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História

e
Geografia
em 90 minutos
Onde fica?
Localiza-se no extremo ocidental da
Península Ibérica, uma península
rodeada de água por todos os lados
menos por um - o istmo (os Pirenéus).

Tem uma longa linha de costa mas


pouco recortada.

Os seus limites naturais são:


• Oceano Atlântico - a norte, oeste e
sul;
• Mar Mediterrâneo - a sul e a este;
• os Pirenéus - a nordeste, que
constituem o seu istmo.

A sul aproxima-se de África através do


estreito de Gibraltar.
Relevo
O território é dividido no continente pelo rio
principal, o Tejo.
Ao norte, a paisagem é montanhosa nas
zonas do interior com planaltos, intercalados
por áreas que permitem o desenvolvimento da
agricultura.
A sul, até ao Algarve, o relevo é caracterizado
por planícies, sendo as serras esporádicas.
Outros rios principais são o Douro, o Minho e
o Guadiana, que tal como o Tejo nascem em
Espanha.
Outro rio importante, o Mondego, nasce na
Serra da Estrela (das mais altas montanhas
de Portugal Continental – 1993 m de altitude
máxima).
•Algumas das ilhas tiveram actividade vulcânica recente: São Miguel em
1563, e Capelinhos em 1957, que aumentou a área ocidental da Ilha do
Faial.

• O Banco D. João de Castro é um grande vulcão submarino que se situa


entre as ilhas Terceira e São Miguel e está 14 m abaixo da superfície do
mar. Entrou em erupção em 1720 e formou uma ilha, que permaneceu
acima da tona de água durante vários anos. Uma nova ilha poderá surgir
num futuro não muito distante.

• O ponto mais alto de Portugal é o Monte Pico na Ilha do Pico, um antigo


vulcão que atinge 2351 m de altitude.
•Pela latitude e situação, a Ilha da Madeira apresenta todas as
características de ilha subtropical
•As ilhas da Madeira, estão situadas no interior da placa
africana
•Esta situação de estabilidade e localização no interior da placa
tectónica leva a que este seja o território do país menos sujeito
a sismos.
•O ponto mais alto do território é o Pico Ruivo com 1862 m de
altitude.
O território onde hoje fica Portugal é habitado desde há
muito tempo.

Mesmo antes da sua formação, viveram cá vários


povos: Comunidades Recolectoras, Comunidades Agro
Pastoris, Celtas, Iberos, Lusitanos, Romanos, Árabes,
etc...
Entre 20 000 a.C. e 10 000 a.C., a Península Ibérica começou a ser colonizada por
grupos humanos que deixaram vestígios no território.

ANTAS ou DOLMENS – Monumentos funerários muito frequentes no Alto Alentejo

“Anta da Mitra” - Évora


Menir -
MENIRES - são grandes pedras, com tamanho e forma variados, fincados no
solo.

São muito abundantes no Algarve e em Reguengos de Monsaraz, Évora.

Tinham funções várias, rituais de fecundidade, comemorativos, sinalizadores


de uma sepultura ou marcas de ocupação.

Menir dos Almendres - Évora

Pedra dos Namorados - Monsaraz


No século VII a.C., a região passou a ser habitada por povos indo-
europeus, sendo estes tribos proto-célticas e celtas.

As tribos iberas e algumas vagas celtas misturaram-se, dando origem


aos celtiberos, aos lusitanos, aos vetões (ou Vettones) e aos
galaicos (ou Gallaeci), entre outras menos significativas, tais como os
brácaros, célticos, coelernos, equesos, gróvios, interamici, leunos,
luancos, límicos, narbasos, nemetatos, pésures, quaquernos,
seurbos, tamagani, taporos, zoelas, turodos).

Influências menores foram os gregos e os fenícios-cartagineses (com


pequenas feitorias comerciais costeiras semi-permanentes).
Ponte Celta
Citânia de Briteiros
– Castro - Guimarães
Laboreiro

Lúnula lusitana de prata - século II a.C. - Chão de Lamas - Miranda do Corvo


No século III a.C. os Romanos penetraram na Península Ibérica.
Entre 209 e 169 a.C., o exercito romano levou para Roma cerca de 4 toneladas
de ouro e 800 toneladas de prata que obtiveram como espólio de guerra retirado
dos tesouros das tribos nativas.

