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A música "Monte Castelo", da banda Legião Urbana, une treês textos - um bíblico, um poético e um de autoria própria de Renato Russo - para falar sobre o amor. A canção mistura versos de um soneto de Camões com a Bíblia para expressar a ideia de que só o amor conhece a verdadeira e que sem ele nada somos.
A música "Monte Castelo", da banda Legião Urbana, une treês textos - um bíblico, um poético e um de autoria própria de Renato Russo - para falar sobre o amor. A canção mistura versos de um soneto de Camões com a Bíblia para expressar a ideia de que só o amor conhece a verdadeira e que sem ele nada somos.
A música "Monte Castelo", da banda Legião Urbana, une treês textos - um bíblico, um poético e um de autoria própria de Renato Russo - para falar sobre o amor. A canção mistura versos de um soneto de Camões com a Bíblia para expressar a ideia de que só o amor conhece a verdadeira e que sem ele nada somos.
Belm/PA 2013 Equipe: Elbia Cunha de Sousa Anglica Thays Sousa dos Santos Priscila Silva da Paixo Jessyca Karina Nillen Lopes Pereira Renata da Silva e Silva Fabricio de Miranda Ferreira A Msica Monte Castelo Na musica o autor, Renato Russo, une trs diferentes textos, um bblico, um potico, e um de prpria autoria para constituir a sua obra. Legio Urbana foi uma banda brasileira de rock surgida em Braslia, ativa entre 1982 e 1996. Ao todo, lanaram dezesseis lbuns, somando mais de 20 milhes de discos vendidos . O fim do grupo foi marcado pelo falecimento de seu lder e vocalista, Renato Russo, em 11 de outubro de 1996. Suas msicas remetem rebeldia jovem, a problemas sociais brasileiros e filosofia, tendo como um dos principais temas o amor, de que trata Monte Castelo. Uma Legio Urbana Monte Castelo o nome de uma regio ao norte da Itlia, onde foi travada a chamada Batalha de Monte Castello. Foi l que militares brasileiros e estadunidenses combateram soldados alemes ao fim da segunda guerra mundial. Essa cano, Monte Castelo, tem esse nome para nos remeter a esse tempo, a essa batalha. O ttulo Acontece nesta msica o que chamam de intertextualidade. Renato Russo "apropria-se" do poema Amor fogo que arde sem se ver do poeta Lus de Cames e do texto bblico A Suprema excelncia da caridade" ou "O amor um dom supremo (Corntios I, cap. 13; vers. 1 a 13) e cria uma nova ideia. Os mesmos versos, que antes tinham um significado, agora ganham uma nova interpretao, variam de acordo com o contexto que Renato criou. Intertextualidade Lus de Cames (1525-1580) foi poeta portugus. Autor do poema "Os Lusadas", uma das obras mais importantes da Literatura portuguesa, que celebra os feitos martimos e guerreiros de Portugal. o maior poeta do Classicismo portugus. O poema de Cames do sculo XVI compe a vasta gama de produo do perodo do Classicismo. O poeta viveu experincias que formaram o seu dramtico mundo inconfundvel. Dessa forma, sua expresso foi afinada por uma realidade trgica. Amor fogo que arde sem se ver O soneto foi produzido em uma poca que ainda sofria resqucio cultural da Idade Mdia, principalmente no tocante ao fato de que A literatura ainda era vista como um importante instrumento de formao moral dos homens nobres: tinha, portanto, carter moralizante aristocrtico. A carta do apstolo Paulo Igreja de Corinto foi escrita em feso, no sculo I d.C. A Igreja dos corntios estava repleta de problemas, entre eles a diviso interna entre os crentes. Paulo de Tarso, tambm chamado de Apstolo Paulo, Saulo de Tarso e So Paulo, foi um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compem parte significativa do Novo Testamento. A influncia que exerceu no pensamento cristo, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como proeminente apstolo do Cristianismo durante a propagao inicial do Evangelho pelo Imprio Romano. Apstolo Paulo Renato Russo
Ainda que eu falasse a lngua dos homens e falasse a lngua dos anjos, sem amor eu nada seria.
s o amor, s o amor; Que conhece o que verdade; O amor bom, no quer o mal; No sente inveja ou se envaidece.
O amor o fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente; um contentamento descontente; dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a lngua dos homens e falasse a lngua dos anjos, sem amor eu nada seria. Monte Castelo um no querer mais que bem querer; solitrio andar por entre a gente; um no contentar-se de contente; cuidar que se ganha em se perder
um estar-se preso por vontade; servir a quem vence, o vencedor; um ter com quem nos mata a lealdade;
To contrario a si o mesmo amor. Estou acordado e todos dormem todos dormem, todos dormem; Agora vejo em parte, mas ento veremos face a face.
s o amor, s o amor; Que conhece o que verdade.
Ainda que eu falasse a lngua dos homens e falasse a lngua dos anjos, sem amor eu nada seria.
Ainda que eu falasse a lngua dos homens e falasse a lngua dos anjos, sem amor eu nada seria. Ainda que eu falasse as lnguas dos homens e dos anjos, e no tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. (1 Corntios 13:1).
" s o amor, s o amor que conhece o que verdade. O amor bom, no quer o mal, no sente inveja ou se envaidece. O amor sofredor, benigno; o amor no invejoso; o amor no trata com leviandade, no se ensoberbece... (1 Corntios 13:4-7). Anlise da Msica O amor o fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente; um contentamento descontente; dor que desatina sem doer. (...)
um no querer mais que bem querer; solitrio andar por entre a gente; um no contentar-se de contente; cuidar que se ganha em se perder
um estar-se preso por vontade; servir a quem vence, o vencedor; um ter com quem nos mata a lealdade; To contrario a si o mesmo amor.
Soneto 11 de Luiz Vaz de Cames, No soneto expressa uma dualidade, um sentimento profundo e controverso, que extrai do a beleza e ao mesmo tempo o sofrimento que representa o amor (nesse ultimo caso um amor inalcanvel ou no correspondido). Anlise da Msica
To contrario a si o mesmo amor. Estou acordado e todos dormem todos dormem, todos dormem; Agora vejo em parte, mas veremos face a face.
s o amor, s o amor; Que conhece o que verdade.
Ainda que eu falasse a dos homens e falasse a lngua dos anjos, sem amor eu nada seria. Que conhece o que verdade. Renato, o autor relata que s atravs do amor possvel se conhecer a verdade e que ele um sentimento puro do qual no dar lugar para a inveja e no se acaba, mas se eterniza. Ele relata que todos dormem, como uma morte interior, como uma venda que foi colocada sobre os olhos destes, que consequentemente no conseguem sentir e do amor. extravasar o real sentido