Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
LEI Nº 8.666/93
Direito Administrativo
Segundo Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo,
brasileiro, “sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos
que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a
realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”.
Contratos Administrativos
Contrato é todo acordo de vontades, firmado livremente pelas
partes, para criar obrigações e direitos recíprocos. Em princípio, todo
contrato é negócio jurídico bilateral e comutativo, isto é, realizado entre
pessoas que se obrigam a prestações mútuas e equivalentes em encargos
e vantagens.
Peculiaridades do Contrato Administrativo
É característica essencial nos contratos administrativos, a
participação da Administração com supremacia de poder, assim sendo,
resulta para o contrato administrativo certas peculiaridades que os
contratos comuns, sujeitos às normas de Direito Privado, não ostentam.
Tais peculiaridades constituem, genericamente, as chamadas
cláusulas exorbitantes, explícitas ou implícitas em todo contrato
administrativo.
Segundo a Doutrina brasileira, cláusulas exorbitantes são aquelas que
excedem o Direito Comum para consignar uma vantagem ou uma
restrição à Administração Pública ou ao contratado.
Observe-se que tais cláusulas não seriam consideradas lícitas em
um contrato privado (Direito Civil ou Comercial/Empresarial). Isto
porque, afrontaria os princípios que regem esses contratos, isto é,
desigualaria as partes na sua execução. Porém, são absolutamente válidas
nos contratos administrativos, desde que, decorrente de lei ou dos
princípios que regem a atividade administrativa.
LICITAÇÃO
Para que se estabeleça o Princípio da Legalidade e Moralidade,
previstos no caput do art. 37 da Constituição Federal de 1988, isto no
âmbito dos contratos administrativos, se faz necessário a realização de
um procedimento denominado de LICITAÇÃO. Portanto, para os
contratos administrativos exige-se, em regra, a licitação prévia.
Ressalta-se que, só é dispensada, dispensável ou inexigível
rigorosamente nos casos previstos em lei, e que constitui uma de suas
peculiaridades de caráter excepcional.
O desatendimento a esse Princípio constitui a forma mais insidiosa de
Desvio de Poder com que a Administração quebra a isonomia entre os
licitantes, razão pela qual o nosso judiciário tem anulado não raras vezes,
os editais e julgamentos em que se descobre a perseguição ou
favoritismo administrativo, sem nenhum objetivo ou vantagem ao
interesse público.
Não se pode enquadrar como Desvio de Poder por parte da
Administração, atentando contra o Princípio da Igualdade
entre os Licitantes, os chamados requisitos mínimos para
participação no edital ou convite, pois, estes, configuram
necessidades prementes ao interesse da Administração.
Podendo esta, fixar tais requisitos sempre que necessário à
execução do contrato, à segurança e perfeição da obra ou
serviço, à regularidade do fornecimento ou ao atendimento
de qualquer outro interesse público.
d). Sigilo na Apresentação da Proposta
Esse princípio está ligado ao Princípio da Igualdade entre os
licitantes, pois ficaria em posição vantajosa o proponente que viesse a
conhecer a proposta de seu concorrente antes da apresentação da sua.
Daí o necessário sigilo, que há de ser guardado relativamente a todas as
propostas, até a data designada para a abertura dos envelopes ou
invólucros que as contenham, após a habilitação dos proponentes (arts.
3º, § 3º, e 43, § 1º).
O Princípio da Adjudicação Compulsória ao Vencedor impede
que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu
objeto a outrem que não o legítimo vencedor do certame (arts. 50 e 64).
A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este desistir
expressamente do contrato ou não firmar no prazo prefixado, a
menos que comprove motivo justo.
A compulsoriedade veda também que se abra nova licitação enquanto
válida a adjudicação anterior.
Advertimos que, o direito do vencedor limita-se à adjudicação, ou seja,
à atribuição a ele do objeto da licitação, e não ao contrato imediato.
Isto ocorre porque, a Administração pode, licitamente, revogar ou
anular o procedimento ou, ainda, adiar o contrato, quando ocorram
motivos para essa conduta.
IMPORTANTE
O que não se lhe permite é contratar com outrem enquanto válida a
adjudicação, nem revogar o procedimento ou protelar
indefinidamente a adjudicação ou a assinatura do contrato, sem
justa causa.
Empresas estatais que possuem personalidade jurídica de Direito Privado
(Sociedades de Economia Mista, Empresas Públicas e outras entidades
controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público).
Pessoas Jurídicas de
Normas de Normas de
Pessoas Jurídicas de Operatividade Direito Privado
Operatividade
Direito Público Mais Rígidas Que colocaboram
Menos Rígidas
Com o Poder Público
Obrigatoriedade de Licitação
A expressão obrigatoriedade de licitação tem um duplo sentido,
significando não só a compulsoriedade da licitação em geral como,
também, a da modalidade prevista em lei para a espécie, pois atenta
contra os princípios da Moralidade e Eficiência da Administração o uso
da modalidade mais singela quando se exige a mais complexa, ou
emprego desta, normalmente mais onerosa, quando o objeto do
procedimento licitatório não a comporta.