Viriato, o líder lusitano, conseguiu conter a expansão romana durante alguns


anos, fazendo com que fosse dos últimos territórios a resistir à ocupação romana
da Península Ibérica.
Proclamando-se chefe dos Lusitanos uniu à sua volta um número crescente de
tribos e travou uma guerra incansável contra os invasores.
Perito em tácticas de guerrilha e em iludir o adversário, derrotou sucessivamente
os vários generais romanos enviados contra ele. Acabou morto por traição.

A conquista total da península pelos Romanos só ocorreu no tempo do imperador


Augusto. No século I, consegue-se a Pax Augusta: a Hispânia é dividida em três
províncias.
1ª Divisão provincial da Hispânia, 197 a.C..
2ª Divisão provincial da Hispânia, de Augusto, 69 d.C..
3ª Divisão provincial da Hispânia, de Diocleciano, 298 d.C..
Viseu - Portugal Zamora - Espanha
Os Romanos deixaram um importante legado cultural naquilo que é hoje Portugal:
• nos costumes
• no direito
• na indústria – olarias, forjas, salga de peixe…
• no comercio – intensificou-se
• na agricultura – vinha, trigo, oliveira e árvores de fruto
• na arte
• na habitação – introdução da telha
• na arquitectura
• na rede viária e nas pontes, algumas das quais servem até aos nossos
dias
• na língua, uma variante do Latim (Latim Vulgar) passou a ser o idioma
dominante da região
• surgiram novas cidades e desenvolveram-se outras, segundo o modelo
habitual de colonização romana
• na matemática – numeração romana
Chaves
Moimenta da Beira

Orjais - Covilhã

Conímbriga

Ranhados - Viseu
Em 409 d.C., os chamados povos bárbaros, compostos principalmente por
Suevos, Vândalos e Visigodos, todos de origem germânica, além dos Alanos,
de origem persa, fixam-se na Hispânia.

Esta invasão provocou a queda do império Romano no Ocidente.

Em 411 estes povos dividem entre si o território


Os Visigodos acabaram por dominar todaIdanha-a-Velha – igreja visigoda
a Península, converteram-
se ao cristianismo e adoptaram a língua, os costumes e as leis.

Cantaria visigoda Igreja de São Gião - Nazaré


Em 711 a Península Ibérica foi invadida pelos muçulmanos do Norte de África
(basicamente Berberes com alguma componente de Árabes).

Estes dominaram partes da península por mais de cinco séculos: inicialmente


sobre o controlo do Califado de Damasco, como uma província do império
omíada, o Al-Andalus, mais tarde sob a forma de um emirado e califado e,
devido ao colapso deste, em pequenos reinos (taifas) com autonomias
características.

Durante estes séculos, nas Astúrias, a única região que resistiu à invasão
árabe, desenvolvia-se um movimento de reconquista da Península,
culminando no fim do poder político islâmico nesta com a tomada de Granada
pelos Reis Católicos (1492).

Os muçulmanos que não foram expulsos ou mortos durante o processo de


reconquista, tiveram de aderir aos costumes locais (incluindo o Cristianismo).
A herança Muçulmana está bem presente no país, ao nível arquitectónico
principalmente a Sul:

Agricultura: novos processos de rega: nora, picota, azenha, açude e levada


novas plantas: laranjeira, limoeiro, alfarrobeira e amendoeira

Artesanato: tapeçaria, cerâmica, couro e cobre

Ciência: Astronomia, Medicina, Geografia e Matemática(1,2,3,4…)

Construção: casas adaptadas ao clima, com terraços, taipa e caiadas. Uso de


azulejos.

Língua: Al…. (Algarve, Alforge…)

Arquitectura: Arco em ferradura


Mouraria - Évora

Antiga mesquita de Mértola


Às suas investidas escapou, porém, uma parte das Astúrias, no Norte, onde se
refugiou um grupo de visigodos sob o comando de Pelágio.

Uma caverna nas montanhas servia simultaneamente de paço ao rei e de


templo de Cristo.

Por vezes, Pelágio e seus companheiros desciam das montanhas em surtidas


para atacar os acampamentos islâmicos ou as aldeias despovoadas de
cristãos.

