esses representantes e recebem tais
medicamentos.
Isso posto, não configura, portanto, atitude antiética a distribuição
gratuita destas amostras aos pacientes que possam delas se beneficiar, quer
em consultórios privados ou públicos. Entretanto, o médico e o paciente
devem ter claro se há amostra suficiente para tratamento complexo ou de
Corregedor critica conduta de médicos
Profissionais teriam se tornado "garotos-propaganda" dos laboratórios
Dirigente da entidade que julga as infrações éticas de médicos brasileiros, o
cardiologista Roberto Luiz d´Avila tocou em uma questão polêmica durante o
Simpósio Sul-Americano de Clínica Médica, que termina hoje em Bento
Gonçalves, na Serra.
Influenciada por brindes e estadias gratuitos em congressos realizados em
regiões turísticas ou hotéis cinco estrelas, muitos profissionais transformaram-
se, segundo o corregedor do Conselho Federal de Medicina, em "garotos-
propaganda de luxo da indústria farmacêutica".
O temor de D´Avila é que essa relação antiética arranhe a confiança dos
pacientes nos médicos.
- A indústria farmacêutica aplica cerca de 30% de seu faturamento em
publicidade e marketing. Quase tudo é dirigido aos médicos. Artigos mostram
que eles são influenciáveis pela publicidade, cada vez mais agressiva - disse D
´Avila, em entrevista a Zero Hora ontem.
Para evitar que os efeitos se agravem, a entidade tentará, até o fim do
ano, estabelecer novas regras para o relacionamento entre a classe e os
laboratórios, inspiradas em iniciativas européias. O conselho já publicou uma
resolução para tratar o assunto em 2000, mas não surtiu efeito, reconhece o
corregedor.
A medida proíbe, por exemplo, que um profissional vincule a prescrição
ao recebimento de brindes, ou seja, que receite um remédio porque ganhou um
presente. Também determina que, ao participar de palestras ou escrever
artigos sobre produtos farmacêuticos, o médico informe sobre os agentes que
patrocinaram suas pesquisas ou apresentações.
Para contrapor os argumentos do dirigente, Zero Hora tentou contato
com o presidente da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica
(Febrafarma), Ciro Mortella, mas não conseguiu localizá-lo. A reportagem
também procurou a direção do Sindicato da Indústria de Produtos
Farmacêuticos do Rio Grande do Sul (Sindifar), que preferiu não comentar o
Fonte: Zero
assunto porHora, sábado 9 de setembro
considerá-lo de 2006, Geral
de responsabilidade da Febrafarma.
pág. 28
"A indústria farmacêutica é um negócio, precisa vender“

O cardiologista Roberto Luiz D´Avila defende que os médicos não possam aceita
brindes:
Zero Hora - De que forma a indústria farmacêutica conquista os médicos?
Roberto Luiz d´Avila - O marketing vai desde a oferta de pequenos brindes,
como canetas, agendas, até passagens e estadias para congressos.
Descobrimos agora que a indústria usa outra metodologia com as farmácias:
ela tem acesso ao receituário e sabe quais são os médicos que receitam o seu
produto.

ZH - Como ocorre a pressão?


D´Avila - Colegas reclamam que o propagandista de laboratório chega no
consultório e diz: "Eu lhe visito todo mês, dou-lhe amostra, tenho oferecido
uma série de presentes, e o senhor não receita meu produto?". Tem
propagandista que fala: "Olha, eu preciso este mês fechar as vendas neste
produto e vejo que não vou conseguir alcançar a meta, por favor, me ajude".
É uma relação que começou a ficar doentia.

ZH - Essa "relação doentia" é comum e generalizada no país?


D´Avila - Muitos médicos que recebem os propagandistas em seus
consultórios acham que os brindes e almoços são desinteressados. Acreditam
que se mantêm íntegros e não sofrem influência. É muita ingenuidade.
Esquecem que a indústria farmacêutica é um negócio, precisa vender, ter
Fonte: Zero Hora, sábado 9 de setembro de 2006, Geral pág. 28
lucro. Há também muita esperteza de alguns poucos médicos.
ZH - Como estabelecer uma relacionamento com os laboratórios sem
promiscuidade?
D´Avila - É preciso uma relação transparente. Os brindes devem ser
abolidos: o médico não precisa de almoço, jantar. A indústria farmacêutica
pode e deve continuar próxima dos médicos, informando quais são seus
produtos e lançamentos. Pode patrocinar livros, trazer um speaker que diga
claramente no início da palestra que está sendo pago pelo laboratório para
falar do remédio. É preciso ser mais claro.