[
XI – Remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência
de rescisão contratual. Neste caso, em vez de proceder a nova licitação, a
Administração poderá contratar diretamente, desde que atendida a ordem
de classificação anterior e nas mesmas condições oferecidas pelo
licitante vencedor. O novo contratado assume o lugar do anterior,
cabendo-lhe executar o objeto do contrato nas condições estabelecidas,
inclusive com relação os acréscimos e supressões.
XII – Compra de gêneros alimentícios perecíveis, realizadas diretamente
com base no preço do dia, durante o período necessário para a realização
dos processos licitatórios correspondentes. A dispensa, portanto, só é
justificável enquanto são tomadas as providências administrativas
indispensáveis para a licitação dos produtos desejados pela
Administração.
XIII – Contratação de instituição brasileira de pesquisa, ensino ou
desenvolvimento institucional ou dedicada a recuperação social do
preso, desde que a instituição detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não possua fins lucrativos, requisitos que devem ficar
comprovados no procedimento administrativo.
XIV – Aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo
internacional, e quando as condições ofertadas forem manifestamente
vantajosas para o Poder Público.
XV – Aquisição ou restauração de obras de artes ou objetos históricos,
quando contratadas por órgão ou entidade cujas atividades se relacionem
com o setor artístico ou histórico (museus, escolas de belas-artes,
fundações culturais ou artísticas). Justifica-se a dispensa
por se tratar de objetos certos e determinados, valiosos por sua
originalidade e, por isso mesmo, não sujeitos a substituição por cópias ou
similares. Daí porque que se exige o certificado de autenticidade para
legitimar a aquisição direta.
XXIV – Contratação de serviços com organizações sociais, qualificadas
no âmbito das respectivas esferas de Governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão.
Inexigibilidade de Licitação
Ocorre a inexigibilidade de licitação quando há impossibilidade
jurídica de competição entre contratantes, quer pela natureza específica
do negócio, quer pelos objetivos sociais visados pela Administração.
A atual lei, depois de considerar dispensada a licitação para doação,
permuta, dação em pagamento e investidura de bens públicos (art. 17, I e
II) e de enumerar os casos em que esta é dispensável (art.24), cuida
separadamente da inexigibilidade de licitação. Assim no art. 25 refere-se
genericamente à inviabilidade de competição (em que se enquadram as
vendas de sementes, reprodutores, adubos, inseticidas, vacinas e de
outros produtos pela Administração) e, em especial, aos casos em que o
fornecedor é exclusivo (inc.I), e em que o contratado é o único que reúne
as condições necessárias à plena satisfação do objeto do contrato(incs.
II e III).
Em todos os casos a licitação inexigível pela impossibilidade
jurídica de se instaurar o processo licitatório nos casos específicos.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
A licitação compreende as seguintes modalidades:
Concorrência, Tomada de Preços, Convite, Concurso e
Leilão.
Licitação, portanto, é o gênero, do qual as
modalidades são espécies. Por isso mesmo, os
preceitos genéricos acima estudados aplicam-se a
todas as modalidades e os específicos regem cada uma
delas em particular.
As nossas espécies de licitação têm
características próprias e se destinam a determinados
tipos de contratação, vejamos:
Concorrência
Concorrência é a modalidade própria para contratações de grande
valor, em que se admite a participação de quaisquer interessados
cadastrados ou não, que satisfaçam as condições do edital, convocados
com a antecedência mínima prevista em lei, com ampla divulgação pelo
órgão oficial e pela imprensa particular.
A Concorrência é obrigatória nas contratações de obras,
serviços e compras, dentro dos limites de valor fixados pelo ato
competente, que são diversos para obras e serviços de engenharia e
para outros serviços e compras.
A legislação federal permite o leilão de semoventes pela própria
administração, onde não houver leiloeiro oficial. Pelo que se conclui,
analogicamente, que ela também poderá utilizar o leilão
administrativo para venda de bens desnecessários, inservíveis, ou
imprestáveis para o serviço público, sempre que não houver leiloeiro
oficial na localidade.
Pregão
Por meio da Medida Provisória nº 2.182/2001 foi instituída, da
forma como hoje é aplicável, uma nova modalidade de licitação
denominada de Pregão. O § 1º do art. 2º da lei nº 10.520/2002 permite
que o pregão seja realizado por meio da utilização de recursos de
tecnologia de informação, nos termos de regulamentação específica. Essa
regulamentação foi feita pelo Decreto nº 3.697.
Portanto, pregão é a modalidade de licitação para aquisição de
bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da
contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de
propostas e lances em sessão pública.
(autor desconhecido)