Um desses ataques, historiograficamente designado de batalha de Covadonga


(722), marcou, segundo muitos historiadores, o início do longo processo de
retomada dos territórios ocupados, ao qual se deu o nome de Reconquista.
A partir do pequeno território, que Pelágio designou como Reino das Astúrias, os
cristãos (hispano-godos e lusitano-suevos), foram gradativamente formando
novos reinos, que se estenderam para o Sul.

Surgiram os reinos de Castela, Leão (de onde derivou mais tarde o Condado
Portucalense e, subsequentemente, Portugal), Navarra e Aragão.
Castelo de Guimarães

Acudindo aos apelos de Afonso VI, entre os cavaleiros de além-Pirenéus,


vem Raimundo, que casaria com D. Urraca, filha do rei de Leão e recebe
deste (1093) o governo de toda a Galiza até ao Tejo.

No ano seguinte chega à Península D. Henrique, primo de Raimundo, que


por mérito recebe a mão de D. Teresa, filha ilegítima de Afonso VI e recebe,
depois (1096), o governo do Condado Portucalense.

Cabia ao conde defender e alargar o território que lhe tinha sido entregue.

O Condado Portucalense situava-se entre os rios Minho e Mondego e tinha a


sua sede no Castelo de Guimarães.

Deste condado, que fazia ainda parte do reino de Leão, mas que dele tinha
grande independência, nasceria o reino de Portugal.
D. Henrique, guerreiro valente e bom governante, sempre desejou tornar o
Condado Portucalense independente do reino de Leão. Mas morreu muito
novo, ficando a governar a viúva, D. Teresa, uma vez que o seu filho, D.
Afonso Henriques, era ainda muito novo.

D. Teresa, que também pretendia a independência do Condado, pediu para


tal ajuda à nobreza da Galiza.

Os nobres portugueses, não concordando, convenceram D. Afonso


Henriques a revoltar-se contra a mãe. Aos catorze anos de idade (1125), o
jovem arma-se a si próprio cavaleiro

Os dois confrontaram-se na Batalha de S. Mamede (em 24 de Junho de


1128), próximo de Guimarães, tendo D. Afonso Henriques saído vencedor e
passando a assumir o governo do Condado e iniciando a reconquista
portuguesa autonomamente.
São Torcato - Guimarães
A D. Afonso Henriques não bastava a autonomia do Condado Portucalense; ele
queria a sua total independência.

Para tal, teve de lutar em várias frentes:


• contra o rei de Leão e Castela, para obter a independência
• contra os muçulmanos, para alargar o território
• difíceis negociações com o Papa para que este reconhecesse Portugal como
reino independente.

A sua luta veio a ter sucesso:


• o rei de Leão e Castela reconheceu a independência de Portugal: Tratado de
Zamora, assinado em 1143;
• o território português foi alargado até à linha do rio Tejo;
• o Papa reconhece o reino de Portugal em 1179, através da Bula Manifestis
Probatum.
A Reconquista durou por toda a Idade Média e só terminou no início da Idade
Moderna, em 1492, quando os invasores foram definitivamente expulsos pelos
reis Fernando e Isabel, conhecidos como "os reis católicos".

Em 1492, com a conquista do reino de Granada, a Reconquista chegava ao fim.

Já os reinos da Galiza, Leão, Castela, Navarra e Aragão iniciavam uma relativa


unificação ao possuir um único rei que, posteriormente recebeu o nome de reino
de Espanha.

Juntamente com o reino independente de Portugal, debatiam-se estes dois


Estados pelas conquistas marítimas.

Ambos os reis estavam agora de olhos postos no Norte de África, nas praças
comerciais de renome, como Ceuta e Tânger, sob o pretexto da cristianização.
Caminhava-se, paralelamente, para a fase inicial dos Descobrimentos.
Os descobrimentos portugueses foram o conjunto de viagens e
explorações marítimas realizadas pelos portugueses entre 1415 e 1543.

Os descobrimentos resultaram na expansão portuguesa e deram um


contributo essencial para delinear o mapa do mundo.