ZH - O senhor também é contra as amostras grátis?


D´Avila - Não há necessidade de amostras. Posso dar a algum paciente,
mas, se usa amostra grátis, você praticamente obriga o paciente continuar
com aquela prescrição. Os 30% que a indústria gasta com almoços, jantares
e amostras podem ser revertidos com benefícios com o barateamento do
preço do remédio na farmácia.

ZH - Como o paciente pode se precaver disso?


D´Avila - Não é prática generalizada, mas não vejo impedimento para que
pacientes esclarecidos discutam essa situação com o médico.

Fonte: Zero Hora, sábado 9 de setembro de 2006, Geral


pág. 28
SIMERS processará corregedor por chamar médicos de garotos
propaganda
Porto Alegre, 11 de setembro de 2006.

A direção do SIMERS processará o corregedor do Conselho Federal de


Medicina (CFM) por chamar os médicos de garotos-propaganda de luxo dos
laboratórios farmacêuticos. A declaração foi feita pelo cardiologista
Roberto Luiz D'Ávila ao jornal Zero Hora e publicada no último sábado. O
presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, adianta que a entidade
ingressará na Justiça comum com ação penal por difamação da categoria
médica. Ao mesmo tempo, o SIMERS fará representação no CFM, em
Brasília, alegando que o corregedor faltou com decoro médico ao fazer
publicamente acusações genéricas contra os médicos, expondo a imagem
da categoria.

"Não é a primeira vez que ele faz isso. A categoria médica espera que o
corregedor cumpra com seu dever e puna quem estabelece relação
eticamente condenável com os laboratórios e não que ele lance suspeitas
vagas e difusas que só geram insegurança na relação do paciente com o
seu médico", afirma o presidente do SIMERS. O Código de Ética Médica diz
que qualquer fato que deponha contra a boa conduta médica deve ser
comunicado com discrição e fundamento pelo profissional aos conselhos da
classe. Também prevê que o médico deve zelar pelo bom desempenho e
Fonte: Sindicato
prestígio dados Médicos do Rio
atividade Grande do
médica
http://www.simers.org.br/simproce.php
e Sul
dos(SIMERS). Disponível em:
profissionais.
DENUNCIA CONTRA LOS LABORATORIOS POR SUS ESTRATEGIAS PARA
VENDER MAS MEDICAMENTOS
Peor el remedio

Por Pedro Lipcovich


Diario Pagina 12 (Argentina) Sociedad  |  Domingo, 01 de Octubre de 2006

Los visitadores médicos denunciaron en el Congreso que las farmacéuticas


"coimean" y "entregan prebendas" para que los médicos receten sus productos.
Aseguran que hasta hay sorteos y "raspaditas". Y mencionan firmas y profesionales
con nombre y apellido. Aquí, la presentación del gremio y la defensa de los
acusados.

"Coimas, prebendas e irregularidades graves" denunció la Asociación de


Agentes de Propaganda Médica "como prácticas recurrentes de la industria
farmacéutica". La presentación de los visitadores médicos, efectuada ante el
Congreso de la Nación, incluye nombres de laboratorios y de conocidos doctores
vinculados con ellos: "Contratan médicos líderes para promocionar nuevas drogas
mediante notas seudocientíficas". También para los médicos comunes habría
"contribuciones" (coimas), a veces bajo pretexto de supuestos
estudios científicos, y "últimamente se hacen cosas mucho más guarangas“ -señaló a
este diario un directivo de los agentes de propaganda médica-: las guarangadas
incluirían la participación en concursos, donde cada prescripción de determinado
remedio aumenta las probabilidades de ganar um auto; también "raspaditas" y
entrega directa de dinero.
El control de que los médicos efectivamente receten lo solicitado se haría
mediante "auditorías" efectuadas por los mismos laboratorios gracias a un acceso a
información confidencial de obras sociales. La denuncia involucra a laboratorios
Algunas empresas extranjeras, a causa de que las normas de suspaíses de
origen les impiden este tipo de procedimientos, tercerizarían la promoción de los
productos nuevos em laboratorios nacionales, que no tienen trabas para estas
prácticas. Los visitadores también dan precisiones sobre los recursos de amparo
presentados por pacientes para que las obras sociales les provean determinado
remedio: serían promovidos por los laboratorios mismos, a través de estudios
jurídicos asociados, para promover medicamentos de altísimo costo (ver nota
aparte). La entidad gremial reclama la intervención de los poderes del Estado.
Según la denuncia de los visitadores, "importantes sociedades científicas“
participan en "notas seudocientíficas en medios de difusión", que em realidad "son
publicidad paga" para la que "se contratan médicos líderes de opinión con el único
objetivo de promocionar nuevas drogas de alto costo". Un caso sería el de "una
doctora de la Sociedad Argentina de Reumatología,
que al mismo tiempo es gerenta de producto para artritis reumatoidea del
laboratorio John Wyeth; desde ese cargo, contribuye a la venta del producto Enbrel,
cuyo valor de tratamiento es de 4000 pesos mensuales".
El secretario de Acción Social de la Asociación de Agentes de Propaganda
Médica (AAPM), José Charreau, añadió algunos nombres: "Es difícil que se presente
una nueva vacuna sin que, antes, aparezcan notas en los medios donde infectólogos
como Daniel Stamboulian o Roberto Debbag hablan de las bondades del producto.
El producto puede ser bueno, pero tal vez no sea lo más adecuado asignarle
recursos públicos o de obras sociales que podrían ir mejor a otras enfermedades. Lo
cierto es que esto no es gratis: de los laboratorios que venden vacunas o
antibióticos, no hay ninguno que no tenga recibos por pagos al Funcei", la
Fundación Centro de Estudios Infectológicos, que dirige Stamboulian (ver aparte).
No se trata sólo de los médicos líderes, hay para todos. "La inducción
económica a los profesionales de salud para la prescripción de productos se ha
exacerbado a niveles increíbles -sostiene Charreau-: antes, se trataba sólo de
contribuciones para estudios, viajes, becas: hoy la coima es directa. Esto se aplica
en especial a determinados productos que, por su
Es que "los laboratorios disponen de un dinero para 'contribuciones‘ destinadas a los
médicos. Se van otorgando en función de la posibilidad de lograr mayores prescripciones",
explica el gremialista de AAPM. ¿Cómo intervienen en este procedimiento los agentes de
propaganda médica? "Cada visitador debe detectar, en su zona, cuáles son los médicos de
mayor potencial, porque atienden mejores obras sociales o tienen mucho caudal de pacientes;
de éstos, hay que establecer cuáles son más permeables." En las reuniones de trabajo con los
agentes de propaganda médica, "se los consulta en qué médicos 'invertir' y se asignan sumas
para cada uno". No es que el doctor "permeable" se adscriba sólo a un laboratorio. "Toma lo que
le ofrece uno y también lo que le ofrece el de la competencia -precisa Charreau-. Este sistema
se ha hecho carne en nuestro medio, es muy difícil modificarlo."
Según los gremialistas de AAPM, por estas coimas "los médicos entregan recibos", ya
que en general los laboratorios necesitan blanquear esas sumas; los recibos suelen ser por
"asesoría científica" y a veces, "el médico le da el recibo a una empresa en la que el laboratorio
terceriza esta función, para no figurar directamente".
Además de las "contribuciones directas", los médicos son remunerados por "estudios
seudocientíficos", según Charreau: "'Mire, doctor, tenemos este producto nuevo, aprobado por la
FDA de Estados Unidos: nos interesa que usted haga una evaluación con sus pacientes'. Y se le
entrega al médico uma hoja de evaluación. Todos saben perfectamente que eso no es un
verdadero estudio clínico; los estudios clínicos deben estar aprobados por la Anmat, deben ser
gratuitos y seguir determinados procedimientos. Es un falso estudio clínico pero 'como esto
implica mayor trabajo para usted, doctor, estimamos que le corresponden 50 pesos por la visita
de cada paciente'", ejemplifica Charreau, y aclara que "en realidad esos recursos indirectos ya
no se usan mucho; últimamente se hacen cosas mucho más guarangas".
Por ejemplo, "el laboratorio Casasco, junto con un producto, estuvo entregando al
médico unas tarjetitas para 'raspadita', con premios. El laboratorio Syncro (hoy absorbido por
Ivax), sorteaba un auto entre ciennúmeros, que se otorgaban de este modo: si el médico
prescribía um tratamiento, recibía un número; si prescribíados, dos números; con diez