Com estas descobertas os portugueses iniciaram a Era dos Descobrimentos


europeus que durou do século XV até ao XVII, e foram responsáveis por
importantes avanços da tecnologia e ciência náutica, cartografia e
astronomia, desenvolvendo os primeiros navios capazes de navegar em
segurança em mar aberto no Atlântico, a Caravela.
Cronologia dos descobrimentos portugueses
1415 - conquistam Ceuta.
1419 - João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira descobrem a Ilha de Porto
Santo.
1420 - Os mesmos navegadores, com Bartolomeu Perestrelo, descobrem a Ilha da
Madeira.
1427 - Diogo de Silves descobre as ilhas açorianas ocidentais e centrais
1434 - Gil Eanes dobra o Cabo Bojador, dissipando o terror que este promontório
inspirava.
1435 - Gil Eanes e Afonso Gonçalves Baldaia descobrem Angra de Ruivos e este
último chega ao Rio de Ouro, no Saara Ocidental.
1444 - Dinis Dias descobre o Cabo Verde e a ilha de Palma.
1445 - Álvaro Fernandes passa além do cabo Cabo Verde e chega ao Cabo dos
Mastros.
1446 - Álvaro Fernandes chega ao norte da Guiné-Bissau.
1452 - Diogo de Teive descobre as ilhas Flores e Corvo nos Açores.
1456 - 1460 - Alvise Cadamosto e Diogo Gomes descobrem as primeiras ilhas do
arquipélago de Cabo Verde.
1461 - Diogo Gomes e Antonio da Noli descobrem mais ilhas de Cabo Verde.
1461 - Diogo Afonso descobre as ilhas ocidentais do arquipélago de Cabo Verde.
1470 - João de Santarém e Pêro Escobar descobrem as ilhas de São Tomé e
Príncipe.
1482 - 1486 - Diogo Cão chegou ao estuário do rio Zaire (Congo)
1485 - Diogo Cão chegou ao Cabo da Cruz, na actual Namíbia.
1487 - Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã partem de Lisboa, viajando por terra em
busca do reino do Preste João, na Etiópia.
1488 - Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas, futuro cabo da Boa
Esperança, coroando 50 anos de esforço e numerosas expedições, entrando pela
primeira vez no Oceano Índico.
1489 - 1492- São feitas várias expedições ao Atlântico Sul para mapear os ventos.
1494 - Portugal e Espanha assinam o Tratado de Tordesilhas, dividindo o mundo
por descobrir entre si.
1497 - 1499 - Vasco da Gama comanda a primeira frota a contornar África e
chegar a Calecute na Índia, e regressa.
1498 - Duarte Pacheco Pereira explorou o Atlântico Sul (e terá alcançado a foz do
rio Amazonas e a ilha do Marajó no que terá sido uma expedição secreta.)
1500 - A frota comandada por Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil, aportando
em Porto Seguro.
1500 - 1501 - Gaspar Corte Real atinge a Terra Nova, que nomeia Terras de
Corte Real (Canadá).
1500 - A 10 de Agosto Diogo Dias, navegador da frota de Pedro Álvares Cabral na
segunda armada à Índia, descobriu uma ilha a que deu o nome de São Lourenço,
mais tarde designada Madagáscar.
1505 - Lourenço de Almeida chega a Ceilão (Sri Lanka).
1509 - Diogo Lopes de Sequeira atravessa o golfo de Bengala e chega a Malaca
(Malásia), com ele viaja Fernão de Magalhães, que viria a fazer a primeira
viagem de circum-navegação ao globo, ao serviço de Espanha em 1519-22.
1512 - António de Abreu chega à ilha de Timor e às ilhas Banda, Ambão e
Seram.
1513 - Primeiro navio comercial aporta em Cantão, na China, sob o comando de
Jorge Álvares e Rafael Perestrello.
1517 - Primeiros contactos oficiais com a China. Fernão Pires de Andrade e
Tomé Pires são enviados de D. Manuel I para estabelecer relações oficiais entre
o Império Português e a Dinastia Ming, no reinado do imperador Zhengde.
1525 - Gomes de Sequeira e Diogo da Rocha são enviados pelo governador
Jorge de Meneses, à descoberta de territórios a norte das Molucas, foram os
primeiros europeus a chegar às Ilhas Carolinas, a nordeste da Nova Guiné, que
então nomearam "Ilhas de Sequeira".[3] (A Austrália teria sido descoberta por
Cristóvão de Mendonça e Gomes de Sequeira em 1525 - descoberta não
reconhecida oficialmente)
1526 — Jorge de Meneses aporta na ilha Waigeo na Papua-Nova Guiné
1542 - Fernão Mendes Pinto, Diogo Zeimoto e Cristovão Borralho chegam ao
Japão.
O Império Português foi o primeiro e o mais duradouro dos Impérios coloniais
(1415-1999)

Descobrimentos portugueses de 1415-1543, principais rotas no


Oceano Índico (azul), territórios portugueses no reinado de D.
João III (verde)
No entanto, logo após a Segunda Guerra Mundial começou a ruptura das
dominações coloniais, a que Portugal não escapou.