prescripciones obtenía diez de los cien números, y así", cuenta el
representante de los agentes de propaganda médica, y comenta: "El doctor Federico Pavlovsky
describió perfectamente lo que pasa" (se refiere a la nota publicada en la sección Psicología de
Página/12 el 24 de agosto).
Las obras sociales, PAMI e IOMA tienen convenios con administradoras de fármacos
por las cuales la información se vuelca em planillas; se incluyen datos confidenciales, como los
nombres y diagnósticos de los pacientes. Todo eso termina en poder de los laboratorios, que lo
usan para armar estrategias y para 'auditar' el cumplimiento de los médicos",cuenta Charreau.
También hay mecanismos de control más directos: "Uno de los principales
laboratorios nacionales elabora un producto inyectable para la artritis reumatoidea que debe ser
aplicado por el médico mismo mediante una jeringa presionable: la jeringa tiene una especie de
troquel que el médico retiene: cuando va el visitador, le entrega los troqueles que juntó y recibe
una suma establecida por cada uno", revela el gremialista.
Los laboratorios extranjeros suelen tener dificultades para adaptarse a estas
modalidades de comercialización: "En sus países de origen tienen prohibido, no sólo coimear,
sino a veces incluso entregar objetos que, aunque sean de carácter científico, puedan dar lugar
a la posibilidad de um beneficio comercial. Entonces, para evitar conflictos con las casas
centrales, operan a través de laboratorios argentinos". Un caso, que la AAPM incluye en su
denuncia ante el Congreso, sería el del laboratorio argentino Gobbi Novag: "Es una pequeña
empresa situada en Wilde, con apenas 12 visitadores médicos. Sin embargo, Pfizer, el
laboratorio más importante del mundo, acaba de hacer un convenio con Gobbi Novag para
promocionar su producto oncológico Sutent, pese a que Pfizer tiene doscientos visitadores
médicos, una de las fuerzas de venta más importantes del país. El costo de tratamiento del
Sutent es de 10.000 pesos por mes", precisó el gremialista
(ver aparte).
"Vas a quedar renguito"
Estas modalidades no sólo conciernen a los fármacos, sino también a las prótesis
traumatológicas: "No hay una sola prótesis que se coloque en la Argentina sin que el médico
reciba 'el vuelto'", sostiene Charreau, y observa: "Si uno se comunica con un fabricante y pide
precio por uma prótesis, no se lo van a dar a menos que diga qué médico se la indicó: para
establecer precio necesitan saber cuánto se lleva el médico. En Mar del Plata, por ejemplo, se ha
llegado a establecer un precio mínimo de 'devolución' al médico: recibe 3000 pesos,
independientemente del valor de la prótesis. También hay 'devolución' para los stents con
drogas, que valen hasta diez mil pesos. Un líder en el sector otorgó la distribución a dos
Para las prótesis, "el PMO (Programa Médico Obligatorio para obras sociales y
prepagos) dice que la prescripción debe ser por nombre genérico y preferentemente de
fabricación nacional, pero, supongamos, un paciente se tiene que hacer un reemplazo de
cadera y el médico le dice: 'Mirá, por tu
edad y la patología que tenés, necesitarías esta prótesis: si la obra social no te la cubre yo te
pongo otra pero por ahí vas a quedar renguito, o después de un año te voy a tener que operar
de nuevo...". Entonces el
paciente va desesperado a exigir la prótesis en la obra social; ¿cómo explicarle al paciente lo
de la 'contribución'? Utilizan al más débil de la cadena, al enfermo", cuenta el directivo de
AAPM.
"Ahora salió al mercado una prótesis nueva, cerámica, que vale 26.000 pesos: al
sistema de salud le resulta imposible sostener esos valores", comenta Charreau, y explica: "Las
prótesis traumatológicas, como los trasplantes y algunos otros requerimientos, se cubren a
partir de un fondo que maneja la Administración de Programas Especiales del Ministerio de
Salud, al que las obras sociales, es decir, los trabajadores, aportan del diez al 15 por ciento de
su recaudación. La Administración fija valores de referencia: uma prótesis de cadera está en
7000 pesos, que es un monto razonable. Pero la industria promociona nuevos productos que
elevan el precio de manera insostenible, además de la 'contribución' a los médicos. Así se
desfinancia un sistema conformado por aportes de los trabajadores". El documento de la AAPM
también denuncia los "tratamientos compartidos: el médico prescribe uma droga
recientemente aprobada y, junto con la prescripción, le da al paciente un número de teléfono
del laboratorio: si el paciente llama, le enviarán otro envase del mismo medicamento, gratis.
Esto nos lleva a la pregunta de cuál es el precio real del medicamento: si entregan dos por uno
y siguen ganando, quiere decir que el medicamento fue aprobado con un valor de venta que
es, como mínimo, el doble del real".
La AAPM -adherida a la CTA- presentó su denuncia en la Comisión de Acción Social y
Salud Pública de la Cámara de Diputados de la Nación, a la cual solicitó "una exhaustiva
investigación del mercado farmacéutico" y "llamar a una audiencia pública nacional para
discutir las gravísimas irregularidades
del sector". Los visitadores anuncian también "un paro de actividades" y "escraches a
importantes laboratorios".
A Anvisa teria a vontade e a capacidade de decisão políticas para
recomendar que os profissionais de saúde não aceitassem receber
brindes da indústria farmacêutica, ou até mesmo proibir que a
indústria farmacêutica oferecesse brindes?
Seria este um mote de permanente campanha dos conselhos de ética
profissional para contribuir à harmonia entre o prescritor, o
dispensador e o paciente?
Conceber restrições consideradas radicais
para a propaganda de produtos farmacêuticos
não seria verdadeira promoção de saúde?

Aspirações da sociedade para a Anvisa

• Proibir toda a propaganda nos meios de comunicação de massa dos


produtos farmacêuticos de venda sem exigência de prescrição.

• Aprovação prévia de toda a propaganda de produtos de prescrição a


ser dirigida aos profissionais de saúde.

• Discutir com as associações de categorias e conselhos de ética


profissionais a instituição de normas que suprimam a atividade de
propagandistas da indústria farmacêutica, assim como a provisão de
meios que assegurem a independência de financiamento de
periódicos profissionais e de qualquer tipo de atividade científica -
congressos, seminários, reuniões, etc. - patrocinadas por empresas
farmacêuticas cujo propósito seja a divulgação de produtos
terapêuticos e diagnósticos.
Conceber restrições consideradas radicais
para a propaganda de produtos farmacêuticos
não seria verdadeira promoção de saúde?

• A atividade de vigilância sanitária quanto ao controle da propaganda


farmacêutica deve ser acompanhada por educação continuada de
profissionais de saúde a ser feita por órgãos do Sistema Único de Saúde,
das universidades públicas, das associações de categorias e conselhos
de ética profissionais, de forma harmônica.

• Envolver os Conselhos de Saúde das três esferas de governo quanto à


participação no controle da propaganda farmacêutica.

• Instituir a “Pirâmide de Cumprimento da Lei” (Ayres e Braithwaite, 1992;


Vide Lexchin J. O controle da promoção farmacêutica. Em Bonfim J R A,
Mercucci V L (orgs). A construção da política de medicamentos. São
Paulo: Hucitec/SOBRAVIME; 1997. págs.293 -304.
O Moderno Hipócrates

• Um dos primeiros deveres do


médico é educar as massas a
não tomar remédios.

• O desejo de tomar remédios


talvez seja o maior
característico que distingue o
ser humano dos animais.

Sir William Osler Aphorisms from his Bedside Teachings (1961), p.


(1849-1919) 105;
H. Cushing. Life of Sir William Osler (1925)
Agradecimentos
A edição desta apresentação contou com a
colaboração dos estudantes de Farmácia,
estagiários da SOBRAVIME,
Bruno Garcia Vasconcelos,
Fernanda Ferreira de Lara
e de Silvia Bastos, enfermeira sanitarista,
pesquisadora do Instituto de Saúde.

jrabonfim@isaude.sp.gov.br jrabonfim@sobravime.org.br

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