Após a perda do Estado Português da Índia, a situação manteve-se


relativamente controlada até que, em 1961, estalavam os primeiros
confrontos armados em Angola, a que se sucederiam intensos
combates.
Em 1580, com a morte do rei D. Sebastião na batalha Batalha de Alcácer-Quibir,
Portugal enfrentou uma crise dinástica e o trono caiu nas mãos dos reis de
Espanha, sob a forma de monarquia dual - dois reinos, um rei.

Face ao ocorrido, e à instabilidade social provocada pela quebra de promessas


pelos reis castelhanos, Portugal vive um período de guerra interna pela
restauração da Independência, até conseguir a Paz que elevaria D. João IV ao
trono português.

1 de Dezembro de 1640 - fim da dinastia filipina – restauração da


independência
No princípio do século XVIII, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês
de Pombal assume o cargo de primeiro-ministro, e torna-se responsável por
reformas em várias áreas.
Revelou-se um déspota esclarecido ao serviço de um apagado rei absoluto, D.
José I.

•Expulsou os Jesuítas

• Nunca reuniu cortes

• Retirou muitos poderes à Nobreza

• Reconstruiu da baixa de Lisboa, após o Terramoto de 1755,


expressando os conceitos urbanos e estéticos do Iluminismo
1807-1808, 1809 e 1810-1811 - Incursões militares de tropas
francesas sobre o território português levadas a cabo sob a direcção,
respectivamente, dos marechais Junot, Soult e Massena.

A razão imediata das invasões relacionou-se com a recusa


portuguesa em aderir ao Bloqueio Continental decretado por
Napoleão em relação à Inglaterra, no ano de 1806.

Para agravar a situação, em Agosto do ano seguinte, França


apresentou um ultimato ao governo português: ou este declarava
guerra à Inglaterra até dia 1 de Setembro ou as fronteiras nacionais
seriam cruzadas pelos soldados franceses.

Na medida em que a aliança anglo-lusa não foi quebrada, a ameaça


foi cumprida.

A resistência armada à ocupação teve o apoio de um contingente


militar inglês
Portugal sofreu grandes danos materiais causados pela luta armada e
pelos saques franceses, bem como pela táctica de terra queimada que
ingleses e portugueses recorreram com o objectivo de evitar maiores proveitos
aos invasores.
No plano económico, a agricultura e, em particular, a criação de gado
ressentiram-se a ponto de a subsistência alimentar não ter sido assegurada
nos anos que seguiram a 1811

Diminuiu a produção industrial, acarretando a redução de remessas para


as colónias.

No plano politico a Família Real mudou-se para o Brasil, ficando a


administração do reino em mão de Ingleses - 1808 -1821
Nos inícios do século XIX Portugal vivia uma crise motivada:
•pela partida da família real para o Brasil
• pelas consequências destrutivas das Invasões Napoleónicas
• pelo domínio dos ingleses sobre Portugal
• pela abertura dos portos do Brasil ao comércio mundial, o que tinha provocado
a ruína de muitos comerciantes portugueses

No dia 24 de Agosto de 1820 eclodiu no Porto uma revolução cujo objectivo


imediato era convocar Cortes que dotassem Portugal de um texto
constitucional – REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820.

• O rei D. João VI foi intimado pelas Cortes a regressar a Portugal.


• Volta e deixa seu filho D. Pedro como regente do Brasil. Em 1822
proclama a independência do Brasil – Grito do Ipiranga
• Elaborada a 1ª constituição Portuguesa - 1822
Com a morte de D. João VI, levantava-se um problema de sucessão.

D. Pedro I do Brasil abdica do Trono para D.ª Maria, sua filha.

Entretanto, D. Miguel, que já se revoltara pelo menos duas vezes e estava


exilado, foi nomeado regente do Reino, e o casamento com D. Maria (sua
sobrinha) seria arranjado.

Na tentativa de impor o seu regime absolutista, depôs o regime monárquico-


constitucional de D. Maria dando início a seis anos de conflitos armados – guerra
civil entre liberais e absolutistas.

Para resolver a situação, D. Pedro abdica do trono para o seu filho Pedro II do
Brasil, e impõe-se, pela força.

As derrotas sucessivas de D. Miguel iriam forçá-lo a desistir da luta no


compromisso de Évora-Monte, e permitir a restauração da Carta Constitucional de
1826 e do trono de D. Maria II.
Portugal vive então numa monarquia constitucional até 1910, ano em que é
Implantada a 1ª República (1910 – 1926):

O Republicanismo acentuou-se de tal forma na primeira década do século


XX que em 1 de Fevereiro de 1908 se dá o regicídio.

Quando regressavam de Vila Viçosa, o Rei D. Carlos e o seu filho mais


velho, o príncipe herdeiro D. Luis Filipe, foram assassinados no Terreiro do
Paço (Praça do Comércio), em Lisboa.

A 3 de Outubro de 1910 estalava uma


revolta que provocaria a deposição de
D. Manuel II e a criação da República
Portuguesa.
1910 a 1926... neste período de 16 anos houve sete Parlamentos, oito
Presidentes da República e cerca de cinquenta governos
Foi um período de grande instabilidade política, governativa e social o
que facilitou a instauração de uma ditadura.
Para agravar toda esta situação Portugal entra na 1ª grande Guerra
Mundial.
Por volta de 1928 a situação financeira do Estado português é péssima.
Nesse ano foi chamado ao governo um professor de Finanças da Universidade
de Coimbra, António de Oliveira Salazar.
• rejeitava o comunismo
• mas também as tradições do liberalismo político e económico
• profundamente conservador e nacionalista
• alimentava uma nostalgia pelo meio rural

Em 1932 Salazar passa a acumular o cargo


de ministro das Finanças, com o de
presidente do Conselho de Ministros para o
qual é nomeado.

Em 1933, entrou em vigor a nova


Constituição Portuguesa. De cariz
presidencialista, revelando-se porém o
presidente uma figura apagada
Os antigos partidos políticos portugueses
desaparecem, com excepção do Partido
Comunista Português (fundado em 1921),
cujos dirigentes foram duramente perseguidos
pela polícia política (PVDE e depois, PIDE).

A censura, restabelecida em 1926, foi


consolidada e todas as greves proibidas.

Em 1936 o regime cria a Mocidade


Portuguesa, cujo propósito era incutir à
juventude do país as ideias do regime.

Durante a Segunda Guerra Mundial Portugal


manteve-se neutro no conflito, tendo
beneficiado com a venda de volfrâmio, usado
para o fabrico de material bélico.

Em 1949 Portugal ingressa na Organização do


Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO) e
em 1955 na Organização das Nações Unidas.
Nos anos sessenta Portugal registou um forte fenómeno de emigração. Os
destinos principais dos portugueses, motivados pelo desejo por melhores
condições de vida, foram a França e a Alemanha Ocidental.
No contexto político-social do pós-Segunda Guerra Mundial, em que subsistiam
os princípios de autodeterminação e independência, as colónias em todo o
Mundo revoltavam-se contra os colonizadores

As possessões portuguesas, agora designadas províncias ultramarinas não


foram excepção, e entre 1961 e 1964 estalam uma série de tumultos violentos
contra as forças coloniais portuguesas exigindo a libertação dos povos.

Primeiro em Angola, depois na Guiné Portuguesa e Cabo Verde, e em 1964 em


Moçambique, dava-se início ao um conflito armado que ficou conhecido na
historiografia portuguesa como Guerra do Ultramar, e na historiografia das
antigas colónias como Guerra de Libertação (1061-1964).
Numa conspiração militar, o Exército Português consegue ser bem sucedido
num golpe de estado que, por não ser violento, se tratou de designar
historiograficamente de Revolução dos Cravos e que ocorreu no dia 25 de
Abril de 1974.

Pôs fim ao Estado Novo e à Guerra Colonial

No dia 25 de Abril de 1975, passado justamente um ano sobre a revolução,


realizaram-se as primeiras eleições democráticas.

No dia 2 de Abril de 1976 seria promulgada a constituição e é a mesma que


rege Portugal até hoje, apesar de ter sido revista em várias ocasiões.

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